São milhares de Oficiais de Justiça em
todo o país que muitas vezes são incompreendidos por cumprir a lei. São
vítimas de agressões, assaltos, ameaças e também de assassinatos. Apesar
de toda esta conjuntura que dificulta o seu trabalho, o Oficial de
Justiça consegue ser perspicaz dosando um pouco este ofício com
paciência, diplomacia e psicologia.
Ser Oficial de Justiça necessita de
muita dedicação, profissionalismo e seriedade. Para o Oficial de Justiça
Roberto Oliveira Silva, o dia de trabalho do servidor é um pouco
estressante. “Muitas vezes encontramos resistência porque o réu não quer
ser encontrado e aí temos que usar da psicologia e paciência para fazer
com que a ordem judicial seja cumprida. Temos que usar também o
respeito e a educação. Algumas vezes recuamos um pouco, até a parte se
acalmar, e depois voltamos a conversar sempre com o intuito de atingir o
objetivo determinado”, diz.
Para o Oficial de Justiça Márcio
Reinaldo L. Ferreira, muitos réus acham que o Oficial é o culpado pela
situação. “Na maioria das ordens encontramos dificuldade em cumprir o
mandado, então temos que entrar pra quebrar aquela barreira. Entramos na
história e fazemos a parte entender que estamos apenas cumprindo o
nosso trabalho”, diz. Colocar em prática uma decisão judicial pode ser
um grande desafio para o Oficial de Justiça, desafio este que se torna
em satisfação quando se atinge o objetivo.
Em termos de conquista adquiridas pela
categoria, para o Oficial de Justiça Roberto Oliveira, a criação do
sindicato fez a diferença. “Antes fazíamos parte de uma associação que
tínhamos que cobrar muito para que as coisas acontecessem, mas agora com
o sindicato ficou mais fácil. Já alcançamos muitas coisas, como por exemplo, ganhos salariais. Ainda falta muito, mas vamos batalhar”, finaliza.
Atualmente existem aproximadamente 900
servidores em toda a Paraíba e apesar dessa totalidade a categoria se
depara com o acúmulo de mandados a serem cumpridos, o que gera uma
sobrecarga que prejudica em parte a eficiência do trabalho. Sem o
Oficial de Justiça, a Justiça não funciona diz o Oficial Márcio
Reinaldo, “Somos os olhos e as mãos da Justiça. A eficácia do
cumprimento do mandado está nas mãos do Oficial de Justiça”, conclui.
A Oficiala Renata Moraes de Albuquerque
enfrenta sua profissão com tranqüilidade apesar dos inúmeros relatos de
agressões sofridas por Oficiais de Justiça. Por ser mulher não encontra
ocorrências nas suas diligências, ao contrário, ela diz que de um certo
modo até facilita. “No cumprimento do Mandado, a mulher não significa
ameaça a parte porque é vista como figura frágil, que não representa
perigo para quem vai receber a intimação. Algumas vezes sou confundida
com uma assistente social, funcionária do PSF, o que origina até uma
aproximação”, completa.
Em meio às homenagens ao dia do Oficial
de Justiça, este intermediador da Justiça no cumprimento de ordens
judiciais se destaca não apenas pela execução de suas obrigações, mas
pelo seu envolvimento com as adversidades do dia a dia, pelo
companheirismo que se faz presente na busca de reconhecimento do poder
público e principalmente pela luta diária desta profissão que foi e é
uma opção consciente de todos.
Neste dia de homenagens ao Oficial de
Justiça, o Sindojus – PB parabeniza a todos pelo seu fundamental papel
desenvolvido na sociedade e confirma mais uma vez o seu apoio nas
conquistas dos direitos da categoria que se constrói passo a passo.
Míria Maria
Fonte: SINDOJUS/PB
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