segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cinco oficiais de Justiça são presos na região de Bauru

Atualizado às 20h33
Imagem: JCNet
Cinco oficiais de Justiça que trabalhavam no fórum de Bauru foram presos nesta segunda-feira (6) suspeitos de participar de suposto esquema de cobrança de propina para cumprimento de mandados de busca e apreensão de carros financiados e não pagos. 

A operação do núcleo de Bauru do Gaeco (grupo da Promotoria que investiga o crime organizado) também prendeu uma advogada e três empresários suspeitos de integrar o grupo. As prisões ocorreram em Bauru e em Jaú. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. 

Segundos a investigação, que durou oito meses, as financeiras contratavam escritórios de advocacia para recuperar os carros que, apesar de terem sido financiados, não haviam sido pagos. Esses escritórios repassavam a tarefa para terceiros, que pagavam para que os oficiais de Justiça cumprissem os mandados de busca e apreensão com rapidez. 

As supostas propinas, segundo o Ministério Público, variavam de R$ 300 a R$ 750 por veículo apreendido, e eram pagas há oito anos. 

Os detidos estão sendo investigados por suspeita de corrupção ativa, corrupção passiva e formação de quadrilha. 

Um dos oficiais de Justiça é suspeito ainda de envolvimento com traficantes, compra de votos e outros crimes eleitorais supostamente cometidos nas eleições municipais do ano passado. Ele concorreu ao cargo de vereador, segundo promotores do Ministério Público. 

De acordo com a Promotoria, a advogada foi liberada durante a tarde por ter colaborado com as investigações. 

A Justiça determinou o afastamento dos funcionários públicos do cargo. 

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que tomou conhecimento da situação nesta segunda-feira (5) e que os fatos estão sendo apurados administrativamente. O TJ informou que o juiz corregedor a quem os servidores estão subordinados tomará as medidas cabíveis no caso. 

Segundo o TJ, não haverá prejuízo ao serviço judiciário porque as tarefas destes oficiais de Justiça serão executadas por outros funcionários. 

InfoJus BRASIL: com informações do jornal Folha de S. Paulo

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