terça-feira, 22 de maio de 2018

Secretaria de Relações do Trabalho remete pedido de registro sindical do Sinajus para mediação

Despacho datado de 17 de maio de 2018 determina o arquivamento de 16 impugnações contra a criação do Sindicato Nacional dos Analistas do Poder Judiciário e Ministério Público da União (Sinajus). 

Somente 08 impugnações não foram arquivadas sendo remetidas para mediação: Sintrajuf – PE, Sindjuf-PA/AP, Sindissétima (TRT-7), Sinje (CE) Sintrajusc (SC), Sintrajufe (MA), Sintra-AM/RR, Sinjeam (AM). 

A mediação é prevista no art. 20 da Portaria 326/2013 do MTE. 

"Art. 20 As impugnações que não forem arquivadas, conforme disposto no artigo 18serão remetidas ao procedimento de mediação previsto na Seção IV. (Artigo alterado pela Portaria nº 1.043/2017 - DOU 05/09/2017)". 

Considera-se mediação o procedimento destinado à solução dos conflitos de representação sindical, com o auxílio de um servidor, que funcionará como mediador, para coordenar as reuniões e discussões entre os interessados, buscando solução livremente acordada pelas partes. 

Agora será designada uma reunião (espécie de audiência) entre as entidades sindicais para a tentativa de um acordo para a existência pacíficas das entidades. 

Encerrado o processo de mediação e não havendo acordo ou ausentes quaisquer dos interessados, o processo do impugnado ficará suspenso pelo período máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da publicação. 

Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior e o Ministério não seja notificado acerca do acordo, o processo do impugnado (Sinajus) será arquivado.

A qualquer tempo, as entidades sindicais envolvidas em conflito de representação poderão solicitar à SRT, ou às SRTE e Gerências a realização de mediação. 

Confira abaixo o despacho do Secretário de Relações do Trabalho. 

DESPACHO DE 17 DE MAIO DE 2018 

O Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho Substituto, no uso de suas atribuições legais, com fundamento na Portaria 326/2013 e na Nota Técnica 496/2018/CGRS/SRT/MTb, resolve: ARQUIVAR as seguintes impugnações, nos termos do art. 18, inciso II, VII e VIII, da Portaria 326/2013: 46000.002283/2017-81, 46000.002284/2017-26, 46000.002298/2017-40, 46000.002299/2017-94, 46000.002300/2017-81, 46000.002301/2017-25, 46000.002302/2017-70, 46000.002306/2017-58, 46000.002271/2017-57, 46000.002328/2017-18, 46000.002336/2017-64, 46000.002340/2017-22, 46000.002272/2017-00, 46000.002296/2017-51, 46000.002334/2017-75, 46000.002339/2017-06, 46031.000635/2017-05. E, em ato contínuo, REMETER para o procedimento de mediação as seguintes entidades: SINTRAJUF-PE - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Pernambuco, impugnação nº. 46000.002293/2017-17, CNPJ 41.033.929/0001-02, SINDICATO DOS TRABALHADORES DO PODER JUDICIARIO FEDERAL DOS ESTADOS DO PARA E AMAPA-SINDJUF-PA/AP, impugnação nº. 46000.002318/2017-82, CNPJ 03.054.579/0001-63, SINDISSÉTIMA - SINDICATO DOS SERVIDORES DA 7ª REGIÃO DA JUSTIÇA DO TRABAHO, impugnação nº. 46000.002324/2017-30, CNPJ 12.361.531/0001-99, SINJE - Sindicato dos Servidores da Justiça Eleitoral do Ceará, impugnação nº. 46000.002335/2017-10, CNPJ 41.302.795/0001-70, SINTRAJUSC - Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal do Estado de Santa Catarina/SC, impugnação nº. 46000.002337/2017-17, CNPJ 02.096.537/0001-22, SINTRAJUFE-MA - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado do Maranhão, impugnação nº. 46000.002338/2017-53, CNPJ 35.209.287/0001-49, SITRA-AM/RR - Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho da 11ª Região - Amazonas e Roraima., impugnação nº. 46202.003947/2017-53, CNPJ 34.489.526/0001-07, SINJEAM - Sindicato dos Servidores da Justiça Eleitoral do Estado do Amazonas, impugnação nº. 46202.003948/2017-06, CNPJ 63.693.105/0001-93; nos termos do art. 20 da Portaria 326/2013." LUIS CARLOS SILVA BARBOSA.

Fonte: InfoJus BRASIL

Assembleia Geral da Fojebra será realizada em Brasília no dia 09 de julho

FEDERAÇÃO SINDICAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DO BRASIL
FOJEBRA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Presidente da Federação Sindical dos Oficiais de Justiça do Brasil – FOJEBRA, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, convoca as entidades filiadas para participar da Assembléia Geral Extraordinária, que se realizará na sua Sede Administrativa em Brasilia – DF, situada na Avenida W4–SEP Sul, EQ 707/907, Bloco C, Conjunto E, salas 510/511, Edifício San Marino, CEP:70.390-078, no dia 09 de julho de 2018, em primeira chamada às 12h, sendo instalada a sessão com 1/3 (um terço) das Entidades filiadas presentes, ou em caso de insuficiência de quorum, em segunda chamada às 12h30min. com a presença das Entidades presentes que decidirão por maioria simples, conforme a previsão estatutária, sobre a seguinte pauta do dia:

1. Reformulação de site;

2. Apresentação de Plataforma Digital ;

3. Realização de eventos;

4. Convênios;

5. Apresentação dos projetos de modernização;

6. Assuntos jurídicos diversos;

7. O que houver, dentre os demais assuntos de relevância da categoria dos oficiais de justiça do Brasil.

Brasília, 21 de maio de 2018.

Edvaldo dos Santos Lima Júnior
Presidente da FOJEBRA

Tribunal anula lei que tentava segurar operações "surpresas" na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

Lei aprovada em 2016 obrigava oficial de Justiça a ser acompanhado por policiais e procurador do órgão para cumprir mandados

DIEGO FREDERICI 
Da Redação

O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) declarou inconstitucional uma resolução aprovada em 2016 pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) que obrigava os oficiais de justiça a esperarem pela “liberação” de um procurador da AL-MT, além da obrigação de estar acompanhado de dois policiais militares do órgão, para o cumprimento de mandados judiciais – como de prisão e busca e apreensão. Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do relator, o desembargador Alberto Ferreira de Souza, que declarou ser inconstitucional a criação de procedimentos que afetem a atuação do Poder Judiciário.

Ele também disse que a normativa “extravasa a atribuição regulamentar” da AL-MT. “Vem de ser inconstitucional a norma que, socolor de disciplinar procedimentos internos de segurança, dispõe sobre temática afeta ao poder judiciário, criando noveis procedimentos de cumprimento de ordens judiciais que impõe encimadas restrições à atuação funcional dos oficiais de justiça”, diz trecho do acórdão.

A Ação foi proposta pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça/Avaliadores do Estado de Mato Grosso (Sindojus-MT). Segundo informações da Resolução nº 4.699/2016, assinada pelo então presidente da AL-MT, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), o cumprimento de mandados e “decisões oriundas de autoridade judicial a serem realizadas nas dependências sob a responsabilidade do Poder Legislativo”, deveriam seguir certas “regras”.

Entre as “regras”, o oficial de justiça, ao chegar à AL-MT, deveria se dirigir à recepção do Poder Legislativo, e “informar a necessidade de cumprimento da medida”. “A recepção da Assembleia Legislativa, após os respectivos registros de entrada e de protocolo, fará a imediata comunicação à Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa, que designará um Procurador para o acompanhamento da diligência [...] O Procurador-Geral oficiará à Coordenadoria Militar da Assembleia Legislativa para que designe 2 servidores militares para acompanhar o cumprimento do mandado judicial”, diz trecho da resolução.

Na ocasião em que foi promulgada a resolução foi alvo de desconfiança dos servidores públicos, e da própria Justiça, que viam na medida um forma dos parlamentares “não serem pegos de surpresa” ante uma ordem de prisão ou sofrerem mandados de busca e apreensão.

InfoJus BRASIL: Com informações do Portal Folha Max

Aposentadoria Especial: Cabo Sabino é o novo relator do PLP 330/2006 na CTASP

O deputado Cabo Sabino (Avante/CE) foi designado, na última sexta-feira (18), relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 330/2006, que trata da concessão da aposentadoria especial para servidores públicos em atividade de risco, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara.

Em setembro de 2015, o então relator da matéria, deputado Laerte Bessa (PR/DF), apresentou parecer pela aprovação de substitutivo que incluiu os Oficiais de Justiça Avaliadores Federais na lista das profissões com direito à aposentadoria diferenciada.

De autoria do deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB/RS), o PLP 330/2006 visa disciplinar a Aposentadoria Especial para os servidores públicos policiais. 

Antes de chegar à CTASP, a proposição foi apreciada pelas Comissões de Seguridade Social e Família, Constituição e Justiça e de Cidadania e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, tendo sido oferecidos substitutivos em cada uma delas.

Assim que aprovada pela CTASP, a Aposentadoria Especial segue para análise no Plenário.

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo



Fonte: Sindojus-DF

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Oficiais de justiça defendem projeto de lei que torna profissão mais segura

Texto defende o porte de arma para a categoria durante cumprimento de ordem judicial

O presidente da Federação das Entidades Sindicais dos Oficiais de Justiça do Brasil, João Batista, conversou nesta quinta-feira (17) com diversos senadores para buscar apoio ao Projeto de Lei da Câmara n° 30, de 2007, que dispõe sobre o direito de agente público portar arma de fogo quando estiver seguindo ordem judicial. O representante participou de sessão da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal.

O projeto pretende “alterar a lei do Estatuto do Desarmamento permitindo que o oficial de justiça, durante o cumprimento de suas atividades, possa portar arma de fogo para a defesa da sua vida”, afirmou Batista. A matéria já passou pela Câmara dos Deputados e está aguardando avaliação da CRE no Senado Federal. Se for aprovada será encaminhada ao Plenário da Casa.

De acordo com o presidente, “o porte de arma para os oficiais de justiça está resguardado pela instrução normativa 23/2015 do Ministério da Justiça. O texto afirma que o servidor público que cumpre ordem judicial teria prerrogativa de porte de arma”. Porém, a instrução deixa a decisão a critério da autoridade concedente. “O que a gente quer é que seja um porte institucional”, explicou o representante da federação.

“Nós temos sofrido diversas agressões, inclusive cárcere privado. A pessoa pede para adentrar no recinto, tranca, lhe ameaça, constrange e nós não temos sequer um poder de decisão que possa nos auxiliar”, contou.

Batista reforçou que, se o projeto for sancionado, os oficiais de justiça receberão treinamento e serão testados para garantir condições psicológicas para o uso de arma.

Fonte: CSB

IV Encontro Norte de Oficiais de Justiça acontece no dia 25 de maio

A Assojaf/PA-AP, em parceria com a Fenassojaf, realiza, no próximo dia 25 de maio, o IV Encontro Norte dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (ENOJAF).

Com o tema “Aperfeiçoamento, Experiências e Conhecimentos”, o evento acontece das 9h às 18h, na sede da Justiça Federal, em Belém (PA).

Dentre os temas abordados, o IV ENOJAF terá palestra com o Tem. Cel. Emmanuel Queiroz Leão Braga, chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Pará, que falará sobre “Reintegração de posse: procedimentos e cautelas”.

O Superintendente Regional da Polícia Federal do PA, delegado Ualame Fialho Machado abordará as “Rotinas de segurança para o dia a dia do Oficial de Justiça”.

O Encontro Norte ainda terá palestra com a Oficiala de Justiça Asmaa Abdullah, que tratará as técnicas avaliativas; e um Stand Up com Epatimondas Gustavo em “Sorte ou Azar só o tempo dirá!”.

Para participar do IV ENOJAF, o Oficial de Justiça deve enviar sua pré-inscrição para assojafpaap@gmail.com e informar nome completo, instituição e o telefone celular. Segundo o presidente da Assojaf/PA-AP Renato Xerfan, o valor da inscrição é R$30,00 que deverá ser pago na data e local do Encontro.

Mais informações sobre o IV ENOJAF podem ser obtidas pelo telefone (91) 98040-6699. Clique Aqui para ver a programação completa do IV ENOJAF

A Fenassojaf conclama todos os Oficiais da região Norte a participarem do IV Encontro Norte dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais e se integrarem nos debates em prol do oficialato.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

Pedido de providências da Fenassojaf para reajuste da Indenização de Transporte já possui relator no CSJT

A Fenassojaf ingressou, no último dia 27 de abril, com pedido de providências no Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), para garantir o reajuste do valor da Indenização de Transporte aos Oficiais da Justiça do Trabalho, de acordo com a variação acumulada do preço do combustível. 

Segundo a Assessoria Jurídica da Federação, foi solicitada a distribuição por dependência deste pedido de providências ao Processo nº CSJT-PP-1361-13.2012.5.90.0000, no qual o CSJT autorizou a fixação de reajuste anual da verba por ato monocrático da Presidência do Conselho.

Conforme exposto no pedido protocolado, os Oficiais de Justiça comprometem suas remunerações para complementar os gastos com veículo, situação que se verifica desde janeiro de 2006, mesmo após correções ocorridas de forma meramente paliativa. Clique Aqui para ler a notícia completa sobre o novo pedido de reajuste da IT

Assim, a demanda se justifica pela defasagem ocorrida devido à variação do preço do combustível, pelo respeito ao princípio da irredutibilidade da remuneração, pelas inconsistências dos estudos do CSJT que se baseiam em veículos 1.0, bem como pela sobra orçamentária de despesa de custeio decorrentes das aposentadorias e afastamentos de oficiais.

Segundo o assessor jurídico da Fenassojaf, advogado Rudi Cassel (Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados), “assim como existe a obrigação de revisar periodicamente a remuneração, deve ser observada pela Administração a revisão periódica da indenização de transporte, a fim de evitar que a remuneração, em vez de revisada, seja reduzida pela defasagem da parcela compensatória”.

O Pedido de Providências recebeu o número 0003204-03.2018.5.90.0000 e foi distribuído à conselheira Maria Auxiliadora Barros de Medeiros Rodrigues.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

Oficiais de Justiça agilizam solução de processos através de Mutirão da Conciliação em Ingá (PB)

Os Oficiais de Justiça e bacharéis em Direito Valtemar e Clarice Barbosa, que atuam como conciliadores, junto na Comarca de Ingá, participam de Mutirão que será realizado a partir das 8h30 desta terça-feira (15), na sala de audiência, Tribunal do Júri, gabinete e sala dos Oficiais existente no Fórum local.

O objetivo é promover através de uma mesma audiência (una) em ações que tramitam nos Juizados Especiais Cíveis (JEC) e Juizados Especiais Criminais (JECRIM), conciliação, instrução e julgamento, instruindo-as, deixando-as prontas para prolação da sentença, proporcionando assim aos jurisdicionados a economia de tempo e celeridade processual desejadas.

Valtemar e Clarice afirmaram que independente de Mutirão, suas atuações nesse sentido se dão semanalmente desde 2016, fazendo audiências conciliatórias nos processos regidos pelo procedimento comum, a exemplo de ações de cobrança e execução, bem como naqueles relativos à Vara de Família, como alimentos, divórcio, guarda e investigação de paternidade.

Pioneirismo

A iniciativa pioneira foi da juíza Alessandra Varandas, à época à frente da Vara da Família, que os convidou a participar desse projeto e editou portaria disciplinando suas atribuições, valorizando assim a qualificação que já detinham. Nos casos em que não há acordo, o processo volta para o magistrado, que faz nova tentativa, mais uma audiência de conciliação e geralmente obtém sucesso na maioria absoluta dos casos.

Outra prática exitosa adotada nesse período apoiada por advogados, representantes do Ministério Público, Defensoria Pública e delegados de Polícia Civil, foi a inclusão dos números telefônicos das partes nas petições iniciais e até nos TCO’s, o que passou a permitir a intimação por telefone, fazendo com que ações de investigação de paternidade sejam solucionadas em até três meses, reduzindo o intervalo entre o agendamento do exame de DNA e a realização de audiências.

Audiência Pública fortalece luta dos Oficiais de Justiça de Minas Gerais por melhores condições de trabalho

Com a presença massiva de Oficiais de Justiça Avaliadores de Minas Gerais, que ocuparam os corredores da Assembleia Legislativa e da galeria do Plenarinho IV, a audiência pública da Comissão de Segurança Pública da ALMG nesta quarta-feira, 16/05/18, foi um marco para a organização da categoria.

Coordenada pelo Presidente da Comissão de Segurança Pública, Deputado Sargento Rodrigues (PDT), a audiência proporcionou grande visibilidade para nossas demandas, que foram apresentadas de maneira excepcional por todos os colegas que fizeram uso da fala. Na avaliação do Sindicato, o espaço será uma alavanca propulsora para nossas tratativas com o Tribunal, capaz de gerar resultados concretos para uma mudança positiva na realidade dos servidores e na garantia de sua integridade física.

Além do Sargento Rodrigues, também estavam presentes os deputados João Leite (PSDB) e Arnaldo Silva (DEM). A mesa de convidados foi composta pelo Diretor-Geral do SINDOJUS/MG, Emerson Mendes de Figueiredo; pela Presidente e Vice-Presidente do SERJUSMIG, Sandra Margareth Silvestrini de Souza e Alípio de Faria Braga; pelo Coordenador-Geral do SINJUS-MG, Wagner de Jesus Ferreira; e por diversos servidores Oficiais de Justiça Avaliadores, que deram sua contribuição ao debate com argumentos técnicos e depoimentos pessoais sobre o tema.

Debate

Ao explicar o porquê da realização da audiência, requerida pelo parlamentar a partir de uma solicitação do SINDOJUS/MG, o Deputado Sargento Rodrigues afirmou: “O trabalho dos oficiais de justiça está intrinsecamente ligado à área de segurança pública porque eles são os chamados longa manus do Poder Judiciário, os braços dos juízes, dos desembargadores. São eles que vão cumprir estas ordens judiciais e muitas vezes os cidadãos que vão receber ou ter essa ordem cumprida na sua casa, não querem, resistem, agridem, tanto verbalmente quanto fisicamente e muitas vezes com arma de fogo”.

O Vice-Presidente do SERJUSMIG e Oficial de Justiça, Alípio de Faria Braga, descreveu um pouco da rotina exaustiva da categoria: “A gente tem que trabalhar sábado, domingo e feriado e sem a contraprestação devida”. Ele fez um pedido de requerimento para que a ALMG exija providências ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG e ao Ministério Público sobre as condições de trabalho dos Oficiais de Justiça.

A descrição da situação de risco à qual a categoria está submetida foi aprofundada pelo Diretor-Geral do SINDOJUS/MG, Emerson Mendes de Figueiredo. Ele contou que mesmo antes de assumir a diretoria do sindicato, quando ainda era residente do município de Lavras, já escutava relatos de agressões sofridas por seus colegas. Agora, enquanto representante da categoria, a quantidade de denúncias que chegam a ele é surpreendente.

“O que chega para nós é assustador. O último caso que chegou até o sindicato é o de uma oficiala de Betim, há uns cinco dias no máximo, que foi com a Polícia Militar cumprir um mandado e foi recebida por um balde de água fervendo. O risco que o Oficial de Justiça corre no seu dia a dia, você não consegue mensurar”, disse Emerson. Ele citou em sua fala alguns mandados que seriam mais arriscados para a categoria, como mandados de constrição, busca e apreensão, penhora, separação de corpos dentro da Lei Maria da Penha. “Às vezes a gente chega na casa de uma pessoa numa sexta-feira à noite, em regime de urgência, e tenta o apoio da Polícia, que por não ter o efetivo suficiente, não consegue atender de pronto. (…) Num caso desses, você pode ser recepcionado ali por uma pessoa fora de controle, bêbada, drogada ou que tenha uma extensa ficha criminal. E eu não tenho essa informação pra me defender, não tenho treinamento, arma, nem colete nós temos. O nosso colete é o nosso peito” afirmou.

O Coordenador-Geral do SINJUS-MG, Wagner de Jesus Ferreira, ressaltou a falta de investimentos do TJMG nas condições de trabalho dos servidores, em oposição aos gastos elevados com terceirização dentro do Tribunal. Ele apresentou alguns dados importantes neste sentido, como o fato de que entre 2010 e 2017 as despesas somente com terceirização no Judiciário Mineiro saltaram de R$ 77 milhões para R$ 225 milhões. “Recurso próprio do Poder Judiciário, que poderia ser usado para muitas questões relativas às condições de trabalho, como coletes à prova de balas”, exemplificou.

A Presidente do SERJUSMIG, Sandra Margareth Silvestrini de Souza, parabenizou o SINDOJUS/MG e a categoria de Oficiais de Justiça pela campanha pela regularização da jornada legal. “Nenhum trabalhador pode ser condenado a ficar o tempo inteiro à disposição do Tribunal de Justiça”, afirmou. Ela ressaltou também a questão da segurança das Oficialas de Justiça: “Todos os oficiais sofrem os problemas relatados de forma muito forte e verdadeira e as mulheres sofrem isso de forma dobrada”.

Wander da Costa Ribeiro, Presidente do SINDOJUS/MG no triênio 2011-2014, chamou atenção para o baixo valor das verbas indenizatórias, incapaz de suprir os custos das diligências. “Onde já se viu uma pessoa realizar diligência no carro próprio para ganhar 15 Reais? Que justiça é essa?”, questionou. “A lei de custas tem um defeito em um de seus artigos, que concede ao Tribunal de Justiça regulamentar os valores a serem pagos na assistência judiciária. O particular paga um valor e o Tribunal repassa um valor muito aquém do particular”, relatou.

O Oficial de Justiça Pedro Gonçalves Braga, da comarca de Contagem, lembrou que há poucos dias havia sido comemorado o aniversário de 130 anos da Lei Áurea, mas que ainda assim a escravidão ainda era uma realidade dentro do Poder Judiciário. Ele citou o novo Provimento 355, publicado recentemente pelo TJMG. “Não é digno que um servidor tenha que bater ponto de segunda a sexta-feira e ainda ser obrigado a trabalhar no sábado e no domingo. Sete dias na semana. E ainda trabalhar durante o período noturno, como quer agora o novo provimento, no parágrafo 1º do o artigo 275, obrigando o Oficial a diligenciar 3 vezes em 3 períodos distintos – manhã tarde e noite – sem receber adicional noturno, hora extra, sem direito a repouso semanal remunerado”, afirmou.

Charles Evangelista, Oficial de Justiça e vereador em Juiz de Fora, reafirmou as demandas da categoria por mais segurança e jornadas menos exaustivas, parabenizando o Legislativo estadual pela oportunidade da discussão. Ele concluiu sua fala com a frase: “Ser Oficial de Justiça é sair para fazer justiça sem ter a justiça ao nosso lado”.

Para o Diretor-Geral do SINDOJUS no triênio 2015-2017, Jonathan Porto, o Tribunal desconhece a realidade dos Oficiais de Justiça ou finge desconhecer. “A diligência não é como muitos magistrados acham que é, que a parte está lá de braços abertos te esperando ‘vem aqui Sr. Oficial de Justiça, vem me prender, que eu vou te receber bem’ (…) Eles não nos dão curso ou capacitação técnica para que você saiba trabalhar e em quais condições trabalhar”, afirmou. Ele também apresentou o dossiê produzido pela Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais do Estado de Goiás – ASSOJAF-GO com dados sobre crimes cometidos contra oficiais de todo o Brasil e citou documentos que reconhecem a atividade da categoria como sendo de risco.

A especificidade das comarcas do interior, que possuem muitos mandados cumpridos na zona rural, foi trazida à tona pelo Oficial de Justiça Jackson Souza Amaral, de Manhuaçu. “Na minha comarca, o pessoal nessa época está trabalhando na colheita de café. Eles saem às 5:30 da manhã e retornam após 18h. (…) Como eu vou encontrar esse pessoal entre 12h e 18h? Por muitas vezes fui obrigado a abdicar de meus filhos, minha família, pra trabalhar sábado, domingo, feriado, em horário noturno. As próprias pessoas que estavam sendo intimadas viraram pra mim e falaram ‘Você é doido, aqui neste local, sozinho’”, relatou.

João Paulo Cerqueira, Oficial também de Manhuaçu, apresentou o seguinte argumento: “Os juízes fundamentam a ordem do Oficial de Justiça sair após o horário pelo parágrafo segundo do art. 212 do CPC, mas eu vejo esse artigo apenas como uma garantia da validade do ato. A prestação do serviço extraordinária deve ter uma contrapartida do TJ e isso não vem acontecendo”.

De acordo com o Oficial Fernando João Assumpção, de Belo Horizonte, a situação precária de trabalho da categoria tem levado servidores ao adoecimento: “Estamos com vários colegas com depressão e síndrome do pânico”. Ele conta: “Já cumpri mandados em todas as favelas de Belo Horizonte, já tive que deitar no chão várias vezes para não ser baleado, principalmente quando a Polícia estava fazendo incursão. E a gente desarmado, sem proteção nenhuma”.

A audiência contou com o apoio da Vereadora e Delegada de Polícia Civil de Juiz de Fora, Dra. Sheila Aparecida Pedrosa. Ela contextualizou a situação dos Oficiais dentro de uma conjuntura maior de falência da segurança pública no estado e parabenizou os deputados e sindicatos pela realização da discussão.

O Deputado Arnaldo Silva encerrou a audiência pública criticando a ausência de representantes do TJMG e do Ministério Público no debate. “Estamos tendo aqui relatos de descumprimento de lei trabalhista, de abuso, assédio moral, funcional. Uma verdadeira ritual de transgressão legal por um órgão do Judiciário. (…) Respeitamos muito o TJ, o MP, mas eles precisam ter humildade e vir dialogar. Cadê os representantes deles aqui na audiência?”, indagou.

Resultados

Como resultado da audiência pública, foram apresentados à Comissão de Segurança Pública diversos requerimentos, que deverão ser aprovados na próxima reunião da comissão, agendada para terça-feira, 22/05/18.

Entre as sugestões apresentadas de requerimento, está o envio das notas taquigráficas da reunião para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), solicitando providências. No mesmo documento, o Deputado Sargento Rodrigues solicitará ao CNJ empenho para exigir do TJMG o pagamento de um valor justo para as verbas indenizatórias, o cumprimento da jornada de trabalho e melhorias nas condições de trabalho.

A solicitação também será estendida ao Ministério Público, à Advocacia Geral da União, às Polícias Militar e Civil e à Organização Internacional do Trabalho (OIT), sendo este último órgão uma sugestão do Oficial de Justiça Pedro Gonçalves Braga.

Participação

Participaram da audiência pública cerca de 100 Oficiais de Justiça Avaliadores de todo o estado, distribuídos em 19 comarcas: Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Betim, Pará de Minas, Divinópolis, Rio Piracicaba, Juiz de Fora, Viçosa, Santa Maria do Suaçuí, Manhuaçu, Uberaba, Santa Luzia, Lavras, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ibirité, Nepomuceno e São João Evangelista. Além disso, a audiência também foi transmitida online pela TV ALMG, tendo alcançado o pico de 70 espectadores simultâneos através do youtube.

Confira abaixo a audiência pública na íntegra.



quarta-feira, 16 de maio de 2018

Projeto que concede porte de arma para oficiais de Justiça está pronto para ser votado em comissão do Senado

Com novo parecer, PLC 030/2007 está pronto para ser incluído em pauta na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Nesta terça (15/05), o senador Hélio José (PROS/DF), apresentou novo parecer ao PLC 030/2007 na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). O parecer é pela aprovação do Projeto de Lei contendo apenas duas emendas de redação e rejeitando outras quatro emendas apresentadas pelos senadores da CRE, emendas de 01 a 04. O laudo mantém o mérito da proposta já apresentada pelo próprio Hélio José na CRE em Setembro de 2017.

O PLC altera o artigo 6º da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) para conceder porte de arma aos integrantes das carreiras de perícia médica da Previdência Social, auditores tributários dos Estados e do Distrito Federal, Oficiais de Justiça, avaliadores do Poder Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e defensores públicos.

No parecer, Hélio José afirma o porte deve ser concedido aos “oficiais de justiça e aos avaliadores do Poderes Judiciários da União e dos Estados. Trata-se de profissionais que executam mandados judiciais de busca e apreensão de pessoas e bens, de intimação, de despejo, de reintegração de posse, de penhora e avaliação, entre outros. Por esse motivo, tais servidores sofrem violência no cumprimento do dever.

O Senador Hélio José destaca que “O argumento de que esses servidores não necessitariam de porte de arma porque poderiam requerer apoio de força policial é desconectado da realidade. Qualquer diligência realizada por esses servidores é potencialmente perigosa. Não há como prever se o uso da força será necessário, e jamais haveria efetivo policial suficiente para acompanhar todas as diligências”.


Fonte: InfoJus BRASIL

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Jornal de Brasília publica reportagem sobre a realidade dos Oficiais de Justiça do DF

O Jornal de Brasília publicou, nesta segunda-feira (14), reportagem sobre a realidade dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal. Segundo a publicação, atualmente, o DF possui 582 pessoas nessa função “que está exposta a riscos”.

A matéria mostra a rotina de dois colegas Oficiais no cumprimento de mandados, com a demonstração dos desafios e riscos na profissão na realidade vivenciada por esses servidores.

Outro item citado na reportagem refere-se à sobrecarga de trabalho dos Oficiais de Justiça. “Uma oficiala de 58 anos que pediu para não ser identificada, alega que poderia haver algum limite para a atividade”.


Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo

Fonte: Sindojus-DF

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Abuso de poder praticado por juiz coloca vida de oficial de justiça em risco no Rio de Janeiro

A vida de quem trabalha nas ruas das grandes cidades do Brasil é marcada pela violência. Cada oficial de justiça do estado do Rio de Janeiro carrega em sua vida funcional vários episódios de risco e a lembrança recente da morte do colega Francisco Ladislau Pereira Neto.

O Sisejufe tem um histórico de atuação em defesa da segurança. Há pelo menos três anos, o sindicato orienta que os oficiais de justiça não entrem em áreas de risco. Após o brutal assassinato de Francisco, a categoria transformou o luto em luta e o sindicato em diversas ocasiões organizou atos públicos em busca de melhores condições de trabalho para o segmento, apresentou requerimento de normatização de cumprimento de ordens em áreas de risco na Justiça Federal, homenageou o colega na pessoa de seu pai, além de levar insistentemente a bandeira da segurança para os espaços regionais e nacionais de discussão.


Na Justiça Trabalhista, a Administração do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT1) já tinha editado o Ato 19, que regulamentou a atividade e criou um mecanismo de proteção para esses trabalhadores ao se defrontarem com uma situação de perigo. No entanto, no início de março, o oficial de justiça Pietro Valerio, ao cumprir um mandado no Morro da Providência, na capital fluminense, se deparou com atividades suspeitas do que parecia ser um grupo criminoso. O servidor seguiu as orientações do sindicato, conforme prevê o Ato 19, e devolveu o mandado. Qual não foi a sua surpresa ao receber novo mandado com a mesma ordem que, caso não cumprida, acarretaria imposição de multa diária de R$ 100,00.

Sisejufe debate o tema da segurança mo Congresso anual dos oficiais de Justiça

Para a diretora do Sisejufe Mariana Liria, não resta dúvidas de que a conduta do magistrado Marcelo Antonio de Moura, além de extremamente desumana, caracteriza abuso de poder. Nos mesmos autos, ele determinou a citação por edital em situação semelhante, de outra pessoa que não foi localizada justamente por se tratar de área de risco. “Não se pode sobrepor a eficácia processual em detrimento do próprio direito à vida do servidor, dos agentes policiais e moradores envolvidos! Além do colega que atuou nesse processo, a medida coloca em risco a vida de todos os oficiais de justiça, ao abrir esse precedente nefasto – primeiro caso da trabalhista que chega ao conhecimento do sindicato – de fazer o segmento pagar pela própria falência da segurança pública do estado do Rio de Janeiro!”, destacou.

Mariana ressalta que a direção do Sisejufe, por meio do Núcleo dos Oficiais de Justiça, vai buscar o apoio de servidores de todo o país e das suas entidades representativas contra o ato do juiz e acompanhar as medidas que serão tomadas. Outra ação deve ser uma representação, junto à Corregedoria do TRT1, contra o magistrado. “Muitos colegas já se prontificaram a assinar, já que esta é uma preocupação comum”, relata Pietro.

Servidor é transformado em alvo fácil de possíveis retaliações

Após o ato arbitrário do magistrado, o servidor voltou ao Morro da Providência no dia 25 de abril, procurou a Polícia Militar e foi informado que o local do mandado é área conflagrada. No entanto, os responsáveis pela Unidade de Polícia Pacificadora enviaram uma viatura com dois policiais para acompanhar o oficial de justiça. Pietro conta que a numeração da rua era em local mais alto do que a polícia tinha previsto, “a cerca de 200 metros de onde um policial havia sido baleado há menos de um mês, sem qualquer confronto. Pude ver as marcas dos tiros”, lembra o oficial.

Como o reclamado não se encontrava, a cópia da ordem judicial foi deixada com um morador. “É importante salientar que a experiência em comunidades de risco demonstra que esse senhor será procurado pelo tráfico para explicar o porquê da presença policial em sua porta, quando minha identidade e função será revelada”, conta Pietro. Ao questionar os policiais sobre essa situação, eles responderam que o oficial estaria ‘queimado’ na comunidade, transformado em alvo fácil de possíveis retaliações.

Dois fatos ainda marcariam o episódio: na saída, a viatura não ligava. “Quase tive que empurrar o carro”, relata o servidor. E ao passarem pela região conhecida como Barreira, os policiais avistaram narcotraficantes, o que os obrigou a sacar as armas, o que demonstra o risco de vida ao qual esteve exposto. Para Pietro, o principal é que cenas como esta não se repitam, “nem comigo, nem com ninguém”.

Para conferir o teor da ordem do juiz Marcelo Antonio de Moura na íntegra, clique aqui.

InfoJus BRASIL: Com informações do Sisejufe

terça-feira, 8 de maio de 2018

Central de Mandados Digital muda a rotina dos Oficiais de Justiça de São Paulo

O Tribunal de Justiça de São Paulo publicou comunicado, nesta terça-feira (8/5), no qual esclarece objetivos e atribuições com a expansão da “Central de Mandados Digital”. O projeto traz mudanças na rotina de trabalho dos Oficiais de Justiça, que passam a integrar a tramitação eletrônica de processos e documentos, conforme prevê o novo conceito de trabalho no sistema SAJ, chamado “Fluxo Digital”.

Na prática, estes servidores ficam encarregados de imprimir os próprios mandados e digitalizar os mandados positivos e documentos gerados por eles.

O comunicado não especifica quais centrais de mandado e fóruns estão sendo atingidas. No entanto, o departamento de Comunicação da AOJESP entrou em contato com a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) e apurou que a primeira “Central de Mandados Digital” foi implantada em janeiro na central de mandados do Fórum do Jabaquara como projeto piloto. A segunda implantação está sendo realizada hoje na SADM de São Caetano do Sul e a próxima deverá ocorrer no Fórum do Juizado Especial Cível Central, ainda sem data definida.

A STI informou que o processo de implantação segue em ritmo lento e que não há novo cronograma para instalação em outros fóruns e comarcas, mas afirmou que o projeto é um primeiro passo para a implantação da “Central de Mandados Compartilhada”. Outra medida que, segundo o Tribunal de Justiça, deve dar mais celeridade aos processos.

Uma comitiva da AOJESP composta pelo diretor, Otávio Barbosa Cesar Franco, e o Oficial de Justiça de Campinas, André Augusto Pereira, esteve na SADM do Jabaquara, em fevereiro deste ano, para acompanhar um dia de trabalho dentro da central e colher informações para subsidiar um estudo sobre seu funcionamento. Em junho do ano passado, a diretoria da AOJESP também visitou a Central Compartilhada da Freguesia do Ó, uma das pioneiras a fazer parte do “Fluxo Digital”.

Na ocasião, os Oficiais disseram que receberam novas atribuições e que aumentou o tempo de permanência dentro do fórum. Em contrapartida, o Tribuna de Justiça diz que trabalha para minimizar os problemas técnicos, tornar o trabalho mais ágil e dar maior celeridade aos processos.

A AOJESP está estudando propostas que tragam melhorias para a rotina de trabalho dos Oficiais de Justiça e do funcionamento do fluxo digital. 



Leia a íntegra do Comunicado:

COMUNICADO CONJUNTO Nº 808/2018

(Processo CPA nº 2009/70585)

A Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e a Corregedoria Geral da Justiça COMUNICAM aos Magistrados, Dirigentes e Servidores das Unidades Judiciais dos Foros Regionais e das Comarcas que forem atingidos pela expansão do Projeto “CENTRAL DE MANDADOS DIGITAL” a observarem as orientações que seguem:

1 – O projeto tem como objetivos: (i) introduzir o sistema SAJ e o conceito de fluxo e filas de trabalho para os Oficiais de Justiça e Centrais de Mandados: e (ii) integrar os Oficiais de Justiça na tramitação eletrônica de processos e documentos.

2 - Para o Projeto “Central de Mandados Digital”, a impressão dos mandados será feita pelos próprios Oficiais de Justiça, bem como a digitalização dos mandados positivos e documentos por eles gerados, não se aplicando, neste particular, o disposto no artigo 1.251 das NSCGJ.

3 – Ficam orientados os cartórios das unidades envolvidas de que nos 02 (dois) dias que antecedem ao início das atividades só deverão emitir mandados urgentes.

4 – Os Manuais para os Cartórios, Seções Administrativas de Distribuição de Mandados e Oficiais de Justiça serão encaminhados para o e-mail institucional das unidades que integram a expansão do projeto.

Dúvidas poderão ser dirimidas no e-mail: spi.diagnosticoeimplantacao@tjsp.jus.br

InfoJus BRASIL: Com informações da Aojesp

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Fojebra participa do Encontro Estadual dos Oficiais de Justiça da Paraíba

Ocorreu neste fim de semana o I Encontro Estadual de Oficiais de Justiça da Paraíba, na cidade de Souza. Diretores da Fojebra participaram do encontro regional onde o evento contou com a participação de diversas Entidades Classistas do Brasil, inclusive de Oficiais de Justiça Federais.

Para o presidente da FOJEBRA Edvaldo Lima, novos encontros devem ser fomentados, pois a interação e intercâmbio entre o Oficialato engrandecem e fortalecem a categoria. Diversas palestras foram ministradas, inclusive por Oficiais mestres e doutores.

O Sindojus-PB proporcionou aos colegas do interior do Estado da Paraíba essa integração com o Brasil, declarou o Diretor de assuntos legislativos da Federação Joselito Bandeira.

A Secretária Geral da FOJEBRA, Asmaa Hendawy, palestrou aos seus pares, sobre a importância da aplicação das técnicas de avaliação de bens e o seu correto uso, pelo Oficial de Justiça. Segundo à Oficiala, os Oficiais de Justiça no uso das atribuições decorrentes de Lei Federal, são investidos das funções de peritos quando exercem as atividades de Exame, Avaliação e Vistoria, e assim devem pautarem-se, devendo garantir a lisura do ato que se configura no laudo produzido pelo Oficial de Justiça, o qual, segundo a palestrante, constitui meio de prova nos autos do processo, tendo o condão de nortear diversos comandos judiciais do magistrado. A Secretaria Geral da FOJEBRA, sustenta e exorta os colegas ao empoderamento das atividades de Avaliação de Bens e Leilão Judicial, e pede aos Oficiais que busquem o conhecimento para exercerem corretamente as suas atribuições processuais e garantir ao jurisdicionado uma justiça com a qualidade que o Judiciário requer.

O presidente da FOJEBRA falou da importância do reconhecimento das atividades inerentes aos Sindicatos, os quais, segundo Edvaldo Lima, tem se superado na garantia das suas finalidades e adotado linhas de amparo e atendimento aos sindicalizados, inclusive através do exercício de atividades como acolhimentos social, psicológico e jurídico, visando assegurar e defender as prerrogativas destes Servidores perante os Poderes Constituídos pela República Federativa do Brasil. O Presidente da Federação sustentou que o fortalecimento das Entidades Classistas é responsabilidade também das suas bases. Todos os Oficiais de Justiça que palestraram reforçaram a necessidade de capacitação profissional da Categoria como forma de garantia da existência da função e de cumprimento dos princípios, direitos e prerrogativas prometidos pela Constituição Federal do Brasil à sociedade brasileira.

O Presidente da entidade Anfitriã, Benedito Venâncio, agradeceu a presença de todos os participantes e encerrou o evento satisfeito com o que fora proporcionado aos Oficiais de Justiça da Comarca de Souza e da Região Paraibana.

InfoJus BRASIL: Com informações da Fojebra

sábado, 5 de maio de 2018

PM e bombeiro são presos após se passarem por oficial de Justiça no Maranhão

Raylson Bezerra Carvalho e Jackson Pereira da Silva vão responder por extorsão, associação criminosa e porte de arma de fogo de uso restrito.

Por Bom Dia Mirante, G1 MA

Um policial militar do Maranhão e um soldado do Corpo de Bombeiros do Pará foram presos em Açailândia, a 562 Km de São Luís, depois de se passarem por oficial de Justiça. Com o PM e o soldado a polícia apreendeu três pistolas e munição.

De acordo com a polícia, o policial militar Raylson Bezerra Carvalho e o soldado do Corpo de Bombeiros Jackson Pereira da Silva após se identificarem como sendo militares e de posse do suposto mandado de busca e apreensão do carro informou a vítima que o veículo seria encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Imperatriz, a 626 Km da capital, onde seria realizada uma perícia.

Depois de entregar o veículo para os suspeitos, a vítima, que não teve a sua identidade revelada, decidiu informar a Polícia Militar de Açailândia que conseguiu localizar e efetuar a prisão dos envolvidos.


O delegado Murilo Lapenda disse que a documentação e a forma como a apreensão foi feita levantou a suspeita das vítimas que procuraram a polícia. “A documentação e a forma como essa apreensão foi feita levantou a suspeita das vítimas que procuraram a polícia para se informar e mostraram um documento que havia sido apresentado por esse suposto oficial de Justiça. Uma documentação que apesar de ter as características do carro, a placa e o chassi não tinha qualquer relação com o mandado de busca e apreensão”.

Os dois militares foram encaminhados a 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Açailândia para prestar mais esclarecimentos. Com eles foram encontradas três pistolas de uso das forças armadas e munição.

O delegado Murilo Lapenda revelou que os militares alegaram que tomaram o carro da vítima pela cobrança de uma dívida. “Eles alegaram que tomaram o carro da vítima pela cobrança de uma dívida. A cobrança de uma dívida desse policial, mas o que ficou caracterizado na realidade foi a extorsão praticada com o uso de arma de fogo. Não se verificou a existência de busca e apreensão do veículo, apesar dele ser financiado, e uma possível associação criminosa, já que havia a notícia da participação de um terceiro indivíduo que perseguiu o veículo da vítima e levou os conduzidos, o policial militar e o bombeiro militar, até o local da apreensão”.

Os suspeitos foram presos e vão responder por extorsão, associação criminosa e porte de arma de fogo de uso restrito.

Fonte: G1 Maranhão

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