sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Escola Superior da Magistratura do Pará oferece o curso "Oficial de Justiça Pacificador Social"

Os Oficiais de Justiça do Pará, Edvaldo Lima e Carmen Sisnando, em parceira com a Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará desenvolveram projeto piloto que promete aprimorar o perfil do Oficial de Justiça na pacificação social. O curso será ministrado em diversas cidades do Pará. Outros tribunais já entraram em contato com Lima demonstrando interesse no projeto.


CURSO “CAPACITAÇÃO OFICIAL DE JUSTIÇA PACIFICADOR SOCIAL”

1. DAS INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O CURSO

1.1 Período de Inscrição: 06 a 16 de setembro 2018 via site da ESMPA.
1.2 Público Alvo: Oficiais de Justiça do Poder Judiciário do Estado do Pará.
1.3 Finalidade: Programa de Aperfeiçoamento
1.4 Número de Vagas: 50 (cinquenta) vagas
1.5 Data de Realização: 17 a 21 de setembro de 2018.
1.6 Horário: 15h30 às 19h (intervalo 10’)
1.7 Carga Horária Total: 20 horas-aula
1.8 Local: Escola Superior da Magistratura, situada à Trav. Quintino Bocaiuva, 1404 – Nazaré – Belém – Pará. Telefone: (91) 3110-6800 (A Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará, não dispõe de vagas de estacionamento para os discentes dos cursos ofertados. Estas são de uso exclusivo dos servidores da Escola e docentes convidados).

1.9 Modalidade: Presencial

1.10 Docentes:

Especialista Carmen Sisnando: Graduada em Pedagogia – Administração Escolar e Licenciatura Plena, Doutoranda em Constelação Sistêmica em Portugal, Especialista em Gestão Empresarial, Terapeuta Familiar, Psicanalista, Cool Hunter, Master Coaching Internacional e Consteladora Sistêmica Internacional pela Universidade Emílio Cárdenas e Talent Manager, México. Pesquisadora em Desenvolvimento Humano com metodologia própria. Formação em Neurociência pelo Synapsis Acadêmico. Certificada pelo Instituto Internacional Coach Federation e Coutinuing Coach Educacion, EUA. Primeira Brasileira a ser Certificada em Coaching pelo Instituto Japonês, Japão. Formação Internacional em Constelação Familiar pelo ISPAB, Alemanha. Formação em Cura Emocional pelo École de Lumiere, França. Palestrante em Congresso Nacional da Justiça Federal, Justiça Estadual e Defensoria Pública sobre Constelação Sistêmica e Palestrante em áreas diversas como: Pedagogia Sistêmica, Felicidade, Valorização Pessoal, Liderança, Direito Sistêmico dentre outros. Formação em Constelação Familiar com Bert Hellinger, o criador da Constelação Familiar. Instrutora de Pós-Graduação na Faculdade DEVRY, Oficial de Justiça no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, onde idealizou e implementou o Projeto Constelação Familiar que funciona no NUPEMEC/PA.

Bacharel Edvaldo Lima: Bacharel em Direito, Jornalista, Formando em Constelação Jurídica, Palestrante Direito Sistêmico e Oficial de Justiça no Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

Mais informações no site da Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará ou clique AQUI.

InfoJus BRASIL: Com informações da ESMPA

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Gramado (RS) sediará o XII Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Federais

A Cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, sediará o XII Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (XII Conojaf) que será realizado em Setembro de 2019.

A escolha de Gramado para sediar o próximo Conojaf ocorreu nesta quinta-feira (06/09) por votação dos oficiais de Justiça reunidos no XI Conojaf em Teresina (PI). 

O XI Conojaf iniciou no dia 04 e termina nesta quinta (06) e teve a participação de mais de 200 oficiais de Justiça de todo o Brasil.

Infojus BRASIL: Direto de Teresina (PI)

Futuro do Judiciário e do Oficial de Justiça é debatido na manhã desta quinta no Conojaf



O Futuro do Poder Judiciário e dos Oficiais de Justiça foi debatido na manhã desta quinta-feira (06) durante o XI Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF), em Teresina (PI).

A pauta foi apresentada pelo assessor jurídico da Fenassojaf Dr. Rudi Cassel, que iniciou apresentado uma tabela comparativa dos Códigos de Processo Civil de 1973 e de 2015, com uma análise das diferenças estabelecidas na nova lei para as atribuições dos Oficiais de Justiça. 

O advogado abordou o Projeto de Lei nº 9609/18, apresentado pelo deputado Efraim Filho (DEM/PB), que estabelece a função de mediador e conciliador para o Oficial de Justiça. Para o assessor jurídico, é necessário fazer a reflexão quanto à realização de discussões sobre pautas específicas do oficialato para demonstrar a importância do segmento no processo estratégico do Poder Judiciário para uma garantia do futuro dos Oficiais de Justiça.

“É necessário refletir que tipo de atribuição o Oficial de Justiça deve exercer e qual é a importância dela para o processo estratégico do Judiciário”, disse.

“Sair batendo no projeto é favorável para o oficialato? São questões que precisam ser trazidas e é preciso perder o medo de se discutir essas pautas”, completou.

Ao abrir a fala para os participantes do XI CONOJAF, os presentes opinaram sobre o futuro do Oficial de Justiça com a utilização das ferramentas eletrônicas, o recebimento da Gratificação de Atividade Externa (GAE) e a abertura de concursos públicos para o cargo.

Também consideraram que existe uma grave ameaça contra os Oficiais de Justiça que, cada vez mais, estão exercendo atividades internas. “Partindo dessa realidade, é importante analisar qual é o futuro que o oficialato almeja”.

O Oficial de Justiça Hélio Diogo chamou a atenção para a luta dos Oficiais de Justiça e a baixa adesão associativa dos Oficiais que ingressaram recentemente na carreira. O Oficial de Minas Gerais também questionou o que está vem sendo feito pela paridade e integralidade, no fortalecimento da carreira. 

João Paulo Zambom, Oficial do TRT da 15ª Região, ponderou que as novas atribuições estão acontecendo, via projeto de lei ou ato administrativo, e serão iminentes ao cargo. “Cabe a nós sermos protagonistas dessa situação. O que nós não podemos fazer é vincular a questão remuneratória a essas novas atribuições. E não podemos nos esquecer das diferenças existentes nas diversas regiões do país”, disse.

Ao retomar a palavra, Dr. Rudi agradeceu a participação e o debate em mais um Congresso Nacional e destacou a importância das contribuições e exposições apresentadas na conversa ocorrida nesta manhã.

De Teresina (PI), Caroline P. Colombo

Infojus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

Luta pela valorização do Oficial de Justiça foi tema do último painel desta quarta-feira no XI CONOJAF

A luta pela valorização do Oficial de Justiça foi o tema do último painel desta quarta-feira (05) em Teresina (PI). O debate foi conduzido pelo Oficial de Justiça do TJDFT Gerardo Alves Lima Filho, vice-coordenador regional da Fenassojaf e presidente da Aojus; e pelo Oficial do TRT-2 Thiago Duarte Gonçalves, presidente da Aojustra.

Gerardo iniciou falando dos atuais combates e pleitos dos Oficiais de Justiça que, em sua maioria, não avançam. De acordo com ele, o que falta é o poder político do segmento dentro dos tribunais. “Nós precisamos disputar dentro dos tribunais”, enfatizou.

O dirigente da Aojus falou sobre a realização da greve dos Oficiais de Justiça do TJDFT, ocorrida em março deste ano, que pleiteava “melhorias absolutamente justas, que não envolviam reajuste salarial, mas garantias de qualidade para o oficialato”. 

Na sequência, Gerardo ressaltou a necessidade das entidades associativas diante do momento vivenciado pelo Judiciário Federal. “Entretanto é preciso disputar poderes. Infelizmente nós estamos alijados no espaço que irá discutir o futuro do oficialato. Sempre a Administração fica com a maioiria das cadeiras e nós é que somos a maioria do Judiciário. Nós temos que exigir e construir esse espaço”, repetiu. 

Segundo o palestrante, a sociedade brasileira vive em uma democracia onde pessoas são eleitas para dicidirem o futuro do país. “Nós precisamos participar dessa escolha dentro dos tribunais, temos que conquistar esse espaço para escolher aqueles que decidirão e terão compromisso conosco”.

Sobre a atuação representativa, Gerardo Alves destacou a necessidade de avanço, através de uma atuação organizada e articulada. 

“Por que não existe nenhum servidor que seja conselheiro no Conselho Nacional de Justiça se são eles que irão decidir a nossa vida? Nós não pedimos várias vagas, mas pelo menos uma voz que demonstre o dia a dia do Oficial de Justiça. Nós conhecemos a Justiça em concreto. Essa é a nossa diferença do magistrado”, completou.

Na opinião do Oficial de Justiça, o cenário para o próximo ano não é favorável para os servidores públicos, “mas é preciso empenharmos todas as forças para darmos esperança para colegas do Brasil inteiro”, finalizou. 

Neste mesmo sentido, o presidente da Aojustra Thiago Duarte Gonçalves chamou a atenção sobre questões como a estabilidade no serviço público e a Reforma da Previdência. “Os Oficiais contribuem com 11% em sua maoria e possuem idade mínima para a aposentadoria”.

O Oficial da 2ª Região também abordou o direito de greve e a Emenda Constitucional nº 95 que determinou o teto dos gastos públicos. 

Ao falar sobre a precarização das Centrais de Mandados que já ocorre no Rio Grande do Norte e na 2ª Região (SP), Gonçalves enfatizou ser necessário analisar que o que está sendo feito através das entidades ainda não é o suficiente para conquistas. “É preciso repensar o modelo da política associativa e sindical para que seja uma política de maioria e força”.

Especificamente sobre a atuação pela valorização dos Oficiais de Justiça do TRT de São Paulo, Thiago relembrou a publicação do Ato GP-CR nº 05/2017, que realocou 1/3 dos Oficiais de Justiça para as Varas do Trabalho, gerando a quebra da isonomia entre os Oficiais de Justiça. 

De acordo com ele, outros pontos que foram questionados pela Aojustra à época foi uma possível redução salarial para os Oficiais lotados nas VTs, o desvio de função institucional da carreira e o prejuízo na eficiência da execução. 

Em sua fala, ele também lembrou a realização da greve dos Oficiais de Justiça do TRT contra a medida e destacou a necessidade de se desmistificar o estigma de que o Oficial de Justiça trabalha pouco ou não trabalha.   

Um ano depois do Ato 05 – Segundo Thiago Gonçalves, um ano depois da publicação do Ato 05, a Administração do TRT-2 não apresentou nenhuma justificativa para a decisão. Através da apresentação de dados obtidos junto à Ouvidoria do Regional, o presidente da Aojustra demonstrou a sobrecarga de trabalho, bem como as consequências deste fato, para os Oficiais lotados na Central de Mandados de São Paulo. 

Quanto aos colegas lotados nas VTs, o painelista explicou que, em sua maioria, eles fazem essencialmente serviço interno e raramente cumprem mandado externamente. 

De acordo com ele, a perspectiva da Aojustra é a de que a nova Administração do Tribunal da 2ª Região, que será empossada em outubro, ouça os Oficiais de Justiça e volte a analisar o Ato 05/2017. Outra consequência apontada pelo dirigente foi a quebra da união entre os Oficiais de Justiça, com a força associativa um pouco mitigada. “Hoje o nosso poder de mobilização está mitigado”, disse.

Por fim, o presidente da Aojustra explicou que Assembleia realizada pela associação decidiu manter o recurso interposto junto ao CNJ contra o regulamento do TRT e, em uma estratégia paralela, conversar com a próxima gestão, além de estudar casos análogos para que dados paralelos possam ser apresentados à Administração. “É preciso coesão entre os Oficiais de Justiça para combater esse possível epidemia iniciada pelo TRT-2”, finalizou.

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações do Sindojus-DF

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Oficial de justiça é agredida ao tentar cumprir mandado de intimação em MT

Filha de intimado ainda ameaçou e xingou a vítima e agrediu PMs, em Chapada dos Guimarães

Uma oficial de justiça identificada como E.C., de 43 anos, registrou um boletim de ocorrência após ser agredida e ameaçada por uma mulher quando tentava cumprir um mandado de intimação. O caso aconteceu nesta quarta-feira (5), em Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá).

Ao delegado Marcelo de Melo de Laet, da Polícia Civil, a vítima contou que foi até à casa de D.F. para intimá-lo, quando foi recebida pela filha dele.

A mulher, então, teria informado que o seu o pai não estava no local e, ao ouvir da funcionária pública de que havia uma intimação no nome dele e o motivo, teria se alterado e passado a xingar a vítima,

"Toda semana é essa palhaçada e toda semana vem esses oficiais filhos da p... encher o saco”, gritava a mulher, segundo o relato da vítima.

A reportagem não conseguiu localizar o processo ao qual a intimação faria referência. No entanto, de acordo com a vítima, a suspeita dizia que o pai "não havia pego dinheiro de ninguém" e continuou a xingá-la na porta da casa.

Ainda no relato feito ao delegado, a oficial de justiça afirmou que tentou explicar que estava apenas cumprindo o seu serviço e que, diante do desacato, iria acionar a Polícia Militar.

Nesse momento, a suspeita abriu o portão de casa e teria passado a agredir a servidora, puxando os cabelos da vítima e jogando-a no chão.

De acordo com a vítima, vizinhos ouviram a confusão e conseguiram conter a filha do homem a ser intimado. No entanto, ela conseguiu pegar o celular da oficial de justiça e escondeu o aparelho dentro da residência, para impedi-la de chamar a PM.

Na sequência, conforme o relato, a suposta agressora voltou a ameaçar a oficial de justiça para que entregasse as chaves do carro dela, "senão iria quebrá-la toda", retornando para dentro da casa, em seguida.

Ameaça a PMs

Os vizinhos, então, ajudaram a vítima a retirar o veículo de frente da casa e aguardaram a chegada da PM.

Quando os policiais militares chegaram ao imóvel da suspeita, e encontraram lavando roupa tranquilamente.

Ao ser abordada, a mulher passou a também xingar os PMs, chegando a agredi-los na tentativa de resistir à prisão e rasgando a farda de um deles.

A mulher ainda disse que "era parente de um coronel que iria f... com a vida dos policiais" e se negou a devolver o celular da vítima.

Já algemada e no momento em que saíam da casa, a mulher teria dito à vítima que ela "não iria amanhecer viva, que iria matá-la e que ela ia pagar pelo o que estava acontecendo".

Já na delegacia, o pai da mulher apareceu e foi intimado da ação. Ele também pediu desculpas à oficial de justiça e informou que não é a primeira vez que sua filha agride pessoas.

Ele também pediu à filha para que falasse onde escondeu o celular da vítima. O aparelho foi recuperado pelos militares e entregue à oficial de Justiça.

O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

Déficit de 131 Oficiais de Justiça afeta 61 municípios cearenses

A causa da morosidade no judiciário cearense passa por vários fatores, entre eles a carência de servidores. Enquanto isso, há 26 vacâncias de Oficiais de Justiça, ou seja, cargos já criados por lei, com recursos previstos no orçamento

Nota publicada no dia 1º de setembro
no jornal Diário do Nordeste
CNJ aponta: a justiça cearense é a mais improdutiva do País. O dado reflete o que na prática sente a população, com uma justiça cada vez mais lenta, incapaz de dar à sociedade um retorno com a rapidez que os processos demandam. A causa da morosidade no judiciário passa por vários fatores, entre eles a carência de servidores. Em todo o Estado há um déficit de 131 Oficiais de Justiça. São 61 municípios com o quadro totalmente defasado. Destes, quatro estão sem oficiais: Iracema, Jaguaretama, Senador Pompeu e Solonópole, onde os processos estão completamente parados, já que não há quem cumpra as decisões judiciais.

A carência de Oficiais de Justiça, somada a uma demanda que cresce exponencialmente, resulta em sobrecarga de trabalho. Por conta disso, muitos estão adoecendo, tendo que se afastar do trabalho para tratarem de suas saúdes. O problema poderia facilmente ser resolvido, desde que houvesse sensibilidade da atual administração do Tribunal de Justiça do Ceará.

Existe um concurso em vigência cuja validade já expira neste mês de setembro, com 207 aprovados aptos a assumir. Há 26 vacâncias (14 do atual concurso e 12 de certames anteriores), ou seja, cargos já criados por lei, com recursos previstos no orçamento. Contudo, em vez de nomear aprovados, a administração do judiciário estadual ameaça remover compulsoriamente Oficiais de Justiça, transferindo-os para cidades distantes de onde trabalham, desestruturando famílias inteiras e criando um clima de terror na categoria.

Além de injusta e ineficaz, esta atitude arbitrária do Tribunal de Justiça do Ceará revela-se completamente improdutiva e prejudicial à sociedade, pois deixaria ainda mais defasados os locais de onde esses servidores estariam sendo retirados.


InfoJus BRASIL: Com informações do Sindojus-CE

IX CONOJAF: Oficiala de Justiça chama a atenção para a necessidade da (Re)Construção da identidade profissional do Oficial de Justiça

A Oficiala de Justiça Asmaa Abduallah Hendawy foi a palestrante do segundo painel desta quarta-feira (05) do XI CONOJAF. Com o tema “Identidade e (Re)Construção Profissional”, a Oficiala da Justiça Estadual do Pará e representante sindical iniciou a palestra mencionando as peculiaridades em seu estado, onde algumas diligências dos Oficiais interioranos chegam a percorrer distâncias de até 800 km para dar cumprimento ao seu mister. Em que pese no Pará o Oficiais de Justiça terem uma resposta satisfatória por parte da Corte Paraense que promove os meios adequados ao deslocamento, no que se refere às diligências, as "condições são as mais diversas", frisou.

Segundo a palestrante, existem diversas identidades para os Oficiais de Justiça. “Existe a identidade que está relacionada a como a sociedade identifica o Oficial de Justiça, outra como a família identifica o Oficial de Justiça. Nós é que temos que criar e traduzir a nossa identidade”, afirmou. 

Ainda no tema de Assédio Moral e o Suicídio, painel anterior, Asmaa enfatizou ser um problema que envolve com frequência os Oficiais de Justiça e lembrou de um caso de suicídio ocorrido há dois meses com um Oficial da Justiça estadual do Pará. 

Para a Oficiala, o avanço tecnológico retira funções do oficialato, ao mesmo tempo em que também atribui novas funções para o cargo. “São altos índices de adoecimento físico e psicológico no meio do oficialato. O último levantamento apontou que o estado do Rio Grande do Sul liderava o ranking de maior número de adoecimento psicológico na Justiça Estadual”.

Para que nós nos reconstruamos psicologicamente é preciso que haja um equilíbrio, pois “o que não se resolve na mente, o corpo transforma em doença” completou.

Asmaa fundamentou que o ideal seria que o Poder Judiciário conhecesse as atividades e a realidade dos Oficiais de Justiça. “O problema enfrentado pelo oficialato também decorre da culpa do Oficial de Justiça que coloca em sua certidão apenas três linhas de como foi o cumprimento do mandado”.

Motivação, auto estima, valorização do potencial do Oficial de Justiça, a necessidade de se traçar metas, comportamento ético no cumprimento de mandados e humor foram listados pela painelista como itens necessários para a construção de uma identidade humana e profissional.

Ao final, Asmaa disse que existem três formas de adoecimento: das agressões da natureza, das doenças hereditárias e das relações entre os seres, sendo esta a mais perversa. “Construir boas relações antes de criticar um colega faz parte da reconstrução da identidade”, finalizou.

De Teresina (PI), Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

Palestra sobre assédio moral e suicídio abrem os trabalhos do XI Conojaf em Teresina

O segundo dia de XI CONOJAF em Teresina (PI) foi iniciado, nesta quarta-feira (05), com a palestra sobre Assédio Moral e Suicídio – Prevenção e Pósvenção. A palestra foi proferida pelo psicólogo Joaquim Rodrigues de Morais Netto, também voluntário do Centro de Valorização da Vida de Teresina.

Antes da explanação, a diretora de comunicação e informática da Fenassojaf Paula Drumond Meniconi explicou que a ideia de se incluir o tema ‘suicídio’ na programação do XI Congresso Nacional partiu da necessidade de o quanto é difícil abordar esse tema “e até mencionar a palavra suicídio”. Paula disse que o que a chamou a atenção foi um post do Oficial de Justiça Ivo Farias que dizia que “o filho de perde o pai é órfão, que a mulher que perde o esposo é viúva, mas o pai que perde uma filha não tem nome”.

Por fim, a diretora da Federação convidou os participantes a refletirem e falarem sobre o tema.

Na sequência, o presidente da Assojaf/PI Donato Barros Filho chamou a atenção para o cotidiano rodeado de pressões que afeta indiretamente todas as pessoas. Donato esclareceu que, quando da concepção da programação do XI CONOJAF, sentia faltava um tema humanístico. “Este é um Congresso que irá abordar a questão do ser humano e da nossa função de uma maneira sutil. Essa é a proposta, que façamos um Congresso diferente, que possamos discutir essa questão humanística e olística que atinge a todos”.

ASSÉDIO MORAL E SUICÍDIO

O painelista Dr. Joaquim Netto iniciou explicando que todas as pessoas são de pertencimento, “pois nós pertencemos àquilo que nos propomos a fazer”. De acordo com ele, esse olhar mais participativo está encontrando espaço e novas aberturas sobre o tema são muito importantes. “O Setembro Amarelo também tem essa função de incluir o tema em diversos debates”.

Sobre o Assédio Moral, o psicólogo afirmou que a prática é tão antiga quanto o trabalho e faz o servidor sentir-se ofendido, menosprezado, rebaixado, inferiorizado. “É a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras. Um ato isolado de humilhação não é assédio moral, é necessário uma repetição sistêmica da prática”.

Segundo o psicólogo, quem vira refém do trabalho e essa relação se torna danosa, trazem como consequência diversas reações, dentre elas, o surgimento de ideias suicidas e tentativas de suicídio.

Dados estatísticos apontam que mais de 800 mil pessoas no mundo tiram a própria vida por ano. É a segunda maior causa entre jovens de 15 a 29 anos. Cada suicídio tem impacto em, pelo menos, seis pessoas. No Brasil, a média é de 11 mil pessoas que cometeram o suicídio, sendo que entre 2011-2016, foram mais de 176 mil lesões autoprovocadas. A maior tentativa está entre mulheres, mas os homens são os que mais morrem por suicídio.

Dr. Joaquim apresentou os sinais de alerta para o suicídio, tais como, mudanças bruscas de comportamento, tristeza profunda, afastamento social, perda de prazer em atividades que anteriormente geravam prazer.

“A prevenção está em conhecer, falar a respeito, conhecer a si mesmo e pedir ajuda. Expressar é o primeiro passo para elaborar e ampliar a perspectiva e percepção”, disse.

Sobre a posvenção, o panelista explicu que o suporte ao luto e a prevenção aos enlutados também fazem parte de todo o processo que envolve o suicídio. Existem grupos de apoio e tratamento especializado que ajudam os enlutados e também aqueles que tiveram o suicídio frustrado. 

Participante do debate, o vice-presidente da Fenassojaf Isaac Oliveira chamou a atenção para a carga de negatividade que envolve o Assédio Moral, uma vez que é a consequência da submissão. O Oficial de Justiça explicou que o estudo do Assédio Moral partiu do questionamento das causas relacionadas ao número de casos de suicídio na área de saúde na Suécia. “Se o suicídio é a principal causa do assédio moral, o que nós, enquanto servidores públicos, estamos fazendo com relação a isso?”, questionou.

Para Isaac, é importante que os tribunas emitam regulamentações internas que, além de estabelecer formas de como se vestir ou comportar, trate do Assédio Moral no Poder Judiciário. “Os servidores precisariam assinar um termo, notificando sobre possíveis consequências para a prática do assédio nas relações de trabalho”.

Ainda de acordo com ele, muitas vezes, as pessoas não percebem que estão na cadeia do Assédio Moral, pois ele começa com questionamentos sobre a competência das atividades prestadas. Os traumas causados no assediado são os mesmos de vítimas de assaltos a mão armada. “O problema é que em um assalto a mão armada você pode nunca mais encontrar o assaltante. Já no caso do Assédio Moral, você encontra o assediador no outro dia”.

Por fim, o Oficial de Justiça aposentado do TRT da 2ª Região Ivo Oliveira Farias, enlutado do suicídio, contou que, em 2014, a filha mais velha dele foi vítima de suicídio. “A pessoa sempre é vítima de um suicídio”, enfatizou. Ivo contou que a forma como encontrou para prosseguir existindo, “porque vivendo não mais”, foi frequentar grupos de apoio. O aposentado explicou que o suicídio é chamado de tragédia silenciosa, uma vez que ninguém fala sobre o tema. “É um luto que coloca culpa e vergonha, pois o ente querido preferiu se suicidar ao ficar do lado daqueles que o amavam. E os que ficam, têm culpa por não terem percebido os sinais e também por não fazerem nada para evitar a tragédia”.

Ivo alertou que a pósvenção, assim como a prevenção, também é importante, pois é preciso cuidar daqueles que ficam. É preciso aprender a continuar vivendo e “eu fiz essa escolha. A militância sindical me preparou para essa decisão de abrir mão do anonimato e eu, logo nos primeiros meses, tomei essa decisão e comecei a fazer algo que nunca foi feito antes: comecei a falar sobre o assunto na imprensa”. 

No encerramento, o Oficial de Justiça enfatizou que a conscientização está fazendo com que as pessoas falem abertamente sobre o suicídio. “Hoje nós estamos verbalizando a palavra. Essa é a minha militância agora, a militância pela vida”, finalizou.

A continuidade do debate sobre Assédio Moral e Suicídio acontece nesta quinta-feira (06), quando os participantes do XI CONOJAF terão Roda de Conversa com o tema. A atividade acontece a partir das 9 horas. 

De Teresina (PI), Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

MOMENTO “IN MEMORIAN” PRESTA HOMENAGEM A OFICIAIS DE JUSTIÇA FALECIDOS EM 2018

A abertura do XI Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF) em Teresina (PI) teve o momento “In Memorian”, em homenagem a quatro Oficiais falecidos neste ano de 2018.

Através de um vídeo produzido pela Assojaf/PR, o Congresso falou sobre a vida e a carreira dos colegas Charles Agostini (ex-presidente da Assojaf-15), Milva Dany Malheiros Souza Araújo (ex-presidente da Assojaf-MT), Pedro de Melo Peixoto (fundador da Assojaf-PE) e Elisa Cristina Gois (Oficiala do PR). 

Antes da exibição, o presidente da Assojaf/PI Donato Filho destacou a importância dos colegas na luta e representatividade junto ao oficialato. “São colegas que não podem ser esquecidos e que lutaram por muitas conquistas”.

CLIQUE AQUI para assistir o vídeo “In Memorian” do XI CONOJAF

De Teresina (PI), Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Tudo pronto para o XI Conojaf em Teresina

A Fenassojaf e a Assojaf/PI realizam, a partir desta terça-feira (04), o XI Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF). Depois de meses de trabalho e reuniões para a organização do evento, tudo está pronto para receber as delegações de Oficiais de Justiça de todo o Brasil que estarão em Teresina (PI).

“Eu espero que todos venham de coração aberto para falarmos sobre "Identidade, Pertencimento e Participação", que são os temas deste Congresso”, afirma o presidente da Fenassojaf Neemias Ramos Freire. 

Segundo o presidente da Assojaf/PI e coordenador da Federação, Donato Barros Filho, a concepção do XI CONOJAF seguiu sugestão do Oficial João Leocádio da Assojaf/PR. “Em uma de nossas reuniões na Federação, ele me disse: “Donato queremos ouvir nossos colegas Oficiais. Convide Oficiais de Justiça para proferir as palestras”. Pensei muito nestas palavras e resolvi abraçar a ideia, e vi que temos muitos colegas com talentos e experiências para transmitir ao conjunto do oficialato, e que poderiam ser melhor aproveitados nos próximos congressos”.

“Serão debates mais "domésticos", digamos assim, pois teremos colegas falando para colegas e também uma palestra do assessor jurídico da nossa Federação, Dr. Rudi Cassel, que vai falar sobre as perspectivas para nosso futuro e para o futuro do Judiciário. Vamos tratar do Assédio Moral e Suicídio, aproveitando o Setembro Amarelo e também analisar e avaliar uma proposta de mudança na nossa organização, que é a Associação Nacional. Vamos procurar saber por que juízes, procuradores, delegados federais, defensores públicos federais, advogados federais, auditores fiscais e todas as carreiras de nível superior do serviço público federal se organizamos em Associações Nacionais e somente nós, Oficiais Federais, nos organizamos em associações por tribunais, estaduais ou interestaduais e federação”, completa Neemias.

Para ambos, a expectativa é para a realização de um grande Congresso. “Estimamos a presença de cerca de 180 pessoas de mais de 20 estados. Então haverá grande representatividade e uma ótima oportunidade de debatermos temas relevantes para o futuro dos Oficiais de Justiça”, afirma o presidente da Fenassojaf.

Já o anfitrião Donato diz que a sensação é de desafio, pois este é o primeiro CONOJAF realizado no estado do Piauí. “Contudo, nos empenhamos no sentido de fazer o melhor em todos os aspectos do evento e para isso tivemos o importante apoio da Fenassojaf, da Qualité Eventos e de vários colegas Oficiais de Justiça do país. Nossa expectativa desde o primeiro momento é aquele sentimento que temos quando vamos receber pessoas muito queridas e importantes em nossa casa”.

Primeiro CONOJAF da atual diretoria da Fenassojaf – Este será o primeiro Congresso Nacional promovido pela atual diretoria da Federação. Para o presidente Neemias Ramos Freire, apesar de ser o primeiro à frente da Fenassojaf com responsabilidade diferentes dos anteriores, “com exceção do primeiro Encontro Nacional que criou a Fenassojaf, participei de todos os demais até agora, ininterruptamente. São mais de 20 anos de Encontros Nacionais, numa primeira fase, e Congressos, de 2008 para cá”, lembra.

Ao ser convidado a deixar uma mensagem aos participantes do XI CONOJAF, Neemias disse esperar que os Oficiais absorvam do clima de amizade e companheirismo que costuma imperar nos Encontros e Congressos do oficialato “e entendam que, acima de tudo, partilhamos dos mesmos problemas e das mesmas dificuldades em nosso dia a dia, apesar das diferenças regionais e culturais que, ao contrário de nos dividir, nos aproximam e nos encantam”. 

No mesmo sentido, Donato Barros Filho conclamou os participantes à reflexão sobre o tema do Congresso “Identidade, Pertencimento e Participação, “e que ao final os Oficiais de Justiça vejam que não estão sozinhos, que aprendam com a troca de experiências com os colegas das diversas regiões, que façam novas amizades, que vejam a necessidade de discutir novas atribuições ao cargo, que se sintam orgulhosos da sua função, que despertem para a necessidade de participar juntamente com a Federação e as Assojafs locais da necessidade de defesa do nosso cargo”. 

“Que levem deste Conojaf em Teresina a experiência de compartilhar alguns momentos com colegas que saberão ouvir e entender suas experiências e emoções. E que voltem sempre a participar dos nossos Congressos e Encontros Regionais pelo país afora”, finaliza o presidente da Fenassojaf, Neemias Ramos Freire.

De Teresina (PI), Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

Conselho de Representantes da Fenassojaf se reúne nesta terça-feira em Teresina

O Conselho de Representantes da Fenassojaf se reúne, nesta terça-feira (04), em Teresina (PI). Segundo o Edital de Convocação publicado em 20 de julho, os presidentes das Associações filiadas se encontrarão no Gran Hotel Arrey, localizado na Rua Jaime da Silveira, 433, São Cristóvão, em Teresina.

Dentre os temas a serem abordados, os presentes farão uma avaliação sobre o trabalho desempenhado pelo reajuste da Indenização de Transporte e da realização dos Encontros Regionais e do Primeiro Encontro Nacional de Oficiais aposentados.

Outros itens em pauta são o encaminhamento da proposta de criação de Associação Nacional, alterações no Estatuto da Fenassojaf e informes da diretoria e das associações filiadas.

A reunião acontece das 10h às 17h.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

I Encontro de Qualificação de Núcleos de Pesquisas Patrimoniais da Justiça do Trabalho será no CSJT

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) promove o I Encontro de Qualificação de Núcleos de Pesquisas Patrimoniais da Justiça do Trabalho. O objetivo é aprimorar a qualificação de magistrados e servidores que trabalham nos núcleos de pesquisas patrimoniais em virtude das modificações recentes no sistema financeiro nacional e no sistema bancário. O evento será realizado nos dias 11 e 12 de setembro, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), no auditório do 1º andar do bloco B, das 8h às 18 h.

De acordo com o juiz do trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, Marcos Vinícius Barroso, integrante da Comissão Nacional da Efetividade da Execução Trabalhista, o encontro também promove o atendimento de demandas represadas dos núcleos em matéria de conhecimento. "Um exemplo são investimentos reativos no exterior e análises de massas de dados nos casos de afastamento sigilo bancário e outros dados fornecidos por diversos órgãos", explica. O presidente do CSJT e do TST, ministro João Batista Brito Pereira, e o coordenador da Comissão Nacional da Efetividade da Execução Trabalhista, ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, participam da abertura.

Segundo o juiz, haverá uma apresentação sobre tipologias dos lançamentos que constam dos extratos bancários. "Algumas instituições financeiras irão tratar sobre esse assunto para agregar conhecimento ao trabalho dos núcleos", comenta.

O que são os Núcleos de Pesquisas Patrimoniais (NPPs)?

A Justiça do Trabalho implantou em todos os 24 Tribunais Regionais do Trabalho Núcleos de Pesquisas Patrimoniais (NPPs).  Eles consistem em unidades de inteligência voltadas para a identificação de patrimônio de devedores em processos trabalhistas, a fim de garantir a execução das sentenças.

A medida foi apresentada pela Comissão Nacional de Efetividade da Execução Trabalhista como forma de agilizar a solução de processos nessa fase. Ela leva em consideração, principalmente, a dificuldade das Varas do Trabalho (juízo em que se dá a execução) em realizar a pesquisa e a execução patrimonial de determinados devedores. Os núcleos foram criados no âmbito dos TRTs e são coordenados por um ou mais juízes do trabalho que estão habilitados a atuar em todos os processos dos Tribunais Regionais.

Como funciona a Pesquisa Patrimonial

A fim de localizar bens passíveis de penhora para o pagamento de dívidas, os núcleos trabalham mediante convênios e parcerias com instituições públicas, que funcionam como fontes de informação de dados cadastrais ou oferecem cooperação técnica. O BacenJud e o RenaJud, por exemplo, resultam de parcerias firmadas com o Banco Central e o Denatran, respectivamente. 

Os núcleos ainda elaboram estudos sobre técnicas de pesquisa, investigação e avaliação de dados e sobre mecanismos e procedimentos de prevenção, obstrução, detecção e de neutralização de fraudes à execução, produzindo relatórios dos resultados obtidos e gerando banco de dados com essas informações. Os juízes também poderão realizar audiências úteis às pesquisas em andamento, até mesmo de natureza conciliatória.

Fonte: CSJT

domingo, 2 de setembro de 2018

Projeto de lei atribui a oficial de Justiça competência para fazer conciliação

O contato direto com os jurisdicionados capacita o oficial de Justiça para lidar com os conflitos, agindo com conhecimento jurídico na condição de conselheiro ou orientador. É o que defende o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB) em um projeto de lei. 

O PL 9.609/18 altera o novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/15) e atribuiu ao oficial de Justiça a competência para fazer conciliações e mediações no âmbito de processos judiciais. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara.

De acordo com o deputado, a proposta não causará aumento de custos para os tribunais, pois os oficiais de Justiça já compõem o quadro de funcionários, o que não gera despesas acessórias para o orçamento.

Para o parlamentar, a Lei dos Juizados Especiais (9.099/95) diz que conciliadores são contratados pelos tribunais sem o vínculo de permanência e, “em muitos tribunais, sem sequer se submeter ao crivo de um processo seletivo”.

“Assumindo o oficial de justiça a atribuição de conciliador e mediador, os tribunais poderão preterir a contratação de conciliadores alheios aos seus quadros efetivos, pois já os terão o suficiente em seus bancos de recursos humanos”, diz Efraim Filho. Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara dos Deputados.

Clique aqui para ler a proposta.

Fonte: Revista Consultor Jurídico, 2 de setembro de 2018, 10h07

sábado, 1 de setembro de 2018

Condenado por homicídio ameaça juiz e joga garrafa em sua direção após ouvir a sentença

Um homem de 25 anos, identificado como Odinei Batista de Jesus, foi detido na noite da última sexta-feira (31), durante o próprio julgamento, quando, após ouvir a sentença, arremessou uma garrafa de água em direção ao juiz Bruno Cesar Singulani França, 33. Ele ainda ameaçou o magistrado e todos os jurados de morte.

De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, o julgamento acontecia na Câmara de Vereadores de Nova Monteverde (953km de Cuiabá), por volta das 20h55. Logo após o juiz dar a sentença (por crime de homicídio), quando o condenado estava prestes a ser algemado, conseguiu se soltar dos agentes penitenciários e jogou uma garrafa d’água em direção ao juiz.

Odinei ainda gritou: “Filho da puta, desgraçado, você merece morrer, vocês jurados, merecem morrer”. Logo depois, ele foi contido pelos agentes, oficiais de justiça e pela guarnição da Polícia Militar que fazia a segurança do local. O magistrado, então, deu voz de prisão ao mesmo.

Ele foi algemado e conduzido para o camburão. Posteriormente, foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Judiciária Civil (PJC) para demais providências. Odinei foi acusado de desacato (consumado), ameaça (consumado), injúria (consumado) e lesão corporal (tentado).

InfoJus BRASIL: Com informações do Portal "Olhar Direito"

Morosidade do judiciário e falta de Oficiais de Justiça no Ceará são destaque na mídia

Quem depende da Justiça enfrenta uma dura realidade seja na capital ou no Interior do Estado. Para o presidente do Sindojus-CE, a situação poderia ser diferente, caso a Judiciário Estadual convocasse os 207 aprovados

O Ceará tem o sistema judiciário mais lento do País, segundo relatório “Justiça em Números 2018”, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Quem depende da Justiça enfrenta uma dura realidade seja na capital ou no Interior do Estado. Para o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), Vagner Venâncio, a situação poderia ser diferente, caso a Judiciário Estadual convocasse 207 Oficiais de Justiça aprovados em concurso.

Em entrevista aos jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida na edição desta quinta-feira (30) do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior), Venâncio destacou que a demora maior na resolução de ações na Justiça Estadual – atualmente o Estado conta com 1.165.743 ações pendentes de julgamento – se deve a uma série de fatores, mas que é o principal é a baixa quantidade de servidores nas unidades judiciárias, especialmente de Oficiais de Justiça.

De acordo com o presidente do Sindojus-CE, o Ceará apresenta uma carência de 131 Oficiais de Justiça, profissionais responsáveis pela entrega de ordens judiciais despachadas pelos juízes. Venâncio alerta que esses profissionais estão cada vez mais sobrecarregados, já que recebem, em média, 200 ordens judiciais para entregarem por mês.

Além disso, o presidente do Sindojus-CE lembra que, mesmo com 640 oficiais de justiça no Estado, quatro comarcas – Solonópole, Iracema, Senador Pompeu e Jaguaretama – não possuem Oficiais de Justiça. Assim, oficiais são deslocados de Fortaleza, que concentra 55% dos profissionais no Estado, para essas cidades, a fim de dar vazão a grande quantidade de ordem judiciais que precisam ser cumpridas. Quando os oficiais retornam a Fortaleza, contudo, o problema volta a acontecer e os processos ficam empilhados à espera de entrega.

Confira AQUI a entrevista completa com o presidente do Sindojus-CE, Vagner Venâncio.

InfoJus BRASIL: Com informações do Sindojus-CE

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