Servidores públicos do Judiciário Federal
 realizaram há pouco, em frente ao edifício-sede da Justiça Federal em 
Belo Horizonte, um ato público de apoio à família dos servidores o 
oficial de justiça federal Daniel Norberto da Cunha, sepultado ontem 
(terça-feira, 29) em Contagem. Mais uma vez, com muita emoção, como 
ontem no sepultamento de Daniel, e todos vestidos de preto, e mandando 
um recado de indignação contra a violência que cerca os oficiais de 
justiça: “Basta!”
Infelizmente, poucos oficiais de justiça 
da Justiça Estadual puderam participar do ato, mesmo assim chegando 
quase no final, pois estavam na manifestação de todos os servidores da 
Justiça Estadual no Tribunal de Justiça, na tentativa de pressionar a 
administração para que a Revisão Geral Anual (data-base), Aumento 
Escalonado e Prêmio por Produtividade entrassem na pauta de votação da 
sessão da Corte Superior.
Ainda assim, o presidente do SINDOJUS/MG, Wander da Costa Ribeiro, o diretor
 administrativo Jonathan Porto do Carmo, e alguns colegas que haviam 
participado da manifestação no Tribunal, seguiram para a Justiça 
Federal, para se solidarizarem com os companheiros do Judiciário 
Federal. O presidente do SINDOJUS/MG fez, em síntese, o seguinte 
pronunciamento:
“Em Minas Gerais não existe segurança. Os
 bilhões arrecadados estão sendo desviados para execução de obras 
faraônicas. O ser humano não é prioridade para o governo do estado. Se 
parte dos bilhões que estão sendo arrecadados fosse destinada à 
segurança, talvez não estaríamos aqui lamentando o assassinato de um 
companheiro.
Trabalhamos em total insegurança. Não 
temos um colete, não temos porte de arma para proteger a nossa vida, não
 temos cursos para nos orientar. As administrações dos tribunais não nos
 dão os meios necessários para o nosso trabalho.
Não podemos aceitar essa violência e temos que levar essa mensagem à população para que ela não aceite as coisas como estão.
Eles (o Tribunal e o governo do estado) 
querem nos calar, nos reprimir, maqueando dados e  investindo, por 
exemplo, em obras de reforma de estádios. Porque não investem na 
educação? Porque não investem no ser humano. É porque o ser humano não é
 prioridade para eles.
É hora de nos unirmos, todos nós servidores, federais, estaduais, municipais, porque estão querendo acabar com a gente.
Não podemos aceitar esse joguinho de 
compadre. Vamos dar um basta nisso. Queremos transparência e publicidade
 na execução orçamentária. Temos o direito de sabermos disso.”
Fonte: SINDOJUS - MG 
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