quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Oficial de Justiça é alvo de disparos durante o cumprimento de mandado no Pará


15 de outubro de 2025 – Ipixuna (PA)

O Oficial de Justiça Matheus Rocha, da Comarca de Ipixuna, foi alvo de disparos de arma de fogo enquanto cumpria mandados judiciais na Comunidade Balalaica, interior do Pará. O servidor, que estava acompanhado por agentes da Guarda Civil Municipal, não sofreu ferimentos.

O ataque ocorreu durante o exercício regular de suas funções, evidenciando mais uma vez os riscos enfrentados diariamente pelos Oficiais de Justiça no cumprimento de ordens judiciais, especialmente em áreas afastadas e de difícil acesso.


Reações das entidades representativas

O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado do Pará (SINDOJUS-PA) manifestou solidariedade e apoio irrestrito ao colega e informou que prestará toda a assistência necessária, além de solicitar providências imediatas ao Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para garantir segurança e condições adequadas no cumprimento das diligências em todo o estado.

“Este episódio grave reforça a necessidade urgente de adoção de medidas concretas de proteção aos Oficiais e Oficialas de Justiça, que são essenciais para a efetividade das decisões judiciais”, declarou a entidade.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Rondônia (SINJUR) também expressou apoio ao servidor paraense e repudiou o ato de violência, destacando que o caso é um alerta para todo o país.

“Reiteramos nosso compromisso com a luta por melhores condições de trabalho e mais segurança para todos os agentes públicos do Judiciário. Nos unimos ao SINDOJUS-PA na cobrança por providências imediatas”, afirmou André de Souza Coelho, presidente do SINJUR.


O episódio soma-se a uma série de ocorrências recentes que evidenciam a vulnerabilidade dos Oficiais de Justiça, profissionais que atuam na linha de frente da Justiça brasileira, levando as decisões judiciais diretamente à sociedade e enfrentando riscos crescentes no exercício de sua missão.

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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Oficial de Justiça é mantido em cárcere privado durante cumprimento de mandado no Rio Grande do Sul


Um Oficial de Justiça da 4ª Região da Justiça do Trabalho foi vítima de agressão e cárcere privado durante o cumprimento de um mandado de citação, na tarde da última quinta-feira (9), no município de Alvorada (RS).

Segundo o relato constante na certidão juntada ao processo, o servidor foi recebido por um homem identificado posteriormente como Alexsandro, que afirmou que a empresa destinatária do mandado não funcionava mais no endereço indicado. Ao ser solicitado que apresentasse documentos que comprovassem a alegada mudança, o indivíduo recusou-se a fornecer qualquer comprovação.

Diante da negativa e da suspeita de obstrução, o Oficial de Justiça solicitou apoio da Brigada Militar. Nesse momento, o homem reagiu de forma violenta, fechando o estabelecimento e mantendo o servidor trancado por alguns minutos, o que configurou cárcere privado.

Após reabrir a loja, o agressor retirou o Oficial à força e reteve seus materiais de trabalho dentro do local. Apesar de não ter sofrido ferimentos físicos, o servidor relatou o ocorrido e deu voz de prisão em flagrante ao agressor, que foi conduzido pela Brigada Militar à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Alvorada.


Manifestação da Assojaf-RS

A Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais do Rio Grande do Sul (Assojaf-RS) manifestou total solidariedade ao colega e repudiou veementemente qualquer ato de violência, intimidação ou obstrução ao trabalho dos Oficiais de Justiça.

A entidade informou que acompanha de perto o caso e reforçou a necessidade de medidas concretas de segurança institucional para proteger os servidores que atuam em campo, muitas vezes em situações de alto risco.

“Episódios como este demonstram o quanto é urgente que o Poder Judiciário e as autoridades competentes adotem medidas efetivas de proteção aos Oficiais de Justiça, que cumprem ordens judiciais em defesa da justiça e da cidadania”, destacou a presidente da Assojaf-RS, Fabiana Cherubini, que também é vice-presidente da Fenassojaf.

A Assojaf-RS reiterou que continuará atuando em defesa da segurança e da valorização dos Oficiais de Justiça, reforçando o compromisso da entidade com a proteção da integridade física e psicológica dos servidores que cumprem diariamente ordens judiciais em todo o estado.

Com informações da Assojaf/RS


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Aula inaugural gratuita marca início da pós-graduação da ESOJUB/UMJ nesta quinta (16/10)


Escola Superior dos Oficiais de Justiça do Brasil (ESOJUB), em parceria com o Centro Universitário Mário Pontes Jucá (UMJ), realiza nesta quinta-feira, 16 de outubro, às 19h30, a aula inaugural gratuita da pós-graduação em Avaliação e Constrição Judicial.

O evento, transmitido ao vivo pelo YouTube, contará com a aula magna do professor André Parízio, que abordará o tema:

“Entre o Direito e a Força: Os Dilemas Éticos e Institucionais da Constrição Judicial no Estado Democrático de Direito.”

🔗 Acesse a aula aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QnOccnXHSiQ


Formação inédita e valorização profissional

A iniciativa é uma realização da Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil (AFOJEBRA) e representa um marco histórico para a categoria, atendendo a uma antiga reivindicação dos Oficiais de Justiça de todo o país.

A pós-graduação foi estruturada para promover evolução profissional, qualificação de excelência e fortalecimento institucional, contribuindo diretamente para um serviço público mais eficiente e humanizado.


Sobre o curso

  • Carga horária: 360 horas
  • Duração: 9 meses
  • Modalidade: 100% remota (aulas online)
  • Corpo docente: composto por especialistas, mestres e doutores
  • Certificação: conforme a Resolução CNE/CES nº 1, de 06/04/2018

Investimento

  • Valor integral: 12x de R$ 338,00
  • Desconto especial para entidades parceiras:
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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Ministro Dias Toffoli propõe veto à execução de alienação fiduciária pelos Detrans

 


13 de outubro de 2025 — Brasília (DF)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), propôs a proibição da execução de contratos de alienação fiduciária pelos departamentos estaduais de trânsito (Detrans).

A proposta foi apresentada durante o julgamento dos embargos de declaração nas ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) que discutem o Marco Legal das Garantias (Lei 14.711/2023), norma que permitiu a execução extrajudicial de bens em casos de inadimplência. O julgamento, iniciado na sexta-feira (10), segue em plenário virtual até o próximo dia 17.

Até o momento, Toffoli foi acompanhado pelo ministro Cristiano Zanin.


Entenda o caso

O Marco Legal das Garantias alterou o Decreto-Lei nº 911/1969, incluindo o artigo 8º-E, que autorizava os credores a realizar execuções extrajudiciais de veículos alienados fiduciariamente diretamente nos Detrans.

Na prática, a medida permitia que bancos ou instituições financeiras reaverem automóveis com parcelas em atraso sem a necessidade de recorrer ao Judiciário, bastando o procedimento administrativo junto aos órgãos de trânsito.

Contudo, a Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenassojaf) e a Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil (Afojebra) apresentaram pedido de reavaliação, apontando riscos à ampla defesa e à imparcialidade processual.


Fundamentação do voto

Em seu voto, o ministro Toffoli considerou inconstitucional a autorização para que os Detrans conduzam execuções extrajudiciais, argumentando que a função desses órgãos é administrativa e voltada ao controle e registro de veículos, não à condução de procedimentos executivos.

“Foge ao escopo de atuação das entidades executivas de trânsito a condução de procedimentos executivos extrajudiciais”, afirmou o ministro.

Ele ressaltou que a execução de alienações fiduciárias deve ocorrer nos cartórios, por se tratar de ambiente sujeito à fiscalização do Poder Judiciário, com notários habilitados em Direito e capacitados para garantir o devido processo legal.

Toffoli também citou o voto do ministro Flávio Dino, que já havia apontado a ausência de garantia de defesa nos regulamentos dos Detrans. De acordo com o ministro, a Resolução Conatran nº 1.018/2025 prevê que o devedor deve contestar a cobrança junto ao credor, sem mediação por autoridade pública — o que, segundo ele, fragiliza as garantias constitucionais.

“Atribuir os procedimentos extrajudiciais aos órgãos de trânsito fragiliza a garantia dos direitos dos devedores. A atribuição exclusiva aos cartórios assegura um regime jurídico uniforme e fiscalizado”, concluiu.


Divergências e reações

A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), que atua como amicus curiae no processo, manifestou preocupação com a reabertura do debate. A entidade defende que os Detrans têm competência para atuar nesses casos, uma vez que são responsáveis por registrar a propriedade e os contratos de automóveis.

A diretora-executiva da Acrefi, Cíntia Falcão, afirmou que o sistema previsto pela lei garante transparência e respeito ao contraditório, e que o voto de Toffoli poderia enfraquecer o modelo de Justiça multiportas, que busca diversificar os meios de solução de conflitos fora do Judiciário.

O advogado Saul Tourinho Leal, também representante da Acrefi, destacou que parcerias entre os Detrans e a Senatran poderiam garantir um modelo público e digital de recuperação de bens.


O julgamento permanece em andamento no plenário virtual do STF, com encerramento previsto para sexta-feira, 17 de outubro de 2025.

Com informações da Revista Consultor Jurídico 


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INTEROJAF-SUL obtém decisão que impede devolução dos valores pagos pela VPNI aos Oficiais de Justiça Federal do Paraná


 13 de outubro de 2025

A Interojaf-Sul, em atuação conjunta com o Sinjuspar, obteve uma decisão judicial provisória favorável que impede o desconto em folha dos valores referentes à VPNI recebidos entre fevereiro de 2023 e maio de 2025 pelos Oficiais da Justiça Federal do Paraná.

A medida foi concedida pela juíza Alessandra Anginski, da 6ª Vara Federal de Curitiba, no Mandado de Segurança nº 5041345-81.2025.4.04.7000/PR, e representa uma vitória significativa para os Oficiais de Justiça, que vinham sendo ameaçados de sofrer descontos retroativos em razão de decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), a qual entendeu que a Lei nº 14.687/2023 não poderia ter efeitos retroativos.

Entre fevereiro de 2023 e maio de 2025, os Oficiais receberam a VPNI integralmente, sem absorção do reajuste. Após o posicionamento do TCU, a Seção Judiciária do Paraná determinou a absorção da parcela e iniciou cálculos para devolução dos valores recebidos no período.

Diante do risco iminente, a Interojaf-Sul e o Sinjuspar impetraram o Mandado de Segurança preventivo, buscando evitar os descontos e assegurar a estabilidade financeira dos servidores. A decisão judicial suspendeu os procedimentos de devolução até a análise definitiva do mérito.

A presidente da Interojaf-Sul, Marília Sara Portela Oliveira Machado, ressaltou a importância da ação conjunta:

“O trabalho em conjunto com o Sinjuspar no Paraná vem obtendo resultados positivos para todos os servidores e Oficiais da Justiça Federal e Justiça Eleitoral. Agradecemos o empenho do escritório jurídico Medaglia Roxo e ao nosso vice-presidente, Fábio da Maia, que vem construindo essa aliança desde as primeiras ações movidas junto à Administração do TRF-4 em favor da categoria dos Oficiais de Justiça, quando diretor jurídico da Fenassojaf e agora como seu presidente.”

A Fenassojaf parabenizou a Interojaf-Sul por mais essa conquista em favor dos Oficiais de Justiça, reforçando o compromisso coletivo da categoria na defesa de seus direitos e garantias funcionais.

Com informações da Fenassojaf 


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Oficiais de Justiça Federais recebem carteiras funcionais em ação da Assojaf-AM/RR

 

Manaus (AM), 13 de outubro de 2025 — A Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais do Amazonas e Roraima (Assojaf-AM/RR) realizou, na última sexta-feira (10), a entrega das carteiras funcionais aos seus associados que atuam na Justiça do Trabalho (TRT11). O encontro ocorreu presencialmente na Cemanjud-AM, no Fórum Trabalhista de Manaus.

A iniciativa tem como objetivo reforçar a identificação dos Oficiais de Justiça no exercício das atividades externas, especialmente durante o cumprimento das ordens judiciais, contribuindo para a valorização, segurança e organização da categoria.

A entrega foi conduzida pela presidente da Assojaf-AM/RR, Eusa Braga, que também é vice-presidenta do SitraAM/RR e coordenadora da Fenajufe, ao lado da vice-presidenta da associação, Janete Belchior, diretora do núcleo dos Oficiais de Justiça no sindicato.

A Assojaf-AM/RR informou que em breve será realizada a entrega das carteiras também aos Oficiais de Justiça Federais que atuam na Justiça Federal (JF).

O SitraAM/RR destacou o compromisso com a valorização dos Oficiais de Justiça e reafirmou que continuará atuando, em conjunto com a Assojaf-AM/RR e a Fenajufe, pela garantia de melhores condições de trabalho, segurança e respeito às prerrogativas da categoria.

Com informações do SitraAM/RR


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sábado, 11 de outubro de 2025

Chapa “Seguindo em Frente” é inscrita para as eleições da FESOJUS-BR – Quadriênio 2025/2029

 


A Federação das Entidades Sindicais dos Oficiais de Justiça do Brasil (FESOJUS-BR) recebeu, no dia 24 de setembro de 2025, o pedido de inscrição da chapa “Seguindo em Frente” para concorrer ao pleito que definirá a nova Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal da entidade para o quadriênio 2025/2029.

O requerimento foi protocolado pelo Oficial de Justiça João Batista Fernandes de Sousa, candidato à presidência da Federação, e encaminhado ao presidente da Comissão Eleitoral, Dr. Fernando Amorim Coelho.

A chapa é composta por representantes de diversos estados do país, reafirmando o caráter nacional e plural da FESOJUS-BR, bem como o compromisso de continuidade no fortalecimento da categoria.


Composição da Chapa “Seguindo em Frente”

Diretoria Executiva

  • Presidente: João Batista Fernandes de Sousa
  • Vice-presidente: Pedro Paulo Alves da Costa
  • Diretor Financeiro: Wendel Lacerda Oliveira
  • Primeiro Secretário: Ricardo Eustáquio Gonçalves Pires
  • Segundo Secretário: Paulo Sérgio Torres Meinicke
  • Diretor Jurídico: Fábio Ramos Bittencourt
  • Segundo Diretor Jurídico: Eduardo Cerveira Quintas
  • Diretor de Formação Sindical: José Carlos de Oliveira
  • Diretor Legislativo: Luiz Arthur de Souza
  • Segundo Diretor Legislativo: Hugo Pinto Correa
  • Diretor de Comunicação: Guilherme de Mesquita Cerqueira

Suplentes da Diretoria Executiva

  • Primeiro Suplente: Jaime Osmar Rodrigues
  • Segundo Suplente: Roberto Faustino
  • Terceiro Suplente: Mauro Xavier de Souza

Conselho Fiscal

  • Presidente: Telmo Freitas
  • Vice-presidente: Elton Cléo Nogueira de Sousa
  • Secretário: Luiz Carlos Monteiro dos Santos

Suplentes do Conselho Fiscal

  • Primeiro Suplente: Roberto Branquinho Lucas
  • Segundo Suplente: Janete de Almeida Gomes
  • Terceiro Suplente: Rafael Hamilton Fernandes de Lima

O documento, assinado por João Batista Fernandes de Sousa, foi formalizado em Fortaleza (CE), dentro do prazo estabelecido pela Comissão Eleitoral.

No requerimento, o candidato reafirma votos de estima e consideração à atual gestão, destacando a importância da continuidade de um trabalho voltado à valorização dos Oficiais de Justiça em todo o território nacional.

A Comissão Eleitoral da FESOJUS-BR, presidida por Fernando Amorim Coelho, conduzirá o processo conforme o estatuto e o regulamento eleitoral, garantindo a transparência e legitimidade da escolha que definirá os rumos da Federação para os próximos quatro anos.

Com informações da Fesojus 


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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Oficiala de Justiça mineira apresenta pesquisa em evento nacional do CNJ


A Oficiala de Justiça Elaine Mancilha Santos, da comarca de Cambuquira (MG), representou a categoria na 4ª edição do evento “Mulheres na Justiça: Novos Rumos da Resolução CNJ nº 255”, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos dias 25 e 26 de setembro, em Brasília (DF).

A servidora participou da Oficina 3 – “Cite uma Mulher: Elas pesquisam, comunicam e constroem a Justiça”, onde apresentou sua pesquisa intitulada “As dificuldades enfrentadas pela mulher Oficiala de Justiça da primeira instância do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) e do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG)”.

Pesquisa dá visibilidade às Oficialas de Justiça

Em sua exposição, Elaine destacou a importância de reconhecer e valorizar as experiências das mulheres que atuam na função de Oficial de Justiça, sobretudo nos desafios cotidianos da primeira instância.

“Apresentar minha pesquisa foi uma honra imensa. Abordei as dificuldades enfrentadas pelas mulheres Oficialas de Justiça — questões que precisam ser conhecidas, reconhecidas e transformadas. Estar em um espaço de tamanha relevância, que valoriza e dá visibilidade às mulheres do Poder Judiciário, foi uma experiência única, enriquecedora e profundamente significativa para mim”, afirmou.

A pesquisa apresentada por Elaine Mancilha revela a realidade de uma carreira marcada por desafios estruturais, emocionais e institucionais, propondo caminhos para fortalecer a igualdade de gênero e a valorização das servidoras que atuam no cumprimento das ordens judiciais.

CNJ debate igualdade de gênero no Judiciário

O evento, promovido pelo CNJ, reuniu magistradas, servidoras e pesquisadoras de todo o país, com o objetivo de discutir os desafios, avanços e estratégias para ampliar a participação feminina no sistema de Justiça.

As conclusões e propostas das oficinas integrarão a “Carta de Brasília pela Igualdade de Gênero no Poder Judiciário”, documento que reforça o compromisso com a equidade e a valorização da mulher em todos os ramos da Justiça brasileira.

A presença de Elaine Mancilha Santos no encontro representou um marco para as Oficialas de Justiça mineiras, simbolizando o reconhecimento do papel feminino na construção de uma Justiça mais inclusiva, humana e democrática.

Com informações do Sindojus-MG


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Oficiais de Justiça do TJCE realizam manifestação por melhores condições de trabalho e concurso para o cargo


Fotos: Luana Lima, Lennon Cordeiro e Daniel Barroso / Sindojus Ceará

Exaustão, carga horária extrapolada, adoecimento por sobrecarga e excesso de cobranças com ameaças de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foram algumas das queixas relatadas pelos Oficiais de Justiça do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) durante manifestação realizada na tarde de ontem (2/10), na rampa do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.

O ato, que reuniu cerca de 80 oficiais e oficialas de diversas regiões do Estado, marcou o lançamento da campanha do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) por melhores condições de trabalho e pela realização de concurso público para o cargo.

Quadro de pessoal reduzido e sobrecarga de trabalho

O Sindojus-CE reivindica que o concurso para Oficial de Justiça, previsto para este ano, contemple ao menos 54 vagas imediatas e 150 para cadastro de reserva. Atualmente, o Judiciário cearense possui 639 servidores(as) na ativa, número inferior ao registrado há dez anos, quando havia 723 Oficiais de Justiça.

Segundo dados do sindicato, o quadro atual é menor até que o de 2006, quando havia 640 oficiais na ativa. Além disso, 140 servidores recebem abono de permanência e podem se aposentar a qualquer momento, o que agravaria ainda mais a escassez de profissionais no Estado.

“A exaustão de trabalho está em um limite muito alto. Todo mundo trabalha sábado, domingo e feriado, no período da noite, as cargas-horárias estão extrapolando. Todo mundo está muito sobrecarregado e adoecendo, fisicamente e psicologicamente. O tribunal tem que dar esse respaldo aos seus servidores, porque do jeito que está não dá pra continuar. Mais Oficiais de Justiça já”, destacou a Oficiala de Justiça Márcia Sidrim, da comarca de Sobral.

Ela explicou que a comarca de Sobral está atualmente responsável por três unidades agregadas — Forquilha, Meruoca e Alcântaras — e conta com apenas um oficial nessas localidades. A carência na região, segundo Márcia, é de oito Oficiais de Justiça, o que compromete o cumprimento das demandas.

Interior sofre com falta de servidores

A dificuldade também se repete em outras comarcas. Para Rildo Gomes, da comarca de Aquiraz, o aumento das demandas e o avanço tecnológico exigem reforço urgente no quadro de servidores:

“A demanda aumentou muito devido aos meios remotos, à Inteligência Artificial e às ferramentas tecnológicas. O quadro está defasado. Em dez anos, tivemos uma redução de 80 Oficiais de Justiça no Ceará. Precisamos urgentemente de mais servidores para garantir uma prestação jurisdicional por excelência.”

Em Fortaleza, o Oficial de Justiça Francisco dos Santos Castelo também relatou que novas unidades foram criadas sem que houvesse aumento proporcional de servidores:

“Hoje somos 80 a menos do que há dez anos. Todo o interior do Estado e a Capital estão passando por dificuldade, porque o número de mandados está aumentando, o trabalho aumentando, a pressão aumentando e o principal, o jurisdicionado, está sendo prejudicado. Essa defasagem gera um gargalo que precisa ser resolvido.”

Representatividade e mobilização

O presidente do Sindojus-CE, Vagner Venâncio, ressaltou a importância da mobilização e destacou a presença de representantes de diversas comarcas do Estado, o que reforça a representatividade da categoria.

Entre as comarcas representadas estavam Aquiraz, Baturité, Caucaia, Fortaleza, Horizonte, Itapajé, Jaguaribe, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Meruoca, Pacatuba, Quixadá, Santa Quitéria, Sobral, Solonópole e Tamboril, além de Oficiais e Oficialas aposentados(as).

“A presença maciça da categoria mostra que o problema é geral e que todos os servidores estão comprometidos em lutar por condições dignas de trabalho e por mais Oficiais de Justiça para atender à população”, afirmou o dirigente.

Nova manifestação está marcada para 16 de outubro

Seguindo o calendário de mobilizações, uma nova manifestação será realizada no dia 16 de outubro, às 10h, na sede do Tribunal de Justiça do Ceará, no bairro Cambeba.

O objetivo é pressionar a administração do TJCE a realizar o concurso público e expor à sociedade a carência de Oficiais de Justiça no Estado.

“Esse é o momento de a categoria mostrar a sua insatisfação e cobrar medidas efetivas”, concluiu o Sindojus-CE em comunicado oficial.


📍 Serviço
Manifestação no TJCE
📅 16 de outubro de 2025
🕙 10 horas
📍 Sede do TJCE – Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, bairro Cambeba

Com informações do Sindojus-CE


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Enojus 2025 debate tradição, inovação e a dimensão humana do trabalho do Oficial de Justiça


O IX Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil (Enojus) foi realizado entre os dias 24 e 26 de setembro de 2025, no Círculo Militar de Curitiba (PR), reunindo 480 participantes de 23 estados da federação e do Distrito Federal. O evento teve como tema “O Oficial de Justiça na Sociedade Digital: Tecnologia e Sustentabilidade” e promoveu três dias de debates, palestras e integração entre profissionais de todo o país.

Organizado pela Associação dos Oficiais de Justiça do Estado do Paraná (Assojepar), com apoio da Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil (Afojebra), o encontro contou também com a participação ativa do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), que esteve presente com delegação formada por 11 oficiais e oficialas de nove comarcas do interior, da Região Metropolitana e da Capital cearense.

Abertura e mensagens de boas-vindas

A cerimônia de abertura, na noite do dia 24, contou com autoridades do Judiciário e representantes de entidades de classe. Entre os presentes estavam o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza (TJPR), o diretor do Sindjus-PR, Mário Cândido de Oliveira, o presidente da Afojebra, Mário Medeiros Neto, o presidente da Fenassojaf, Fabio André Maia, e o presidente da Fesojus, João Batista Fernandes de Sousa.

Durante a solenidade, o presidente da Assojepar, Arno Roberto Boss, destacou o papel dos Oficiais de Justiça diante das transformações tecnológicas do Judiciário:

“O Oficial de Justiça deixa de ser apenas o executor de mandados físicos para se tornar um agente de tecnologia e inteligência processual. Somos o elo entre o processo eletrônico e o jurisdicionado real”, afirmou.

Programação e destaques

A programação do evento incluiu palestras, painéis e debates sobre temas que mesclaram tradição, inovação e a dimensão humana da profissão.

A 1ª Secretária-Geral da Assojepar, Camila Squersato Bedin, explicou que o evento foi construído de forma colaborativa:

“Buscamos alinhar tradição e inovação, sem perder de vista a dimensão humana do nosso trabalho. Essa linha norteou cada escolha e deu identidade ao encontro.”

Entre os destaques da programação estiveram:

  • Gislaine Fernandes, oficiala do Paraná, que compartilhou experiências em diligências complexas ao longo de 22 anos de atuação;

  • Major Íncare, da Polícia Militar do Paraná, que abordou o procedimento padrão de apoio em operações judiciais e mediação de conflitos fundiários;

  • Israel Coelho, Oficial de Justiça do Pará, que tratou sobre inteligência emocional e análise comportamental na execução dos mandados;

  • Marielva Andrade Dias, vice-presidente da Positivo Tecnologia, que falou sobre hábitos transformadores e inovação na rotina profissional;

  • Carlos Eduardo Pirangelo Júnior, Ronaldo Pimentel Ramos e Gustavo Macêdo, que discutiram empatia, humanização e desafios da profissão;

  • A juíza Maria Teresa Thomaz (TJPR), o deputado federal Coronel Meira (PL-PE), e o jurista Ricardo Prado, que trataram da efetividade do Judiciário e da atuação legislativa em defesa da categoria.

O evento ainda contou com o quadro “Justiça Oficial”, com encenações baseadas em casos reais vivenciados por Oficiais de Justiça, aproximando o público da realidade cotidiana da profissão.

Participação do Sindojus-CE

O Sindojus-CE foi representado por uma comitiva de 11 oficiais e oficialas. O presidente do sindicato, Vagner Venâncio, foi recebido pelo presidente da Assojepar, Arno Boss, que destacou a importância da presença cearense no evento e a troca de experiências entre as delegações.

Os participantes do Ceará destacaram o caráter integrador e reflexivo do encontro. Roberto Galindo, de Maracanaú, afirmou que o Enojus 2025 “falou de dentro para fora”, reforçando a importância do equilíbrio emocional e do cuidado com o corpo e a mente para o bom desempenho da função.

Arinéia Sousa Teles, de Graça, ressaltou que encontros como o Enojus são “vitais para a união e fortalecimento da categoria”, enquanto João Paulo Brito, de Barbalha, considerou esta edição “extremamente enriquecedora e bem organizada”, elogiando o apoio do sindicato à participação dos servidores.

Encerramento e próxima edição

O encontro foi encerrado na sexta-feira (26) com palestra da atriz Mayana Neiva, que provocou reflexão sobre a busca pela felicidade e o equilíbrio pessoal.

Ao final, o presidente da Afojebra, Mário Medeiros Neto, anunciou que o Enojus 2026 será realizado em Minas Gerais, reforçando o compromisso de continuidade do diálogo nacional entre os Oficiais de Justiça.

Com informações do Sindojus-CE


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