quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Oficiala de Justiça é vítima de assalto à mão armada durante cumprimento de mandado no Ceará

Na profissão há 34 anos, Ofélia de Sampaio conta que já passou por situações semelhantes no ofício da função, mas nunca de forma tão traumática

O que deveria ser mais uma tarde comum de trabalho acabou se transformando em pavor. Por volta das 14h30 de ontem, a oficiala Ofélia de Sampaio Chaves Silva foi fazer uma intimação na Rua Edite Braga, bairro Montese, quando foi surpreendida por dois homens armados. Depois de ser ameaçada, ela assistiu os homens tentarem levar o seu carro. Como não conseguiram colocar o veículo para funcionar, os assaltantes se aperrearam e fugiram a pé, levando a bolsa e todos os pertences que estavam dentro do automóvel.

Oficiala há 34 anos, Ofélia conta que já passou por situações semelhantes no ofício da profissão, mas nunca de forma tão traumática. Ainda bastante abalada ela conta que foi desesperador. “Você sente que está por um fio, que pode ser fatal, mas Deus foi maior e estou aqui contando esse triste episódio”, diz.

Ela chama a atenção para o risco da profissão. “Do jeito que as coisas estão é um risco iminente. Não dormi esta noite pensando em como poderia ter evitado passar por essa situação no exercício da função, mas não tem como, porque a gente tem que descer do veículo e chamar pela pessoa para dar o cumprimento da ordem judicial, isso demanda aquele momento em que você fica ali, totalmente exposto à própria sorte”, ressalta.

O caso de Ofélia não é isolado. Todos os dias, oficiais e oficialas de Justiça saem de casa e percorrem as ruas da cidade, seja na capital ou no interior, chegando aos mais longínquos lugarejos para garantir a efetividade das decisões judiciais. Submetidos a uma rotina arriscada, estão sujeitos não apenas aos casos de violência, mas também a reações explosivas dos citados. Em maio deste ano, o oficial Ricardo de Melo Lopes foi agredido por um soldado reformado da Polícia Militar enquanto cumpria mandado no bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza. Apesar dos comprovados riscos e peculiaridade da profissão, que executa trabalho externo, a categoria não recebe adicional de risco de vida e periculosidade.

Se você, oficial ou oficiala de Justiça, foi vítima de algum tipo de violência no exercício da profissão, denuncie e contate imediatamente o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) para que as devidas providências sejam tomadas – (85) 3273.3300 / (85) 99154.6823 (Vagner Venâncio, diretor de Comunicação).

InfoJus BRASIL: com informações do Sindojus-CE

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