quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Presidente do Sindojus-CE participa nesta quinta-feira (5/01) do podcast ‘Tem Direito em Tudo

Você já se perguntou o que os Oficiais de Justiça fazem para garantir os seus direitos e promover a lei e a ordem? É esse o tema que será abordado por Vagner Venâncio


Foto: Podcast Tem Direito em Tudo

Você já se perguntou o que os Oficiais de Justiça fazem para garantir os seus direitos e promover a lei e a ordem? Para tratar desse e de outros assuntos o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará, Vagner Venâncio, participará nesta quinta-feira (5), às 12h30, do podcast “Tem Direito em Tudo” – canal no YouTube feito por advogados para falar e conversar com muitas pessoas sobre o Direito que está no dia a dia das pessoas. No episódio de amanhã, o representante da categoria revelará os bastidores do trabalho desses profissionais da justiça tão importantes para a sociedade.
Como acompanhar o programa?

Canal no YouTube “Tem Direito em Tudo” – https://youtu.be/Icivy5rLd4M

Spotify no Podcast Tem Direito em Tudo –

InfoJus Brasil: com informações do Sindojus-CE

2022: Oficiais de Justiça cumpriram quase 90 mil mandados em Roraima

A Central de Mandados, localizada no Fórum Criminal, concentra 78% das ordens judiciais expedidas pelo TJRR

De acordo com o chefe da Central de Mandados, Givanildo Moura, o número de expedição e cumprimento de mandados voltou a crescer com a diminuição das restrições da pandemia de Covid-19 (Fotos: Gilvan Costa)

Os oficiais de Justiça de Roraima cumpriram em 2022, cerca de 90 mil mandados judiciais expedidos pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), seja por meio da Central de Mandados, localizada no Fórum Criminal, no bairro Caranã, ou pelas comarcas instaladas nos municípios de Alto Alegre, Bonfim, Caracaraí, Mucajaí, Pacaraima, Rorainópolis e São Luiz, além das varas da Justiça Itinerante e da Infância.

De acordo com o chefe da Central de Mandados, Givanildo Moura, o número de expedição e cumprimento de mandados voltou a crescer no ano passado, com a diminuição das restrições da pandemia de Covid-19.

Ele destaca que o TJRR hoje é um dos tribunais mais bem equipados do País, e o sistema judiciário se encontra totalmente informatizado na Capital e no Interior.

“Ao longo dos anos o TJRR implementou várias medidas que melhoraram o atendimento, inclusive fazendo convênios com grandes litigantes como bancos, financeiras, operadoras de celular, entre outros, que demandavam muito o serviço dos oficiais. Apesar disso, as demandas não diminuem na mesma proporção, porque quanto mais eficiente é o judiciário, mas as pessoas vão ter acesso e vão procurar os serviços e não diminui a carga de trabalho dos oficiais de justiça”, explicou.

Moura destaca ainda que, atualmente, o oficial de justiça é o quadro de servidores mais deficitário do TJRR e o último concurso foi realizado em 2011. Segundo ele, são apenas 51 profissionais, entre oficiais de justiça e servidores que desempenham essa função na Central de Mandados. São pouco mais de 70 profissionais para cobrir todo o Estado.

“11 anos já se passaram e, nesse intervalo, muitos colegas já deixaram o quadro, seja por conta de outro concurso, aposentadoria ou até mesmo afastamento por doença. Aqui na Central de Mandados, oficiais de justiça de carreira, eu só tenho 35 e conto com 16 servidores que não são oficiais de justiça. São servidores efetivos do TJRR que, por força de uma lei, lhes foi acrescido ao cargo a possibilidade de cumprir mandados”, afirma ele, justificando que se não houvesse essa força de trabalho auxiliar, o serviço estaria estrangulado.

Moura lembra que, apesar desse volume de trabalho que a categoria tem, durante a pandemia, foi a única que não ficou de teletrabalho ou home office.

“Foi a única categoria do Tribunal que enfrentou toda a pandemia na rua. Não teve como ficar em casa. Apesar de que nós tivemos um período de restrição na distribuição dos mandados, quando eram expedidos apenas os mais urgentes, não tinha como os oficiais de justiça não estarem nas ruas e todos corresponderam às suas funções”, esclarece.

Segundo Givanildo, a Central de Mandados concentra 78% das ordens judiciais expedidas pelo TJRR e, nos últimos dois anos os profissionais mantiveram um índice de aproveitamento de 73% no cumprimento de mandados.

“Mesmo com toda a situação a pandemia, conseguiu elevar os índices, já que no biênio de 2017-2018 o aproveitamento foi de apenas 58%, um ganho de 15 pontos percentuais no cumprimento positivo dos mandados”, justificando que a possibilidade de intimação e citação por meio de telefone contribuiu bastante para a elevação desse índice.

Para o Oficial de Justiça Luis Cláudio, que atua há 26 anos na profissão, a maior dificuldade encontrada pelos profissionais é com relação à natureza do mandado. Ele cita que entre os mais difíceis de cumprir são os que se enquadram na Lei Maria da Penha, pois incorrem em maior risco para o profissional, além de haver um expressivo volume diário.

Luis Claudio explica que em Boa Vista, o trabalho dos oficiais de justiça é dividido por zona, sendo 10 no total, onde os profissionais estão distribuídos para executar seus mandados em bairros específicos (Foto: Gilvan Costa)

“Muitas das vezes, o Oficial de Justiça vai sozinho à casa do agressor, que na maioria dos casos tem alguma arma em casa, o que torna nosso trabalho de alto risco, colocando nossa própria vida em risco, já que nós não temos a prerrogativa do porte de arma e quase sempre não temos o apoio do aparato policial no ato do cumprimento do mandado”, explica Luis Claudio, reforçando que a única proteção do profissional são os coletes balísticos disponibilizados pelo Tribunal.

Luis Claudio explica que em Boa Vista, o trabalho dos oficiais de justiça é dividido por zona, sendo 10 no total, onde os profissionais estão distribuídos para executar seus mandados em bairros específicos. Além disso, um profissional é designado exclusivamente para atender o sistema prisional e outro para atender o interior da Comarca de Boa Vista.

“Essa não é uma realidade do Brasil. É uma realidade nossa, de Roraima. Para o oficial de justiça é a melhor forma de trabalho que existe, pois não precisa cumprir mandados na cidade inteira e sim em determinado perímetro. Isso facilita e agiliza o nosso trabalho”, conclui.

Sobre o Oficial de Justiça

A função do oficial de justiça como auxiliar da justiça perpassou vários períodos históricos, com registros desde os tempos bíblicos do Antigo Testamento.

No século XII, o território da Inglaterra medieval era percorrido por grupos de juízes itinerantes, de confiança do rei, que se ocupavam em resolver todas as espécies de processos nos quais interessavam politicamente. Todavia, antes da viagem dos juízes, um mandado (writ) era enviado ao sheriff local para que este convocasse, em determinado dia, os homens mais importantes da região.

Entretanto, foi a partir do processo de formação dos Estados nacionais modernos que o Oficial de Justiça adquiriu posição e funções mais definidas, de acordo com a especificidade de cada época e de cada sociedade.

No Brasil, a expressão "Oficial de Justiça" não mais traduz o nome do cargo público ocupado por este servidor, mas sim, a função pública ou especialidade por ele exercida no âmbito do Poder Judiciário da União, do Distrito Federal e dos Estados.

Em Roraima, o TJRR tem em seu quadro o cargo em extinção de Técnico Judiciário - especialidade Oficial de Justiça Avaliador, de nível médio, e o de Analista Judiciário – especialidade Oficial de Justiça Avaliador, de nível superior, privativo de bacharel em Direito

InfoJus Brasil: com informações do portal FolhaBV

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

AOJESP emite nota de repúdio sobre agressão sofrida por Oficiala de Justiça no exercício da função

Caso aconteceu durante o cumprimento de uma ordem judicial em José Bonifácio (SP).


A Associação dos Oficiais do Estado de São Paulo (Aojesp) manifestou-se, através de nota publicada nesta quinta-feira (29), sobre o caso da agressão sofrida pela Oficial de Justiça Mara, ocorrida na data de ontem (28) durante o cumprimento de um mandado de medida protetiva prevista na Lei Maria da Penhra.

A associação exige providências das autoridades e afirmou que "Casos como este não podem, JAMAIS, ficar impune!".

Confira a íntegra da nota:
Nota de Repúdio

A Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo repudia veementemente o brutal ataque sofrido pela Oficial de Justiça Mara, durante cumprimento de ordem judicial nesta quarta-feira (28/12).

Este não é um caso isolado, por isso a AOJESP já vem alertando o Tribunal de Justiça de São Paulo, Conselho Nacional de Justiça e diversas outras instituições sobre os riscos no exercício da função e a falta de Oficiais de Justiça, em especial nos plantões. Em novembro, a Entidade chegou a enviar um ofício denúncia para o Ministério Público, Defensoria Pública, COMESP e OAB-SP, no intuito de buscarmos apoio e solução.

A AOJESP já está em contato com a colega agredida, a quem presta solidariedade pelo ocorrido. Casos como este não podem, JAMAIS, ficar impune!
InfoJus Brasil: o portal dos Oficiais de Justiça do Brasil.

Oficial de Justiça é agredida ao cumprir medida protetiva contra homem investigado por violência doméstica

Caso foi registrado em José Bonifácio (SP). Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Assojuris) emitiu nota de repúdio.

Uma oficial de Justiça foi agredida após cumprir mandado de medida protetiva contra um homem investigado por violência doméstica. O caso foi registrado na Rua Maria Fernandes da Silva, em José Bonifácio (SP), na tarde de quarta-feira (28).

Segundo a Polícia Militar, o suspeito recebeu a ordem judicial, começou a gritar e derrubou a vítima no chão.

Em seguida, o homem bateu a cabeça da oficial de Justiça contra a porta de um carro e entrou na residência para pegar uma faca.

Ainda conforme a Polícia Militar, o suspeito fugiu antes da chegada das viaturas e não foi encontrado.

A vítima foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa de José Bonifácio. Ela sofreu uma fratura no nariz e ferimentos no rosto.


De acordo com o Diário da Região, "Uma oficial de Justiça, de 52 anos, foi agredida com socos e pontapés no momento em que foi entregar um pedido de medida protetiva baseado na lei Maria da Penha, na tarde de quarta-feira, 28, no bairro Jardim Vitoriano, em José Bonifácio."

Em nota, a Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Assojuris) repudiou o caso.

“Quando a violência se dá contra uma mulher no exercício de suas funções laborais, visado a proteção de uma terceira mulher, torna-se ainda mais repugnante e covarde. Todas as medidas cabíveis e necessárias serão adotadas oportunamente.”

Artigo sobre os 30 anos do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará é publicado no jornal O Povo

O texto do Presidente do Sindojus-CE Vagner Venâncio, que destaca conquistas históricas da entidade, os desafios enfrentados pela categoria e a importância desses servidores do judiciário, foi publicado na edição de hoje do periódico.
Fotos: Reprodução O Povo

São 30 anos de luta e história. Tudo começou com a criação da Associação Cearense dos Oficiais de Justiça, a Acojust, embrião do que viria a ser o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará, cuja fundação se deu no dia 28 de dezembro de 1992. Todos os que estiveram à frente da associação e que juntamente com as suas diretorias presidiram a entidade estão de parabéns, pois à sua época e à sua maneira deram contribuições valiosas para sermos o que somos hoje: uma categoria forte e respeitada em nível nacional, com 97% da categoria filiada à entidade.

Ao longo dessas três décadas conquistas importantes foram alcançadas, entre as quais destaco a do nível superior com exigência de bacharelado em Direito, trazendo maior qualificação e valorização ao cargo. A implantação do PCCR. A isonomia vencimental, corrigindo uma distinção histórica entre interior e capital. Já na atual gestão, que tem à frente a desembargadora Nailde Pinheiro, a atualização da Indenização de Transporte – que estava congelada desde que fora instituída, em dezembro de 2010; e a realização de concurso público para Oficial de Justiça, depois de oito anos de espera, o que dará maior equidade ao trabalho desses servidores.

Do ponto de vista do avanço tecnológico, houve uma inovação no desempenho da função, que é realizada de forma híbrida (presencial e remota). Em contrapartida, houve um aumento expressivo da demanda, dada a rapidez na confecção dos expedientes. Se por um lado ocorreram mudanças na forma de trabalho, por outro gerou uma enorme quantidade de mandados judiciais para cumprimento, agravado pela diminuição do número de Oficiais de Justiça em atividade.

Somos aquele agente público que materializa as ordens judiciais, estando em contato com os mais diversos setores da sociedade, assegurando, na prática, a garantia de direitos, e exercendo, portanto, uma função social. Nesta data tão importante parabenizo especialmente todos os Oficiais de Justiça, essa categoria que historicamente mostrou a sua força e o seu potencial de luta, contribuindo para uma prestação jurisdicional célere e responsável. Estamos de parabéns, afinal, todos nós fazemos parte dessa história.

Vagner Venâncio
Presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará

Confira o artigo – AQUI

InfoJus Brasil: com informações do Sindojus-CE

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

SP: GCM e oficial de Justiça flagram homem agredindo esposa

Um homem foi flagrado agredindo e ameaçando a esposa, na noite da última segunda-feira, 26, no Jardim Nazareth, região Norte de Mogi Mirim (SP). O flagrante ocorreu no momento em que um oficial de Justiça, acompanhado da Guarda Civil Municipal (GCM), se dirigiu ao local para cumprir uma medida protetiva.

O oficial de Justiça chegou ao local, na Rua Benedito da Cunha Campos, para cumprir a medida protetiva concedida pela Justiça em favor da mulher, mas foi recebido pelo marido dela, visivelmente alterado.

Foi quando o homem, além de agredir e ameaçar de morte a esposa, tentou agredir também os guardas municipais, se dizendo integrante de uma facção criminosa, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi detido e imobilizado.

Após passar pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi conduzido pela GCM à Central de Polícia Judiciária (CPJ). O delegado ratificou o flagrante por lesão corporal e ameaças e o deixou à disposição da Justiça.

Imagem ilustração/internet.

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Juíza determina medidas protetivas em favor de vítima de violência doméstica após analisar certidão de Oficial de Justiça


Imagem ilustrativa: internet

O Oficial de Justiça Waldeck Moraes, do TJSP, escalado para atuar no plantão dos dias 24 e 25/12, passou por uma situação inusitada ao cumprir um mandado de intimação de caso envolvendo violência doméstica e as informações da certidão do oficial acabou fundamentando nova decisão judicial que determinou medidas protetivas em favor da vítima.

No dia 24 de dezembro o oficial de Justiça Waldeck, na cidade de Limeira/SP, intimou a vítima M.A.L.S da decisão judicial que indeferiu medidas protetivas contra seu próprio irmão que é acusado de violência doméstica. No ato da comunicação processual a vítima inconformada e aparentando medo, disse ao oficial de Justiça que não era a primeira vez que seu próprio irmão tinha lhe ameaçado e proferido ofensas, tendo inclusive já registrado outros boletins de ocorrência relatando os fatos.

E mais grave, segundo a vítima, no dia anterior (23/12) o ofensor retornou em sua residência, pulou uma grade do imóvel com mais de dois metros de altura e com lanças em suas extremidades, vindo a proferir novas ameaças e ofensas contra a vítima e contra a genitora de ambos, que é cadeirante. A vítima disse temer por sua integridade física.

Mesmo com parecer contrário do MP, a juíza plantonista, com fundamento na certidão do oficial de Justiça e demais informações dos autos, proferiu nova decisão e determinou medidas protetivas em favor da vítima, incluindo proibição de aproximação da ofendida, de seus familiares e testemunhas, fixando o limite de 100 metros de distância entre o agressor e a ofendida, bem como proibição de contato com a ofendida por qualquer meio de comunicação. A decisão ressalta que o descumprimento das medidas protetivas aplicadas dará ensejo a decretação de prisão preventiva, ficando ainda à disposição da vítima o aplicativo SOS Mulher, que poderá acionar diretamente o serviço da polícia militar em casos de risco à integridade física.

Segundo a decisão da juíza “a certidão de fl. 20 em conjunto com os demais elementos reunidos evidencia progressão nas condutas do autor dos fatos, que aparentemente progridem para maior potencial de agressão à vítima e, desta forma, justificam a concessão de providência de natureza cautelar”.

O próprio Oficial de Justiça Waldeck Moraes intimou o ofensor das medidas protetivas. Segundo o oficial de Justiça o ofensor não residia no endereço indicado no mandado há mais de quatro anos, e após usar banco de dados efetuou ligações telefônicas para diversos números, e através de parentes dele conseguiu contato telefônico e combinou local para a diligência, intimando-se o ofensor de todas as proibições que lhe foram impostas.

Após tudo isso, a vítima entrou em contato com o oficial de Justiça para agradecer os bons serviços prestados, mas também disse que recebeu um vídeo em que o ofensor rasga partes do mandado/decisão judicial e joga no lixo. O próprio réu vai narrando o vídeo e em determinado momento disse que estava comendo um pedaço do papel.

O oficial de Justiça Waldeck Moraes disse ao portal Infojus que achou interessante tudo que aconteceu, “o oficial de Justiça mencionou fatos na certidão e isso propiciou ao juiz determinar as medidas protetivas, mesmo com parecer contrário do Ministério Público”. Tudo isso demonstra a importância da fé pública do oficial de Justiça e a necessidade de certificar os fatos importantes que vierem a ocorrer durante as diligências.

InfoJus Brasil: o portal dos oficiais de Justiça

Atualizado em 28/12/2022 às 13:17h

Oficial de Justiça não consegue intimar Carla Zambelli para entrega de arma

O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou que o porte da deputada seja suspenso e a arma, apreendida. 

Redes sociais/Reprodução

Após diversas tentativas, oficiais de Justiça não conseguiram intimar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para devolver sua arma. A informação foi prestada nesta segunda-feira (26/12) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com informado pelo oficial de Justiça no documento, tentou-se contato com a parlamentar em diligência realizada no dia 21 de dezembro na Câmara dos Deputados, mas o gabinete dela estava fechado. Além disso, a tentativa foi realizada na casa de Zambelli, na Asa Sul, em Brasília, também sem sucesso. Portanto, o mandado foi devolvido ao Supremo “sem o cumprimento da ordem”.

No último dia 20, o ministro Gilmar Mendes atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a suspensão da autorização de porte de arma de fogo de Zambelli. A parlamentar tinha 48 horas para entregar a arma ou sofreria mandado de busca e apreensão. No entanto, ela nem sequer foi notificada.

Carla Zambelli estava em viagem oficial na Europa, até 23 de dezembro de 2022, a convite do Movimento Yes Brazil e da Revista Direita BR Europa e chegou a zombar da decisão. Afirmou ao colunista do Metrópoles, Paulo Cappelli que a decisão era “impossível cumprir”.

“Impossível cumprir determinação para devolver minha arma em 48 horas. Estou em missão oficial fora do país e só retorno no dia 23 (sexta-feira). Portanto, nem que quisesse eu conseguiria”, disse Carla Zambelli na ocasião.

Ameaça a homem negro

A decisão de Gilmar Mendes ocorreu em 20 de dezembro, um dia após o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), em ação que apura a perseguição da deputada a um homem negro. Na ocasião, aparlamentar sacou uma pistola na véspera das eleições do segundo turno no meio de uma avenida de São Paulo.

No documento da PGR, a vice-procuradora Lindôra Araújo ressaltou que a apreensão e a suspensão do porte servem para “coibir a reiteração do delito investigado e resguardar a ordem pública”. Lindôra também argumentou que tal porte “não lhe autoriza o seu uso ostensivo, nem adentrar ou permanecer em locais públicos ou onde haja aglomeração de pessoas”.

“A existência de indícios de autoria e de materialidade do delito de porte ilegal de arma de fogo torna necessária a adoção de medidas cautelares tendentes a evitar a prática de infrações penais desse mesmo jaez, seja mediante a suspensão do direito ao porte de arma, seja mediante a entrega voluntária, seja ainda pela via da busca e apreensão pessoal ou domiciliar do armamento utilizado para cometer o delito”, escreveu a vice procuradora.
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“O tensionamento político atual, a iminente transição pacífica de poder e o porte indevido da arma de fogo para suposto exercício do direito de defesa da honra revelam que a suspensão cautelar do porte e a apreensão da arma de fogo são medidas suficientes para coibir a reiteração do delito investigado e resguardar a ordem pública”, completou.

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