sábado, 25 de outubro de 2025

Oficiais de Justiça do RS se mobilizam para votação decisiva do PL 325/2025 na Assembleia Legislativa


A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul votará, na terça-feira (28 de outubro), o Projeto de Lei nº 325/2025, que trata da revisão do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) dos trabalhadores do Poder Judiciário gaúcho.

A proposta é considerada histórica para a valorização da categoria e mobiliza Oficiais de Justiça de todas as regiões do Estado, que devem lotar as galerias do parlamento estadual, atendendo à convocação da Abojeris (Associação dos Oficiais de Justiça do Rio Grande do Sul). A entidade espera reunir 325 Oficiais de Justiça — número simbólico que representa a força e a união da categoria em defesa da aprovação da matéria.


⚖️ Projeto moderniza o Judiciário e cria carreira única

O PL 325/2025 foi construído após mais de dez meses de negociações entre o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e as entidades representativas dos servidores.

O texto propõe a modernização da estrutura funcional do Judiciário, a criação de uma carreira única e mecanismos de gestão mais eficientes, com o uso de Inteligência Artificial e aprimoramento do processo eletrônico.

Com a aprovação do projeto, o TJRS poderá melhor distribuir os servidores entre as 165 comarcas do Estado, garantindo maior celeridade processual, melhores condições de trabalho e um serviço mais efetivo à população.


🏛️ Sessão decisiva e mobilização estadual

A votação será às 14h, no plenário da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Para acessar as galerias, os participantes deverão realizar cadastro individual nos guichês de entrada.
Por medida de segurança, não será permitido o ingresso com garrafas plásticas, chimarrão, mochilas, bandeiras ou faixas com mastros.


📣 A mobilização será decisiva para a aprovação

Para a Abojeris, a aprovação do PL 325/2025 representa um marco na valorização dos servidores do Judiciário gaúcho, especialmente dos Oficiais e Oficialas de Justiça, cuja atuação é essencial para a efetividade das decisões judiciais.


📅 Data: 28 de outubro de 2025
🕒 Horário: 14h
📍 Local: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul — Porto Alegre

📎 Com informações da Abojeris
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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Sindojus-CE requer criação de 70 novos cargos de Oficiais de Justiça por ano no TJCE entre 2026 e 2029


O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) apresentou ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) uma proposta para a criação de 70 novos cargos de Oficiais de Justiça por ano, no período de 2026 a 2029, totalizando 280 novas vagas. A iniciativa busca restabelecer o equilíbrio funcional do Judiciário cearense, que vem sofrendo com a redução constante de servidores nessa carreira essencial à efetivação das decisões judiciais.


⚖️ Déficit cresce enquanto outras carreiras avançam

De acordo com dados do próprio TJCE, o planejamento institucional prevê, para os próximos quatro anos, a criação anual de 70 cargos de analista judiciário e 85 de técnicos, mas nenhuma vaga de Oficial de Justiça.
Entre 2022 e 2025, o tribunal registrou aumento de 83 analistas e 154 técnicos, enquanto o número de Oficiais caiu de 738 para 672, uma redução de 9,8%.

Nos últimos 20 anos, o acervo processual do TJCE mais que dobrou — de 556 mil processos em 2005 para 1,1 milhão em 2025 — sem que houvesse reforço na estrutura da Central de Mandados.
A última criação de cargos de Oficiais de Justiça ocorreu em 2010, o que, segundo o sindicato, representa uma defasagem histórica e insustentável diante do crescimento das demandas judiciais.


📢 Sindojus cobra tratamento igualitário entre as carreiras

Para o diretor jurídico do Sindojus-CE, Carlos Eduardo Mello, a proposta busca corrigir a desproporção entre as carreiras do Judiciário.

“Os Oficiais de Justiça são responsáveis por materializar as decisões judiciais — intimações, citações, penhoras, prisões e conduções coercitivas. É inadmissível que essa função essencial continue sendo reduzida enquanto outras carreiras crescem anualmente”, afirmou.

O presidente do sindicato, Vagner Venâncio, reforçou que a criação das 70 vagas anuais é fundamental para garantir a eficiência e a celeridade da Justiça.

“Com o reforço no quadro, poderemos atender melhor à população e evitar o colapso da estrutura atual, marcada pela sobrecarga e pelo adoecimento dos colegas”, destacou.


🗓️ Ato na sede do TJCE na próxima segunda-feira (27)

O Sindojus-CE convoca todos os Oficiais e Oficialas de Justiça para participarem de um ato público na próxima segunda-feira (27), às 10h, na sede do TJCE, no bairro Cambeba, em Fortaleza.
Durante o evento, a diretoria do sindicato se reunirá com o presidente do tribunal, desembargador Heráclito Vieira Neto, para discutir a pauta de valorização e recomposição do quadro funcional.

A categoria vem denunciando o adoecimento físico e mental causado pelo excesso de mandados e pela falta de estrutura adequada.
A oficiala Djenane Gonçalves, de Juazeiro do Norte, percorreu quase mil quilômetros para participar da manifestação mais recente, realizada no dia 16.

“Em Juazeiro, a carga de trabalho é enorme. Foram criadas novas varas, mas sem o número proporcional de Oficiais. Estamos esgotados e precisando de reforço urgente”, relatou.


🧩 Proposta inclui criação de comissão técnica permanente

O sindicato também propôs ao TJCE a criação de uma Comissão Técnica Permanente, com a participação do Sindojus, para acompanhar e discutir a reestruturação da carreira e corrigir distorções internas, como a divisão entre cargos de nível médio e superior.
A iniciativa visa assegurar a continuidade da função essencial dos Oficiais de Justiça e garantir a efetividade das decisões judiciais em todo o Estado.


📎 Com informações do Sindojus-CE
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TJSP nomeia novos Oficiais de Justiça para o interior e litoral após alerta sobre déficit de servidores


Atendendo às reivindicações da Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo (AOJESP), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) publicou, nesta quinta-feira (23/10), novas nomeações de Oficiais de Justiça aprovados em concurso público para diversas comarcas do interior e litoral paulista.

As nomeações contemplam os municípios de Conchal, Registro, Pindamonhangaba, Itanhaém e Itariri.

Segundo a AOJESP, as designações são resultado de reiteradas solicitações feitas ao Tribunal, diante do déficit crônico de servidores que vem comprometendo a atuação dos Oficiais de Justiça em todo o Estado. A entidade reforça que o quadro reduzido tem gerado sobrecarga de trabalho e impactado diretamente a celeridade no cumprimento dos mandados judiciais.


Nomeações publicadas no Diário da Justiça

As novas nomeações foram publicadas no Diário Eletrônico da Justiça de São Paulo (DEJESP) desta quinta-feira e incluem os seguintes servidores:

  • Célio Menezes Figueiredo, nomeado para a Comarca de Conchal, em vaga criada pela Lei nº 9.179/1995;

  • Jean Carlos Soares, designado para a Comarca de Registro, em vaga decorrente da aposentadoria de Valdemir Victor;

  • Bruno Lopes de Carvalho, nomeado para a Comarca de Pindamonhangaba, em substituição ao servidor aposentado Benedito Barbosa Filho;

  • Felipe Feitosa de Bulhões, designado para a Comarca de Itanhaém, em vaga decorrente do falecimento de Jorge Cury;

  • Ricardo Neves Costa de Santana, nomeado para a Comarca de Itariri, na vaga deixada por Francisco Antonio Raganauski.

Todas as nomeações são baseadas nas Leis Complementares 180/1978, 195/1978 e 683/1992, conforme determina a legislação que rege o quadro de cargos efetivos do Tribunal de Justiça.


Avanço importante, mas déficit ainda preocupa

Para a AOJESP, a medida representa um avanço importante no processo de recomposição do quadro funcional, mas não resolve integralmente o déficit de Oficiais de Justiça em São Paulo — um dos maiores do país.
A associação segue dialogando com a Presidência do TJSP para que novas nomeações ocorram ainda em 2025, principalmente nas comarcas com volume elevado de mandados e longas distâncias de diligência, onde o trabalho dos Oficiais tem sido exaustivo.


📎 Com informações da AOJESP e do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP)
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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Deputada Delegada Adriana Accorsi é designada relatora de projeto que autoriza porte de arma a Oficiais de Justiça e Agentes Socioeducativos


A Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados designou, nesta quarta-feira (22), a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) como relatora do Projeto de Lei nº 4256/2019, que autoriza o porte de arma de fogo a Oficiais de Justiça e Agentes de Segurança Socioeducativos, mediante requisitos técnicos e psicológicos previstos em lei.

O projeto, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), já foi aprovado no Senado Federal e obteve parecer favorável na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara, em abril deste ano. Atualmente, o texto tramita em caráter conclusivo — ou seja, se aprovado pela CFT e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), seguirá diretamente para sanção presidencial, sem necessidade de deliberação no plenário da Casa.

A proposta altera o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), para incluir essas categorias entre os agentes públicos autorizados a portar arma de fogo, desde que comprovem aptidão técnica e psicológica para o manuseio do armamento.


Reuniões em Brasília reforçam apoio ao projeto

A designação da relatora ocorreu após uma série de reuniões em Brasília, nesta terça-feira (22), entre representantes dos Oficiais de Justiça e assessores parlamentares.

Os dirigentes foram recebidos inicialmente por Vinícius Fuzeti, chefe de gabinete do deputado Rogério Correia (PT-MG), presidente da CFT. No encontro, foram apresentados argumentos técnicos e jurídicos em defesa da aprovação do PL 4256/2019, enfatizando que o texto não gera impacto financeiro e busca proteger servidores que enfrentam situações de risco no cumprimento de ordens judiciais.

Mais tarde, os representantes retornaram ao gabinete e foram recebidos pessoalmente pelo deputado Rogério Correia, que manifestou apoio ao projeto e garantiu acompanhamento próximo da tramitação.


Representação da categoria em Brasília

Participaram das reuniões o vice-presidente legislativo da AFOJEBRA e presidente do Sindojus-PB, Joselito Bandeira; o diretor Marcelo Lima Goulart, também coordenador do Sindojus-MG; o diretor do Unojus (Instituto Nacional dos Oficiais de Justiça) e da UniOficiais/Sindojaf, Gerardo Lima; e a vice-presidente da FENASSOJAF, Fabiana Pandolfo Cherubini, que também preside a Assojaf/RS.

Representantes da categoria acompanham o andamento da matéria e defendem que a aprovação do projeto representará um marco para a segurança dos Oficiais de Justiça e demais agentes públicos expostos a situações de risco em serviço.


📎 Com informações da Câmara dos Deputados e da AFOJEBRA
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Atualizado em 23/10/2025 as 17:32 

Oficiala de Justiça é ameaçada com facão durante cumprimento de ordem judicial em Rondônia

Imagem ilustrativa 

Vilhena (RO)Uma oficiala de Justiça do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), identificada como Mercedes Rezende Dutra, foi vítima de ameaças e tentativa de agressão com facão durante o cumprimento de um mandado judicial de apreensão de veículo na cidade de Vilhena, nesta terça-feira (21). O caso provocou forte repercussão e levou o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Rondônia (SINJUR) a divulgar uma nota pública de solidariedade e repúdio ao ato de violência.

De acordo com informações apuradas pelo portal Eu Ideal, a oficiala cumpria uma determinação de apreensão de uma caminhonete GM/S10 2.8 D, quando o homem responsável pelo veículo se recusou a entregá-lo e reagiu de forma violenta.

Durante a ação, o agressor teria afirmado que “ninguém sairia dali com a caminhonete que era do seu patrão”, antes de agredir o condutor designado para remover o veículo e ameaçar a servidora com um facão. Na sequência, ele entrou no automóvel e fugiu em direção desconhecida.

A Polícia Militar de Vilhena foi acionada para dar apoio à oficiala, mas nem o veículo nem o agressor foram localizados até o momento. O caso foi registrado e encaminhado às autoridades competentes, que investigam o crime.


Repercussão e nota de solidariedade

Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (22), o SINJUR  manifestou “profunda solidariedade” à oficiala de Justiça e repudiou veementemente toda forma de violência contra os servidores do Judiciário. A entidade destacou o caráter ainda mais grave do episódio por envolver violência contra uma mulher no exercício de funções públicas.

“Reiteramos a necessidade de medidas imediatas para assegurar a integridade física e psicológica da servidora, bem como de todos os Oficiais de Justiça que diariamente cumprem ordens judiciais em todo o Estado”, afirmou o diretor de comunicação do SINJUR e oficial de Justiça, Rafael Campanha.

O sindicato também ressaltou que os Oficiais de Justiça garantem a efetividade das decisões judiciais, muitas vezes sob risco e sem o devido amparo institucional, e cobrou das autoridades ações concretas para reforçar a segurança desses profissionais.


📎 Com informações do portal Eu Ideal e do SINJUR
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Oficiala de Justiça é vítima de racismo e ameaças durante o cumprimento de mandado em Contagem (MG)


📅 Contagem (MG), 21 de outubro de 2025

Uma Oficiala de Justiça do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi vítima de racismo e ameaças graves na tarde da última segunda-feira (20/10), enquanto cumpria um mandado de citação judicial na cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com o relato da servidora, ao se identificar e explicar ao destinatário a finalidade do ato judicial, o homem passou a proferir ofensas de cunho racial e ameaças explícitas à sua integridade física.

“Ele começou a dizer que na nação dele não havia lugar para pessoas negras. Logo depois, afirmou que iria me mandar para a terra dos ressuscitados e que começaria arrancando meus olhos”, relatou a Oficiala, abalada após o episódio.

Assustada, a servidora deixou o local imediatamente, abrigando-se em seu veículo por alguns minutos até se sentir segura.


⚖️ Violência e racismo contra uma servidora da Justiça

O caso evidencia mais uma vez os riscos enfrentados diariamente pelos Oficiais e Oficialas de Justiça, que atuam na linha de frente do cumprimento das decisões judiciais. Além de hostilidades e ameaças, esses profissionais estão expostos a violências físicas e psicológicas — agora agravadas por um episódio de racismo, crime previsto na Constituição e na legislação penal como inafiançável e imprescritível.

“O episódio é inaceitável e incompatível com qualquer sociedade que se pretenda justa e igualitária”, destacou o Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores de Minas Gerais (SINDOJUS-MG), em nota pública.


🧑‍⚖️ Acompanhamento jurídico e apoio à vítima

O SINDOJUS-MG informou que acompanha o caso de perto por meio de sua assessoria jurídica, que tomará todas as medidas cabíveis para responsabilizar o agressor. A entidade também garantiu que a servidora receberá acolhimento psicológico e suporte institucional, reafirmando o compromisso com a integridade e a dignidade dos servidores da categoria.

“O SINDOJUS-MG manifesta total solidariedade à servidora e repudia, de forma veemente, toda e qualquer prática de discriminação racial ou violência contra os Oficiais de Justiça e demais servidores públicos”, afirmou a direção do sindicato.


🚨 Chamado por mais segurança institucional

O episódio reacende a necessidade de políticas públicas e institucionais voltadas à segurança dos Oficiais de Justiça, que diariamente executam mandados em ambientes imprevisíveis e, muitas vezes, hostis, sem o suporte adequado.

O sindicato reforçou que a defesa da categoria vai além de questões corporativas: trata-se da proteção de quem garante a efetividade das decisões judiciais e o funcionamento do sistema de Justiça.

“Este fato reforça a urgência na implementação de medidas de segurança, pois os Oficiais de Justiça estão expostos a riscos constantes no cumprimento de suas atribuições”, concluiu o SINDOJUS-MG.


📎 Com informações do SINDOJUS-MG
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terça-feira, 21 de outubro de 2025

Câmara aprova aumento das penas de homicídio contra Oficiais de Justiça, agentes de segurança e seus familiares — punição pode chegar a 40 anos de prisão

Deputado Afredo Gastar (União Brasil - AL)

📅 Brasília, 21 de outubro de 2025

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) o Projeto de Lei nº 4176/2025, que aumenta as penas de homicídio e lesão corporal contra agentes públicos e seus familiares, elevando a punição máxima para 40 anos de prisão. A proposta, de autoria do deputado Coronel Ulysses (União Brasil–AC) e relatada pelo deputado Alfredo Gaspar (União Brasil–AL), será agora encaminhada ao Senado Federal.

O texto aprovado cria um crime autônomo para homicídio cometido contra servidores públicos ligados à segurança e à Justiça, substituindo a atual qualificadora prevista no Código Penal. Segundo o relator, a medida responde ao aumento de mortes e agressões contra agentes públicos, buscando dar “um recado claro ao crime organizado”.

“O cenário é desafiador e exige resposta adequada. A inexistência de tratamento penal condizente com a magnitude das condutas termina por encorajar os delinquentes e pode comprometer a atuação dos agentes estatais”, afirmou o deputado Alfredo Gaspar durante a sessão.


⚖️ O que muda com o projeto

Com a nova redação, o homicídio contra agentes do Estado deixa de ter pena de 12 a 30 anos e passa a ser punido com 20 a 40 anos de reclusão. A ampliação abrange tanto profissionais ativos quanto inativos e aposentados, além de familiares até o terceiro grau, inclusive por afinidade (como sogros, noras, genros, enteados e cunhados).

Entre os grupos protegidos pela nova lei estão:

  • Integrantes das Forças Armadas, polícias civis e militares, corpos de bombeiros e guardas municipais;

  • Servidores de órgãos do sistema penitenciário e socioeducativo;

  • Membros de institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação;

  • Servidores da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Secretarias Estaduais de Segurança, Sedec e Senad;

  • Agentes de trânsito, guardas portuários e polícias legislativas;

  • Além de oficiais de Justiça, membros do Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia Pública e Poder Judiciário.


🚨 Lesão corporal também terá punições mais duras

O texto aprovado também endurece as penas para lesão corporal cometida contra agentes públicos e seus familiares. A pena atual, que vai de 3 meses a 1 ano, passará para 2 a 5 anos de reclusão.

Nos casos mais graves, os aumentos são significativos:

  • Lesão grave: de 1 ano e 4 meses–8 anos e 4 meses → 3 a 8 anos;

  • Lesão gravíssima: de 2 anos e 8 meses–13 anos e 4 meses → 4 a 12 anos;

  • Lesão seguida de morte: de 5 anos e 4 meses–20 anos → 8 a 20 anos.

Essas formas qualificadas passam a ser consideradas crimes hediondos, impedindo benefícios como anistia, graça, indulto e fiança, e impondo regras mais rígidas de progressão de pena.


🧾 Outras medidas do pacote de segurança

A proposta faz parte de um pacote de oito projetos elaborados pelo Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), que visa reforçar a proteção aos agentes públicos e endurecer o combate ao crime organizado.

Entre as medidas correlatas aprovadas, estão:

  • Restrições à liberação de presos em audiências de custódia, com a recomendação de conversão em prisão preventiva em casos de reincidência ou crimes violentos;

  • Criação do crime de “domínio de cidade”, com pena de 18 a 30 anos de prisão e agravantes quando houver uso de armamento pesado, explosivos ou tomada de prédios públicos;

  • Tipificação da extorsão por crime organizado e do uso de pessoas como escudo humano, com penas que variam de 6 a 15 anos.


🏛️ Próximos passos

Com a aprovação na Câmara, o texto segue agora para análise no Senado Federal. Caso seja aprovado sem alterações, será encaminhado à sanção presidencial.

📎 Com informações da Folha de S. Paulo e da Agência Câmara de Notícias
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Curso de capacitação aprimora atuação de Oficiais de Justiça em Cuiabá

 


📅 Cuiabá, 21 de outubro de 2025

Com foco na valorização e aprimoramento técnico dos Oficiais e Oficialas de Justiça, teve início em 14 de outubro, no Fórum de Cuiabá, um curso de capacitação e aperfeiçoamento profissional que se estenderá até 3 de novembro. A formação — promovida em parceria entre o Sindojus-MT e a Diretoria do Fórum de Cuiabá — busca fortalecer a atuação da categoria, promover a troca de experiências e incentivar o uso de novas tecnologias no cumprimento de mandados.

🎓 Conteúdo e metodologia

Ministrado pelos Oficiais de Justiça Wendel Lacerda Oliveira, Luis Carlos Monteiro dos Santos e Sebastião Rodrigues de Souza Júnior, o curso aborda temas centrais da rotina judicial, como penhora, arresto, sequestro, busca e apreensão, tutela de urgência, avaliação judicial e procedimentos eletrônicos de intimação e comunicação de atos.

O conteúdo também inclui o Código de Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justiça (CNGC), Resoluções do CNJ e do TJMT, além da Lei nº 8.814/2008 e do Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (Lei nº 10.255/2014).

Um dos pontos altos do curso é o módulo sobre o uso de inteligência artificial aplicada à rotina dos Oficiais de Justiça, apresentado por Sebastião Rodrigues, em consonância com a Resolução nº 600/2024 do CNJ, que prevê a adoção de agentes de inteligência no Poder Judiciário.

💬 Integração e reconhecimento

A coordenadora da Central de Mandados de Cuiabá, Waldete Abdala, destacou a importância do evento:

“Está sendo muito produtivo, sempre podemos levar algo para o nosso dia a dia. Agradeço aos colegas pelo tempo dedicado e pela troca de boas práticas.”

🌍 Expansão para outras comarcas

O presidente do Sindojus-MT, Jaime Osmar Rodrigues, anunciou que a capacitação será ampliada para outras regiões do Estado:

“A qualificação contínua é fundamental para o fortalecimento da categoria. O conhecimento técnico aliado às novas tecnologias contribui diretamente para a eficiência do serviço prestado à sociedade. Esta é apenas a primeira etapa — em breve, levaremos a formação também aos colegas de Várzea Grande.”

📎 Com informações do Sindojus-MT
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Projeto de Lei nº 4688/2025 inclui Oficiais de Justiça entre os agentes públicos com direito à proteção em situações de risco


O Projeto de Lei nº 4688/2025, apresentado pelo deputado Delegado Bruno Lima (PP/SP), em 21/09/2025, propõe garantir proteção estatal a agentes públicos em situação de risco decorrente do exercício da função — incluindo, entre eles, os Oficiais de Justiça.

A proposta busca assegurar medidas de segurança a servidores que enfrentam ameaças em razão de suas atividades profissionais, como magistrados, membros do Ministério Público, defensores públicos, parlamentares e também os Oficiais de Justiça, cuja atuação envolve o cumprimento de ordens judiciais, muitas vezes em contextos de alta vulnerabilidade e exposição.

🛡️ Medidas de proteção previstas

O texto do projeto estabelece que, em caso de risco comprovado, o servidor poderá solicitar proteção ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que realizará uma avaliação técnica para definir as medidas adequadas. Entre as ações possíveis estão:

  • Acompanhamento por equipe de segurança especializada;

  • Reforço na residência ou local de trabalho;

  • Sigilo de informações pessoais em cadastros públicos;

  • Fornecimento de veículos blindados ou escolta;

  • Inclusão em programas federais de proteção existentes.

O custeio das medidas será feito com recursos do próprio Ministério da Justiça, podendo ser complementado por convênios com Estados e Municípios.

⚖️ Contexto e justificativa

Na justificativa do projeto, o parlamentar destaca a crescente exposição de agentes públicos — especialmente aqueles envolvidos em atividades de enfrentamento ao crime organizado — e menciona episódios recentes de violência, como o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, ocorrido em 15 de setembro de 2025.

Segundo o texto, é “imprescindível que o Estado brasileiro ofereça instrumentos legais claros e eficazes para resguardar esses profissionais”, de modo a garantir que possam desempenhar suas funções sem medo de represálias.

🏛️ Próximos passos

O PL 4688/2025 aguarda despacho da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para início da tramitação nas comissões, devendo passar pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Santa Catarina sediará o VI Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça — CONOJUS 2026

📅 De 22 a 24 de abril de 2026 – Florianópolis (SC), Brasil

O futuro do Oficial de Justiça se constrói aqui.

A cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, será o ponto de encontro dos Oficiais de Justiça de todo o Brasil e do mundo durante o VI CONOJUS – Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça, que ocorrerá entre 22 e 24 de abril de 2026.

Com o tema central voltado ao fortalecimento da categoria, o evento pretende aprofundar debates sobre os desafios da profissão, valorizar o papel do Oficial de Justiça e estimular a troca de experiências e boas práticas entre profissionais e especialistas.

O VI CONOJUS contará com uma programação dinâmica, palestrantes renomados e atividades interativas, que abordarão temas como inovação tecnológica, segurança, valorização profissional, direitos e o futuro da execução judicial no país.

Mais do que um congresso, o evento será um marco na construção coletiva do futuro da carreira e na reafirmação do compromisso dos Oficiais de Justiça com a efetivação da Justiça e o atendimento ao cidadão.

🗓️ Inscrições: em breve!
🔗 Acompanhe atualizações no site oficial: www.viconojus.com.br

📎 Com informações do VI CONOJUS 2026
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