O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Piauí (SINDOJUS-PI), em Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 21/02/2014, decidiu por maioria de votos, se desfiliar da FOJEBRA. Importante ressaltar que entre todos os oficiais de Justiça presentes na assembleia, apenas um votou contra a desfiliação da FOJEBRA. Antes da votação, um oficial de Justiça presente na AGE afirmou que a FOJEBRA é "uma entidade já falecida".
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ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 21/02/2014

ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA
DO SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES DO ESTADO DO PIAUÍ –
SINDOJUS/PI.
PAUTA: 1) Desfiliação da FOJEBRA. 2) Alteração
do Ressarcimento das Diligências - IT. 3) Periculosidade. 4) Desvio de Função
PCA/CNJ. 5) Demais assuntos de interesse da categoria.
Aos vinte e um
dias do mês de fevereiro de dois mil e quatorze, nesta cidade de Teresina-PI,
na sede do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado do Piauí – SINDOJUS/PI,
localizado na Rua Mato Grosso, nº. 415, bairro Cabral, Teresina-PI,
compareceram os Oficiais de Justiça constantes na lista de presença, que passa
a fazer parte integrante desta ata, para deliberarem sobre os itens constantes
na pauta. Em primeira convocação, às
10h:00min, sob a presidência do Diretor Presidente do SINDOJUS/PI, Sr. Adriano
Costa Brandão e o Secretário Geral, Sr. Manoel Alves de Araújo Filho,
verificou-se a ausência de quorum mínimo para o inicio da Assembleia Geral
Extraordinária, nos termos do artigo 13, caput, do Estatuto. Às 10h:30min, em
segunda convocação, nos termos do artigo 13, parágrafo único, do referido
estatuto, iniciou-se as deliberações. Com a palavra o Diretor Presidente, Sr.
Adriano Costa Brandão, declarou aberta a Assembléia Geral Extraordinária, deu
boas vindas aos presentes e fez breves comentários gerais sobre a pauta em
questão. Em seguida, abriu os debates sobre o item primeiro do edital de
convocação da Assembleia Geral Extraordinária quanto à desfiliação da FOJEBRA. Enfatizou
sobre a conduta da entidade federativa lamentando a falta de luta e
comprometimento, lamentou a perda da unidade entre as entidades estaduais, bem
como teceu informações sobre toda a trajetória da FOJEBRA, onde inicialmente
depositou-se toda a confiança, mas que posteriormente verificou-se que a
diretoria da entidade não atendia os pleitos e normas traçadas dentro da
própria federação. Afirmou que vários foram os pedidos de atuação pleiteados
pela antiga associação (ASSOJESPI) e como exemplo citou a Resolução 48 do CNJ
que dispõe sobre a exigência, como requisito para provimento do cargo de
Oficial de Justiça, da conclusão de curso superior, preferencialmente em
Direito, da qual foi revogada, não tendo qualquer intervenção da FOJEBRA.
Aberta a palavra aos presentes, o Sr. Marques Rodrigues Bezerra enfatizou que
seria prematura a proposta de desfiliação, considerando que o mesmo tinha pouco
tempo na função e desconhecia os atributos da federação, propondo que a
discussão ficasse para momento posterior. Com a palavra o Sr. Maércio da Silva
Maia afirmou que toda a trajetória da federação já havia sido exposta pelo
Diretor Presidente não restando qualquer dúvida sobre a apreciação sobre a
desfiliação da FOJEBRA. Em seguida o Sr. Carlos Henrique Bezerra Sales afirmou
que não há qualquer necessidade de análises mais detalhadas sobre a FOJEBRA,
visto que se trata de entidade já falecida. Encerrada as manifestações, as 02
(duas) propostas foram apreciadas pela categoria, sendo primeiramente votada e
rejeitada por maioria (1 voto contra) a proposta de análise posterior sobre a
desfiliação e posteriormente aprovada por maioria (1 voto contra) a proposta de
desfiliação da FOJEBRA. Encerrado o primeiro item da pauta, o Diretor
Presidente, Sr. Adriano Costa Brandão, iniciou as deliberações sobre o segundo item
da pauta, que trata da alteração do ressarcimento das diligencias –IT. Realizou
vastas considerações sobre a proposta do Tribunal, demonstrando toda a sequência
de atos, desde o pedido de reajuste de 100% interposto pelo SINDOJUS/PI, até a
consolidação da proposta da administração sobre a nova metodologia de
ressarcimento das diligencias, onde os valores a título de ressarcimento dos
Oficiais de Justiça passariam a ser custeados com as receitas do FERMOJUPI, no
valor de R$20,83 por diligência realizada, conforme discriminado na tabela de
custas e emolumentos do TJ/PI. Teceu algumas considerações sobre o que havia
verificado nas redes sociais, sobre o questionamento da percepção da verba nas
férias, bem como enfatizou sobre o PCA nº. 0005869-51.2012.2.00.0000 do qual a
entidade representativa havia pleiteado um valor fixo acrescido dos valores
arrecadados pelo FERMOJUPI, mas que o CNJ julgou improcedentes os argumentos do
SINDOJUS/PI. Aberta a palavras aos presentes, o Sr. Eliel Luiz de Macedo
manifestou-se contrário a proposta, alegando que em sua comarca existem locais
distantes e o valor não suportaria a despesa empreendida para o cumprimento da
determinação judicial. O Sr. Carlos Henrique Bezerra Sales demonstrou
preocupação com a metodologia, devendo o projeto ser encaminhado a todos os OJs
para análise mais detalhada. O Sr. Maurício Borges de Almeida manifestou-se
contrário a proposta, sugerindo que a metodologia permanecesse sem alteração,
afirmando que sente temor que o FERMOJUPI não repasse os valores. O Sr. Angel
da Silva Coelho apresentou dúvidas sobre o modelo e defendeu como metodologia
um valor fixo mais o valor variável. A Sra. Tamara Fortes Vasconcellos
manifestou-se contrária a proposta, não trazendo qualquer argumento. O Sr. José
Alcidon da Cunha propôs que não fosse apreciada a proposta, devendo ser
analisada de forma mais profunda para que não se cometa os erros cometidos com
a aprovação do regime de subsídio. O Sr. Samaronne Soares Rosa manifestou-se
favorável a proposta, afirmando que o atual modelo privilegia quem não
trabalha, que alguns percebem valor indenizatório sem realizar deslocamentos.
Afirmou também que a diretoria do SINDOJUS/PI sempre manteve conduta coerente e
parabenizou pela coragem de realizar a assembleia e colocar o assunto para
deliberações. Concluiu afirmando que já trabalhou no interior do estado, e que
ao contrário do que muitos afirmam, não existe somente mandado complexo e
distante. Afirmou que várias são as situações em que se cumpre o mandado até
mesmo dentro do Fórum. O Sr. Antonio da Silva Reis manifestou-se contra a
proposta, defendendo o adiamento da apreciação. O Sr. Maércio da Silva Maia
manifestou-se favorável a proposta, afirmando que a metodologia apresentada já
havia sido exaurida, não havendo qualquer complexidade. Enfatizou que era muito
simples para a categoria deliberar, levando em consideração o que fora
apresentado. Afirmou que, ou se aprova a proposta da nova metodologia, ou se
mantinha o modelo atual sem perspectiva de reajuste. Concluiu que o modelo
atual fomenta o parasitismo e o desvio de função. O Sr. Glassios Clei Gonçalves
Reis manifestou-se afirmando que tinha muitas dúvidas referente a proposta, mas
que muitas foram sanadas na explicação proferida pelo presidente. Afirmou que
realmente concorda com o posicionamento sobre a percepção nas férias,
enfatizando que essa discussão já havia entendimento pacífico nos Tribunais
Superiores. Concluiu, questionando como seria o ressarcimento da situação de
cumprimento realizado por 02 (dois) Oficiais de Justiça. Retomada a palavra e
não havendo mais manifestações, o Diretor Presidente preliminarmente colocou em
votação se a categoria iria deliberar nesta assembleia a proposta ou
posteriormente em assembleia designada. Em votação, questionou-se aos presentes
quem era favorável ao adiamento da deliberação da proposta do TJ sobre a metodologia
de ressarcimento da IT, sendo que 21 votaram favorável e 41 contra.
Consequentemente, passou-se a deliberação efetiva sobre a proposta, sendo
colocado em votação e questionado quem era favorável a metodologia de
ressarcimento proposta, tendo como resultado 41 votos. Posteriormente
questionou-se quem era contra a proposta do TJ, tendo 13 votos. Questionado
sobre as abstenções, computou-se 08 votos. Pela apuração dos votos restou aprovado
o modelo proposto pelo TJ. Ato contínuo, o Sr. Presidente passou ao terceiro
item da pauta, que trata sobre a periculosidade, enfatizando que com a mudança
do ressarcimento para o FERMOJUPI , sobraria um resíduo orçamentário na folha
de pagamento de pessoal e a administração do TJ, na pessoa do Des. Ricardo
Gentil, se comprometeu em propor o reajuste em 100%, ficando a periculosidade
no valor de R$ 600,00. Aberta a palavra aos presentes, o Sr. Carlos Henrique
Bezerra Sales manifestou-se contrário a proposta, enfatizando que com esse
resíduo orçamentário poderia a administração propor reajuste maior. Com a
palavra o Diretor Presidente solicitou que a categoria deveria deliberar sobre
um valor objetivo. Após alguns questionamentos restou consolidado o valor de R$
900,00. Colocado em votação, por unanimidade foi negada a proposta de reajuste
feita pelo TJ e consequentemente aprovada por unanimidade a proposta de
reajuste da periculosidade no valor de R$ 900,00. Encerrado o terceiro item, passaram-se
as deliberações referentes ao desvio de função. Com a palavra, o Diretor Presidente
enfatizou que mesmo diante da interposição de vários pedidos junto ao TJ-PI,
demonstrando a desnecessidade de algumas lotações de OJS, bem como a existência
de pseudo-lotações, não houve qualquer resposta. Que a Corregedoria vem
beneficiando alguns em detrimento dos demais colegas que cumprem uma extenuante
carga de mandados. Enfatizou que o Coordenador da Central de Mandados já havia
ingressado com 02 (dois) pedidos de providências contra OJ que estava inserido
na Central, mas que não recebia mandados, não havendo qualquer pronunciamento
da Corregedoria. Concluiu que até a presente data o OJ estava sem trabalhar e
recebendo normalmente seu salário, sua indenização de transporte e sua
periculosidade. Ofertada a palavra aos presentes, o Sr. Maércio manifestou-se
relembrando a decisão proferida no PCA 343 e que a entidade deveria ingressar
com novo pedido para que todos os OJs em desvio de função retornassem as suas
funções de origem. Afirmou que diante do quadro reduzido de servidores,
principalmente a categoria dos Oficiais de Justiça, não havia como permanecer
com a constante retirada destes servidores para ocuparem cargo comissionado e
outros desviados da função. Afirmou que não tinha nada contra o exercício de cargo
comissionado por OJ, mas que o momento não permitia. Enfatizou que quando se
retira um OJ da função, consequentemente outro fica sobrecarregado. Ato
contínuo apresentou decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão, que
administrativamente retirou todos os OJs que exerciam cargo em comissão,
encaminhando-os para sua função da qual prestaram concurso. Sem mais
pronunciamentos, o Diretor Presidente colocou a proposta em votação, sendo
aprovada por unanimidade a propositura de procedimento junto ao CNJ. Em seguida
passou-se ao ultimo ítem da pauta que trata sobre questões diversas de
interesse da categoria. Com a palavra, o presidente falou sobre os problemas referente
as certidões exaradas pelos Oficiais de Justiça, que inúmeras são as
reclamações atinentes a péssima redação e falta de elementos nas certidões.
Apresentou alguns exemplos, destacando os erros cometidos pelos OJs,
enfatizando a péssima prestação que alguns destinam a sociedade. Enfatizou a
péssima conduta de alguns OJs que terceirizam o cumprimento dos mandados e que
se permanecesse tal situação iria inclusive encaminhar denúncia a Corregedoria
e ao Secretário de Segurança do Estado. Destacou que a categoria reivindica
muitos pleitos, ressaltando que não podemos esquecer a qualidade de nossas
atribuições, e concluiu que enquanto existir essa considerável quantidade de maus
profissionais, a imagem da categoria permanecerá maculada. Ofertada a palavra,
o Sr. Marques Rodrigues Bezerra apresentou proposta de alterar o estatuto vigente
no sentido de criar diretorias regionais. Retomada a palavra pelo presidente,
este afirmou que na época da criação do sindicato e votação do estatuto, a
matéria foi discutida e não aceita em razão de, na prática, não servir pra
nada, considerando que todo Oficial de Justiça filiado a entidade poderia
encaminhar diretamente as sugestões, proposições, criticas, através dos mais
variados meios de comunicação existentes, não sendo necessário uma
representação regional para fazê-lo. Não havendo mais manifestações, colocada
em votação a proposta, restou não aprovada por maioria dos votos. Disponibilizado
novamente a palavra aos presentes e não havendo mais qualquer manifestação, o
diretor presidente deu por encerrado os trabalhos e a presente ata. Eu Manoel
Alves de Araújo Filho, Diretor Secretário Geral, digitei e subscrevi.
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