A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou nesta
quarta-feira (9), por unanimidade, propostas que reajustam para R$
32.147,90 os salários dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e
do procurador-geral da República.
As propostas ainda precisam passar pelas comissões de Finanças e de
Constituição e Justiça antes de serem apreciadas pelo plenário da
Câmara.
Inicialmente o projeto previa um aumento dos atuais R$ 26.723,13 para R$ 30.675,48, valendo a partir de janeiro de 2011.
A proposta aprovada hoje, de autoria do deputado Roberto Santiago
(PSD-SP), aumenta o valor dos subsídios para R$ 32.147,90, valendo a
partir de janeiro de 2012.
Esse mesmo valor e data foram definidos na proposta, de autoria do
deputado Luciano Castro (PR-RR), que trata dos rendimentos do
procurador-geral da República.
Caso ocorra o reajuste haverá um efeito cascata sobre os subsídios dos demais integrantes do Judiciário e Ministério Público.
Nos projetos originais, o impacto estimado para os cofres da União é de cerca de R$ 620 milhões.
Deste total, R$ 2 milhões seriam destinados ao pagamento dos ministros
do Supremo, R$ 446 milhões para o Poder Judiciário da União e R$ 173
milhões para o Ministério Público da União.
A aprovação das propostas ocorre no mesmo dia em que o presidente do
Supremo, Carlos Ayres Britto, disse que sairá a campo em defesa dos
reajustes.
A pressão pelo aumento por parte dos integrantes do Supremo ocorre desde
o final do ano passado quando a presidente Dilma Rousseff determinou
que não haveria reajuste neste ano para a categoria.
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