terça-feira, 10 de abril de 2012

Mantida condenação de homem que usou rottweiler para prender oficial de Justiça em sua residência

 
DECISÃO 
 
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de homem que usou dois cães rottweiler para ameaçar e prender em um quarto de sua residência oficial de Justiça que cumpria ordem judicial. A pena total é de quatro anos de reclusão e um ano e seis meses de detenção, em regime fechado.

O homem foi condenado pelos crimes de desacato, resistência, lesão corporal e cárcere privado. Ele teve a apelação negada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), daí o pedido ao STJ. Com o habeas corpus, pretendia cancelar a condenação por cárcere privado e desacato. Além disso, segundo a defesa, a pena devia ser ajustada por ele ser primário.

Para o ministro Og Fernandes, porém, a sentença e o acórdão do TRF2 foram devidamente fundamentados nos fatos, o que afasta qualquer ilegalidade das decisões. A condenação foi integralmente mantida.

Resistência e desacato

Conforme a sentença, o condenado conseguiu evitar a execução da ordem judicial, o que configura a resistência. A defesa argumentava que o oficial agiu com excesso ao ingressar na residência, mas provou-se que foi convidado a entrar pela companheira do réu.

Para o TRF2, esse crime se consumou quando o réu, declarando-se coronel da Aeronáutica, levantou-se nu da cama e deu voz de prisão ao oficial de Justiça. A resistência foi inclusive violenta, com aplicação de “gravata”, socos e empurrões contra a vítima.

O desacato também estaria provado pelos depoimentos do próprio réu e de sua empregada. O réu afirmou que teria mandado o oficial se sentar, mas “apesar de não se recordar, é provável que tenha ameaçado” o agente com um vaso de vidro.

Sua empregada declarou que “algo inusitado ocorria no imóvel”, porque teria ouvido o oficial gritar duas vezes “você é louco”. Os gritos teriam origem na parte de cima da casa, mas ela não subiu para ver o que acontecia. Ela também afirmou não ter visto o oficial deixar a casa. Para o juiz, ambos os depoimentos apontavam a ocorrência do crime de desacato.

Segundo o TRF2, o desacato se consumou quando o réu vestiu cueca e colocou nela objetos pessoais da vítima, que haviam caído no chão, como a carteira funcional. Conforme o acórdão, o ato demonstra o intuito de menosprezar, ofender e humilhar o servidor público.

Cárcere
Quanto ao cárcere privado, o caseiro do imóvel declarou que, quando o oficial chegou, os cães estavam na frente da residência. Quando o caseiro voltou da padaria, no entanto, encontrou apenas o condenado, vestindo short de dormir. Disse que perguntou à empregada sobre o agente da Justiça. A empregada, em vez de responder, apenas apontou para o andar de cima.

A própria companheira do acusado confirmou que um dos cães estava solto no interior da casa e ela também estaria no “quarto dos rottweiler”. O caseiro também declarou ter se assustado com os cães soltos no interior da residência.

Fuga
Porém, na apelação, a defesa argumentou que o oficial em nenhum momento ficou privado de liberdade. Com 33 anos, ele teria deixado o local facilmente, sem ajuda ou maior esforço, saltando da janela para o telhado e podendo se afastar do local sem interferência ou perseguição.

Mas o TRF2 entendeu que o crime se consumou com a ordem dada pelo réu à vítima para que entrasse no compartimento composto de banheiro e closet, afirmando que se tentasse sair seria estraçalhado pelo cão rottweiler, que estava de prontidão. Para o TRF2, essa conduta já violou efetivamente o bem jurídico protegido: a liberdade de movimento.

“Por outro lado, na visão desta Corte, por mais jovem que fosse a vítima, o modo pelo qual saiu do recinto nada teve de normal, fácil ou tranquilo, afigurando-se, ao contrário, um ato de desespero, cuja execução implicou risco à própria integridade física. E ainda que abreviado pela fuga, restou entendido que o enclausuramento teve duração juridicamente relevante, razão pela qual foi mantida a condenação pelo crime de cárcere privado”, acrescentou o acórdão do TRF2, citado pelo relator. 

Fonte: STJ

PLC 30/2007: Porte de Arma

Senador Paulo Paim avoca relatoria do PLC 30/2007

Na segunda reunião ordinária da Comissão de Direitos Humanos do Senado, após a audiência pública relativa ao “Dia Nacional de Lutas dos Oficiais de Justiça”, que debateu o PLC 30/2007 (porte de arma), o Senador Paulo Paim avocou para si a relatoria do projeto.

Dia 18, próxima 4ª-feira, estaremos contatando pessoalmente o senador para solicitar agilidade na apresentação do relatório.

Fonte: FOJEBRA

Aposentadoria Especial


O PLC 330/2006, que trata da regulamentação da aposentadoria especial, só voltará a pauta da CTASP na próxima quarta-feira, dia 18/04.

Fonte: FOJEBRA

10/04/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta terça

O novo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, minimizou, ao tomar posse, a polêmica em torno da escolha de seu nome para o cargo, contam os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo. Rosa foi indicado para a chefia do Ministério Público estadual pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), mesmo tendo sido derrotado na eleição interna pelo procurador Felipe Locke, por 894 votos a 838.

Casas de prostituição
O jornal Folha de S.Paulo informa que a Comissão do Senado de reforma do Código Penal quer o fim de punições para donos de prostíbulos. Para os membros da comissão, a medida só serve para policiais corruptos extorquirem donos dessas casas. Se aprovada no Congresso, a mudança abrirá caminho para a regulamentação da profissão. Isso porque será possível estabelecer vínculos trabalhistas entre o empregado do prostíbulo e o empregador, como já ocorre em países como Alemanha e Holanda.

Banco e conciliação
De acordo com o jornal Valor Econômico, por meio de conciliações, o Banco Santander Brasil pretende, só neste ano, reduzir em pelo menos 25% seu passivo trabalhista, estimado em 50 mil ações. A instituição financeira reservou R$ 648 milhões para acordos e um programa para evitar novas discussões na Justiça.

Transferência do título
O jornal Folha de S.Paulo lembra que o eleitor tem até o dia 9 de maio para transferir o título eleitoral de município ou de zona eleitoral para votar nas eleições de 7 de outubro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Até a data também será possível pedir o título e revisar dados pessoais que constam na Justiça Eleitoral. De acordo com o calendário do TSE, este também é o prazo final para os portadores de necessidades especiais e idosos solicitarem transferência para uma seção de fácil acesso.

Planos econômicos
Os jornais Valor Econômico e DCI noticiam que o Supremo Tribunal Federal analisa recursos que questionam os índices de correção monetária dos planos e Collor I e II. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor afirmou que entregará a petição com 7.983 assinaturas de poupadores. "É preciso manter o entendimento favorável ao poupador, que será afetado", disse a gerente jurídica do Idec, Maria Novais.

Público-privadas
A possibilidade de utilizar as parcerias público-privadas (PPPs) no Poder Judiciário está em debate pelo Conselho Nacional de Justiça e as implicações e resultados da prática já geram embates entre operadores do Direito. Na última semana, reunião de uma comissão criada pelo Conselho para fornecer subsídios sobre o tema, trouxe para o debate o retorno que as empresas privadas teriam em empreitadas com os tribunais e quais os riscos para a Justiça com a prática. A notícia está no jornal DCI.

Fatia pública
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu parecer contrário ao pedido do PSD de receber, já a partir deste ano, uma maior fatia dos recursos públicos destinados aos partidos políticos. A sigla criada em 2011 pelo prefeito Gilberto Kassab quer ter direito a verbas do Fundo Partidário proporcionais aos votos recebidos nas eleições de 2010 pelos políticos de sua atual bancada. As informações estão nos jornais Folha de S.Paulo e Correio Braziliense.

Extensão do aborto
A comissão de juristas responsável por elaborar o anteprojeto do novo Código Penal aprovou propostas de mudanças nos artigos da legislação brasileira que tratam do aborto. O documento prevê como possibilidades para a permissão do aborto — além das já previstas em lei — “quando a mulher for vítima de inseminação artificial com a qual não concordou; quando o feto for diagnosticado com anencefalia e outras doenças físicas ou mentais graves; e por vontade da gestante até a 12ª semana de gravidez, caso um médico ou psicólogo constatem que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade”, como dependentes de drogas, por exemplo. A notícia está no jornal Correio Braziliense.

COLUNAS
Aborto de anencéfalo
A colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, lembra que “pautada para amanhã, a votação de autorização para realização de aborto em casos de anencefalia (má formação do cérebro que impede o bebê de sobreviver depois do parto) sai com vantagem de quatro votos no STF (Supremo Tribunal Federal): já avançaram na questão, em outras votações, os ministros Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Celso de Mello e o relator, Marco Aurélio Mello”.

Independência do MP-SP
O Blog do Fred, do jornal Folha de S.Paulo, informa: “O procurador de Justiça Felipe Locke, preterido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que escolheu o procurador de Justiça Márcio Elias Rosa para chefiar o Ministério Público Estadual nos próximos dois anos, prevê que o órgão será ‘pouco independente e muito burocrático’. ‘Estamos inconformados com essa decisão absolutamente injusta’, diz”.
Revista Consultor Jurídico, 10 de abril de 2012

STF - Rádio Justiça: Porte de arma

Jornal da Justiça 1ª edição explica as discussões em torno do porte de arma para agentes públicos em serviço

Em meio ao debate sobre o direito de determinados agentes públicos portarem ou não arma de fogo durante o desempenho de suas funções, a Justiça autorizou que um Oficial de Justiça esteja armado durante o tempo que estiver trabalhando. O tema está em discussão no Congresso Nacional. Jornal da Justiça 1ª edição, nesta terça-feira (10), a partir das 6 horas.

Fonte: www.stf.jus.br

Mandado de Busca e Apreensão e ordem de arrombamento

Quem leu a notícia anterior viu que o oficial de Justiça, de posse de um Mandado de Busca e Apreensão deixou de cumprir a ordem porque o juiz não disse que teria que arrombar a porta para retirar os cachorros.

Veja o trecho da reportagem:

Um oficial de Justiça tentou cumprir a decisão nesta segunda-feira (9), mas não conseguiu, pois não havia ninguém na residência. A advogada Ana Rita Tavares, que atua na ONG Terra, acompanhou o oficial.

“O juiz determinou a busca e a apreensão, mas não disse que teria que arrombar a porta para retirar os cachorros. Isso acabou prejudicando os animais, que terão que passar mais um dia sofrendo por causa do entendimento burocrático da Justiça”, relata. 

Mas será que é necessária ordem expressa de arrombamento para que o oficial de Justiça proceda ao arrombamento de portas externas, internas ou quaisquer obstáculos móveis onde presumam que se encontre a coisa procurada?

Solicito aos colegas oficiais de Justiça que respondam a esta questão clicando em COMENTÁRIO e deixando a resposta. Não é obrigatório se identificar ou fazer login.

O que diz o Código de Processo Civil:
Seção IV
Da Busca e Apreensão

Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.

...

Art. 841. A justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que conterá:

I - a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência;

II - a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a Ihe dar;

III - a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.

Art. 842. O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas.

§ 1o Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada.

§ 2o Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.

§ 3o Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.

Art. 843. Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas.

O que diz o Código de Processo Penal:

  Art. 244.  A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.
 
        Art. 245.  As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.

        § 1o  Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da diligência.

        § 2o  Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada.

        § 3o  Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura.

        § 4o  Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente.

        § 5o  Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a mostrá-la.

        § 6o  Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta sob custódia da autoridade ou de seus agentes.

        § 7o  Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o.

Veja o comentário da Juíza quanto ao não cumprimento do mandado do oficial de Justiça alegando faltar ordem de arrombamento:

“O oficial de Justiça deveria ter cumprido a ordem de busca e apreensão e retirado os cachorros de lá, mesmo tendo que arrombar a porta. É uma questão de sensibilidade. Ele não deveria ter interpretado a liminar desse jeito, e sim, cumprido porque está implícito que se era para tirar o cachorro, tinha que entrar na casa. Aquela liminar de busca e apreensão está valendo e eu estou ordenando outro oficial de Justiça para cumpri-la”, afirmou a juíza ao G1.

Na tarde de segunda-feira (9), a determinação do juiz não foi cumprida porque a residência estava fechada e o oficial de Justiça designado para a função alegou que não estava escrito na liminar a ordem de arrombamento. 

Reportagem em: http://www.anda.jor.br/10/04/2012/juiza-da-ordem-para-arrombar-casa-e-retirar-cachorros-agredidos-por-tutora

No caso desta busca e apreensão o oficial de Justiça poderia responder administrativamente, pois quando a busca e apreensão é pessoas ou animais que estão sofrendo maus-tratos não há que se falar em ordem expressa de arrombamento. Afinal, a lei já prevê o arrombamento e além disso devemos perguntar: O que vale mais, uma vida ou uma mera formalidade?


BAHIA: Juiz determina apreensão de cachorros agredidos após divulgação de vídeo

 
Mulher foi flagrada por uma vizinha espancando cachorro no bairro de Pau da Lima

Da Redação 

Três cachorros deverão ser apreendidos de uma casa localizada na rua São Luiz, em Pau da Lima, onde uma moradora aparece em imagens em vídeo espancando com um cabo de vassoura um dos animais. Uma liminar de busca e apreensão dos cachorros foi concedida pelo juiz Agemiro de Azevedo Dutra, da 3ª Vara Cível.

Um oficial de Justiça tentou cumprir a decisão nesta segunda-feira (9), mas não conseguiu, pois não havia ninguém na residência. A advogada Ana Rita Tavares, que atua na ONG Terra, acompanhou o oficial.

“O juiz determinou a busca e a apreensão, mas não disse que teria que arrombar a porta para retirar os cachorros. Isso acabou prejudicando os animais, que terão que passar mais um dia sofrendo por causa do entendimento burocrático da Justiça”, relata.

Vídeo no Youtube

A moradora aparece em imagens em vídeo espancando com um cabo de vassoura um cachorro dentro da própria casa. As gravações foram feitas por uma vizinha, na sexta-feira (6), e foram colocadas no YouTube.

O cachorro não aparece nas imagens. O que se houve são urros de dor. Mas a mulher é facilmente identificada. “Saia da minha frente que vou te meter a porrada até você se estrebuchar”, grita a agressora.

O caso foi descoberto por uma protetora dos animais de São Paulo que entrou em contato com Ana Rita Tavares. “Uma protetora de São Paulo passou um e-mail dizendo que deveríamos ver o vídeo. Nós assistimos e, no dia seguinte, fui à 10ª Delegacia e pedi o apoio da PM para ir lá”, diz.

No domingo, quando os policiais chegaram, a mulher, conhecida como Conceição, não estava em casa.

Denúncias 

Assustada, a vizinhança confirma diversas agressões. “Basta ela ficar aborrecida com alguma coisa para bater nos cachorros. É horrível. As crianças ficam assustadas. Acho que ela já chegou a matar um dos cães”, disse uma vizinha.

O caso é semelhante ao da enfermeira goiana Camila Corrêa, 22 anos, flagrada no final do ano passado agredindo um cão da raça Yorkshire até a morte. A agressão de Pau da Lima provocou a revolta de internautas, que também denunciaram a agressão através dos sites de redes sociais.

Fonte: Correio da Bahia

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Diretor da Fenassojaf participa de reunião com o Deputado Federal Leonardo Quintão

O diretor da Fenassojaf, Hélio Ferreira Diogo, participou na terça-feira (03) de uma reunião com o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB/MG). Além dele, estiveram no encontro o coordenador da Fenajufe, Hebe-Del Kader, e o presidente Assojaf-MG, Welington Gonçalves, além do assessor do deputado, André Batista.

Na pauta da reunião, a aposentadoria especial dos servidores públicos que exercem atividade de risco (PLP 554/2010), e o PL 6613/09, que trata da revisão salarial dos servidores do Judiciário Federal.

Membro da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, Quintão foi um dos parlamentares que pediram vista ao projeto sobre a aposentadoria especial – os outros foram os deputados Alex Canziani (PTB/PR), Fátima Pelaes (PMDB/AP) e Mauro Nazif (PSB/RO).

Sobre a proposição da aposentadoria especial, Hebe-Del Kader explicou ao deputado que o PLP 554/2010 foi apresentado pelo próprio governo em razão dos inúmeros Mandados de Injunção que vinham sendo aprovados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com o pleito da aposentadoria especial para diversos segmentos de servidores públicos que trabalham em situação de risco, incluindo os Oficiais de Justiça.

Welington Gonçalves lembrou que também o MI impetrado pela Assojaf-MG, em favor dos seus filiados, Oficiais de Justiça da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho, obteve decisão favorável no STF.

Hélio Diogo salientou, ainda, que o texto inicial do PLP 554/2010 prevê, em seu artigo 2º, a concessão da aposentadoria especial somente aos servidores expostos a risco contínuo, tais como às das polícias, as exercidas em controle prisional, carcerário e na escolta de presos.  Posteriormente, o deputado Roberto Policarpo (PT/DF), relator da matéria na CTASP, atendeu aos pleitos de várias categorias do serviço público federal que exercem atividades de risco, e resolveu incluí-los em seu relatório final.

Após estas considerações, foi solicitado ao parlamentar, o compromisso de votar favoravelmente pela aprovação do relatório do deputado Policarpo. Para mostrar ao deputado a legitimidade da reivindicação, entregaram-lhe uma publicação produzida pela Fenassojaf e pela Fojebra (esta, representante dos oficiais de justiça das Justiças estaduais de todo o país) contendo relatos de vários casos de violência cometida contra oficiais de justiça.

O deputado Quintão afirmou categoricamente ser plenamente favorável ao pleito para os Oficiais de Justiça e Agentes de Segurança e adiantou que votará pela aprovação do PLP 554/2010, ao qual está apensado o PLP 330/2006, que dispõe sobre o mesmo tema. Salientou, porém, que o rol de categorias a serem beneficiadas é muito grande, e que, por esse motivo, mesmo que aprovada, a proposição corre risco de ser vetada pelo governo federal. Ele se comprometeu, inclusive, a conversar com os demais parlamentares mineiros que integram a CTASP e pedir a eles o voto pela aprovação do projeto na forma do relatório do deputado Policarpo, mas aconselhou a categoria a também realizar esse trabalho de pressão e mobilização junto aos demais parlamentares.

PCS

Quanto ao PCS, Hebe-Del Kader relatou que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) até tentou bloquear a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), em dezembro passado, se a verba destinada ao pagamento do PCS não fosse incluída na proposta orçamentária para 2012. Ao final, foi convencido a ceder, com a condição de que a bancada do governo no Congresso retomaria logo no início do ano as negociações sobre a revisão salarial dos servidores do Judiciário Federal. Como o projeto está pautado para a sessão da CFT nesta quarta-feira (11), foi pedido o empenho do deputado Leonardo Quintão junto aos demais parlamentares em defesa da aprovação da matéria.

Ainda durante o encontro, Quintão ligou para sua assessoria na Câmara dos Deputados, pedindo o agendamento de uma reunião nesta terça (10), com o deputado Antônio Andrade (PMDB), que é o presidente da CFT.  Na reunião, Quintão pretende convencer o colega de partido e da bancada da importância para o serviço público da votação e aprovação do PL 6613/09.

Fonte: FENASSOJAF

Corregedor-Geral da Justiça recebe Sindicato dos Oficiais de Justiça de SC

 
O desembargador Vanderlei Romer, corregedor-geral da justiça, e o o juiz-corregedor Antônio Zoldan da Veiga receberam no último dia 30 de março, nas dependências da CGJ, a direção do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Santa Catarina – SINDOJUS.

O sindicato se fez representar por seu presidente César Rubens Deschamps; Fábio Ramos Bittencourt, vice-presidente do órgão; Fernando Amorim Coelho, diretor jurídico da entidade; Joel Honorino Nunes e Patrícia Claudino, primeiro secretário e assessora de imprensa do sindicato, respectivamente.

O encontro serviu para discussão de assuntos de interesse da categoria visitante.

Fonte: TJ-SC

09/04/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta segunda

A Advocacia-Geral da União garantiu o pagamento de R$ 91 mil devidos a autarquias e fundações públicas, em São Paulo, com o protesto de Certidões da Dívida Ativa. O valor representa 85,38% do montante enviado para cobrança aos tabelionatos, em fevereiro, e é o maior já recebido por uma unidade dentro do projeto criado em 2010. A cobrança de devedores resultou, nos dois primeiros meses de 2012, na recuperação de 40% dos valores protestados — quantia de R$ 723 mil, informa o jornal DCI.

Vetos ignorados
Uma brecha encontrada pelos deputados federais e senadores está permitindo ao Congresso Nacional algo impensável, se observada a Constituição Federal: ignorar os vetos presidenciais a propostas aprovadas pelo Legislativo. Com o dever constitucional de se posicionar em última instância sobre leis ou artigos barrados pelo Executivo em até 30 dias contados a partir do recebimento em sessão conjunta, os parlamentares têm preferido lavar as mãos a confirmar ou rejeitar o posicionamento do Palácio do Planalto. O resultado são 1.414 vetos, relativos a 126 projetos de lei, parados no Legislativo. A informação é do jornal Estado de Minas.

Juízes da infância
Um único juiz da infância e adolescência atende cidades com mais de um milhão de habitantes em São Paulo, conta o jornal Folha de S.Paulo em reportagem. A constatação faz parte de relatório inédito do Conselho Nacional de Justiça, que também revela outros graves problemas na estrutura do Judiciário paulista. O ideal, segundo especialistas, é um juiz para 200 mil moradores, no máximo, e com dedicação exclusiva.

Reincidência na juventude
Já o jornal O Globo informa que foram 16 meses de pesquisa, com visitas a 320 unidades e quase duas mil entrevistas, para o CNJ chegar a uma conclusão: quatro em cada dez crianças e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em estabelecimentos com restrição de liberdade são reincidentes. E as infrações que os levam de volta costumam ser ainda mais graves do que as anteriores. Os casos de homicídio, por exemplo, foram muito mais frequentes na segunda internação, aumentando de 3% para 10%, em âmbito nacional.

Coligadas no exterior
O Supremo Tribunal Federal declarou repercussão geral na discussão sobre a tributação dos ganhos de empresas no exterior coligadas ou controladas por brasileiras, conta o jornal Valor Econômico. A decisão foi tomada pelo Plenário Virtual da corte. Com isso, os ministros vão interromper o julgamento — que já dura quase dez anos — de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e recomeçar os debates sobre o assunto.

Planos econômicos
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, confirmou a inclusão de recursos que discutem planos econômicos na pauta de julgamentos da sessão plenária do dia 12 de abril. Os ministros irão analisar dois Recursos Extraordinários que questionam os índices de correção monetária decorrentes dos planos econômicos Collor I e II. Os recursos têm repercussão geral, o que significa que a decisão tomada pelo STF nesses processos deverá ser aplicada a todas as ações semelhantes em trâmite em todas as instâncias do Poder Judiciário do país. A confirmação do julgamento está no jornal DCI.

Setor automotivo
De acordo com o jornal Valor Econômico, o governo federal regulamentou o programa de incentivo ao setor automotivo, batizado de Inovar-Auto, incluído no pacote de estímulos divulgado na semana passada. Por meio dele, as empresas poderão aproveitar créditos presumidos do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). O limite é de 32% sobre a base de cálculo prevista na legislação do tributo, ou seja, varia conforme a classificação fiscal do automóvel fabricado.

COLUNAS
Dias de folga
Do Blog do Fred, do jornal Folha de S.Paulo: “O Tribunal de Justiça de Minas Gerais tomou decisão capaz de reacender a polêmica sobre a carga de trabalho da magistratura e os dias de folga de juízes e servidores. A título de disciplinar com antecedência os plantões em feriados neste ano, o TJ-MG divulgou portaria estabelecendo as datas em que o trabalho poderá ser oficialmente enforcado, ou seja, aqueles dias imprensados entre o feriado e o final de semana. A portaria foi citada como referência quando o tribunal mineiro anunciou em seu site, dias atrás, que o feriado da Semana Santa começaria na quarta-feira”.

Varas médicas
”O presidente da Embratur, Flávio Dino, vai propor ao Conselho Nacional de Justiça que acompanhe julgamentos de casos de erro médico. E sugere a criação de varas especializadas em crimes ou falhas em hospitais. ‘O Judiciário já deu grandes passos, com varas para cuidar de meio ambiente, trânsito e violência contra a mulher. Chegou a hora da saúde’, diz ele”, informa a colunista Mônia Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

OPINIÃO
Dias de trabalho
"Ao julgar um recurso administrativo e dois pedidos de providência enviados por serventuários do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, que abrange os Estados do Pará e do Amapá, o Conselho Nacional de Justiça abriu um importante precedente para a solução do problema da suspensão de serviços e atividades essenciais causado por greves do funcionalismo público. No ano passado, os serventuários do TRT da 8ª Região promoveram uma greve de 46 dias e a Corte determinou o desconto dos dias não trabalhados”, escreve o jornal O Estado de S. Paulo em editorial.
Revista Consultor Jurídico, 9 de abril de 2012

domingo, 8 de abril de 2012

08/04/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais deste domingo

Passados mais de sete anos desde que chegou ao Supremo Tribunal Federal, a ação que defende o aborto de fetos anencefálicos será julgada nesta quarta-feira (11/4), lembram os jornais O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. A tendência do tribunal, conforme ministros, é liberar a interrupção da gravidez. Autor da ação, o advogado Luís Roberto Barroso afirma que o julgamento desta semana não é uma etapa para a liberação do aborto. E critica aqueles que afirmam ser a interrupção da gravidez nos casos de anencefalia um primeiro passo para a eugenia. "Equiparar a antecipação de parto no caso de feto anencefálico com a eugenia é um abuso verbal, quase um uso imoral da retórica", disse.

Pedido de proteção
Como noticia o jornal Zero Hora, a juíza da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, Elaine Maria Canto da Fonseca, e sua família estão juradas de morte e vivem acossadas: têm proteção 24 horas, restringiram atividades sociais e se deslocam num dos três carros blindados fornecidos pelo Tribunal de Justiça. Uma das suspeitas é de que as ameaças partam de policiais militares, que vasculharam dados pessoais de Elaine no sistema de consultas integradas, um grande banco de dados da área da Segurança Pública que armazena informações pessoais de todos os gaúchos.

Alma branca
À revista Raça Brasil, o jornalista Heraldo Pereira diz que buscava retratação de Paulo Henrique Amorim e conseguiu: "Não vou permitir que um indivíduo que faz propaganda do que é ser negro em suas rodinhas de convertidos tardios ao esquerdismo venha me dizer o que é ser negro”. Ele passou a ser desqualificado pelo blogueiro por termos como "negro de alma branca" no blog Conversa Afiada. "Meu ofensor fez outros comentários junto à retratação no blog em vez de publicá-la pura e simplesmente como mandou a decisão judicial", disse.

Direito retroativo
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo conta que a contratação de profissionais como se fossem prestadores de serviços pode ser considerada nula pela Justiça trabalhista caso haja regularidade na prestação de serviços, subordinação e dependência econômica. O funcionário que entra com ação geralmente ganha a causa, afirma Eli Alves da Silva, presidente da comissão de direito trabalhista da OAB São Paulo. "Não importa o que está escrito [no contrato], mas o que acontece de fato."

Portabilidade de contratos
De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, a possibilidade de fazer a portabilidade dos contratos de empréstimos de um banco para o outro já é prevista em norma do Banco Central desde 2007, mas é pouco utilizada pelos brasileiros, embora a quantidade de contratos transferidos venha crescendo a cada ano — a média anual tem sido de 32 mil. Com a cobrança de juros bem menores pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, a tendência é de que o mecanismo decole, pois será muito vantajosa a troca. A portabilidade vale para todos os tipos de empréstimos, incluindo de veículos e de imóveis.

COLUNAS
Executivo e MP
Do Blog do Fred, do jornal Folha de S.Paulo: Sob o título “A nomeação do Procurador-Geral de Justiça em São Paulo”, Clilton Guimarães dos Santos, procurador de Justiça em São Paulo, propõe uma reflexão a partir da escolha, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), do segundo colocado na votação entre seus pares ser o novo Procurador-Geral de Justiça. Ele sugere levantar quantas vezes um governador foi investigado pelo MP.

Casa de ferreiro
Ainda de acordo com o Blog do Fred, a Anamages (Associação Nacional dos Magistrados Estaduais) protocolou pedido para realização de um imediato mutirão no Conselho Nacional de Justiça, diante do acúmulo de processos para julgamento. Até que haja a regularização dessa “taxa de congestionamento”, a entidade sugere que sejam realizadas duas sessões semanais para julgamento dos casos adiados, e que ocorra novo mutirão sempre que houver acúmulo de processos.
Revista Consultor Jurídico, 8 de abril de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

Advogado pode protestar contrato de honorários


O Conselho Federal da OAB decidiu, por unanimidade, que os advogados podem protestar contrato de honorários advocatícios de cliente inadimplente. Por meio de seu Órgão Especial, a OAB deliberou que a cobrança não ofende o Código de Ética e Disciplina (CED) da classe.

A decisão foi motivada por consulta feita pela advogada Júlia Elmôr da Costa, do Rio de Janeiro, que questionava se seria legal o protesto desses honorários por advogados em caso do não pagamento dos valores pelo cliente.

O conselheiro Luiz Saraiva Correia, do Acre, analisou o caso a partir do artigo 42 do CED, que impede o saque de duplicatas ou qualquer outro título de crédito de natureza mercantil, exceto emissão de fatura, vedando seu protesto, no caso de crédito por honorários advocatícios.

“Opino pela possibilidade do protesto do próprio contrato de honorários advocatícios, documento de dívida de natureza não mercantil, desde que tal prática seja realizada de forma moderada, com frenagem à tentação da ganância, principalmente diante de devedor bem intencionado e com dificuldades financeiras e, resguardando, de qualquer forma, a manutenção do sigilo profissional”, sustentou o relator.

Segundo Correia, o que está proibido aos advogados é o protesto de títulos de sua emissão, como credor, já que títulos representativos da dívida podem, em tese, circular no mercado, sendo confundidos com aqueles que permitem endosso, faturização etc. Isso não ocorreria, contudo, com contrato de honorários advocatícios, documento de dívida de natureza não mercantil devido ao seu sigilo.

Surrupiado do Opinião Jurídica.

Fonte: Diário de Um Juiz

07/04/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado

Conversa com o presidente
“Minha prioridade das prioridades será o combate à corrupção”, diz o ministro Carlos Ayres Britto, que assumirá neste mês a presidência do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, em entrevista à revista Veja. Britto terá uma curta gestão. Ele pretende agilizar o julgamento da ação penal do mensalão.

Quarentena do servidor
De acordo com os jornais Estado de Minas e O Estado de S. Paulo, o projeto de lei do Executivo que aumenta de quatro para seis meses o período da chamada quarentena para ex-servidores públicos será analisado e pode seguir a votação no Senado Federal. O projeto original pretendia aumentar o prazo de quatro meses para um ano, mas os deputados aprovaram uma emenda do deputado Mendes Thame (PSDB-SP), alterando o texto e estabelecendo que a quarentena será de seis meses.

Fraude em concurso
Está em vigor desde o dia 16 de dezembro do ano passado, quando foi publicada no Diário Oficial da União, sob o número 12.550, de 2011, uma lei que altera o Código Penal Brasileiro e torna crime fraudar concurso público, com penas que podem chegar a oito anos de reclusão e multa para os infratores, lembra o jornal Correio Braziliense. Até então, não havia na legislação do país uma definição para esse tipo de crime, o que tornava mais fácil aos fraudadores escapar da Justiça.

Divisão institucional
A decisão do governador Geraldo Alckmin de nomear para o cargo de procurador-geral de São Paulo o segundo colocado na eleição do Ministério Público provocou uma divisão política na instituição, diz o jornal Estado de Minas. Associações de classe criticaram publicamente a escolha de Márcio Elias Rosa para a vaga. Apoiado pelo antigo chefe do MP, ele recebeu 838 votos, ficando atrás de Felipe Locke Cavalcanti, com 894.

“Classe aviltada”
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o procurador de Justiça Felipe Locke, o mais votado na eleição do Ministério Público Estadual, disse que “a classe foi aviltada” pela decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Rosa afirmou que sua nomeação não comprometerá a independência da Procuradoria-Geral: “A mesma Constituição que prevê a escolha pelo governador confere absoluta independência ao procurador. O Ministério Público e o Executivo têm essa consciência. A atuação independente do Ministério Público Estadual é histórica”.
Revista Consultor Jurídico, 7 de abril de 2012

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