segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Portaria suspende o cumprimento de mandados presenciais na Justiça Federal em Curitiba

A Portaria nº 1283/2020 publicada pela Justiça Federal do Paraná, ajusta os procedimentos locais para o cumprimento de diligências na Central de Mandados da cidade de Curitiba.

A medida leva em consideração, entre outros, a necessidade da implementação de ações imediatas de redução da mobilidade, em razão do aumento no número de casos confirmados de Covid-19 na área de atuação da CEMAN.

De acordo com a norma, os mandados direcionados para unidades prisionais deverão ser cumpridos pelos meios virtuais, “seguindo as diretrizes definidas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública do Estado do Paraná e em outras regras emitidas pelas autoridades gestoras do sistema carcerário”.

Os mandados presenciais, em estabelecimentos prisionais ou locais com aglomeração de pessoas e ambientes hospitalares só serão cumpridos em caráter excepcionalíssimo, com autorização do juiz coordenador da Central de Mandados de Curitiba.

Os Oficiais de Justiça que atuavam em diligências presenciais deverão retornar aos métodos remotos, com a possibilidade de elaboração de certidão circunstanciada para os casos em que não for possível o cumprimento total ou parcial pelas vias eletrônicas. 

A Portaria da JFPR está em vigor desde a última quinta-feira (26).


Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

InfoJus Brasil: Com informações da Fenassojaf

Oficiais de Justiça do TJAC fazem manifestação por melhores condições de trabalho


O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Acre (SINDOJUS-AC) fez um Ato de manifestação por melhores condições de trabalho, na manhã da última sexta-feira (27), em frente ao Tribunal de Justiça do Estado. O Ato denominado de “Oficiais sem Justiça”, contou com a participação de cerca de 64 Oficiais de Justiça de vários municípios do Acre e teve também o apoio nacional da Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil (AFOJEBRA) e de demais Sindicatos do Brasil.

O Diretor Financeiro do SINDOJUS-AC, James Nascimento, conta que há mais de 10 anos, os Oficiais de Justiça estão tentando acabar com esse sistema de remuneração, pois indenização, não é salário, ele conta também que durante a pandemia do novo coronavírus foram altamente impactados, pois o número de mandados foi diminuído consideravelmente, por conta dos atos virtuais, contou o Oficial. O Ato também reivindica o direito a férias, Gratificação de Atividade Externa (GAE) e aposentadoria.

Os Oficiais de Justiça do Acre, cobram uma resposta do Tribunal de Justiça do Estado, e apostam toda esperança na Desembargadora Waldirene Cordeiro, para que algo seja resolvido e afirmam que se nada for resolvido, os Atos de manifestação continuarão.

Enviamos uma solicitação de posicionamento do Tribunal de Justiça do Acre, e aguardamos uma resposta.

Texto: Tayná Almeida

A Violência Doméstica sob o ponto de vista da Oficial de Justiça

Ao chegar de um Plantão Judicial às 21h, no dia 25/11/20, após cumprir cinco Medidas Protetivas de Urgência, oriundas de violência doméstica, me dei conta que a data é lembrada como o Dia Internacional da não Violência contra a Mulher. Por esse motivo senti vontade de escrever sobre a violência doméstica sob o ponto de vista de quem lida diretamente com a vítima e o agressor.

Estou falando da Oficiala de Justiça, servidora pública que, muito antes da edição da Lei 11.340/06, quando ainda não havia a definição “violência doméstica” para essa modalidade de crime, já fazia o seu enfrentamento nas ruas cumprindo decisões judiciais, quer durante o dia, durante a noite, de domingo a domingo.

É essa servidora pública que acaba por conhecer a situação fática que motivou o registro do Boletim de Ocorrência, haja vista que muitas vezes os agentes da segurança pública sequer são acionados e a vítima apenas comparece na Delegacia da Mulher para registrar a violência sofrida, movida por sua dor, cujo relato é exposto sob sua perspectiva.

A violência contra a mulher, em especial no âmbito doméstico e familiar, ganhou notoriedade no Brasil a partir da edição da Lei nº 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, em decorrência de condenação do Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

É importante acrescentar que antes dessa lei, criada em 2006, já existia no §8º do artigo 226 da Constituição Federal, previsão legal para prevenir a violência no âmbito das relações domésticas. Igual previsão existia na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e em outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil.

A exemplo desses outros tratados e convenções, cita-se a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969, ratificado pelo Brasil via Decreto n. 678/92, que prevê em seu art. 5º n. 1 que toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral, inciso esse que ganhou reforço na Lei 11.340/06.

A entrada em vigor dessa lei não serviu de óbice para a prática reiterada da violência contra a mulher, pois segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos somente em 2019, foram registrados 62.485 casos de violência contra a mulher, só na modalidade violência doméstica e familiar. E o mais alarmante é que de jan./jun. de 2020 já somavam 35.769 novos casos.

Esses dados revelam que em 2019 houve um alto índice de registro de violência contra a mulher, incluindo a violência doméstica e, já nos primeiros meses de 2020, foi registrado um aumento desses casos em vários segmentos em decorrência do isolamento social produzido pela pandemia, conforme se verifica no Gráfico abaixo colacionado.


Dados de violência contra mulher no Brasil. Fonte: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos-MDH. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br. Pesquisa realizada junho de 2020.

No período da pandemia do novo Coronavírus, em alguns Estados, o volume de registros de violência contra a mulher aumentou de forma assustadora. Em São Paulo o aumento registrado foi de 44%, no Acre 600%, no Rio de Janeiro foi de 50% e em Mato Grosso registrou o aumento foi de 150%, segundo notícia veiculada no portal G1.

A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, por exemplo, somente no mês de abril, registrou um aumento de 37, 6% nas denúncias de violência contra a mulher.

São dados significativos que apontam para um problema social que repercute em outras áreas como segurança, educação, economia e saúde pública, o que reforça as preocupações e indicações da ONU com a violência doméstica. Esses índices elevados de violência indicam a ausência de políticas de prevenção da violência contra a mulher. 

Apesar dos constantes alertas da Organização das Nações Unidas sobre os altos índices de violência contra a mulher, a situação agravou-se nesse período da pandemia da COVID-19. A entidade alertou para o aumento de casos em diversos países do mundo e a importância do seu consequente enfrentamento.

No entanto, é possível perceber que existe uma evidente preocupação com a violência doméstica que, muitas vezes, não tem conseguido ultrapassar a barreira dos “inflamados” discursos, e, como se fala demais na temática, passa a impressão para a sociedade que existe de fato muitas políticas públicas em vigor, a pleno vapor, para o seu efetivo combate e prevenção, mas a realidade dos aumentos de casos têm demonstrado que ainda há muito a ser feito.

Mas é possível prevenir a violência doméstica? Existe de fato algo que possa ser feito no âmbito familiar, dos relacionamentos, que possa amenizar essa pandemia da violência doméstica que assola os lares, as famílias e brutaliza as pessoas por todo o país?

O que é possível perceber, com base nas experiências vivenciadas ao longo dos 21 anos de trabalho como Oficial de Justiça, é que não existe lei, processo ou prisão que seja capaz de mudar o quadro lastimável da violência doméstica no Brasil. Ela está, a meu ver, relacionada com a cultura do machismo estrutural, do patriarcalismo, com a falta de diálogo e com a cultura e a banalização da violência.

O objetivo aqui não é discutir teorias sociais para analisar de forma mais detalhada a violência doméstica, os fatores a que ela eventualmente esteja ligada. Ela está arraigada em todas as classes sociais, em todos os bairros das cidades, não na mesma proporção, é claro, ela é mais perceptível nas periferias onde a presença do poder público é mais precária.

O que pode ser feito como política de prevenção a meu ver é ampliar as políticas de educação. A educação é a resposta para a cura do mal. Esse será um processo demorado, dependerá de investimentos, de formação adequada, de uma mudança de paradigma. A sociedade brasileira precisa estar disposta a enfrentar e resolver esse problema. A educação e o diálogo darão o passo fundamental para a mudança.

É necessário estabelecer o diálogo como ponto de partida. E este deverá dar-se entre o poder público com a sociedade, bem como, nas famílias, nos relacionamentos, nas empresas, escolas, universidades, igrejas, clubes de serviços, organizações não governamentais, associações, sindicatos, órgãos públicos das três esferas de poder, para que assim o problema da violência doméstica deixe simultaneamente de ser somente da vítima e passe a ser encarado como um problema em que toda a sociedade deverá contribuir para solucionar.

As vozes precisam ecoar porque é necessário inverter a “lógica” da violência falando de bons sentimentos, do respeito, do amor, do afeto, do bem querer, da amizade, do carinho e da boa convivência. É importante reforçar esses sentimentos ao invés de pensar em combater a violência doméstica aplicando somente a lei. Ela é necessária, mas sozinha efetivamente não conseguirá resolver o problema.

O poder público precisa criar as condições previstas na lei 11.340/06, como as Casas Abrigo por exemplo. É comum no ato do cumprimento da medida protetiva a vítima dizer que está arrependida, que não quer separação de corpos, que não queria a prisão do agressor, que é o agressor o único provedor do lar. Nesse momento a presença do Estado é fundamental para o apoio e acolhimento da vítima, inserindo-a em programas de acompanhamento psicossocial e de aquisição de trabalho e renda.

É preciso estabelecer a cultura do respeito e do convívio com as diferenças, construindo possibilidades de vida nova para adultos e crianças para que elas cresçam acreditando que é possível viver, amar, respeitar e ser feliz, caso contrário a cultura da violência doméstica encontrará terreno fértil, abundante e perpetuará como um mal necessário e definitivamente não é.

É urgente e necessário lutarmos contra a violência doméstica e estabelecermos um pacto de civilidade, afetos e sobretudo de amor e de paz!

Oficiala de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso; Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito, oferecido pela Universidade de Marília (UNIMAR) em parceria com a Escola Mato-Grossense de Magistrados (EMAM); Especialista em Direito Processual Civil pela Escola do Ministério Público de Mato Grosso; Especialista em Direito Processual Penal pela Universidade Gama Filho; Especialista em Poder Judiciário e Atividades dos Oficiais de Justiça pela AVM Faculdade Integrada; Graduada em Direito e licenciada em Pedagogia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

domingo, 29 de novembro de 2020

Discussões de carreira e nova realidade de cumprimento de mandados no "pós-pandemia" encerram debates do 12º Cojaf

Encontro debateu implementação de mecanismos digitais nas atividades


Retomando os trabalhos deste sábado (28), a coordenadora Juscileide Rondon e coordenador Erlon Sampaio dividiram o período com a assessora sindical e especialista em Carreira Pública, Vera Miranda. Vera, fez uma avaliação dos processos estruturais inseridos na gestão pública, avaliando que a carreira tem que estar dentro do estado. Segundo ela, “é preciso compreender que não existe a possibilidade de alcance da carreira que queremos se não enfrentarmos a questão da política de desmonte do serviço público”

A assessora afirmou que essa a política de desmonte não é só uma questão pontual, é uma política de estado. Sobre o Fórum Permanente de Carreira, considera o espaço de diálogo importante e ressaltou o empenho da Fenajufe e dos sindicatos de base na construção da pauta de valorização da carreira.

Erlon Sampaio, falou sobre a nova realidade no cumprimento de mandados, principal atividade dos oficiais de justiça. O coordenador demonstrou preocupação com os mecanismos que estão sendo desenvolvidos baseado na inteligência artificial. Ele discorreu sobre o sistema eletrônico denominado “Mandamus”, que visa agilizar a atuação do oficial, mas que, no entanto, enxerga com desconfiança. Segundo Sampaio, num futuro bem próximo o papel do oficial de justiça poderá ser apenas de forma virtual.

Como exemplos, o dirigente citou resoluções recentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que caminha para essa nova realidade. A resolução n°345 institui o “Juiz 100% digital”, bem como a resolução 354 publicada no dia 19 de novembro, que estabelece o “cumprimento digital de ato processual e de ordem judicial”. Ele alerta para que o segmento acompanhe esses avanços com atenção e que busque espaços de discussão junto aos Tribunais para não deixar que esses mecanismos eletrônicos tornem invisível a figura do Oficial de Justiça. O sistema “Mandamus” é resultado de um projeto de alunos da Universidade de Brasília e já está sendo testado no Tribunal de Roraima.

A coordenadora Juscileide Rondon enfatizou a questão do processo judicial eletrônico no estado de Mato Grosso. Juscileide informou que houve dificuldade de treinamento com as novas ferramentas. Após o período de pandemia, o sindicato solicitou ao tribunal que viabilizasse o treinamento no sentido de preparar o desenvolvimento de atividades dos servidores em teletrabalho. Ela lamenta que a demanda tenha ficado para 2021 e concluiu dizendo que os tribunais devem oportunizar condições operacionais para os oficiais. “O órgão público tem muita responsabilidade nisso e deve dar as condições de trabalho aos servidores. ”

O Cojaf não é instância deliberativa. As propostas aprovadas serão avaliadas pela Diretoria Executiva, publicadas posteriormente e encaminhadas aos sindicatos.

Joana Darc Melo, da Fenajufe

InfoJus Brasil: Com informações da Fenajufe

Conjuntura e Reforma Administrativa abrem o debate no 12° Cojaf

Encontro é o maior em número de participantes e, ao longo deste sábado (28), discute a realidade dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Ojafs) no pós-pandemia


Abrindo as atividades do dia, a primeira mesa foi composta pela coordenadora Juscileide Rondon e os coordenadores Erlon Sampaio e Thiago Duarte. Após as boas-vindas, fizeram a leitura da programação e do regramento de participação no encontro. A mesa chamou a atenção dos delegados e delegadas quanto ao envio de propostas, que só serão aceitas até as 17 horas através do e-mail: propostas@fenajufe.org.br.

O primeiro tema, “conjuntura e impactos da Reforma Administrativa” foi desenvolvido pelo consultor Vladimir Nepomuceno que iniciou sua fala enfatizando que a PEC 32/2020 não é a Reforma Administrativa e sim parte dela. Nepomuceno atesta que o governo dividiu o projeto da reforma em três fases. Segundo ele, ainda estão por vir apresentação de projetos de lei complementar e ordinário e “outros três que dependem da aprovação da PEC pelo Congresso”.


O consultor afirmou que as PECs que compõem o pacto federativo também fazem parte da reforma. Por isso reforça a necessidade de organização das classes trabalhadora, sindical e de servidores para derrotar todos os projetos de reforma do governo sob pena de “extinção”. Vladimir apela para que as entidades do serviço público dialoguem com os vários setores da sociedade no sentido de conscientizar sobre as grandes perdas que virão com a reforma. Para concluir, Vladimir reafirmou a importância da presença física de servidores e classe trabalhadora como um todo no Congresso Nacional para evitar que a tramitação da PEC aconteça sem participação e diálogo com a sociedade.

O advogado Paulo Freire deu os informes das ações que a Fenajufe, representada pela a Assessoria Jurídica Nacional (AJN), tem realizado e acompanhado. Temas como a Vantagem Pessoal Nominalmente Identificável - (VPNI) e Gratificação por Atividade Externa (GAE), na aposentadoria e pós-pandemia, entre outros foram abordados. Paulo Freire falou do empenho prestado pela AJN em conjunto com os setores jurídicos dos sindicatos e associações representativas dos servidores do PJU, na defesa de direitos.


Encerrando o debate da manhã o coordenador da Fenajaufe Thiago Duarte falou sobre indenização de transportes no momento de pandemia. Segundo ele, alguns tribunais nos estados deixaram de pagar o benefício levando prejuízos financeiros para o segmento. O Oficial orienta aos sindicatos a buscarem o direito juridicamente. Ele afirmou que o tema será apresentado ao Fórum Permanente de Carreira do CNJ, o qual a Fenajufe faz parte.

Thiago lembrou o número de óbitos de profissionais por Covid-19 e a preocupação com a "segunda onda do novo coronavírus" Para ele, as mortes poderiam ter sido evitadas se houvesse distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de forma satisfatória. O Dirigente defendeu a unidade da categoria e falou com pesar da desfiliação do Sindjus/DF, que segundo ele, pode significar a fragmentação da categoria.

O Encontro ainda vai trazer dois temas para debate:

Fórum Permanente de Carreira - carreira que temos x carreira que queremos com a Assessora Sindical e Especialista em Gestão Pública, Vera Miranda. E também Cumprimento de mandados no "pós-pandemia": nova realidade cumprimento a distância e outros assuntos de interesse dos oficiais com a coordenadora Juscileide Rondon e o coordenador Erlon Sampaio.

Joana Darc Melo, da Fenajufe

InfoJus Brasil: Com informações da Fenajufe

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Aojustra (SP) denuncia assédio moral praticado por Juízo de São Paulo contra Oficiais de Justiça

Em ofício encaminhado à Comissão de Combate ao Assédio Moral do TRT, Associação solicita mediação e as devidas apurações, com acompanhamento da Ouvidoria e Corregedoria.


A Aojustra encaminhou, nesta quarta-feira (25), ofício à Comissão de Combate ao Assédio Moral do TRT-2, onde denuncia a prática do assédio por Juízo de VT de São Paulo contra os Oficiais de Justiça.

No documento a Associação explica que, desde 16 de março, o TRT editou Resolução que estabeleceu as medidas necessárias para a prevenção e contenção ao contágio pelo novo coronavírus. A norma suspendeu o expediente presencial, assim como a realização das diligências externas, nos órgãos da Justiça do Trabalho da 2ª Região.

“Assim, no que tange aos Oficiais de Justiça, a restrição total de atividades externas perdurou por sete meses, até 13 de outubro de 2020, quando, por meio da Resolução GP/CR nº 03/2020, foi instituído o Plano de Retorno Gradual às Atividades Presenciais”, explica.

Entretanto, a medida impõe diversas restrições, em especial para os Oficiais de Justiça integrantes do grupo de risco e atenção familiar, sendo que, somente na Central de Mandados de São Paulo, cerca de 40% dos servidores que exercem as atividades externas se enquadram nas categorias.

A atual situação, portanto, é de absoluta anormalidade e gerou um acúmulo expressivo de mandados judiciais sem cumprimento. Como exemplo, na CEMAN da capital, mais de 38 mil mandados estão pendentes de execução.

Prática do assédio - Apesar do cenário atípico que atinge todos os servidores, o Juízo da VT tem adotado uma postura recorrente de solicitar informações à Central de Mandados e ao GAEPP, com envio de cópia à Corregedoria Regional, sobre o cumprimento das ordens judiciais represadas. 

“O MM. Juízo tem solicitado o cumprimento com urgência de mandados, sem sequer se atentar ao fato de que mais de um terço da força de trabalho da Central de São Paulo ainda não pode exercer atividade externa e, mesmo os que estão autorizados, devem observar as regras do art. 23 da Resolução GP/CR nº 03/2020”, destaca a Aojustra.

Para a diretoria, o que se constata é a prática repetida de pressionar os Oficiais de Justiça para o cumprimento dos mandados em condições sanitárias adversas, com o acúmulo de serviço e cobrança em um prazo menor que 30 dias do retorno de parte da força de trabalho nas ruas.

“O que se tem visto é a exigência de cumprimento de tarefa num prazo irreal para a situação de saúde pública vivenciada no momento”, ressalta o ofício.

Segundo a Cartilha de Prevenção ao Assédio Moral elaborada pelo Tribunal da 2ª Região, situações como “não levar em conta os problemas de saúde" e "estabelecer prazos incompatíveis para a finalização do trabalho" podem configurar a prática do assédio contra servidores.

“Neste sentido, cumpre observar que a postura do MM. Juízo, de exigir o cumprimento de mandados judiciais de qualquer maneira, ignorando os riscos sanitários da pandemia, além de expor os Oficiais de Justiça, também coloca em perigo o restante da sociedade. Como se sabe, pela própria natureza da atividade exercida, os Oficias de Justiça circulam por locais de grande aglomeração (centros comerciais, shoppings, lojas, bares, restaurantes, supermercados, sindicatos, aeroportos, terminais rodoviários, portos, penitenciárias) e, até mesmo, de alto risco biológico (hospitais, clínicas médicas, laboratórios, cemitérios), podendo ser vetores do novo coronavírus”, completa.

Por fim, a Aojustra destaca que o pedido de informações por parte das secretarias sobre um mandado específico já é motivo suficiente, de acordo com a coordenação das Centrais de Mandados, para haver atenção para o cumprimento, “não se justificando a cobrança repetida de diversos mandados de uma mesma vara e a cópia à Corregedoria, que inclusive está ciente das dificuldades enfrentadas, seja através de reunião com esta Associação, seja através de informes do juiz coordenador das Centrais de Mandados”. 

A Associação reitera a denúncia do assédio moral praticado contra os Oficiais e requer as devidas apurações por parte da Comissão de Combate ao Assédio Moral, além da Ouvidoria e Corregedoria do TRT-2.

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo

InfoJus Brasil: Com informações da Aojustra

Tribunal de Justiça de Alagoas empossa seis oficiais de Justiça

Novos servidores se somam aos mais de 200 analistas e técnicos judiciários nomeados durante a gestão do presidente Tutmés Airan


Diretor Abelardo Laurindo afirmou que a lotação dos novos servidores será definida pela Corregedoria-Geral da Justiça Foto: Caio Loureiro

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) empossou seis oficiais de justiça, nesta quinta-feira (26). Os novos servidores se somam aos mais de 200 analistas e técnicos judiciários nomeados durante a gestão do presidente Tutmés Airan.

De acordo com o diretor de Gestão de Pessoas do TJAL, Abelardo Laurindo, os oficiais chegam para reforçar o quadro funcional do Judiciário. "Eles chegam em um momento em que o Tribunal está fazendo as avaliações e a progressão dos servidores, cumprindo com o compromisso de valorizar esses profissionais".

Os oficiais de justiça serão lotados nas unidades em que sobraram vagas após concurso de remoção interno. A lotação será definida pela Corregedoria-Geral da Justiça. 

Segundo Abelardo Laurindo, novas nomeações de técnicos e analistas aprovados no concurso de 2018 podem ocorrer. "Sempre há possibilidade, porque a gente tem um quadro em constante movimentação. Há gente que se aposenta, e as vagas vão sendo preenchidas. Temos um cadastro reserva que poderá ser utilizado, a critério da próxima gestão". A posse dos servidores ocorreu de forma virtual.

Nova diretoria do Sindojus/AL é eleita para o próximo triênio

Na última segunda-feira (23/11), o Sindicato dos Oficiais de Justiça de Alagoas (Sindojus-AL) elegeu por aclamação a única chapa inscrita para comandar o sindicato para o próximo triênio. O oficial de Justiça Williams Andrade é o novo presidente do Sindojus-AL.

A eleição teve como presidente da Comissão Eleitoral, Rodrigo de Araújo Ramalho Neto; como secretária da Comissão Eleitoral, Rachel Barbosa Acioli e como membro da Comissão Eleitoral, Erothildes Tojal de Carvalho Milito.

A posse da nova diretoria eleita será realizada no dia 10 dezembro na sede do Sindojus/AL. O evento será realizado apenas com os novos diretores devido a pandemia do Coronavírus.

“Vamos ampliar e continuar o trabalho que vem sendo realizado no Sindojus/AL. Será uma gestão marcada no investimento do oficial. Conto com os esforços da diretoria eleita para que com unidade possamos avançar em conquistas”, destacou o presidente eleito Williams Andrade.

Confira a diretoria eleita:

Williams Juscelin Viana de Andrade – Presidente

Jorge Gonçalves da Silva – Vice-presidente

Gustavo Luiz Francisco Macêdo – Diretor Administrativo Financeiro

Denis da Silva Santos – Diretora Administrativo Financeiro (adjunto)

Aécio Flavio de Brito Júnior – Diretor Jurídico

Laís Licarião de Souza Melo – Diretor Jurídico (adjunto)

Cícero Filho Pereira dos Santos Filho – Diretora de Mobilização e Formação Sindical

Márcio Viana de Almeida – Diretor de Mobilização e Formação Sindical (adjunto)

Anderson Protázio Dino da Silva – Diretora de Comunicação Social, Eventos e Cultura

Anna Carolina Costa de Albuquerque – Diretor de Comunicação Social, Eventos e Cultura (adjunto)

Conselho Fiscal

Izaldir Lima Correia

Gilva Borges Brito

Nivaldo Ataíde Lessa

InfoJus Brasil: Com informações do Sindojus-AL

Sindojus-SC convoca AGE para deliberar sobre ações de enfrentamento a crise pandêmica nas Comarcas

O agravamento no contágio do coronavírus no Estado foi o tema principal do encontro do Sindojus-SC e os representantes do TJ-SC nesta semana. Durante o encontro, os Diretores do Sindicato cobraram uma atitude do Tribunal frente a esta nova realidade e é sobre os trâmites desta discussão, assim como as próximas atitudes a serem tomadas que o Sindojus-SC realiza no próximo dia 1º de dezembro (terça-feira), a partir das 19 horas, Assembleia Geral Extraordinária (AGE), em formato virtual, pela plataforma Zoom.

O presidente do Sindojus-SC, Fernando Amorim Coelho, pede a presença de todos na AGE, quando serão debatidas as opções e ideias discutidas na reunião com os representantes do Grupo de Acompanhamento da Crise do TJ-SC. Acredita que o aumento no número de contaminações entre os Oficiais de Justiça e o acumulo de mandados está tornando o cotidiano da categoria insustentável; “é necessário definir ações urgentes voltadas a minimizar os problemas nas Comarcas”, ressalta.

Sobre os prazos dos mandados distribuídos após o início do retorno (23 de setembro) e o acumulo de trabalho, Amorim informa que o Tribunal sugeriu enviar um Grupo de trabalho para atuar de forma pontual nas Comarcas mais críticas, propondo soluções de auxílio à estes Oficialatos. Já de início, ele diz que o Tribunal demonstrou não ter intenção de retroceder na retomada gradual dos trabalhos até o dia 18 de dezembro, então atitudes sanitárias e de enfrentamento a situação devem ser discutidas prioritariamente, haja vista a exposição ao vírus estar de forma preponderante sobre os Oficiais de Justiça.

Conforme o edital, a pauta de discussão será: Informes; Correção da Tabela de Diligências; Cumprimento presencial de mandados diante do agravamento da Pandemia; e Assuntos Gerais. Como nas versões anteriores, para participar da AGE do do dia 1º, o associado deverá se inscrever antecipadamente através de link :


Após a inscrição de e-mail (que deve ser pessoal, visto que o funcional, por vezes, não autoriza o acesso) o filiado receberá um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar na reunião. Contamos com sua presença!

InfoJus Brasil: Com informações do Sindojus-SC

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Senadora encaminhará pauta de Oficiais de Justiça a candidato a prefeito de João Pessoa (PB)

Senadora destacou a importância dessa interlocução, iniciada durante o seu mandato como deputada estadual e estreitada no atual mandato de senadora.

A senadora Daniela Ribeiro (Progressistas) visitou mais uma vez, na manhã desta segunda-feira (23), a sede administrativa do Sindojus-PB, desta feita em nome do candidato a prefeito de João Pessoa e colega de partido, Cícero Lucena, ocasião em que dialogou uma pauta de demandas de interesse da categoria, a exemplo da mobilidade urbana, ações da fazenda municipal e outras colaborações possíveis pelos Oficiais de Justiça, e comprometeu-se a encaminhar-lhe.

Ela destacou a importância dessa interlocução, iniciada durante o seu mandato como deputada estadual e estreitada no atual mandato de senadora, quando teve oportunidade, inclusive, de receber em seu gabinete em Brasília, representantes do Sindojus-PB. E que de forma recíproca os Oficiais de Justiça são peças importantes para o município.

Licenciada do cargo político de senadora, Daniela considerou este ano um dos mais difíceis, por conta da pandemia da Covid-19 e voltou a defender melhores condições de trabalho para os Oficiais de Justiça, que diuturnamente, arriscam até as vidas no cumprimento do seu mister.

InfoJus Brasil: Com informações do portal PB News

Enfrentamento à violência doméstica: Esma publica edital de formação para oficiais de justiça

A Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma-PB) publicou, no Diário da Justiça eletrônico (DJe) desta terça-feira (24), o edital nº 16/2020, tornando pública a abertura das inscrições para a formação “Enfrentamento à Violência Doméstica: o papel do Oficial de Justiça do TJPB”. Voltado aos oficiais de justiça que atuam no Poder Judiciário estadual, o curso é organizado pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça da Paraíba e realizado em parceria com a Esma. 

A iniciativa tem, também, o apoio da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana. Conforme a publicação, as inscrições deverão ser realizadas, exclusivamente, pela internet, no período de 26 a 30 de novembro, no ambiente virtual da Esma, através do link https://forms.gle/yEhpSt9DD1sDFEgg9. Para acessar o endereço eletrônico, o interessado deverá utilizar o usuário e senha da intranet. O curso será na modalidade a distância e ocorrerá entre os dias 01 a 15 de dezembro deste ano.

Segundo o diretor da Esma, desembargador Marcos Cavalcanti, o objetivo é capacitar oficiais e oficialas de Justiça do TJPB para atuarem em situações de violência doméstica. “Diversos estudos importantes apontam que a violência contra a mulher é um fenômeno complexo, que exige ações rápidas e articuladas em rede pelos diferentes serviços e instituições, incluindo a Justiça. Uma importante parte dessa rede é executada pelos oficiais e oficialas de justiça, à medida que esses servidores são responsáveis pela entrega dos mandados judiciais que determinam medidas protetivas para resguardar as mulheres em situação de violência doméstica”, explicou.

Deste modo, entendendo a atuação estratégica destes profissionais, a Coordenadoria da Mulher do TJPB promoverá a capacitação, possibilitando a sensibilização e formação para lidar com esse tipo de situação. A juíza Graziela Queiroga, uma das coordenadoras da Mulher do TJPB, afirmou que o curso foi formatado em razão da Resolução nº 346/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou o prazo de até 48 horas para cumprimento da notificação de medidas protetivas deferidas para vítima e agressor. 

A formação terá 20 horas-aulas, que serão computadas para fins de progressão na carreira, e se divide em quatro módulos, abordando conceitos como gênero e direitos das mulheres e violência de gênero e a Lei Maria da Penha. Para outras informações, o edital pode ser visualizado através do link: https://app.tjpb.jus.br/dje/rest/ultimosdiarios/diario/24_11_2020.pdf.

InfoJus Brasil: Com informações do TJPB

Sindijus-PR quer revogação de portaria que libera 17 mil mandados aos oficiais de Londrina

O Sindijus-PR encaminhou na sexta-feira (20) pedido urgente de providências para que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) revogue a Portaria LON-DF-CM Nº 116/2020, editada pelo juiz responsável pela Central de Mandados da Comarca de Londrina, que determina a imediata expedição de centenas de mandados que se encontravam acumulados nas Secretarias da comarca.

A medida libera uma avassaladora expedição de um acervo que pode chegar a 17 mil mandados para oficiais de Justiça cumprirem em dois momentos: 7 mil antes do recesso forense e 10.000 a partir do dia 7 de janeiro de 2021.

Para o Sindicato, está em andamento a segunda fase do retorno das atividades no TJPR ainda com risco de contaminação pelo coronavírus. “A atuação dos oficiais de Justiça são mais complexas e exigem cuidado maior, vez que são a ponta da lança do Judiciário e estão em contato direto com os jurisdicionados, sendo o perigo do contágio iminente, o que já ocorreu com diversos oficiais”, destaca o pedido.

Decretos da Presidência do Tribunal já regulamentam escalonamento para retomada dos serviços, com a fase 1 e fase 2, inclusive a retomada dos trabalhos do Tribunal do Júri. “Dessa maneira não faz sentido o magistrado alterar o escalonamento que já fora determinado pela administração do tribunal, por intermédio da portaria supra”, alega o pedido.

O Sindijus-PR ainda sustenta que existem decretos da Presidência pelos quais os oficiais de Justiça foram retirados do trabalho externo, por serem servidores do grupo de risco, o que sobrecarrega àqueles que continuaram atuando nas ruas. Além disso, em Londrina, o número de oficiais e técnicos judiciários que atuam no trabalho externo foi reduzindo para aproximadamente 60%.

No mesmo pedido, o Sindijus-PR reforça a necessidade de a Corregedoria regulamentar sobre o cumprimento do acervo de mandados existente na comarca, “para que seja cumprido pelos oficiais de justiça de forma gradativa, menos gravosa e impactante a estes profissionais, haja vista não ser possível cumprir em tão pouco tempo e nesse momento de crise mundial, com a qualidade na execução dos trabalhos que sempre lhe foi de praxe, e inclusive, sem comprometer a saúde destes servidores”.

O secretário-geral do Sindijus-PR, Lucinei Guimarães, reforça que o Sindicato solicitou que as medidas sejam amplamente debatidas com os interessados, com a participação da corregedoria e do sindicato que representa a todos os servidores. “Em tempos de pandemia, o Sindijus-PR sempre estará atento para questões de toda a categoria. Melhores condições de trabalho é uma das bandeiras do sindicato”, afirma.

InfoJus Brasil: Com informações do Sindjus-PR

CNJ regulamenta cumprimento digital de ato processual e de ordem judicial

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentou o cumprimento de ato processual e ordem judicial por meio eletrônico. A medida aprovada por unanimidade na 321ª Sessão Ordinária realizada na última terça-feira (10) alcança as unidades jurisdicionais de primeira e segunda instâncias da Justiça dos Estados, Federal, do Trabalho, Militar e Eleitoral, bem como nos Tribunais Superiores, à exceção do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o relator do processo nº 0009209-22.2020.2.00.0000, conselheiro Rubens de Mendonça Canuto Neto, a resolução que disciplina o cumprimento digital de ato processual e de ordem judicial tem o objetivo de reduzir o tempo de tramitação das determinações judiciais e, por conseguinte, do processo judicial brasileiro. “A modernização do Poder Judiciário assegura ampliação do acesso à justiça pela introdução de métodos tecnológicos no auxílio da resolução de conflitos e garante rapidez e eficiência na resposta jurisdicional às demandas”.

O aprimoramento da utilização de meios eletrônicos para tramitação de processos, observou Canuto, está entre as prioridades do CNJ. Segundo ele, a resolução reduzirá consideravelmente o tempo de tramitação dos processos e garantirá maior eficiência na prática dos atos. “A norma também proporcionará maior qualidade na produção probatória e diminuirá extraordinariamente a prescrição em processos criminais, especialmente nos processos com penas mais baixas, como por exemplo os crimes ambientais”.

Fonte: CNJ

VPNI X GAE: Fenassojaf encaminha ofício ao TCU para cessação dos descontos determinados pelos tribunais


A Fenassojaf encaminhou, na manhã desta segunda-feira (23), requerimento ao TCU com o objetivo de que o relator oficie os tribunais para que cessem os descontos da parcela da VPNI da remuneração dos Oficiais de Justiça.

No documento a Federação informa que alguns tribunais determinaram o desconto, inclusive de forma retroativa. Segundo o diretor jurídico da Fenassojaf Eduardo Virtuoso, “o procedimento dos tribunais neste momento é descabido, pois somente agora com a instauração da Representação em curso na Corte de Contas é que a matéria será apreciada”. 

Ainda de acordo com Virtuoso, precipitar qualquer procedimento neste sentido “é antecipar o mérito”, pois através da Representação a matéria será analisada por um Colegiado do Tribunal de Contas.

Para o presidente Neemias Freire “a atitude não só prejudica os Oficiais de Justiça, bem como demonstra falta de uniformidade por parte dos tribunais”.

Em petição protocolada através da assessoria jurídica, a Fenassojaf já havia pedido ao relator as suspensão dos processos.


Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo com a diretoria jurídica

InfoJus Brasil: Com informações da Fenassojaf



segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Sisejufe se solidariza aos familiares da oficial de Justiça Nadea Câmara, mais uma vítima da Covid-19


O domingo foi um dia de tristeza para os oficiais de justiça e demais servidores do Judiciário Federal. A colega Nadea Maria da Câmara, oficial de justiça aposentada da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, faleceu vítima da Covid-19. Lamentavelmente, foi a 22ª morte pela doença entre o oficialato.

Maria Tereza Reis, também oficial de justiça, trabalhou com Nadea durante muitos anos e só guarda boas lembranças da amiga. “Ela era uma pessoa de caráter, íntegra e honesta. Era elegante, simpática, adorava dançar, falava com todo mundo… era uma pessoa maravilhosa”, lembra emocionada.

Nadea foi empossada em 1978, tendo trabalhado em Niterói e posteriormente na 9ª Vara Federal do RJ, na Av. Rio Branco.
Serviu ao Judiciário Federal com afinco, amor e dedicação até a sua aposentadoria.

Era viúva há oito anos e deixa duas filhas: Flavia, que trabalha na 2ª Vara Federal de Niterói e Angelica, que é policial civil.

A diretoria do Sisejufe, por meio do Nojaf, lamenta profundamente o falecimento da colega e se solidariza aos familiares neste momento de dor. “Estamos todos consternados com essa notícia. Os colegas que conviveram com ela destacaram que era uma pessoa muito querida e certamente vai fazer muita falta. Manifesto pesar por Nadea e por todos os servidores públicos que integram a triste estatística dos mais de 170 mil mortos pela Covid-19 no país. Peço a todos e todas que se mantenham vigilantes e protegidos porque a pandemia ainda não acabou”, disse a diretora do Sisejufe e da Fenassojaf, Mariana Liria.

InfoJus Brasil: Com informações do Sisejufe

sábado, 21 de novembro de 2020

12º COJAF debate impactos da ‘reforma’ administrativa para oficiais de Justiça

Fonte: Sintrajud


Evento acontece no sábado, 28 de novembro, por meio virtual; Fórum reunirá oficiais de todo o país e também terá na pauta discussão sobre condições de trabalho no pós-pandemia.

Neste sábado, 28 de novembro, acontece o 12ª Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais da Fenajufe (COJAF). Devido à pandemia e a necessidade de isolamento social, este ano o encontro que reúne oficiais de justiça de todo o país será realizado por meio virtual.

O evento tem na pauta debates sobre os impactos da ‘reforma’ administrativa para o segmento, carreira e condições de trabalho. O objetivo é discutir as especificidades dos oficiais e levar as pautas do segmento para a coordenação da Fenajufe.

Os representantes do Sintrajud foram eleitos em reunião do Núcleo de Oficiais de Justiça no dia 3 de novembro. A delegação é composta pela diretora do Sintrajud Ana Silva Poço, da JF, e o servidor Neemias Ramos Freire, do TRT. Além disso, participarão como observadores Elaine Amaral, da JF, e Paulo Schiavi Martins, do TRT, e como ouvintes Simone dos Santos Oliveira, do TRT, e Marcos Renato Yamammoto Trombeta, do TRF.

Confira a programação completa:

9h – Acesso à sala virtual pelos participantes

9h10 – Abertura com saudação das chapas que compõem a Diretoria Executiva da Fenajufe

9h20 – Aprovação da programação e do funcionamento da reunião

9h30 – Conjuntura e impactos da reforma administrativa aos atuais oficiais de justiça

10h – Debate

10h45 – Considerações finais do palestrante

11h – Direitos específicos ameaçados no próximo período – desjudicialização, VPNI x GAE etc

11h40 – Debate

12h20 – Considerações finais dos palestrantes

12h30 – Intervalo para o almoço

14h – Fórum Permanente de Carreira – carreira que temos x carreira que queremos

14h30 – Debate

15h40 – Considerações finais da palestrante

16h – Intervalo

16h10 – Cumprimento de mandados no “pós-pandemia”: nova realidade cumprimento a distância e outros assuntos de interesse dos oficiais

16h30 – Debate

17h20 – Considerações finais do palestrante

17h30 – Encaminhamentos das propostas para as instâncias da Fenajufe (Executiva, etc)

18h30 – Encerramento

Núcleo de Oficiais de Justiça tem nova coordenação e elege participantes para o 12º Encontro do COJAF

O Núcleo de Oficiais de Justiça do Sindiquinze realizou, na tarde desta quarta-feira (18), reunião virtual para a posse dos novos coordenadores. Na abertura, o presidente Ivan Bagini deu posse aos três coordenadores, Fernanda Torres, Joaquim Castrillon e Rodrigo Bezerril Coutinho, e agradeceu, em especial, aos Oficiais que se candidataram para o trabalho.

“Eu fico feliz que ainda existem pessoas que se oferecem e que estão dispostas a fazerem esse trabalho, e desejar para todos nós uma gestão profícua e que consigamos dar encaminhamento às demandas específicas desse segmento tão importante da nossa categoria”.

COJAF Virtual – O primeiro item em pauta foi a realização do 12º Encontro do Coletivo dos Oficiais de Justiça (COJAF), promovido pela Fenajufe no próximo dia 28 de novembro. O coordenador da Federação Thiago Duarte participou da videoconferência e explicou que, por se tratar de um debate virtual, haveria a possibilidade de inscrição de dois Oficiais como delegados e quatro observadores. “Esse será o primeiro COJAF virtual e esperamos que os colegas se animem a participar, pois será um momento importante de reflexão e debate sobre a nossa carreira”, disse.

Além dele, o também coordenador da Federação Erlon Sampaio lembrou que a categoria vive um momento de constantes ataques ao serviço público, pois o Governo quer romper direitos civilizatórios de toda a sociedade, através de uma política de retirada de conquistas. “No COJAF nós teremos a oportunidade de debater questões específicas e também avaliar a forma como iremos trabalhar no pós-pandemia com a introdução de ferramentas eletrônicas e a atividade remota, com a quebra de paradigmas na questão da comunicação de atos processuais e até a penhora judicial. É um momento desafiador”.

Após as ponderações, os Oficiais de Justiça presentes elegeram seis participantes para o encontro do Coletivo, sendo Fernanda Torres e Vagner Oscar de Oliveira como delegados e Alexandre Cereja, João Paulo Zambom, Lilian Barreto Rodrigues e Rodrigo Coutinho como observadores.

O 12º COJAF acontece no sábado (28), das 9h às 18h. A programação do evento foi disponibilizada pela Fenajufe e pode ser acessada AQUI.

Outros temas de interesse dos Oficiais de Justiça – Os associados e convidados presentes debateram, ainda, outros temas de interesse dos Oficiais de Justiça, entre eles, o pagamento retroativo da Indenização de Transporte durante o período da pandemia do novo coronavírus.

O presidente Ivan Bagini explicou que o Sindiquinze protocolou pedido junto ao TRT para o pagamento, uma vez que os Oficiais de Justiça já têm compensado o trabalho represado durante os meses de trabalho remoto.

O associado Vagner Oliveira chamou a atenção para a necessidade de se pensar em uma forma de fazer com que os Oficiais de Justiça mantenham o recebimento do crédito, além do pagamento da GAE, diante das mudanças tecnológicas que se intensificaram nos últimos tempos. “Nós precisamos iniciar esse debate e discutir uma outra forma para preservar o que nós já recebemos hoje”.

Após as intervenções, os presentes aprovaram que a direção do Sindiquinze solicite audiência com a nova Administração do TRT-15 para apresentação formal das demandas do oficialato. Neste item, o coordenador do Núcleo e diretor do sindicato, Joaquim Castrillon, ponderou a necessidade de o Sindiquinze efetivar o canal de comunicação com a Administração do Tribunal e reafirmar os pedidos que dizem respeito à classe.

Outro tema tratado foi a realização dos plantões na circunscrição de Campinas. O coordenador Rodrigo Coutinho explicou que tem havido diversos questionamentos e discussões quanto à escolha dos Oficiais que atuam nos plantões durante os finais de semana, feriados e recesso, “não atendendo aos anseios da maioria dos Oficiais de Justiça. O que vem acontecendo é uma repetição de pessoas que são supostamente sorteadas para esse plantão, sendo que os sorteados não são excluídos das próximas listas de sorteios”.

De acordo com ele, o que se pretende é que o Sindiquinze intervenha junto à coordenação de Campinas sobre o método utilizado para esse sorteio.

“Em Campinas não há uma previsibilidade quanto à escala dos plantões. É preciso que atuemos pontualmente para não atrapalhar os locais aonde o plantão funciona bem”, completou o Oficial Vagner Oliveira.

A possibilidade de realização de um curso sobre proteção de dados e a LGPD; e a atuação do Sindiquinze pelo pagamento do Adicional de Insalubridade aos Oficiais de Justiça também foram discutidas no encontro remoto.

A videoconferência desta quarta-feira teve, ainda, as presenças do presidente da Fenassojaf Neemias Ramos Freire e do diretor da Assojaf/SP Marcos Trombeta que contribuíram com esclarecimentos sobre os temas tratados.

Por Caroline P. Colombo

InfoJus Brasil: Com informações do Sindiquinze

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

AVALIAÇÃO DE BENS: Associação defende atribuição e qualificação dos Oficiais de Justiça

WEBINÁRIO AVALIAÇÃO DE BENS: ABOJERIS DEFENDE ATRIBUIÇÕES E QUALIFICAÇÃO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

O CJud – Centro de Formação e Desenvolvimento de Pessoas do TJ/RS promoveu na quarta, dia 18/11, o Webinário “Avaliação por Oficial de Justiça em Perspectiva: dificuldades e possibilidades”, voltado para Oficiais de Justiça e aberto à participação de Magistrados. A atividade formativa é uma iniciativa do CJud, com o apoio da ABOJERIS (Associação dos Oficiais de Justiça do Rio Grande do Sul).

A ABOJERIS defende a maior especialização dos Oficiais de Justiça, a fim de que exerçam suas atribuições, dentre elas as avaliações de bens, cada vez com mais qualidade, buscando sempre a prestação jurisdicional de excelência. 

A avaliação de bens faz parte do rol das atribuições dos Oficiais de Justiça desde a CLT, em 1949. Está prevista no art. 870 do CPC, na lei nº 6.830 (LEF) e em outras leis esparsas. Como regra, tal diligência deverá ser feita pelo Oficial de Justiça, servidor público com atribuição legal para a tarefa. É atribuição típica do cargo e de grande relevância processual, tornando a função ainda mais indispensável ao Poder Judiciário.

Os Oficiais de Justiça são os avaliadores oficiais do Poder Judiciário, cabendo a este qualificá-los para que desempenhem essa atividade com excelência e profissionalismo. Além disso, a efetiva avaliação de bens pelos Oficiais de Justiça traz um menor custo ao processo e evita sua morosidade, resultando em celeridade processual e eficiência na prestação jurisdicional. 

Assim, a ABOJERIS busca a constante qualificação profissional dos Oficiais de Justiça, para que estes assumam cada vez mais funções essenciais dentro do processo e no Poder Judiciário. Por isso, entende que os Oficiais de Justiça devem sempre executar sua função de avaliador, não abrindo mão de tão importante atribuição. 

Entendemos que os Oficiais de Justiça devem receber toda a qualificação necessária do Tribunal de Justiça e exercer o conjunto de suas atribuições, dentre elas a avaliação. Conforme decisões do STF e do STJ, a determinação do valor de um imóvel, por exemplo, depende principalmente do conhecimento do mercado imobiliário local e das características do bem, matéria que não se restringe a outras áreas de conhecimento. Não é atividade afeta à área da engenharia, porque a avaliação patrimonial refere-se ao valor venal do bem. Não se equipara à avaliação estrutural do imóvel.

A ABOJERIS defende a qualificação dos Oficiais de Justiça para o desempenho de suas atividades, a fim de tornar nosso cargo cada vez mais essencial à justiça e à sociedade. 

Não abra mão das nossas atribuições!

InfoJus Brasil: Com informmações da Abojeris

Oficiais de Justiça do Acre farão manifestação por melhores condições de trabalho


O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Acre (SINDOJUS-AC), fará um Ato em frente ao Tribunal de Justiça do Estado (TJAC), às 9 horas da manhã desta sexta-feira (27). A principal reivindicação dos Oficiais de Justiça, é a favor da melhoria de salário e contra o sistema de produtividade (sistema de pagamento indenizatório), pois boa parte da remuneração é por produtividade e paga por mandados. 

O SINDOJUS-AC, conta que há mais de 8 anos está tentando acabar com esse sistema de remuneração, pois indenização, não é salário. Contam também que durante a pandemia do novo coronavírus foram altamente impactados, pois o número de mandados foi diminuído consideravelmente, por conta dos atos virtuais. O Ato também reivindica o direito a férias e aposentadoria. Esse tipo de indenização causa uma alienação e há uma necessidade do Tribunal de Justiça do Acre, rever as propostas e pagar uma remuneração justa aos Oficiais do Estado.

O Sindicatos dos Oficiais de Justiça do Acre, convida a todas as entidades parceiras a gravarem um vídeo com duração de 1 minuto apoiando o ato a ser realizado e a mudança no sistema de remuneração.

O Ato contará com a participação de forma virtual do Presidente da Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil (AFOJEBRA), Edvaldo Lima.

Tayná Almeida - Assessoria de Comunicação

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

TRT-6 determina manutenção do pagamento acumulado da VPNI e GAE

O Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE) determinou a manutenção do pagamento acumulado da VPNI e GAE, em um processo analisado na última segunda-feira (16), que tinha como objeto a revisão de Quintos – acúmulo da Gratificação de Atividade Externa – GAE com a Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada – VPNI.

Segundo informações da Assojaf/PE, o Oficial de Justiça Bruno Jorge Mota Cavalcanti pleiteou a aposentadoria com a continuidade do pagamento, tendo o Pleno do Tribunal decidido no sentido de absorver a rubrica em futuros planos de cargos e salários, afastando qualquer corte imediato de VPNI nos vencimentos dos Oficiais de Justiça.

“Queremos ressaltar o trabalho construído a muitas mãos, onde contamos com o apoio da Fenassojaf, por meio do seu diretor jurídico Eduardo Virtuoso, que encaminhou para a Assojaf/PE um memorial jurídico elaborado pelo Dr. Rudi Cassel, advogado da Fenassojaf, com todo o material e documentos que fundamentaram a decisão tomada pelo Pleno deste Regional”, enfatiza a diretoria da Associação.

A Assojaf também destaca o trabalho desempenhado pela diretoria da entidade nas pessoas do presidente Cláudio Siqueira, da vice-presidente Rouseane Chaves, do diretor Alessandro Bernardo e do colaborador André Ventura, que atuaram junto à Federação para a obter o Memorial encaminhado para os desembargadores do TRT; Diretor Geral, Secretário Geral da Presidência e assessores dos respectivos desembargadores.

Para a Fenassojaf, a obtenção favorável do Pleno do TRT-6 reforça a argumentação em favor dos Oficiais de Justiça. “Essa é mais uma importante decisão que serve de parâmetro na defesa dos Oficiais que estão sendo notificados quanto à possível irregularidade do pagamento. A Federação parabeniza a atuação da Assojaf/PE, do Sintrajuf-PE e do Oficial Bruno Cavalcanti e reforça que permanece mobilizado para que mais vitórias como a de Pernambuco possam ocorrer em todo o Brasil”, finaliza o diretor jurídico Eduardo Virtuoso.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo com a Assojaf/PE

Fonte: Fenassojaf

Sindojus-CE solicita ao TJCE melhores condições de trabalho aos Oficiais de Justiça

Esse pedido é feito devido à sobrecarga de trabalho de oficiais de justiça afetados pela agregação de comarcas no interior do estado

Foto: Luana Lima

O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) apresentou um requerimento junto ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) para a regulamentação das verbas indenizatórias pelo exercício cumulativo de função. Esse pedido é feito após a agregação de unidades judiciárias no interior do estado, em que oficiais de justiça estão sendo designados para atender às demandas da comarca vinculada, onde estão lotados, e as da sede (agregadora).

A Resolução 05/2019 do TJCE prevê, até o final deste ano, a agregação de 40 comarcas no Ceará. A Instrução 03/2020, que deu interpretação a um artigo da resolução, disciplinou que o oficial de justiça em exercício na comarca vinculada deverá ser incluído na respectiva Coordenadoria de Cumprimento de Mandados da comarca sede, para fins de distribuição de mandados, na forma a ser definida pelo juiz diretor do fórum, assegurando a lotação da comarca vinculada.

Na prática, com a Instrução Normativa 03/2020, o oficial de justiça lotado em comarca agregada teve a sua área territorial de atuação ampliada, acumulando funções em duas ou mais comarcas distintas e, consequentemente, aumentando, de forma significativa, o número de mandados judiciais a serem cumpridos, sem qualquer contraprestação pecuniária. Como é o caso dos servidores das comarcas de Fortim, que foi agregada a Aracati, e de Catarina, que foi agregada a Acopiara. Após as portarias publicadas pelos diretores do fórum, os oficiais de justiça são obrigados a cumprir as ordens judiciais expedidas nas duas unidades, ocasionando uma sobrecarga de trabalho, sem o recebimento de diárias e de ajuda de custo.

Dessa forma, o Sindojus solicita ao TJCE a criação de uma gratificação em contrapartida a esse acúmulo de funções. O pedido tem como fundamento a Lei Estadual nº 16.397/17, que reestruturou a organização judiciária no Ceará e prevê verbas indenizatórias para o deslocamento de servidores entre as comarcas. Segundo o documento apresentado pelo Sindojus, a proposta é que o oficial de justiça compelido a trabalhar em duas ou mais unidades judiciárias receba as condições necessárias para realizar o seu trabalho.

De acordo com a entidade, o TJCE terá que fornecer os meios para que os oficiais de justiça tenham condições de acumular funções, pois, de outro modo, na prática, os oficiais de justiça estarão pagando para trabalhar. A solicitação também pleiteia a atualização do valor da diária, que é insuficiente para atender os custos gerais do deslocamento entre as comarcas.

Além disso, o requerimento pede a regulamentação de determinadas questões enfrentadas por esses oficiais de justiça, por exemplo, de acordo com a Resolução 12/2019 do TJCE, que normatiza o pagamento de diárias e a indenização de transporte, o quantitativo mensal de diárias para magistrados e servidores é de até dez. Esse limite também continuará para os oficiais afetados pela agregação de comarcas? Outra dúvida é em relação à quantidade máxima de quilômetros que podem ser custeados pelo órgão para o pagamento do reembolso de combustível. De acordo com essa resolução, para o servidor esse limite é de mil quilômetros mensais. Com a agregação de comarcas, esse número também deve ser seguido?

O presidente do Sindojus, Vagner Venâncio, esclarece que o objetivo desse requerimento é dar melhores condições de trabalho aos oficiais de justiça. “A agregação de comarcas implica a necessidade de o TJCE prover meios e condições, inclusive financeiras, para que o servidor desempenhe o seu trabalho. No caso de o oficial de justiça ter que cumprir diligências em uma comarca distinta da sua, é preciso ter a devida cautela, até porque estamos enfrentando uma grave crise sanitária e, nesse momento, aumentar a exposição e sem o fornecimento das condições, implicará severos prejuízos. Entendemos que a solução é o concurso público e a necessidade de mais oficiais de justiça em todo o estado e não podemos permitir que os atuais sejam penalizados, por conta da enorme carência”, frisa.

InfoJus Brasil: Com informações do Sindojus-CE

domingo, 15 de novembro de 2020

Revista Execução Judicial lança a segunda edição

No sábado (14/11) foi lançada a segunda edição da Revista Execução Judicial, especializada na difusão de conhecimento técnico-científico sobre os atos processuais de execução judicial no Brasil e no mundo. Entre os artigos da nova edição estão "O Oficial de Justiça precisa se reinventar" de autoria do presidente da União Internacional dos Oficiais de Justiça (UIHJ) e "Desafios da carreira de Oficial de Justiça" de autoria do Oficial de Justiça Vagner Sebastião Sperone do Tribunal de Justiça de São Paulo. Além desses, vários outros temas são tratados na nova edição da revista. Clique AQUI e confira a edição completa da Revista Execução Judicial.

A Revista Execução Judicial é a primeira revista técnico-científica do país especializada na execução judicial e foi idealizada pelo Oficial de Justiça Vagner Sebastião Sperone a partir de um trabalho em conjunto com o Oficial de Justiça Italiano Orazio Melita, e que teve como inspiração a "Rivista Dell’ Esecuzione Forzata". Inicialmente a revista foi desenvolvida em conjunto com os Oficiais de Justiça Asmaa AbduAllah Hendawy e Edinaldo Gomes da Silva (Dino). Mas atualmente o conselho editorial também tem a participação dos oficiais de Justiça Malone da Silva Cunha, Francisco Noberto Gomes Carneiro, Ricardo Tadeu Estanislau Prado e Samuel Jesus de Oliveira

A Afojebra e a Fenassojaf são entidades que apoiam a Revista Execução Judicial.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

SINJUR e oficiais de justiça se reúnem com a cúpula do TJ/RO em busca de entendimento


A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário do Estado de Rondônia – SINJUR, em companhia do deputado Anderson Pereira, do presidente da Associação dos Oficiais de Justiça Walmor Xavier e da oficiala Patrícia Batista, foram recebidos na tarde dessa terça feira, 10, pela cúpula do Tribunal de Justiça do Estado.

Na pauta a defesa dos interesses da categoria sobre o projeto de lei 083/2020, oriundo do TJ, que tramita no Poder Legislativo Estadual e transfere funções essenciais dos Oficiais de Justiça aos cartórios extrajudiciais.

A reunião transcorreu em clima de cordialidade e o presidente da Instituição desembargador Paulo Koyochi Mori assim se expressou: “Estamos abertos a sugestões e propostas, sempre buscando o entendimento”,

A disposição por chegar em um consenso também foi expressada pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Valdeci Castellar Citon, que, diante das falas do presidente da Associação de Oficiais, Valmor Xavier, da oficiala de Justiça Patrícia Batista, da presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário, Gislaine Caldeira, e do deputado estadual Anderson Pereira, respondeu que o TJRO pretende encontrar solução viável para ambos os lados. “O debate é o melhor caminho para chegarmos a um bom acordo”, reforçou. “Nós não queremos discutir aqui a constitucionalidade da lei, apenas uma forma de não termos a perda salarial, que é nossa grande preocupação”, disse a oficial Patrícia Batista, que reconheceu a necessidade de encontrar alternativas para atender a grande demanda com o quadro reduzido de oficiais. Como reforçou o juiz secretário-geral, o investimento em contratação de novos profissionais, para suprir o déficit de 95 oficiais, seria de mais de 9 milhões de reais ao ano. “Nós não temos no orçamento previsão para assumir essa despesa, diante de todos as outras necessidades da instituição”, destacou Rinaldo Forti.

O juiz auxiliar da corregedoria, Fabiano Pegoraro, esclareceu, ainda, que a transferência de apenas alguns dos serviços para as 110 serventias extrajudiciais do Estado representará menos custos para o Judiciário. “Estimamos uma economia de 16 milhões, apenas com diligências”.

Os representantes da categoria solicitaram informações financeiras ao TJRO, para apresentar uma contraproposta para a categoria, o que será atendido, conforme se comprometeu o presidente. O desembargador Paulo Mori já agendou uma nova reunião para o dia 24 de novembro, para avançar no debate, a fim de chegar a um bom termo.

O deputado Anderson Pereira parabenizou o posicionamento aberto e conciliatório da administração. “Entendemos que negociação é o melhor caminho para qualquer mudança. Como legisladores, de uma casa essencialmente política, apoiamos uma articulação pelo consenso”, destacou.

E, por fim, a presidente do SINJUR, Gislaine Caldeira, agradeceu a todos a acolhida e se expressou dizendo que o diálogo aberto pela instituição é o melhor caminho na busca de soluções saneadoras que não permitam prejuízos aos oficiais de justiça, braços fortes na engrenagem da máquina judiciária do Estado.

InfoJus Brasil: Com informações do Sinjur

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