segunda-feira, 7 de novembro de 2011

07/11/2011 - NOTICIÁRIO JURÍDICO

A Justiça e o Direito nos jornais desta segunda

O Supremo Tribunal Federal deve voltar a analisar, nesta semana, a legalidade da Lei da Ficha Limpa. As três ações que tratam do tema são os primeiros itens da pauta da próxima quarta-feira (9/11), mas ainda existe a chance de os processos serem retirados ou de não serem chamados para julgamento. A relatoria é do ministro Luiz Fux, como noticiou a ConJur na sexta-feira. A ação principal é da Ordem dos Advogados do Brasil, que quer a declaração de legalidade de todos os pontos da lei, a fim de que ela seja aplicada sem restrições nas eleições municipais de 2012. A informação está nos jornais Correio Braziliense, Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo.

Esforço duplo
De acordo com o jornal Estado de Minas, a Comissão Especial da Câmara encarregada do parecer sobre o projeto de Lei Geral da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014 deverá ter mais 20 sessões para terminar sua tarefa, o dobro das previstas inicialmente. Como o projeto ainda terá que passar pelo Senado, se for aprovado na Câmara, e como o Congresso entra em recesso em dezembro, só em 2012 a apreciação deverá ser concluída pelo Poder Legislativo.

Pulinho de vara
Segundo o jornal Zero Hora, alertado pelo Ministério Público, o Judiciário de Caxias (RS) pediu uma orientação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul sobre como agir diante de suspeitas de manobras jurídicas envolvendo um advogado para, supostamente, manipular o andamento de processos criminais na cidade. De acordo com uma investigação do Ministério Público, por quantias que variavam entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, o advogado se habilitava a defender criminosos e forçar a transferência de processos da 4ª Vara Criminal, considerada mais rígida, para a 3ª Vara Criminal. Ele teria se aproveitado da condição de ser casado com uma juíza considerada linha dura.

Consultas populares
No que depender do Tribunal Superior Eleitoral, as eleições de 2012 e 2014 serão palco também de consultas à população sobre assuntos diversos, informa o jornal Correio Braziliense. A Justiça Eleitoral vai adaptar todas as urnas eletrônicas com sistemas próprios para a votação e a realização de plebiscitos ou referendos simultaneamente. Até o pleito passado, era necessário utilizar dois equipamentos diferentes, como ocorreu no Acre. Em outubro de 2010, além de escolher os governantes e parlamentares, a população do estado foi às urnas para definir o fuso horário.

Morte em igreja
Uma igreja evangélica foi condenada pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 200 mil para a família de uma menina de um ano e sete meses que morreu após ser encontrada afogada em uma pia batismal de um templo da instituição em Joinville (SC), em 2007. À época, o “caso Gabrielli" ganhou repercussão quando um pedreiro foi acusado de abusar sexualmente da menina e afogá-la na pia batismal. Ele chegou a ser condenado a 20 anos de prisão em 2008 pelo suposto crime, mas foi solto em 2010, após as provas contra ele serem anuladas pela Justiça, noticia o jornal Folha de S.Paulo.

Carlos, o chacal
O venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o chacal, vai a julgamento nesta segunda-feira em Paris. Desta vez, acusado de envolvimento em quatro ataques terroristas na França, que mataram 11 pessoas e deixaram outras 140 feridas, na década de 80. O venezuelano de 62 anos foi um dos terroristas mais procurados do mundo durante a Guerra Fria. As informações estão nos jornais Correio Braziliense, Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil e Estado de Minas.

Belo Monte
Uma das 15 ações que tramitam na Justiça contra a implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), pode ter um desfecho esta semana. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região vai retomar o julgamento de uma ação do Ministério Público Federal que questiona o decreto legislativo que autorizou a construção da hidrelétrica sem a realização de consulta prévia aos povos indígenas da região. O julgamento está empatado, com um voto favorável e um voto contra à tese do MPF, que pediu a anulação do decreto legislativo que autorizou o empreendimento. A notícia está nos jornais Correio Braziliense e Diário do Nordeste.

ICMS do e-commerce
Segundo o jornal Valor Econômico, o acordo firmado por 19 estados e o Distrito Federal perante o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para permitir a cobrança de um adicional de ICMS no comércio eletrônico chegou ao Supremo Tribunal Federal. Apesar de o mérito ainda não ter sido analisado, definindo se o acordo é constitucional, duas decisões monocráticas do ministro Cezar Peluso, presidente da corte, negaram pedidos dos governos do Maranhão e de Goiás para suspender liminares que liberam duas empresas dessas regiões do pagamento do adicional.

Manutenção do plano
Aposentados e funcionários demitidos sem justa causa poderão manter o plano de saúde empresarial com mais facilidade a partir de 2012, conta o jornal Folha de S.Paulo. É isso o que espera a Agência Nacional de Saúde Suplementar, que submete novas regras sobre o assunto à votação de sua diretoria colegiada hoje. A possibilidade de manutenção do plano coletivo é prevista na legislação, desde que o ex-funcionário assuma o pagamento integral das mensalidades. A existência de pontos pouco claros gera dúvidas a respeito de quem tem direito ao benefício.

Atos de concentração
O jornal DCI lembra que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) faz sua 503ª sessão, na quarta-feira  (9/11), com uma pauta extensa de julgamentos de atos de concentração em vários setores. Entre eles, o ato sobre a intenção do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa de atuarem de forma associada para explorar alguns negócios envolvendo meios de pagamentos eletrônicos. Há ainda análises dos pedidos de concentração da EDP e MPX Energia S.A.

COLUNAS
SKF no Cade
A colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, informa: “Volta à pauta do Cade nos próximos dias julgamento da SKF, empresa de rolamentos sueca que enviou às suas revendedoras brasileiras uma tabela de preços que a empresa diz ser apenas "sugestiva". Mas que excluía o representante que não a adotasse. O presidente do Cade, Fernando Furlan, pediu vistas do processo e vai devolvê-lo ao plenário neste mês.

OPINIÃO
Jogos da magistratura
Em tom crítico, editorial do jornal O Estado de S. Paulo conta que “por mais desinteressado que tenha sido o patrocínio dessas empresas aos "Jogos Nacionais da Anamatra", o evento ganhou as manchetes dos jornais não pelos recordes batidos por juízes trabalhistas em torneios amadores, mas pela suspeição de tráfico de influência levantada por advogados e promotores”.
Revista Consultor Jurídico, 7 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

SINDOJUS: oito sindicatos de oficiais de Justiça já adotaram a mesma sigla

Já são oito SINDOJUS no Brasil.


Na última postagem faltou constar o SINDOJUS/PA.



SINDOJUS/MG, SINDOJUS/SC, SINDOJUS/MT, SINDOJUS/CE, SINDOJUS/GO, SINDOJUS/RN, SINDOJUS/PI e SINDOJUS/PA.


Nasce uma nova palavra no nosso idioma.

Sindojus:
1 Agremiação fundada para a defesa de interesses comuns de oficiais de Justiça. 2 Dir Entidade de direito privado na forma de sindicato profissional da categoria de servidores da Justiça encarregados de dar efetividade às ordens judiciais.

sábado, 5 de novembro de 2011

GOIÁS: oficial de Justiça propõe ação de cobrança para recebimento de diligências

Tribunal de Justiça não paga aos oficiais de Justiça as diligências consideradas "infrutíferas", mesmo após determinação do CNJ.

Assim, quando o oficial de justiça faz diligências e descobre que a parte ou testemunha mudou ou que veio a óbito, o TJGO não paga a diligência.

Oficiais de Justiça do TJGO torcem para que ninguém morra, não mude e que o endereço constante no mandado esteja correto, sob pena de pagar com o próprio salário as despesas da diligência.


Revoltado, no dia 04/11/2011, oficial de Justiça ajuizou ação de cobrança contra o Estado de Goiás, com a finalidade de receber todas as diligências realizadas e não pagas pelo TJGO. A ação tramita na 1ª Vara Cível e Fazenda Estadual da Comarca de Luziânia/GO.

OS FATOS

Para ressarcir o oficial de Justiça pelas despejas do uso do veículo particular o TJGO paga um valor, em dinheiro, por cada mandado cumprido, cujo valor é fixado por provimento do Corregedor-Geral da Justiça do Estado de Goiás nos termos da Lei n.º do §2º do art. 6º da Lei Estadual n.º 13.395/98 e art. 48 da Lei 14.376, de 27 de dezembro de 2002, que dispõe sobre o Regimento de Custas e Emolumentos do Estado de Goiás.

Como se sabe, o Oficial de Justiça arca com todas as despesas necessárias ao cumprimento externo das ordens judiciais [aquisição de veículos, alimentação, pagamento de taxas de licenciamento, impostos (IPVA), seguro DPVAT, seguro do veículo (roubos, furtos, acidentes, danos, etc), manutenção (mecânica, peças, troca de óleo, etc), combustíveis, depreciação dos veículos, etc.].

A Lei estadual n.º 13.395/98 determina o ressarcimento das despesas de condução no cumprimento dos mandados da Justiça Gratuita.

Entretanto, a Corregedoria Geral de Justiça de Goiás, através de vários provimentos modificou, por inúmeras vezes, a forma de ressarcimento das diligências da Justiça Gratuita, sempre em prejuízo dos oficiais de Justiça. Nunca baseou na Lei, baseava somente na contenção de gastos do Tribunal de Justiça, pois a lei não foi modificada, mas sempre foi interpretada de acordo com a conveniência do Tribunal de Justiça e passou a não permitir o pagamento de todas as despesas realizadas pelos Oficiais de Justiça.

Os oficiais de Justiça sempre foram ressarcidos por força do art. 496 da Consolidação dos Atos Normativos – CAN, da Corregedoria da Justiça de Goiás que teve a redação alterada por várias vezes.

Veja a redação conforme o Provimento n.º 04/2004, de 14/07/2004:
art. 496 – Não se ressarcirão as diligências infrutíferas. Considera-se frutíferas as diligências quando o objeto do mandado for integralmente cumprido.”

Diligências infrutíferas são aquelas que a ordem judicial supostamente não atinge seus objetivos, por quaisquer motivos: mudança de endereços pelas partes, óbitos, endereço digitado errado, etc.

No entanto, a comprovação das despesas se apura pelas certidões dos oficiais de justiça após as diligências, e a lei é clara ao determinar o ressarcimento das despesas de condução conforme valor já fixado pelo provimento da Corregedoria da Justiça de Goiás, cujo valor varia de R$12,00 a R$18,00 para cada diligência efetuada.

A Constituição Federal garante ainda no art. 5º, LXXIV que  "o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos". Porém, da forma como está posta a questão, somente o Oficial de Justiça vem arcando com a garantia constitucional da prestação da assistência judiciária ao destinar parte de sua remuneração para custear tais despesas.

Após muita luta dos oficiais de Justiça, o Conselho Nacional de Justiça, no Procedimento de Controle Administrativo – PCA n.º  0006099-98.2009.2.00.0000 em decisão de 29 de março de 2009, revogou a redação do art. 496 da Consolidação dos Atos Normativos da Corregedoria Geral de Justiça, proibindo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás de limitar o pagamento de diligências realizadas pelos Oficiais de Justiça sob a alegação de que esta seja considerada “infrutífera”. O TJGO vem desobedecendo o CNJ e continua não pagando as diligências.

No referido processo administrativo o Sindicato dos Servidores e serventuários da Justiça do Estado de Goiás – SINDJUSTIÇA, questionou a distinção entre as "diligências frutíferas e as infrutíferas" assim definidas pelo Tribunal de Justiça e contidas no Provimento 15/2007 e 004/2009 em seu art. 6, limitando o ressarcimento das despesas realizadas pelos oficiais de justiça em cumprimento dos mandados da justiça gratuita, em apenas duas diligências, contrariando o que estabelece a Lei 13.395/98 que determina o "ressarcimento das despesas de locomoção".

Em seu voto, o relator do processo, Conselheiro Marcelo Nobre diz que

"o Tribunal não pode se escusar de cumprir seu mister,  promovendo o adequado andamento do processo e o correto reembolso das diligências realizadas pelos oficiais de justiça sob a alegação de que não possui recursos suficientes para tanto. Por problema orçamentário não podem os oficiais serem sacrificados, arcando com despesas para realizar seu trabalho. Esta situação é inadmissível e outra forma deve ser encontrada pelo Tribunal".

Acrescenta o Relator:

"Se não previu os recursos para esta finalidade deve rever seu plano orçamentário e corrigir o erro, pagando as diligências efetivamente realizadas pelos oficiais de justiça, frutíferas ou não, nos processos beneficiados pela Justiça gratuita." Destaquei e grifei.

O Relator do PCA, Conselheiro Marcelo Nobre, em seu voto destaca que “Por problema orçamentário do Tribunal não podem os oficiais de justiça serem sacrificados, arcando com as despesas para realizar seu trabalho. Esta situação é inadmissível. Outra fórmula deve ser encontrada pelo Tribunal.”

Diz ainda o relator: “Afirma a Requerente que é considerada diligência infrutífera até mesmo aquelas em que o endereço esteja incorreto ou que tenha ocorrido a morte da pessoa diligenciada, o que é inadmissível.”

AÇÃO JUDICIAL

Na ação de cobrança contra o Estado de Goiás, o requerente solicitou, entre outros, pedidos: a condenação do Estado de Goiás, no pagamento do valor total das diligências não pagas desde 1º de novembro de 2006. A declaração de nulidade, entre as partes, de qualquer ato normativo editado pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que atente contra a Lei Estadual n.º 13.395/98 ou outro dispositivo legal que garanta ao autor o direito pleiteado, especialmente os Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de Goiás de n.ºs 04/2004; 15/2007; 04/2009 e 09/2010.

A ação recebeu o número 449637-34.2011.809.0100 (201104496377) e poderá ser acompanhada via internet (http://www.tjgo.jus.br/).

O oficial de Justiça do Estado de Goiás que desejar receber o modelo de petição inicial, favor enviar e-mail para: odinosilva@hotmail.com.

SÃO PAULO: Oficial de Justiça cumpre mandado de notificação na USP


FONTE: G1

Oficial de Justiça leva à USP notificação de reintegração de posse

 

Reitoria mandou cortar a energia elétrica e a internet do prédio invadido.


Alunos estão desde quarta no edifício da reitoria.

 

Do G1 SP

Um oficial de Justiça chegou por volta das 17h desta sexta-feira (4) ao prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para entregar a notificação de reintegração de posse aos alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Os estudantes ocupam desde quarta (2) o edifício, que fica na Cidade Universitária, no Butantã, Zona Oeste da capital paulista. A Justiça determinou na quinta (3) a reintegração.

Nenhum dos estudantes, porém, aceitou receber a notificação. O mandado foi, então, lido e o oficial de Justiça Valdemir Maciel declarou que os alunos estavam “oficialmente intimados”. Além de pedir a saída em 24 horas dos estudantes, o documento convoca dois representantes dos ocupantes para uma audiência neste sábado, às 10h, no Fórum Hely Lopes Meirelles, no Centro de São Paulo. Ninguém quis se prontificar a comparecer ao fórum.

Pouco antes de o oficial chegar, Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, disse que os alunos continuarão no prédio. “Já foi decidido que esta ameaça violenta de reintegração de posse não será acatada [pelos ocupantes]. O movimento irá resistir.”

A reitoria da USP mandou nesta sexta (4) cortar a energia elétrica e a internet do prédio ocupado. Segundo a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), os alunos, que ficaram às escuras, tentavam ligar um gerador. “Em outras ocupações, o gerador já foi utilizado. Mas há alunos tentando operá-los sem saber. Se acontecer algo com eles, a responsabilidade será da reitoria”, disse o diretor do Sintusp Marcelo Pablito.

A Cidade Universitária, campus onde está situado o prédio ocupado da reitoria, tem área total de 4,5 milhões de metros quadrados e oferece 86 cursos de graduação, além de especializações, pós-graduação, mestrados e doutorados.

JUSTIÇA FEDERAL: SOBE PARA 16 O NÚMERO DE ESTADOS EM GREVE NO PAÍS

Escrito por jornalista Caroline P. Colombo


Sex, 04 de Novembro de 2011 12:06
Desde a segunda-feira (31), a greve por tempo indeterminado pela aprovação do PL 6613/09 e 6697/09 conta com a participação de 16 estados, a partir da adesão dos servidores do Judiciário Federal de Minas Gerais.
Com isso, de acordo com a Fenajufe, o movimento nacional tem a participação da Bahia, Mato Grosso, São Paulo, Amazonas, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Justiça do Trabalho da 15ª Região, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Piauí, Alagoas, Justiça Federal do Ceará, Justiça do Trabalho de Rondônia e do Acre e Minas Gerais.
Na próxima segunda-feira (07), será a vez dos colegas de Goiás e do Espírito Santo, que também aprovaram a deflagração da greve na quinta (27) e sexta-feira (28), respectivamente.

com informações da Fenajufe

SERVIDORES DA JUSTIÇA

Peça Fundamental

Serventuários são impostantes para a Justiça


Fala-se muito sobre a necessidade de ser a Justiça integrada por juízes competentes e honestos.
Discute-se o Ministério Público, seu relevante papel como fiador e guardião de todo o aparato judiciário.
Não se deixa de trazer à baila a indispensabilidade dos advogados. Sem estes não há Justiça.
Em meio a toda essa discussão, é raro que se veja colocada a imprescindível presença dos serventuários e funcionários da Justiça. Omissão lamentável porque a Justiça só funciona bem quando conta com bons servidores.
 Machado de Assis, num apólogo antológico, criou um diálogo entre a agulha e a linha, a linha querendo depreciar a agulha porque a linha é que aparecia nas vestes dos salões, enquanto a agulha permanecia obscura no seu canto.

Como em tudo que Machado escreveu, sempre havia uma mensagem universal acima do significado textual.
A página de Machado é uma advertência a todos aqueles que, no topo das instituições, pretendem a homenagem e o reconhecimento, sem compreender que, na retaguarda de tudo que fazem, há uma agulha tecendo e abrindo caminho.
 Como seria alvissareiro que magistrados, membros do Ministério Público e advogados estivessem sempre atentos ao esforço silencioso dos serventuários e funcionários da Justiça. Como deveria ser exaltado o desempenho das imprescindíveis agulhas. E quantas vezes, infelizmente, essas agulhas são esquecidas, deixadas de lado e até menosprezadas.

Se a Justiça não é justa com seus servidores, será justa com os cidadãos em geral? Se fecha os olhos diante daqueles que estão diuturnamente fazendo audiências, movimentando processos, cumprindo mandados, cerficando e dando fé, será capaz de ter ouvidos abertos para ouvir o clamor do povo que pede Justiça?

Acho que não. Um Poder Judiciário que não valoriza seus agentes, que não reconhece os serviços daqueles que, na mesma nau, fazem o barco andar, esse Poder Judiciário mostra-se absolutamente incapaz de dar a cada um o que é seu.

Esta reflexão brota de minha alma no momento em que recebo a notícia de que faleceu o Dr. Epaminondas Gomes Moreira, um Serventuário exemplar na comarca de São José do Calçado.
 Epaminondas, no Cartório, foi sempre um servidor, nunca se serviu. Tratou os ricos com cortesia altiva e os pobres com evangélica doçura.
 Sua postura sempre humilde escondia um gigante ético, um paradigma de ser humano, como cidadão, serventuário da Justiça, professor do Colégio de Calçado, esposo, pai.

À sua memória nossa homenagem, a sua família nosso abraço de pêsames.
João Baptista Herkenhoff é professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor.

Revista Consultor Jurídico, 5 de novembro de 2011

05/11/2011 - NOTICIÁRIO JURÍDICO

A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado

A polêmica sobre quais provas podem ser usadas para atestar a embriaguez de um motorista está próxima do fim. O Recurso Especial 1.111.566, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), chegou à coordenadoria da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça. Assim que o ministro relator Marco Aurélio Bellizze entender que o caso está pronto para ser discutido, determinará a inclusão do processo na pauta de votação. Um representante do MPDFT se reuniu com Bellizze para destacar a relevância do tema e a necessidade de agilizar o julgamento, mas ainda não há data para a avaliação do caso. A notícia está no jornal Correio Braziliense.

Jogos da magistratura
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgaram uma nota para repudiar a proposta da corregedora  nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, de criar regras para a participação de juízes em eventos com patrocínio de empresas públicas ou provadas. As informações estão nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

Gato comeu
"Esclareço que o depoimento juntado às fls. [folhas] 19 foi danificado por meu gato de estimação, que se aproveitou de minha ausência momentânea do quarto em que trabalhava, por cerca de três minutos." A declaração é do promotor de Justiça Fernando Henrique de Arruda e faz parte de um documento enviado por ele, em 21 de agosto deste ano, ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Tudo para tentar justificar os estragos causados em um inquérito policial que estava sob sua responsabilidade, informa o jornal Folha de S.Paulo.

Em segredo
O Supremo Tribunal Federal mantém em sigilo a identidade de 152 autoridades suspeitas de cometer crimes. Um procedimento adotado no ano passado como exceção, que visava a proteger as investigações, acabou tornando-se regra e passou a blindar deputados, senadores e ministros de Estado. Levantamento feito pelo Estado em aproximadamente 200 inquéritos mostrou que os nomes dos investigados são ocultados. Apenas suas iniciais são expressas, mesmo que o processo não tramite em segredo de Justiça, o que torna praticamente impossível descobrir quem está sendo alvo de investigação, contam os jornais O Estado de S. Paulo, Estado de Minas e Zero Hora.

Questões válidas
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede em Recife, suspendeu a liminar da Justiça Federal no Ceará que anulava 13 questões do Enem no país, informam os jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário do Nordeste, Jornal do Brasil.  Determinou ainda a anulação das questões para os 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, que tiveram acesso antecipado a elas. Na decisão, o presidente do TRF-5, Paulo Roberto de Oliveira Lima, disse que qualquer anulação não garantiria "em termos absolutos a neutralidade e isonomia desejáveis".

De novo no Supremo
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, marcou para a próxima quarta-feira (9/11) o julgamento que definirá a validade da Lei da Ficha Limpa. A expectativa é que pelo menos seis dos dez ministros da Corte considerem a lei constitucional. Com isso, a norma poderia ser aplicada integralmente nas eleições municipais de 2012. A medida deve enxugar o número de concorrentes nas urnas, já que ficarão proibidas candidaturas de condenados por colegiado (decisão de mais de um juiz) e de quem já renunciou a cargo público para escapar de processo de cassação. As informações estão nos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo, Estado de Minas, Jornal do Brasil e Diário do Nordeste.

Verba extra
O jornal Estado de Minas conta que cerca de 1,1 mil juízes e desembargadores de Minas vão ganhar um reforço no bolso a partir do ano que vem, caso seja aprovado o orçamento estadual para 2012 pela Assembleia Legislativa de Minas. O Tribunal de Justiça de Minas incluiu entre os gastos do próximo ano R$ 5,2 milhões para pagamento de auxílio-alimentação para os magistrados da ativa. Isso significa dizer que cada juiz, com salário inicial de R$ 20.677,33, e desembargadores, que ganham R$ 24.117,62, receberão cerca de R$ 352 mensais para ajudá-los na despesa com alimentação.

Homem com homem
Os jornais Folha de S.Paulo e O Globo informam que  o casal Carlos Tufvesson, estilista e coordenador especial de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, e André Piva, arquiteto, recorreu ao Supremo Tribunal Federal para converter sua união estável em casamento. O pedido foi negado pela Justiça do Rio de Janeiro. Na decisão, o juiz Luiz Henrique Marques diz que "seja através de conversão da união estável, seja por intermédio de habilitação direta, a lei não admite casamento entre pessoas do mesmo sexo". Em maio, o STF decidiu que não há diferença entre relações estáveis homossexuais e heterossexuais.

Cintadas que prescreveram
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o juiz americano William Adams, 51, que aparece no YouTube espancando a filha de 16 anos em um vídeo feito em 2004, não será indiciado porque já se passaram mais de cinco anos desde a agressão, segundo a polícia da cidade de Rockford, no Texas. A filha do juiz, Hillary, hoje com 23 anos, publicou o vídeo no site apenas na semana passada. Nele, Adams, que trabalha em uma vara de família e julga casos de violência contra crianças,  aparece batendo nela com um cinto mais de dez vezes.

150 testemunhas
Como informam os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, o juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, marcou para os dias 9, 10, 11, 16, 17 e 18 de novembro os depoimentos das cerca de 150 testemunhas de acusação e de defesa da morte da juíza Patrícia Acioli, além do interrogatório dos 11 acusados. As audiências serão realizadas no plenário do Tribunal do Júri, sempre a partir das 9h. A segurança do Fórum de Niterói será reforçada.

Portal de sugestões
Segundo os jornais O Estado de S. Paulo e Estado de Minas, os integrantes da Comissão Especial de Juristas e do Congresso Nacional destinada a promover mudanças no Código Penal se reuniram hoje (4) para debater o assunto. A comissão está encarregada de fazer um anteprojeto de lei sobre o código, que deverá ser apreciado pela Câmara e pelo Senado. Durante os debates, foi apresentada a proposta de criação de um portal para que o Senado receba sugestões dos cidadãos sobre as mudanças no código e repasse para a comissão de juristas criada no âmbito do Senado.

Resposta em versos
Reportagem do jornal Estado de Minas informa que numa tentativa de chamar a atenção da Justiça, um advogado decidiu dar asas à imaginação. Em recurso extraordinário apresentado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em outubro, resolveu dar um toque poético ao documento. O pedido para que a sentença da cliente fosse revista foi escrito em versos, que, segundo o advogado, também denunciam irregularidades no processo. Robervan Faria entrou com ação por danos morais em janeiro.  “Decidi responder a altura e escrevi o poema. Foram muitas noites de sono perdidas, muito trabalho. Mas acredito que conseguiremos atingir o objetivo, que é chamar atenção do Supremo Tribunal Federal”, diz.

Ataques do PCC
O portal UOL conta que numa decisão inédita, a Justiça de São Paulo afirmou que o Estado falhou na resposta aos ataques do PCC e condenou o governo paulista a pagar indenização de R$ 165,5 mil à mãe de uma das vítimas. José da Silva Santos foi morto a tiros durante operações de repressão à onda de ataques do crime organizado, entre maio e julho de 2006. Os atentados provocaram uma forte reação policial. A decisão é do Tribunal de Justiça de São Paulo, para quem não há dúvida de que o homicídio decorreu da “conduta descontrolada da polícia” quando se viu encurralada pela agressão da facção criminosa.
Revista Consultor Jurídico, 5 de novembro de 2011

RIO DE JANEIRO: oficiais de Justiça em área de risco


 

NOTA DA AOJA SOBRE A MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL O GLOBO, NO DOMINGO, 23/10/2011, p. 17, SOBRE A ATUAÇÃO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA EM ÁREA DE RISCO

Data: 26/10/2011 - 16:03

A Central de Mandados das Varas de Família, Órfãos e Sucessões do Foro Central foi criada em 02 de junho de 1996 e funciona de forma ininterrupta há 15 anos, sendo o seu atual Quadro Funcional integrado por alguns OJAS ali lotados desde a sua inauguração.

Atualmente, o quantitativo funcional é constituído por um Oficial de Justiça Avaliador Encarregado e 52 Oficiais de Justiça Avaliadores, cumprindo Mandados de Competência das Varas de Família e das Varas de Órfãos e Sucessões, que são recebidos, fisicamente e por intermédio do Mandado Eletrônico, de todas as Varas Regionais de nosso Município com as referidas competências.

Diariamente, esta Central de Mandados cumpre mandados de citação e intimação, Mandados de Prisão, Afastamento do Lar e Busca e Apreensão de Menores e Idosos, bem como Alvarás de Soltura, Arrolamentos, Penhoras etc., em todo o Município do Rio de Janeiro. São mandados trabalhosos e com carga emocional acima da média normal suportável, o que faz com que, eventualmente, alguns Oficiais de Justiça sejam acometidos por problemas psicológicos após certo tempo.

Grande parte dos jurisdicionados são provenientes da Defensoria Pública de nosso Estado, bem como dos Escritórios Modelos de Justiça Gratuita das Faculdades e Universidades de nosso Município, sendo pessoas carentes e humildes, que recebem dos Oficiais de Justiça o mesmo tratamento de respeito e urbanidade que é devido a todos, indiscriminadamente, seja qual for o seu nível social ou cultural.

A Central de Mandados das Varas de Família e de Órfãos e Sucessões não utiliza o rodízio de áreas de atuação, o que faz com que o Oficial de Justiça se torne um verdadeiro especialista na área em que trabalha, bem como possibilita que ele se torne conhecido e, em decorrência, tenha a sua entrada tolerada nas cercanias de algumas dessas comunidades ainda não pacificadas, o que acaba por aumentar o número de diligências com resultado positivo, qual seja, aquela em que a ordem judicial é cumprida.

Nesse ano de 2011, até o momento apenas 4% (quatro por cento) dos Mandados foram devolvidos com resultado NEGATIVO POR PERICULOSIDADE, melhor dizendo, aquela diligência em que o Oficial constatou que sua integridade física poderia ser atingida. Assim, 91% (noventa e um por cento) dos mandados foram cumpridos, ou seja, o Oficial de Justiça conseguiu chegar ao endereço constante do mandado.

No que tange ao fato específico da atuação do Oficial de Justiça com atribuição nas áreas das Comunidades da Rocinha e Vidigal, é certo que nestes locais existem dificuldades para a sua entrada, dificuldades essas que sempre procura-se contornar, mas que representam um fato isolado no trabalho executado pelos Oficiais de Justiça. Agora, negar a veracidade de risco na Comunidade da Rocinha e do Vidigal é ir na contramão do que é noticiado pela mídia cotidianamente.

Inclusive, na data de 26 de outubro de 2011, no próprio Jornal O Globo, em matéria de fls. 20 tem como título “Traficantes fazem blitzes na Estrada da Gávea” e acrescenta: “com fuzis, bandidos da Rocinha param motoristas para controlar quem passa pela via que faz ligação com São Conrado”

A Corregedoria Geral da Justiça, sensível ao fato de que a vida do Oficial de Justiça corre perigo no exercício de suas funções, editou o Provimento CGJ 22/2009, com base no qual o Oficial de Justiça, ao perceber tratar-se de área de risco, deve seguir rigorosamente o “roteiro” exigido no aludido disposto, e entre o que dispõe está comparecer ao Batalhão de Policia Militar ou à Delegacia da área, a fim de confirmar a periculosidade do local e obter o necessário apoio.

Cabe frisar que o referido Provimento CGJ 22/2009, em seu artigo 6º, disciplina que, em caso de apoio policial e verificando o Oficial de Justiça a existência de risco concreto à sua segurança pessoal, o mesmo poderá suspender a diligência, certificando motivadamente todo o ocorrido.

É de se ressaltar que o Policial Militar é Agente Público concursado, treinado, armado e, assim sendo, capacitado a defender a população, colocando a sua vida em risco, caso isto seja necessário ao desempenho de sua função. Por este motivo, ao ser perguntado sobre se é possível entrar em uma comunidade, ainda que dominada pelo tráfico de drogas, a resposta será no mais das vezes positiva, pois estará sendo dada do ponto de vista do seu dia-a-dia de policial, ainda que, para isto, haja a necessidade de prévia “tomada” da comunidade pelas Tropas de Elite da Polícia Militar. Contudo, se a pergunta versar sobre a garantia à vida dos moradores, das partes e do próprio Oficial de Justiça dentro da comunidade, ao ser cumprido um mandado, ainda que todos eles sendo acompanhados por Policiais Militares, estes mesmos policiais jamais poderão garantir, com 100% de certeza, que nada acontecerá à vida de nenhuma daquelas pessoas, pois o risco é inerente em áreas perigosas e o objetivo é cumprir a ordem judicial sem outras consequências senão aquelas do próprio processo.

Uma reportagem jornalística deve se basear na isenção e sempre procurar apresentar a informação de forma clara e precisa, o que, no entanto, é inegável que talvez possa não ter o grau de impacto pretendido por aquele que redige a matéria, Por isso, em que pese o risco da diminuição do impacto da notícia, a veracidade da informação deveria ser confirmada antes de veicular acontecimentos de forma precipitada, generalizando a critica, sem dar a menor importância ao fato de que, assim agindo, estará lançando, levianamente, a pecha de maus funcionários a Oficiais de Justiça com vários anos trabalhando no Tribunal de Justiça, sem qualquer tipo de mácula em sua ficha funcional.

A AOJA solidariza-se com os Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado do Rio de Janeiro que colocam suas vidas em risco no cumprimento de mandados em áreas perigosas, no mais das vezes dominadas pelo tráfico de drogas e outros tipos de violência, mesmo que tal trabalho não seja devidamente reconhecido por um ou outro profissional que desconhece a área social em que atua, denotando total ignorância da realidade em que vivem os moradores destas comunidades.

As declarações de profissionais que não conhecem seu próprio mister e não se informam devidamente antes de afirmações preconceituosas e desmerecedoras devem ser repudiadas com veemência, pois dissonantes da realidade.

Diretoria da AOJA

www.aoja.org.br

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

AOJUS-BA: Carta aberta

Carta Aberta aos Oficiais de Justiça do Poder Judiciário do Estado da Bahia

Prezados Colegas,

A péssima estrutura que nos é oferecida para o desempenho de nossas nobres atribuições e a impossibilidade dos sindicatos que representam nossa categoria em se empenharem da forma que precisamos na busca pelas melhorias que necessitamos nos obriga a nos organizarmos.

Não se trata de afrontar os sindicatos, nem tão pouco o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia; Ao contrario, o núcleo que compõe esta comissão tem aconselhado e muitas vezes convencido diversos colegas a se filiarem a qualquer um dos dois sindicatos, como forma de garantir o usufruto das prerrogativas de sindicalizado e também fortalecer estas entidades e consecutivamente a luta da categoria; Ademais temos o entendimento que o relacionamento entre Patrão e empregado deve ser o de sempre buscar o equilíbrio necessário para se construir uma relação de respeito e cooperação mútuos.

Entendemos que devemos buscar melhoria, na qualidade do serviço prestado a população pelos Oficiais de Justiça do Estado da Bahia e o caminho para atingirmos este objetivo, passa por provar ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, que se melhorarem as condições de trabalho a eficácia e a eficiência do Judiciário como um todo vai melhorar.

A indenização de transporte instituída pelo Art. 72 da Lei Estadual 6.677/94, e até hoje pendente de regulamentação definitiva, só começou a ser paga pelo TJBA em 2008, sem direito a retroatividade, através de regulamentação provisória. Entretanto o valor estipulado, que à época já era insuficiente para cobrir os gastos no cumprimento de diligências, está defasado e não se tem previsão de quando será reajustado.

No interior do Estado, submetemo-nos a desafios hercúleos para transpor as distâncias e obstáculos necessários para realizar as diligências, quase sempre sem opção de transporte publico; na capital enfrentamos os engarrafamentos que fazem com que a utilização do transporte público seja totalmente improdutivo.

Assistimos atônitos a crescentes escaladas dos índices de violência e criminalidade em todo o País e em especial na Bahia, e de vez em quando, nós próprios somos vitimados durante às diligências. Esse clima de insegurança provoca instabilidade emocional, quando não, doenças psicológicas em quem tem a missão de levar a justiça a todas às camadas da sociedade.

São fatores que podem ocasionar um baixo desempenho do oficial de justiça, contribuindo assim para a morosidade da justiça, que por sua vez, aumenta a sensação de impunidade e, consecutivamente no aumento da violência, em um ciclo vicioso, com prejuízo para toda a sociedade.

Na maioria dos Estados Federados do Brasil, a Classe dos Oficiais de Justiça estaduais e federais já estabeleceram suas entidades de classes e tem desenvolvido juntamente com a FOJEBRA um calendário de lutas nacionais em favor desta classe quer, seja por suas atribuições ou por tradição, é una em todo o Brasil.

Questões como o PORTE DE ARMA, ISENÇÃO DE IPI para aquisição de automóvel e APOSENTADORIA ESPECIAL requer uma maior participação, destes servidores, na luta nacional dos Oficiais de Justiça.

Nesse contexto, decidimos pela fundação da AOJUS-BA sabendo que estamos dando um primeiro passo.

Esta iniciativa tem como escopo a organização deste segmento do judiciário em uma organização capaz de dar respostas as nossas demandas tais como: IMPLANTAÇÃO DA GAE, CURSOS DE CAPACITAÇÃO INICIAL E CONTINUADA, REVISÃO DO VALOR DA CONCESSÃO DE DIÁRIAS, CONCESSÃO DE LIVRE ESTACIONAMENTO, REVISÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE, ISENÇÃO DE ICMS PARA AQUISIÇÃO DE VEICULOS NOVOS, MEDIDAS DE SEGURANÇA QUE VISAM GARANTIR A INTEGRIDADE FÍSICA NO CUMPRIMENTO DE DILIGÊNCIAS, UNIFORMIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS, IMPLANTAÇÃO DE SALAS PARA OFICIAIS NAS UNIDADES JUDICIAIS AINDA NÃO CONTEMPLADAS, VIABILIDADE DO RECEBIMENTO DA CET (ART.172 CPC), ISONOMIA NO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE AOS OFICIAIS DO TJBA CEDIDOS A JUSTIÇA ELEITORAL, entre outros assuntos de interesse da categoria, sempre buscando agregar nossa Classe em uma entidade que nos represente.

Solicitamos aos companheiros que se filiem, pois sem a contribuição e interação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Estado da Bahia com a entidade não construiremos uma organização que corresponda a esses desafios.

Esperamos que a AOJUS-BA estimule o debate, de forma democrática, para estabelecermos rotas que nos levem a construção de um programa mínimo, que sintetize nossas aspirações.

Salvador, 06 de Agosto de 2011

Coordenadoria Executiva Provisória

FONTE: http://aojusba.blogspot.com/

Acidente em Alagoas: estado de saúde de oficial de justiça é estável


04.11.2011 | 12h19

Colisão entre três veículos na BR-316, em Satuba, deixou seis feridos nessa quinta-feira

O estado de saúde do oficial de Justiça Sérgio Roberto de Almeida, 43 anos, é considerado estável, segundo informação da assessoria de comunicação do Hospital Geral do Estado (HGE), para onde a vítima de grave acidente registrado na manhã dessa quinta-feira (03) - em trecho da BR-316, no município de Satuba -, foi encaminhado com várias escoriações, além de fratura no fêmur esquerdo. Almeida está internado na área verde da unidade.

O oficial de Justiça também foi submetido a procedimento cirúrgico no pé e joelho direitos, além de a uma laparotomia exploradora no abdômen, a fim de se verificar a existência de sangramentos.

Já Eliane Santos de Souza, Antônio Lúcio, Rosilene Lima e Helenice Silva dos Santos, que também se feriram no acidente, foram socorridos por viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados ao HGE, tendo recebido alta médica ainda nessa quinta.

Outra vítima do acidente - confira a matéria relacionada -, o juiz Odilon Marques Luz, foi encaminhado a um hospital particular da capital, que não estaria autorizado a divulgar o boletim médico sem a autorização da família do magistrado.

Fonte: gazetaweb.com

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