quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Oficiais de Justiça enfrentam situações de perigo no cumprimento de mandados em SP

Oficiais de Justiça do TRT da 2ª Região, assim como na maior parte do Brasil, se arriscam para o cumprimento dos mandados em todo o estado de São Paulo. Esses servidores adentram por locais estreitos, periferias e comunidades perigosas para fazer valer a decisão expedida pelo magistrado. “E há quem diga que vida de Oficial é moleza”, afirma um dos Oficiais de Justiça.

Os relatos sobre as dificuldades de condições de acesso, além da irregularidade de numerações e ameaças sofridas são diversos. “No lugar onde eu cumpro as diligências as pessoas geralmente não querem ser encontradas... Isso quando eu consigo encontrar pois há dupla, as vezes tripla numeração e números pares e ímpares em ambos os lados da rua. Os moradores desconfiam de tudo e todos e quando falam comigo dizem que são novos no lugar”, conta um outro Oficial.

No último dia 20 de agosto, uma Oficiala de Justiça teve o carro apedrejado enquanto fazia uma diligência na periferia de São Paulo. “Assim que estacionei já ouvi o morador de outra casa avisar que eu era Oficial de Justiça!!! Na saída jogaram uma pedra no meu carro”.

De acordo com os Oficiais, normalmente em comunidades da grande São Paulo é preciso pedir a ajuda dos próprios moradores para a localização do intimado, o que expõe o servidor a mais riscos.

Como o medo rodeia a profissão, muitos se identificam como “servidores da Justiça do Trabalho” para conseguirem transitar pelo bairro sem hostilidade. “Me identificando digo que sou da trabalhista que algum morador tem ação correndo que preciso avisar da audiência”.

Quanto a pedirem apoio para o cumprimento dos mandados, a maioria é enfática ao dizer que “fico com muito receio de pedir apoio da segurança ou polícia e ficar marcado no local ou me encontrarem em outro lugar. Nunca pedi por também correr o risco de haver troca de tiros”, afirma um Oficial.

“Uma vez eu pedi para um guarda civil metropolitano bater em uma porta comigo, ninguém abriu e eu desisti. Quando eu estava a uns 200 metros do local e sem policial, apareceu uma pessoa que nunca vi e que me disse firme: “se a senhora tem amor a sua saúde não faça mais isso nesse lugar", lembra um outro colega.

Para o presidente da Aojustra Thiago Duarte Gonçalves os relatos levantados pela Associação reafirmam a necessidade de implementação de recursos que amenizem os riscos sofridos pelo oficialato. “Sabemos que o medo e o enfrentamento de situações de risco atingem os Oficiais de Justiça de todo o Brasil e precisamos pensar em como agiremos para mudar essa realidade e garantir o mínimo de segurança para os Oficiais”, afirma.

Fonte: Aojustra

Lançado livro sobre os riscos inerentes ao exercício do cargo de Oficial de Justiça no Brasil

Os oficiais de Justiça do TJMG Jonathan Porto Galdino do Carmo e André Pedrolli em parceria com o  advogado do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Minas Gerais (Sindojus-MG), Dr. Bruno Aguiar, publicaram o livro "Análise jurídica dos riscos inerentes ao Oficial de Justiça no Brasil - Análise dos riscos inerentes ao exercício do cargo Oficial de Justiça no Brasil e seu tratamento jurídico atual". O livro foi lançado pela editora Novas Edições Acadêmicas e já está disponível para venda no Portal Amazon.com e More Books.shop.

Segundo os autores "É fato notório que os Oficiais de Justiça Avaliadores, anos a fio, têm buscado um diálogo produtivo, contínuo e necessário acerca de medidas urgentes para atenuar o elevado risco que o exercício de suas atribuições legais representa. Tal fato dispensa uma digressão excessiva, dada a notoriedade do perigo que representa a imprevisibilidade do comportamento da parte destinatária da ordem judicial, sendo certo que, independentemente da reação do jurisdicionado, o Oficial de Justiça tem o dever de cumprir as ordens judiciais, mas ao mesmo tempo necessita de instrumentos e mecanismos de segurança eficazes que possibilitem o efetivo cumprimento de seu mister. Não são poucos os casos de homicídio, roubo, agressão, ameaça e outros tipos de violência que tais agentes têm sofrido, durante o exercício das suas funções, sobretudo na execução de ordens judiciais e sentenças, já que na maioria das vezes, o destinatário da ordem judicial deve permitir seu cumprimento, ainda que de forma coercitiva. Por tal fato, não é temerário dizer que a mais simples tarefa exercida pelo Oficial de Justiça enseja flagrante risco e o coloca em evidente situação de perigo."

Para adquirir o livro cliques nos links abaixo:


Dados do livro:

Editora:Novas Edições Acadêmicas
Website: https://www.nea-edicoes.com
Por (autor):Andre Pedrolli Serretti, Jonathan P. G. Carmo, Bruno B. Aguiar
Número de páginas:92
Publicado em:2018-08-21
Categoria:Direito público, Administrativa-, Direito Processual Constitucional
Palavras chave:Oficial de Justiça, Porte de Arma, periculosidade, Estatuto do Desarmamento

InfoJus BRASIL: o site dos Oficiais de Justiça do Brasil

Oficiais de Justiça são rendidos por bandidos durante o cumprimento de mandados em Goiânia

O oficial de justiça, José Almeida Guimarães, lotado na comarca de Goiânia foi surpreendido, na terça-feira (04/09) quando buscava informações de como chegar a um endereço para cumprir um mandado. “Estava no bairro Santa Rita e parei para pedir informações. Quando voltei para o carro fui surpreendido pelo bandido que estava com a arma em punho”, explica o oficial.

O momento de maior tensão foi quando o bandido pediu para que o servidor do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) entrasse no carro. “Nesse momento tentei manter a calma e fui conversando com ele dizendo faria tudo que ele pedisse, mas no meu subconsciente pensava que jamais poderia entrar naquele carro”, discorre Guimarães.

Além do carro, foi levada a pasta de mandados com mais de 60 documentos que terão que ser impressos novamente. “A gente sabe que a violência é generalizada. A polícia não consegue acompanhar nem a população, quem dirá a gente. O que me entristece é saber que diante dessa violência, alguns juízes colocam no despacho que o mandado tem que ser cumprido, após às 20h ou antes das 06h, em bairros com índices de violência altíssimos. Isso é uma imprudência”, ressalta o servidor que trabalha há 17 anos como oficial de justiça.

MEDIDAS EFETIVAS

Em menos de dez dias, dois oficiais de justiça foram rendidos por bandidos e tiveram seus carros roubados, em Goiänia. Ambos estavam no exercício de suas funções. No dia 28 de agosto, o também oficial de justiça, Robson Elias de Deus foi surpreendido por um bandido.

Ele cumpria um mandado no setor Parque Amazônia, em Goiânia. “Cumpri o mandado em uma casa de esquina e não percebi que tinha uma pessoa tão próxima a mim. Todos os dias ouvimos relatos de colegas que foram abordados, mas nunca achamos que vai ser o nosso dia”, relata o oficial, que é lotado na comarca de Aparecida de Goiânia há 17 anos.

Além do carro de Robson, o bandido levou o celular, carteira, relógio, aliança e a pasta com cerca de 30 mandados.

O Sindicato dos Oficiais de Justiça de Goiás (Sindojus-GO) está fazendo um levantamento de casos de violência contra servidores para ser entregue à Presidência do TJ-GO. ” O objetivo é discutir essa violência que tem colocado em risco a vida dos oficiais de justiça para que medidas efetivas sejam tomadas”, finaliza Moizés Bento, presidente do Sindojus-GO.

Ilustração: internet

InfoJus BRASIL: Com informações do Sindojus-GO

sábado, 8 de setembro de 2018

Sindicato pode atuar em nome de seus representados em fase de execução

A 6ª turma do TST considerou que a entidade é legítima para executar valores reconhecidos em favor de seus representados em ação coletiva.

A 6ª turma do TST deu provimento a recurso interposto por sindicato e declarou a legitimidade da entidade para executar os valores reconhecidos em favor de seus representados em ação coletiva movida contra empresa de segurança e o município de São Paulo.

A empresa e o município foram condenados a fornecerem cesta básica no valor de R$ 105,25 por mês aos vigilantes contratados para prestação de serviços à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo/SP. A obrigação abrangia todo o período do contrato.

O juízo de 1º grau determinou a habilitação individual de cada empregado representado para promover a execução. O TRT da 2ª Região manteve a sentença, determinando o ajuizamento de ações individuais para o cumprimento das obrigações.

Em recurso de revista interposto no TST, o sindicato sustentou que a atuação das entidades sindicais em favor da categoria que representam é ampla, geral e irrestrita e deve ser exercida durante todas as fases do processo, “notadamente na execução, com a apresentação de cálculos e todas as demais providências decorrentes”.

Ao analisar o recurso, a relatora, ministra Kátia Arruda, considerou que a decisão do TRT de determinar o ajuizamento de ações individuais para o cumprimento das obrigações viola o artigo 8º, III, da Constituição Federal.

A ministra afirmou "as circunstâncias fáticas quanto à execução, no que se refere a cada trabalhador substituído, não afasta a origem comum da lesão ao direito e não impede que o próprio substituto processual ajuíze a ação de execução da sentença coletiva".

Com isso, votou pelo reconhecimento da legitimidade do sindicato de atuar em nome de seus representados em fase de execução da ação coletiva após a liquidação da sentença.

O voto foi seguido à unanimidade pela 6ª turma do TST.

"Não se pode conceber que, por um lado, o sindicato tenha a reconhecida legitimidade para postular os direitos trabalhistas em nome da categoria, mas, por outro lado, a sua presença do polo ativo da lide venha a configurar um obstáculo à execução da sentença da forma mais célere e efetiva para os trabalhadores."

O sindicato foi patrocinado na causa pelo escritório Cerdeira Rocha Advogados e Consultores Legais.
Processo: RR-509-78.2014.5.02.0059.

Fonte: Migalhas

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Escola Superior da Magistratura do Pará oferece o curso "Oficial de Justiça Pacificador Social"

Os Oficiais de Justiça do Pará, Edvaldo Lima e Carmen Sisnando, em parceira com a Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará desenvolveram projeto piloto que promete aprimorar o perfil do Oficial de Justiça na pacificação social. O curso será ministrado em diversas cidades do Pará. Outros tribunais já entraram em contato com Lima demonstrando interesse no projeto.


CURSO “CAPACITAÇÃO OFICIAL DE JUSTIÇA PACIFICADOR SOCIAL”

1. DAS INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O CURSO

1.1 Período de Inscrição: 06 a 16 de setembro 2018 via site da ESMPA.
1.2 Público Alvo: Oficiais de Justiça do Poder Judiciário do Estado do Pará.
1.3 Finalidade: Programa de Aperfeiçoamento
1.4 Número de Vagas: 50 (cinquenta) vagas
1.5 Data de Realização: 17 a 21 de setembro de 2018.
1.6 Horário: 15h30 às 19h (intervalo 10’)
1.7 Carga Horária Total: 20 horas-aula
1.8 Local: Escola Superior da Magistratura, situada à Trav. Quintino Bocaiuva, 1404 – Nazaré – Belém – Pará. Telefone: (91) 3110-6800 (A Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará, não dispõe de vagas de estacionamento para os discentes dos cursos ofertados. Estas são de uso exclusivo dos servidores da Escola e docentes convidados).

1.9 Modalidade: Presencial

1.10 Docentes:

Especialista Carmen Sisnando: Graduada em Pedagogia – Administração Escolar e Licenciatura Plena, Doutoranda em Constelação Sistêmica em Portugal, Especialista em Gestão Empresarial, Terapeuta Familiar, Psicanalista, Cool Hunter, Master Coaching Internacional e Consteladora Sistêmica Internacional pela Universidade Emílio Cárdenas e Talent Manager, México. Pesquisadora em Desenvolvimento Humano com metodologia própria. Formação em Neurociência pelo Synapsis Acadêmico. Certificada pelo Instituto Internacional Coach Federation e Coutinuing Coach Educacion, EUA. Primeira Brasileira a ser Certificada em Coaching pelo Instituto Japonês, Japão. Formação Internacional em Constelação Familiar pelo ISPAB, Alemanha. Formação em Cura Emocional pelo École de Lumiere, França. Palestrante em Congresso Nacional da Justiça Federal, Justiça Estadual e Defensoria Pública sobre Constelação Sistêmica e Palestrante em áreas diversas como: Pedagogia Sistêmica, Felicidade, Valorização Pessoal, Liderança, Direito Sistêmico dentre outros. Formação em Constelação Familiar com Bert Hellinger, o criador da Constelação Familiar. Instrutora de Pós-Graduação na Faculdade DEVRY, Oficial de Justiça no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, onde idealizou e implementou o Projeto Constelação Familiar que funciona no NUPEMEC/PA.

Bacharel Edvaldo Lima: Bacharel em Direito, Jornalista, Formando em Constelação Jurídica, Palestrante Direito Sistêmico e Oficial de Justiça no Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

Mais informações no site da Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará ou clique AQUI.

InfoJus BRASIL: Com informações da ESMPA

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Gramado (RS) sediará o XII Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Federais

A Cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, sediará o XII Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (XII Conojaf) que será realizado em Setembro de 2019.

A escolha de Gramado para sediar o próximo Conojaf ocorreu nesta quinta-feira (06/09) por votação dos oficiais de Justiça reunidos no XI Conojaf em Teresina (PI). 

O XI Conojaf iniciou no dia 04 e termina nesta quinta (06) e teve a participação de mais de 200 oficiais de Justiça de todo o Brasil.

Infojus BRASIL: Direto de Teresina (PI)

Futuro do Judiciário e do Oficial de Justiça é debatido na manhã desta quinta no Conojaf



O Futuro do Poder Judiciário e dos Oficiais de Justiça foi debatido na manhã desta quinta-feira (06) durante o XI Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF), em Teresina (PI).

A pauta foi apresentada pelo assessor jurídico da Fenassojaf Dr. Rudi Cassel, que iniciou apresentado uma tabela comparativa dos Códigos de Processo Civil de 1973 e de 2015, com uma análise das diferenças estabelecidas na nova lei para as atribuições dos Oficiais de Justiça. 

O advogado abordou o Projeto de Lei nº 9609/18, apresentado pelo deputado Efraim Filho (DEM/PB), que estabelece a função de mediador e conciliador para o Oficial de Justiça. Para o assessor jurídico, é necessário fazer a reflexão quanto à realização de discussões sobre pautas específicas do oficialato para demonstrar a importância do segmento no processo estratégico do Poder Judiciário para uma garantia do futuro dos Oficiais de Justiça.

“É necessário refletir que tipo de atribuição o Oficial de Justiça deve exercer e qual é a importância dela para o processo estratégico do Judiciário”, disse.

“Sair batendo no projeto é favorável para o oficialato? São questões que precisam ser trazidas e é preciso perder o medo de se discutir essas pautas”, completou.

Ao abrir a fala para os participantes do XI CONOJAF, os presentes opinaram sobre o futuro do Oficial de Justiça com a utilização das ferramentas eletrônicas, o recebimento da Gratificação de Atividade Externa (GAE) e a abertura de concursos públicos para o cargo.

Também consideraram que existe uma grave ameaça contra os Oficiais de Justiça que, cada vez mais, estão exercendo atividades internas. “Partindo dessa realidade, é importante analisar qual é o futuro que o oficialato almeja”.

O Oficial de Justiça Hélio Diogo chamou a atenção para a luta dos Oficiais de Justiça e a baixa adesão associativa dos Oficiais que ingressaram recentemente na carreira. O Oficial de Minas Gerais também questionou o que está vem sendo feito pela paridade e integralidade, no fortalecimento da carreira. 

João Paulo Zambom, Oficial do TRT da 15ª Região, ponderou que as novas atribuições estão acontecendo, via projeto de lei ou ato administrativo, e serão iminentes ao cargo. “Cabe a nós sermos protagonistas dessa situação. O que nós não podemos fazer é vincular a questão remuneratória a essas novas atribuições. E não podemos nos esquecer das diferenças existentes nas diversas regiões do país”, disse.

Ao retomar a palavra, Dr. Rudi agradeceu a participação e o debate em mais um Congresso Nacional e destacou a importância das contribuições e exposições apresentadas na conversa ocorrida nesta manhã.

De Teresina (PI), Caroline P. Colombo

Infojus BRASIL: Com informações da Fenassojaf

Luta pela valorização do Oficial de Justiça foi tema do último painel desta quarta-feira no XI CONOJAF

A luta pela valorização do Oficial de Justiça foi o tema do último painel desta quarta-feira (05) em Teresina (PI). O debate foi conduzido pelo Oficial de Justiça do TJDFT Gerardo Alves Lima Filho, vice-coordenador regional da Fenassojaf e presidente da Aojus; e pelo Oficial do TRT-2 Thiago Duarte Gonçalves, presidente da Aojustra.

Gerardo iniciou falando dos atuais combates e pleitos dos Oficiais de Justiça que, em sua maioria, não avançam. De acordo com ele, o que falta é o poder político do segmento dentro dos tribunais. “Nós precisamos disputar dentro dos tribunais”, enfatizou.

O dirigente da Aojus falou sobre a realização da greve dos Oficiais de Justiça do TJDFT, ocorrida em março deste ano, que pleiteava “melhorias absolutamente justas, que não envolviam reajuste salarial, mas garantias de qualidade para o oficialato”. 

Na sequência, Gerardo ressaltou a necessidade das entidades associativas diante do momento vivenciado pelo Judiciário Federal. “Entretanto é preciso disputar poderes. Infelizmente nós estamos alijados no espaço que irá discutir o futuro do oficialato. Sempre a Administração fica com a maioiria das cadeiras e nós é que somos a maioria do Judiciário. Nós temos que exigir e construir esse espaço”, repetiu. 

Segundo o palestrante, a sociedade brasileira vive em uma democracia onde pessoas são eleitas para dicidirem o futuro do país. “Nós precisamos participar dessa escolha dentro dos tribunais, temos que conquistar esse espaço para escolher aqueles que decidirão e terão compromisso conosco”.

Sobre a atuação representativa, Gerardo Alves destacou a necessidade de avanço, através de uma atuação organizada e articulada. 

“Por que não existe nenhum servidor que seja conselheiro no Conselho Nacional de Justiça se são eles que irão decidir a nossa vida? Nós não pedimos várias vagas, mas pelo menos uma voz que demonstre o dia a dia do Oficial de Justiça. Nós conhecemos a Justiça em concreto. Essa é a nossa diferença do magistrado”, completou.

Na opinião do Oficial de Justiça, o cenário para o próximo ano não é favorável para os servidores públicos, “mas é preciso empenharmos todas as forças para darmos esperança para colegas do Brasil inteiro”, finalizou. 

Neste mesmo sentido, o presidente da Aojustra Thiago Duarte Gonçalves chamou a atenção sobre questões como a estabilidade no serviço público e a Reforma da Previdência. “Os Oficiais contribuem com 11% em sua maoria e possuem idade mínima para a aposentadoria”.

O Oficial da 2ª Região também abordou o direito de greve e a Emenda Constitucional nº 95 que determinou o teto dos gastos públicos. 

Ao falar sobre a precarização das Centrais de Mandados que já ocorre no Rio Grande do Norte e na 2ª Região (SP), Gonçalves enfatizou ser necessário analisar que o que está sendo feito através das entidades ainda não é o suficiente para conquistas. “É preciso repensar o modelo da política associativa e sindical para que seja uma política de maioria e força”.

Especificamente sobre a atuação pela valorização dos Oficiais de Justiça do TRT de São Paulo, Thiago relembrou a publicação do Ato GP-CR nº 05/2017, que realocou 1/3 dos Oficiais de Justiça para as Varas do Trabalho, gerando a quebra da isonomia entre os Oficiais de Justiça. 

De acordo com ele, outros pontos que foram questionados pela Aojustra à época foi uma possível redução salarial para os Oficiais lotados nas VTs, o desvio de função institucional da carreira e o prejuízo na eficiência da execução. 

Em sua fala, ele também lembrou a realização da greve dos Oficiais de Justiça do TRT contra a medida e destacou a necessidade de se desmistificar o estigma de que o Oficial de Justiça trabalha pouco ou não trabalha.   

Um ano depois do Ato 05 – Segundo Thiago Gonçalves, um ano depois da publicação do Ato 05, a Administração do TRT-2 não apresentou nenhuma justificativa para a decisão. Através da apresentação de dados obtidos junto à Ouvidoria do Regional, o presidente da Aojustra demonstrou a sobrecarga de trabalho, bem como as consequências deste fato, para os Oficiais lotados na Central de Mandados de São Paulo. 

Quanto aos colegas lotados nas VTs, o painelista explicou que, em sua maioria, eles fazem essencialmente serviço interno e raramente cumprem mandado externamente. 

De acordo com ele, a perspectiva da Aojustra é a de que a nova Administração do Tribunal da 2ª Região, que será empossada em outubro, ouça os Oficiais de Justiça e volte a analisar o Ato 05/2017. Outra consequência apontada pelo dirigente foi a quebra da união entre os Oficiais de Justiça, com a força associativa um pouco mitigada. “Hoje o nosso poder de mobilização está mitigado”, disse.

Por fim, o presidente da Aojustra explicou que Assembleia realizada pela associação decidiu manter o recurso interposto junto ao CNJ contra o regulamento do TRT e, em uma estratégia paralela, conversar com a próxima gestão, além de estudar casos análogos para que dados paralelos possam ser apresentados à Administração. “É preciso coesão entre os Oficiais de Justiça para combater esse possível epidemia iniciada pelo TRT-2”, finalizou.

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo

InfoJus BRASIL: Com informações do Sindojus-DF

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Oficial de justiça é agredida ao tentar cumprir mandado de intimação em MT

Filha de intimado ainda ameaçou e xingou a vítima e agrediu PMs, em Chapada dos Guimarães

Uma oficial de justiça identificada como E.C., de 43 anos, registrou um boletim de ocorrência após ser agredida e ameaçada por uma mulher quando tentava cumprir um mandado de intimação. O caso aconteceu nesta quarta-feira (5), em Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá).

Ao delegado Marcelo de Melo de Laet, da Polícia Civil, a vítima contou que foi até à casa de D.F. para intimá-lo, quando foi recebida pela filha dele.

A mulher, então, teria informado que o seu o pai não estava no local e, ao ouvir da funcionária pública de que havia uma intimação no nome dele e o motivo, teria se alterado e passado a xingar a vítima,

"Toda semana é essa palhaçada e toda semana vem esses oficiais filhos da p... encher o saco”, gritava a mulher, segundo o relato da vítima.

A reportagem não conseguiu localizar o processo ao qual a intimação faria referência. No entanto, de acordo com a vítima, a suspeita dizia que o pai "não havia pego dinheiro de ninguém" e continuou a xingá-la na porta da casa.

Ainda no relato feito ao delegado, a oficial de justiça afirmou que tentou explicar que estava apenas cumprindo o seu serviço e que, diante do desacato, iria acionar a Polícia Militar.

Nesse momento, a suspeita abriu o portão de casa e teria passado a agredir a servidora, puxando os cabelos da vítima e jogando-a no chão.

De acordo com a vítima, vizinhos ouviram a confusão e conseguiram conter a filha do homem a ser intimado. No entanto, ela conseguiu pegar o celular da oficial de justiça e escondeu o aparelho dentro da residência, para impedi-la de chamar a PM.

Na sequência, conforme o relato, a suposta agressora voltou a ameaçar a oficial de justiça para que entregasse as chaves do carro dela, "senão iria quebrá-la toda", retornando para dentro da casa, em seguida.

Ameaça a PMs

Os vizinhos, então, ajudaram a vítima a retirar o veículo de frente da casa e aguardaram a chegada da PM.

Quando os policiais militares chegaram ao imóvel da suspeita, e encontraram lavando roupa tranquilamente.

Ao ser abordada, a mulher passou a também xingar os PMs, chegando a agredi-los na tentativa de resistir à prisão e rasgando a farda de um deles.

A mulher ainda disse que "era parente de um coronel que iria f... com a vida dos policiais" e se negou a devolver o celular da vítima.

Já algemada e no momento em que saíam da casa, a mulher teria dito à vítima que ela "não iria amanhecer viva, que iria matá-la e que ela ia pagar pelo o que estava acontecendo".

Já na delegacia, o pai da mulher apareceu e foi intimado da ação. Ele também pediu desculpas à oficial de justiça e informou que não é a primeira vez que sua filha agride pessoas.

Ele também pediu à filha para que falasse onde escondeu o celular da vítima. O aparelho foi recuperado pelos militares e entregue à oficial de Justiça.

O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

Déficit de 131 Oficiais de Justiça afeta 61 municípios cearenses

A causa da morosidade no judiciário cearense passa por vários fatores, entre eles a carência de servidores. Enquanto isso, há 26 vacâncias de Oficiais de Justiça, ou seja, cargos já criados por lei, com recursos previstos no orçamento

Nota publicada no dia 1º de setembro
no jornal Diário do Nordeste
CNJ aponta: a justiça cearense é a mais improdutiva do País. O dado reflete o que na prática sente a população, com uma justiça cada vez mais lenta, incapaz de dar à sociedade um retorno com a rapidez que os processos demandam. A causa da morosidade no judiciário passa por vários fatores, entre eles a carência de servidores. Em todo o Estado há um déficit de 131 Oficiais de Justiça. São 61 municípios com o quadro totalmente defasado. Destes, quatro estão sem oficiais: Iracema, Jaguaretama, Senador Pompeu e Solonópole, onde os processos estão completamente parados, já que não há quem cumpra as decisões judiciais.

A carência de Oficiais de Justiça, somada a uma demanda que cresce exponencialmente, resulta em sobrecarga de trabalho. Por conta disso, muitos estão adoecendo, tendo que se afastar do trabalho para tratarem de suas saúdes. O problema poderia facilmente ser resolvido, desde que houvesse sensibilidade da atual administração do Tribunal de Justiça do Ceará.

Existe um concurso em vigência cuja validade já expira neste mês de setembro, com 207 aprovados aptos a assumir. Há 26 vacâncias (14 do atual concurso e 12 de certames anteriores), ou seja, cargos já criados por lei, com recursos previstos no orçamento. Contudo, em vez de nomear aprovados, a administração do judiciário estadual ameaça remover compulsoriamente Oficiais de Justiça, transferindo-os para cidades distantes de onde trabalham, desestruturando famílias inteiras e criando um clima de terror na categoria.

Além de injusta e ineficaz, esta atitude arbitrária do Tribunal de Justiça do Ceará revela-se completamente improdutiva e prejudicial à sociedade, pois deixaria ainda mais defasados os locais de onde esses servidores estariam sendo retirados.


InfoJus BRASIL: Com informações do Sindojus-CE

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