quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Gratificação: Oficiais de Justiça tem recurso negado em Rondônia

"As vantagens remuneratórias percebidas pelo servidor não se confundem com seu padrão de vencimento e, portanto, a fixação de valor pecuniário da gratificação de produtividade devida aos oficiais de Justiça, por mandados expedidos pelos Juizados Especiais, pode conter diferenciação daquela estabelecida para o cumprimento dos mandados nas Varas Comuns, devido às suas peculiaridades, quando a diferenciação se mostra medida razoável e justificável". Assim votaram os desembargadores que compõem a 2ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, de forma unânime, negando provimento ao recurso. A sessão ocorreu na manhã desta terça-feira, 14 de janeiro de 2014.

Consta nos autos que os apelantes são servidores do TJRO, ocupantes do cargo de Oficial de Justiça e foram transferidos, em meados de 2009, para exercerem as atividades na Central dos Fóruns Cíveis da capital rondoniense. Verificou-se que antes da transferência mencionada, desde 1998 cumpriam exclusivamente mandados expedidos pelos Juizados Especiais da comarca de Porto Velho. Por esta razão, ajuizaram ação de cobrança com fundamento de que, no período de 1998 a 2009, receberam verbas de produtividade em valores menores que os retribuídos aos mandados expedidos pelas Varas Cíveis e Criminais, motivo pelo qual pleitearam receber essa diferença.

De acordo com o relator, desembargador Renato Martins Mimessi, é sabido que o ato administrativo, para ser considerado válido, precisa ser praticado pela pessoa jurídica competente, assim como pelo órgão dela integrante a que a lei atribua a competência de praticar o ato. Segundo ele, a Resolução e Provimento nos termos do Regimento Interno do TJRO são atos administrativos compostos, "interna corporis", cujos conteúdos são submetidos, no mais das vezes, à apreciação do Pleno do Tribunal, órgão máximo do Poder Judiciário. "Os autos revelam que o provimento ora atacado foi levado à apreciação do plenário deste Tribunal, pela via administrativa, em Pedido de Providência movido pelos apelantes, circunstância que evidencia a ocorrência de convalidação, consoante anota o Juízo a quo na sentença".

Ainda segundo o relator, não se pode esquecer que uma eventual revogação ou anulação do ato administrativo de natureza interna corporis, por si só, não tem o condão de resultar no pagamento da produtividade aos apelantes nos mesmos moldes como são pagos os mandados expedidos pelas Varas Genéricas aos demais oficiais de justiça, porque a isto se opõe a prevalência do interesse público sobre o privado. "Friso que no regime jurídico-administrativo são sanáveis os vícios que não atinjam indelevelmente o conteúdo do ato. Embora incida vício de competência e de forma, mostra-se, entretanto, perfeitamente admissível a preservação de sua eficácia, já que o ato foi inequivocamente objeto de convalidação pelo órgão administrativo maior do Judiciário rondoniense. Dito de outro modo, vícios de competência e de forma constituem defeitos sanáveis que, quando convalidado o ato, não impedem que este produza os seus efeitos".

Renato Mimessi concluiu seu voto dizendo que comunga com o entendimento de que determinados atos administrativos, uma vez convalidados, coadunam-se e representam bem mais o interesse público do que, se eivados de vícios de legalidade, fossem simplesmente expurgados do ordenamento jurídico.

Fonte: TJRO

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

OPINIÃO - O Oficial de Justiça e a busca e apreensão

Por Itailson Farias - Oficial de Justiça Avaliador

Após quatorze anos exercendo a função no TJ-BA, entendo que é extremamente necessária a mobilização das entidades representativas dos Oficiais de Justiça para orientarem seus representados sobre o que determina o CPC quanto ao cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

Sob várias alegações dos magistrados, entre elas a falta de servidores, os mandados tem sido cumpridos por apenas um Oficial de Justiça, outro problema sério é a busca e apreensão de veículos para bancos, esses utilizam a mão de obra de localizadores e não se preocupam em colocar os nomes desses nos processos autorizando o recebimento do bem, mas mesmo assim são eles que recebem o veículo após a apreensão.

É preciso se discutir uma forma de viabilizar: a forma para o deslocamento no cumprimento destes mandados, e de coibir até o desvio de conduta de alguns Oficiais de Justiça; Em muitas situações os localizadores conseguem o contato telefônico dos oficiais nos cartórios e ai alguns Oficiais aceitam ficarem de sobreaviso para quando forem acionados se deslocarem de imediato para onde for encontrado o veículo, muitas vezes motivando uma “troca de favores” entre os envolvidos.

Penso que uma das possibilidades de solução a ser buscada junto aos tribunais é que o cumprimento dos mandados de busca e apreensão sejam feitos pelos oficiais de plantão nas centrais de mandados com veículos de serviços dos TJs, assim os servidores terão mais facilidade de seguir o que determina o CPC e não terão custo com o cumprimento.

Para viabilizar essa busca junto aos TJs se faz necessária a criação de cartilha ou manuais de procedimentos orientando os oficiais a cumprirem os mandados e em especial, o que determina os Art.839 a 843 referentes a busca e apreensão no CPC e também a assistência jurídica caso seja aberto PA contra os servidores.

Itailson Farias - Oficial de Justiça Avaliador
Fonte: FOJEBRA

Oficial de Justiça: A Vida Como Ela É


Ao receber o convite para escrever esse texto, confesso que fiquei ao mesmo tempo lisongeada e confusa. O cargo de Oficial de Justiça é, no mínimo, sui generis.

O contato diário com a população faz com que colecionemos, ao longo do tempo, histórias e situações das mais variadas.

Desse modo, tentar definir o nosso cotidiano na sua completude, além de ser uma tarefa de enorme complexidade, certamente falharia em algum aspecto. Por isso, ao invés de retratar o quadro completo, optei por trazer algumas das principais impressões vividas no exercício do cargo, as quais imagino que a maioria dos colegas poderia se identificar.

Dessa forma, ser Oficial de Justiça é:

Andar com um “cartório” de mandados nas costas, para nunca desperdiçar uma oportunidade de diligência inesperada;

Exercitar diariamente o senso de responsabilidade, pois, ainda que a autonomia profissional seja uma característica intrínseca do cargo, faz-se necessária uma rigorosa disciplina, a fim de que não se corra o sério risco de afundar em um oceano de mandados;

Estar diariamente com o coração sobressaltado, ao lembrar de conduções e audiências iminentes, ou ao ficar na expectativa de ouvir o telefone tocar, em dias de plantão;

Ser ninja no trânsito. Um olho na direção e outro para os lados, em busca de casas, prédios, números, placas... Tudo isso sem matar nem morrer, todos os dias do ano;
Viver dias de glória na primavera e no outono, mas sofrer no inverno e no verão. E mesmo assim, sem nunca abandonar o roteiro, porque os mandados não esperam o tempo melhorar;

Descer do carro e ser surpreendido por aquele cão de guarda que foi esquecido solto. Nessas horas, mesmo para os não religiosos, só resta pensar: “Seja o que Deus quiser...”;

Treinar razão e intuição para que trabalhem sempre em harmonia. Afinal, cada diligência traz a sua peculiaridade, e o perigo nem sempre vem de onde se espera;
Compreender que o modo como uma notícia é transmitida, ou como uma ordem judicial é executada, pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso. Por isso, o segredo é prudência na condução dos atos;

Ser multitarefas. Muitas vezes, as situações enfrentadas acabam por cobrar, além dos conhecimentos inerentes à função, noções de pedagogia, de psicologia, e até, algumas vezes, de técnica policial;

Enfim, nossa missão é materializar a justiça dentro da sociedade. Sendo assim, mesmo que as notícias transmitidas nem sempre sejam as melhores, o que diferencia nosso cargo dos demais é que não existe nada mais gratificante do que conquistar o respeito e o carinho da população de uma comarca.

Aline Almeida Lima – Oficiala de Justiça da
Comarca de Charqueadas









Fonte: ABOJERIS

TJPI suspeita do envolvimento de 3 servidores em desvios de material

O juiz auxiliar da presidência Tribunal de Justiça do Piauí, Luiz Henrique Moreira Rego, informou que pelo menos três servidores podem estar envolvidos no esquema de desvio de material do almoxarifado do judiciário do Piauí. O crime motivou a deflagração da operação Depeculatus na manhã de hoje(13).

De acordo com o juiz, a falta de materiais de almoxarifado começou a ser percebia há um ano. Uma sindicância administrativa foi instaurada, mas não conseguiu sozinha identificar a origem da fraude.

“O TJ então solicitou que a polícia civil investigasse o que está acontecendo”, explicou o juiz.

Somente com a investigação policial foi possível obter, com autorização da Justiça, interceptações telefônicas concedidas pela juíza da 9ª Vara, Valtânia Alvarenga.

O juiz auxiliar parabenizou a Polícia Civil pelo trabalho e acredita que com as provas do inquérito a sindicância administrativa terá farto material para punir os envolvidos administrativamente.

Fonte: cidadeverde.com

Previsto concurso para oficial de justiça no TJRS

A estimativa é de que serão cerca de 200 oportunidades para o cargo que é de nível médio. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que recentemente realizou certame para o preenchimento de vagas relativas à função de Oficial Escrevente, já recebeu autorização do governo do estado para a abertura de novo processo seletivo. O edital das provas que elencarão os próximos oficiais de justiça do tribunal gaúcho deve sair ainda no primeiro trimestre de 2014.

A remuneração inicial para os selecionados do certame é de R$ 4000 mas o salário bruto, com os benefícios, pode chegar a até R$ 6000.

Fonte: CERS

TAUBATÉ/SP: oficial de Justiça consegue interdição da Central de Mandados infestada por fezes de animal

Os Oficiais de Justiça de Taubaté estão sofrendo com uma infiltração tóxica na central de mandados. O problema surgiu logo após uma forte chuva que atingiu a Comarca, no dia 4 de janeiro.

Desde então, os Oficiais têm que conviver com o cheiro forte de enxofre e trabalhar numa sala impregnada por fezes de pombo. A diretora da AOJESP, Sônia Maria de Sá Macedo já recorreu à vigilância sanitária, ao setor de zoonose e solicitou providências aos juízes administradores do Forum.

Nas fotos é possível ver a parede tomada por material solvente líquido, que provoca cheiro forte e risco para a saúde:





A diretora de zoonose, atendendo ao pedido da Oficial Sônia, fez uma vistoria no prédio e identificou a presença fezes de pombo, contaminação por uma substância de forte odor, falta de manutenção, infiltração etc. Após a vistoria, a diretora optou por interditar a central de mandados.

"Ambiente de trabalho infernal"

Para a presidente da AOJESP, Yvone Barreiros Moreira, o Tribunal de Justiça deveria investir no ambiente de trabalho dos funcionários. “Existem salas sem ventilação, com menos de dois metros por pessoa, resultando em excesso de calor”, disse a presidente.

A representante na Comarca, a Oficial Sônia, disse que na central de mandados de Taubaté, são 56 Oficiais trabalhando numa sala de 3x4m. “É um ambiente de trabalho infernal, cheio de computadores e barulhento, enquanto os promotores de justiça ocupam cinco das melhores salas do prédio.”, reclamou.

A presidente da AOJESP disse que o Tribunal de Justiça á mal administrado, já que não é papel dos juízes administrar prédios. Segundo ela, “os magistrados são preparados para aplicar as leis dos códigos, entretanto a lei maior, a Constituição Federal não é cumprida. Tem cabimento os Oficiais de Justiça e escreventes sem espaço necessário para trabalhar, enquanto a OAB e promotores com salas espaçosas, trabalhando confortavelmente?”, questionou Yvone.

Fonte: AOJESP

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

PF terá de devolver bens apreendidos de juiz

A desembargadora Selene Maria de Almeida, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou a devolução parcial de bens apreendidos pela Polícia Federal na casa e no gabinete do juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara de Cuiabá (MT). Em novembro do ano passado, ele foi alvo de dois mandados de busca e apreensão executados pela Polícia Federal, durante a segunda etapa da operação ararath, de combate a crimes contra o sistema financeiro no estado do Mato Grosso.

A desembargadora Selene decidiu devolver ao juiz federal alguns objetos que, em seu entendimento, não têm relação com a investigação nem são capazes de comprometê-la. São eles: uma pistola e munição, que estavam legalmente em posse de Sebastião da Silva; um token, como é chamado um dispositivo usado na assinatura de processo eletrônico —o equipamento não armazena dados. Quanto ao laptop, ao tablet e ao smartphone do juiz, a polícia deverá fazer uma cópia do conteúdo e também devolvê-los. Os demais objetos permanecerão apreendidos.

"Defiro parcialmente a liminar requerida, autorizando a restituição condicionada à manifestação expressa de ciência e concordância por parte impetrante dos espelhamentos e acesso integral às informações existentes nos bens, cuja utilização e utilidade para o processo de apuração levado a efeito estão subordinados ao prudente exame do desembargador federal relator", disse a desembargadora.

Operação

Segundo a PF, um grupo sediado em Várzea Grande utilizava empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a pessoas físicas e jurídicas. Essas empresas têm natureza estritamente mercantil e atuam principalmente na assessoria e de compra de títulos de crédito, e não podem exercer funções exclusivas de instituição financeira. Sebastião da Silva é suspeito de ter favorecido uma construtora em uma sentença de março de 2012.

De acordo com a imprensa local, a defesa de Sebastião da Silva diz que a ação da PF visa "denegrir" a imagem do juiz, que, nos últimos meses conversou com lideranças políticas sobre uma eventual candidatura a governador do estado neste ano. 

Clique aqui para ler a decisão.
Elton Bezerra é repórter da revista Consultor Jurídico.

Fonte: Revista Consultor Jurídico

domingo, 12 de janeiro de 2014

Entrevista: José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo


"A Justiça não é dos juízes, ela está a serviço das pessoas"

O desembargador José Renato Nalini iniciou, no dia 2 de janeiro, a mais desafiadora etapa de sua atuação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Nos dois anos anteriores à sua aposentadoria compulsória, ele será o presidente daquele que é tido como o maior tribunal do mundo, exatamente no momento em que o TJ-SP passa por radicais transformações.

Corregedor-geral da Justiça durante a gestão de Ivan Sartori, Nalini percorreu o estado, durante dois anos, visitando as comarcas do interior. O conhecimento adquirido o faz defender propostas como a instalação de câmaras extraordinárias no interior de São Paulo, levando a segunda instância para o interior paulista.

O desembargador promete uma gestão diferente de seu antecessor, o que inclui uma nova relação com o Ministério Público e a advocacia, sem deixar de lado os servidores e magistrados, grandes beneficiados pela atuação em defesa do tribunal que pautou a presidência de Ivan Sartori.

Defensor do home office como alternativa ao horário rígido de trabalho e dos julgamentos temáticos para reduzir o estoque de processos e evitar decisões distintas em matérias iguais, José Renato Nalini apresentou, minutos após a confirmação de sua eleição, uma proposta polêmica: buscar recursos para o TJ-SP junto aos organismos internacionais.

Passados quase 50 dias da vitória, ele não mudou de ideia. De acordo com o presidente do TJ-SP, os órgãos “sempre criticam o Judiciário, falando sobre a lentidão dos processos e a imprevisibilidade das decisões”, e nada melhor do que obter auxílio financeiro destas mesmas entidades para corrigir os problemas da Justiça paulista.

José Renato Nalini recebeu a reportagem da revista Consultor Jurídico na tarde de 3 de janeiro, um dia após a missa solene que marcou o início de sua gestão. Com o TJ-SP em recesso, seria de se esperar um início de trabalho marcado pela calma e o estudo da situação, mas o notívago desembargador — que, segundo colegas de tribunal, dorme apenas quatro horas por noite — já estava lotado de compromissos.

A primeira reunião do novo presidente com sua equipe durou mais do que o esperado, e apertou o início da entrevista, já que Nalini também receberia Oscar Vilhena, diretor da Direito GV, para fechar um acordo de colaboração. Retomada a entrevista, o presidente do TJ-SP voltou a explicar como pretende trabalhar até a véspera do Natal de 2015 quando, já com o sucessor eleito, se aposentará.

Leia a entrevista:

TSE tira poder do Ministério Público sobre crime eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tirou do Ministério Público (MP) o poder de pedir a instauração de inquéritos policiais para investigação de crimes nas eleições deste ano. A partir de agora, promotores e procuradores terão de pedir autorização à Justiça Eleitoral para abrir uma apuração de suspeita de caixa dois, compra de votos, abuso de poder econômico, difamação e várias outras práticas.

Até a eleição de 2012, o TSE tinha entendimento diferente. As resoluções anteriores que regulavam as eleições diziam: "o inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante requisição do Ministério Público ou da Justiça Eleitoral". Para o pleito de 2014, os ministros mudaram o texto: "O inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral". Ou seja, o Ministério Público foi excluído.

O relator da nova norma, ministro José Antonio Dias Toffoli, que irá assumir o comando da Corte em maio, afirma que o tribunal mudou o entendimento histórico por duas razões: processos que não tinham o aval inicial da Justiça estavam sendo anulados; outra razão, garantir maior transparência. "O Ministério Público terá que requerer à Justiça. O que não pode haver é uma investigação de gaveta, que ninguém sabe se existe ou não existe. Qualquer investigação, para se iniciar, tem que ter autorização da Justiça", diz. "A polícia e o Ministério Público não podem agir de ofício." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agencia Estado

sábado, 11 de janeiro de 2014

Aplicativo criado por servidor auxilia nas audiências de conciliação

Aplicativo desenvolvido por um servidor da 2ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais de Itabuna, na Bahia, facilita o trabalho de funcionários e tem tornado mais céleres as audiências de conciliação na comarca. A ferramenta foi utilizada pela primeira vez na Semana Nacional da Conciliação deste ano, ocorrida no início do mês, em três varas de Itabuna, cidade do interior da Bahia. Só em uma das unidades, cerca de 400 audiências foram realizadas com a utilização da ferramenta.

O sistema, criado pelo técnico judiciário Bruno Calheira dos Santos, facilita a produção de atas das audiências de conciliação – documentos que formalizam o resultado das audiências e os acordos homologados. Nele já há espaços pré-definidos para o preenchimento de dados, como unidade, comarca, endereço, nome do juiz e do conciliador responsável pelas audiências, que precisam ser preenchidos apenas uma vez para aparecer automaticamente em todas as atas.

Além disso, traz modelos do documento para cada uma das possibilidades de resultado de uma audiência – acordo, desistência das partes, ausência de acordo, ausência das partes, entre outros -, permitindo que o usuário apenas complemente o texto da ata com o acordo formalizado e o nome das partes, ou faça qualquer outro tipo de edição.

“O aplicativo é intuitivo, de simples utilização, e torna muito mais rápida a digitalização dos termos das audiências, procedimento que costuma ser demorado. Além disso, as atas saem padronizadas e, com a facilidade, o conciliador pode dedicar mais tempo à negociação com as partes, diante do tempo que economiza na confecção do documento”, destaca o idealizador da ferramenta.

O sistema, intitulado Atum, como uma referência bem-humorada às atas das audiências, utiliza software livre e pode ser utilizado por qualquer vara ou conciliador do país. O preenchimento é fácil e dispensa capacitação. Além disso, a ferramenta é gratuita não exige cadastramento, basta acessar o link www.calheira.com/atum/ e seguir o passo a passo para a produção e impressão do documento.

O sistema já recebeu 116 acessos desde que foi criado, a maior parte da Bahia, mas também de outros estados, como Paraná, Mato Grosso, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe.

“A ideia é que a ferramenta ajude àqueles que trabalham com conciliação em qualquer parte do país, até mesmo para que esses usuários contribuam com a melhoria da ferramenta”, explica Calheira. Segundo ele, os usuários que tiverem alguma sugestão para aprimorar o sistema, podem entrar em contato com ele clicando sobre a logomarca Atum no canto superior esquerdo da ferramenta.

Semana da conciliação – Realizada anualmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com todos os tribunais do país, a Semana Nacional da Conciliação busca solucionar processos judiciais por meio de um acordo amigável entre as partes. Este ano, a mobilização foi realizada entre os dias 2 e 6 de dezembro. No período, foram realizadas mais de 376 mil audiências e cerca de 203 mil acordos foram homologados, colocando um ponto final nos processos judiciais. Veja os resultados. 
 
Fonte: Blog do Servidor Oseas 
 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Padaria entrega vídeos do circuito interno de segurança ao Tribunal de Justiça do RN

Local foi palco de discussão envolvendo desembargador, cliente e garçom  
Vídeos da discussão e do momento em que desembargador aborda garçom (acima) foram divulgados nas redes sociais. Aderson Silvino, presidente do TJ, irá apurar caso. Foto: Divulgação

O empresário Adelino Marinho, proprietário da padaria onde foi registrada no dia 29 de dezembro passado uma confusão entre o desembargador Dilermando Mota e um garçom do estabelecimento, foi notificado na tarde desta última quarta-feira (8) pelo Tribunal de Justiça para a entrega oficial dos vídeos do circuito interno de segurança, que registraram o incidente. “O oficial de Justiça chegou já no final da tarde, por cerca das 18h, para o recolhimento do material. Já queria entregar os vídeos e agora cabe à Justiça a condução da investigação”, disse Marinho.

Na última terça-feira (7), o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargador Aderson Silvino anunciou a instauração de uma investigação preliminar para apurar o incidente ocorrido. A investigação segue os termos do artigo 8º da Resolução nº 135/2011, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e será apurada se foi cometida falta ou infração funcional pelo desembargador. Cabe ao presidente do TJRN a condução da investigação e o procedimento poderá resultar em arquivamento, sindicância ou em processo administrativo disciplinar.

No final do ano passado, o desembargador Dilermando Mota e clientes do estabelecimento protagonizaram uma discussão acalorada. Um dos clientes, o empresário Alexandre Azevedo, teria se indignado com o tratamento dispensado pelo magistrado ao garçom da padaria e tomou a defesa do funcionário. De acordo com pessoas que estavam no local, o incidente começou quando o garçom teria entregue um copo descartável com pedras de gelo ao desembargador Dilermando Mota, que por sua vez, teria ‘maltratado’ o atendente com insultos, cena que causou a comoção de vários clientes.

O assunto tomou conta redes sociais e causou repercussão nacional. O garçom está de férias desde dia 02 deste mês, mas segundo o empresário Adelino Marinho, ele viajou e não está mantendo contato com a empresa e colegas de trabalho.

Sancionada a Lei que cria a GAE para os oficiais de Justiça do Pará

O Governador do Estado do Pará sancionou no dia 09 de janeiro a Lei 7.790 que alterou o inciso III e o § 7 do Art. 28 da Lei Estadual Nº 6.969/2007. Com a alteração legislativa ficou instituída a Gratificação de Atividade Externa exercida pelo Oficial de Justiça. A GAE foi um pleito do SINDOJUS-PA junto ao TJPA visando garantir melhores condições de trabalho ao Oficial de Justiça. Na mesma Lei o Art. 7 integrou aos vencimentos dos Oficiais de Justiça a gratificação de risco de vida, para todos os efeitos, garantindo, dessa forma a permanência da percepção dessa gratificação por volta da aposentadoria. Veja na íntegra o texto da Lei.

 Fonte: SINDOJUS/PA

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

CNJ realizará audiência pública sobre eficiência do 1º grau de jurisdição

DIAGNÓSTICO

Interessados em se manifestar durante a audiência têm até o dia 31 de janeiro para se inscrever

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizará, em fevereiro de 2014, a primeira audiência pública da sua história, com o intuito de coletar manifestações de órgãos públicos, autoridades, entidades da sociedade civil e especialistas sobre os temas eficiência da primeira instância e aperfeiçoamento legislativo voltado ao Poder Judiciário.

A audiência será divida em dois blocos temáticos, a serem realizados nos dias 17 e 18 de fevereiro.

O primeiro bloco será destinado à discussão sobre eficiência na Justiça de primeiro grau. Nesse bloco, serão debatidos os subtemas alocação equitativa de servidores, cargos em comissão e funções de confiança, orçamento e primeiro grau de jurisdição e gestão participativa.

O segundo bloco temático será dedicado ao debate sobre extinção ou redução da competência delegada, desjudicialização da execução fiscal e composição da justiça eleitoral.

A audiência pública será regulada pela Portaria nº 213, publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJe).

Inscrição

Os interessados em se manifestar na audiência devem se inscrever entre os dias 20 a 31 de janeiro pelo endereço eletrônico priorizacao.audiencia@cnj.jus.br , com indicação dos representantes e dos temas que pretendem abordar. De acordo com a Portaria 213, será garantida a participação equânime das diversas correntes de opiniões relativas ao tema da audiência pública. As regras para a participação estão no Ato de Convocação n. 1/2013.

Caberá ao presidente do CNJ ou ao conselheiro relator do procedimento, ainda de acordo com a portaria, a habilitação das pessoas ou entidades que serão ouvidas, a divulgação da lista dos habilitados, a determinação da ordem dos trabalhos e a fixação do tempo de que cada um disporá para se manifestar.

Fonte: Fenassojaf (com informações do CNJ)

CJF prioriza magistrados e faz descaso com servidores da JF

PASSIVOS

Conselho prioriza pagamento a juízes e deixa de lado passivo de servidores

Em dezembro, o coordenador geral da Fenajufe, Adilson Rodrigues, acompanhado pelo diretor do Sintrajufe/RS, Fagner Azeredo, esteve novamente no CJF (Conselho da Justiça Federal) para cobrar providências para o pagamento dos passivos ainda este ano. Eles foram recebidos pela secretária-geral, Eva Maria Ferreira Barros. Questionada sobre a possibilidade de busca de suplementação junto à Secretaria de Orçamento Federal (SOF), ela afirmou que o CJF está em negociação, mas que há sinalização de resposta negativa, ainda que ela não tenha sido dada concretamente. “A negociação com este governo não está sendo fácil”, afirmou.

Passados pouco mais de dois meses da publicação da Portaria Conjunta nº 4 dos conselhos sobre o reenquadramento, o CJF ainda não tomou nenhuma providência para cumpri-la. Limitou-se a fazer um oficio burocrático à SOF e não realizou outra ação efetiva para assegurar os recursos necessários para quitar a dívida com os seus servidores. Agora, próximo ao recesso, os servidores receberão um banho de água fria. Sequer houve uma resposta formal da SOF ao CJF, como tradicionalmente é feito.

Adilson insistiu na cobrança do pagamento dos passivos, inclusive apontando para possíveis sobras orçamentárias. Eva, então, disse que o CJF pagou a servidores, este ano, mais de R$ 46 milhões referentes a passivos, numa negociação muito difícil com o Executivo. No que foi prontamente rebatida pelo dirigente da Fenajufe, que salientou que aquilo que ela considera passivos, na verdade é considerado pelos servidores como direitos que deveriam ter sido pagos na folha do mês ou, no máximo, no mês subsequente, porque são decorrentes do RJU (Regime Jurídico Único), como auxílios transporte e natalidade, substituição de FCs e outros. Mas por excesso de burocracia e lentidão no processamento nos tribunais e no Conselho, vem sendo postergados excessivamente, ficando para passivos. Por exemplo, há um caso de servidor que pediu auxilio natalidade quando do nascimento de sua filha e só recebeu um ano e dois meses depois, quando a menina já estava andando e escalando os moveis da sala.

Com relação ao reenquadramento, a secretária-geral manifestou preocupação ao afirmar que não haverá possibilidade de quitação desse débito, que chega a R$ 110 milhões, segundo ela. Ainda respondendo a questão de possíveis sobras orçamentárias, Eva foi taxativa ao dizer que “o disponível do CJF está zerado”, com exceção dos valores com destinações específicas previstas em lei. Ela, então, chamou na sala o secretário de orçamento, Gustavo Bicalho Ferreira da Silva, que reafirmou a falta de sobras para pagar o passivo dos servidores, tendo inclusive acessado a página do SIAF (Sistema Integrado de Administração Financeira) na internet e tirado o extrato do CJF no sistema para comprovar o alegado. No extrato apresentado, consta somente verba para pagamento de passivos dos juízes (ATF, URV e PAE).

Prioridade para magistrados

Apesar de insistir na afirmação da grande dificuldade em conseguir recursos para o pagamento dos passivos devidos aos servidores, o CJF tem atuado intensamente para buscar verbas com o objetivo de direcioná-las prioritariamente aos magistrados. Prova disso é que o CJF obteve uma dotação suplementar de R$ 25 milhões para cobrir passivos referentes a auxílio-alimentação de servidores, conforme especificado na Lei 12.893, publicada em 16.12.2013, mas utilizou o montante em favor dos juízes.

Indagada sobre qual utilização o CJF faria desses recursos, a secretária-geral informou que, como não há passivo de auxílio-alimentação devido aos servidores, o órgão destinará esses valores para pagar apenas o retroativo do auxílio-alimentação devido aos juízes. É estranho que o CJF tenha feito esse tipo de solicitação, mesmo sabendo que não havia passivo de auxílio-alimentação pendente com os servidores. Mais estranho ainda é os valores terem sido destinados somente a passivo de juízes.

Descaso com servidores

A secretária-geral do CSJT destacou que é possível que os TRFs tenham sobras orçamentárias e que os possíveis valores teriam destinação decidida única e exclusivamente pelas direções dos respectivos tribunais. Portanto, cada sindicato deve pressionar o TRF de sua base para utilizar as possíveis sobras no pagamento dos passivos. Referindo-se ainda a essa questão, a secretária-geral fez uma afirmação que demonstra uma possível falta de organização e descompromisso com os servidores por parte de alguns tribunais: “às vezes tem até dinheiro e não tem como pagar porque não foram feitas as devidas portarias”.

“Lamentamos que a administração do CJF tenha atuado prioritariamente apenas para buscar recursos para pagamento de passivos devidos aos magistrados, que além dos valores significativos, que estão recebendo a titulo de URV, ATS e PAE, receberão pequenas fortunas com o pagamento do retroativo de auxilio alimentação”, disse Adilson Rodrigues.

Só Felix Fischer não recebeu a Fenajufe

Eva Maria Ferreira Barros foi muito questionada sobre a forma como o CJF vem tratando as questões relativas aos servidores, sobretudo o fato de o ministro Felix Fischer ser o único presidente de Conselho do Judiciário a não ter recebido os representantes da Fenajufe este ano para tratar da pauta emergencial de reivindicações apresentada há quase seis meses. Além disso, ele não tem demonstrado o mínimo esforço para atender as demandas da categoria, nem sequer no sentido de buscar recursos para pagamento dos passivos devidos aos servidores.

“Eu sei que vocês estão ressentidos porque o ministro ainda não recebeu a Fenajufe”, disse Eva, garantindo que vai levar o descontentamento da Federação ao presidente do CJF e tentar agendar uma audiência para o dia 10 de fevereiro de 2014.

Ao final da reunião, Adilson pediu à secretária-geral do CJF um esforço para realizar diligência até a última hora junto à SOF para conseguir a verba para o pagamento dos passivos dos servidores. Ele reforçou também na necessidade de marcação de audiência com o presidente Felix Fischer.

Fonte: Fenajufe

CASCAVEL/PR: Falso oficial de justiça rouba veículos com mandados fictícios

Em 2013, três casos semelhantes foram registrados em Cascavel 
Um estelionatário se passou por Oficial de Justiça, e com um mandado de busca e apreensão falso, da comarca de Cascavel, tentou levar um veículo financiado.

O golpista afirma para as vítimas que precisa recuperar o carro com débitos e desaparece. Desta vez, a dona do veículo desconfiou e não entregou o bem.

O caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil (15ª SDP) que agora investiga o golpe.

No ano passado três casos semelhantes foram registrados na cidade. O delegado alerta para que as pessoas fiquem atentas e que quando abordadas, se desconfiarem de algo, dirijam-se rapidamente à Delegacia mais próxima ou entrem em contato com o Fórum. 
Fonte: Catve.tv

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