sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Justiça na era digital: a tecnologia como personagem processual

Foto: Divulgação
Rui Barbosa, célebre jurista brasileiro, outrora dizia: “a justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta”. Era uma época em que os processos eram de papéis, com petições escritas à mão, às vezes, na máquina de escrever, com inúmeros volumes que se acumulavam em poucos fóruns espalhados pelo Brasil.

O tempo passou, o acesso à justiça se expandiu, o Poder Judiciário melhorou, entramos na era digital. Mas, a frase de Rui Barbosa ainda faz sentido. Dentre os problemas que afligem o sistema jurídico brasileiro, a morosidade dos processos vai contra o que prevê a Constituição, no artigo 5º, ou seja, um processo célere e de prazo razoável.

Os advogados, em especial, são diariamente questionados por seus clientes quanto à duração do processo. Perguntas como “Quanto tempo demora?” e “A audiência vai ser marcada para quando?” ou “Quando vou receber?” são costumeiras nos escritórios. Assim como a resposta: a justiça, infelizmente, caminha a passos lentos.

Contudo, ainda que a passos lentos, o Judiciário vem se utilizando de um instrumento que revolucionou as relações pessoais, negociais, contratuais e, agora, jurídicas e processuais: a tecnologia.

É certo: vivemos no mundo digital. Bilhões de e-mails são disparados todos os dias, informações circulam com uma velocidade impressionante, transações financeiras milionárias são realizadas por simples aplicativos nos smartphones. Basta um clique para saber sobre acontecimentos do outro lado do mundo. Com alguns toques já se sabe se aquele amigo que você não vê há anos ainda mora no mesmo lugar, com quem está saindo, se viajou, onde trabalha, onde estuda. As relações sociais e as informações não caminham, elas voam!

Se vivemos em um mundo tão célere, onde as transações bancárias e a assinatura de contratos por meio eletrônico são tão comuns (o mundo empresarial que o diga!), parece difícil acreditar que no universo jurídico ainda falemos em carta registrada, transporte de presos entre estados para prestar um depoimento, ofícios em papéis, cartas precatórias, dentre muitos outros atos que fazem jus ao termo “diligência”, famosa carruagem do século passado.

Em que pese os processos já serem eletrônicos, seus atos e comandos ainda carecem de uso de formas mais eficazes e que encontram, na tecnologia, um meio para isso.

Estudiosos acreditam que vencer o chamado “tempo morto” dos procedimentos traria celeridade ao processo. Considera-se “tempo morto” a fase em que o processo fica parado no cartório, aguardando rotinas ordinatórias. Não é difícil que uma simples comunicação processual por carta leve meses, principalmente se em outro estado da federação. A efetividade também não é de melhor sorte. A quantidade de atos desnecessários praticados nos processos, consumindo tempo e recursos de partes, advogados, juízes e de todos os que atuam no processo, é algo lamentável.

Por isso que a tecnologia é tão bem-vinda! E ela já é uma realidade nas comarcas. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), inclusive, já aprova a utilização do aplicativo WhatsApp como forma de intimação e comunicação de partes desde junho de 2017. Substituir a morosa carta rogatória por um simples e-mail para citação de alguém no estrangeiro também tem sido aceito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) como ato válido. O próprio Judiciário vem se valendo de mecanismos de comunicação eletrônica para facilitar o encaminhamento de ofícios entre seus servidores (no Paraná, o Tribunal instalou um sistema interno, chamado Mensageiro, que torna desnecessário o envio de ofícios e gera celeridade).

A Justiça do Trabalho, de longe a mais vanguardista, já vem, inclusive, firmando acordos e realizando audiências se valendo dos mais diversos instrumentos tecnológicos (Skype, Hangouts, WhatsApp e, até mesmo, o Facebook). Tecnologia e processo do trabalho estão cada vez mais entrosados e todos acabam ganhando: partes, advogados, juízes e até mesmo o Estado, que reduz gastos e números de processos parados.

As audiências também ganham com o uso da tecnologia. Trata-se de um ato extremamente formal, seja em qual processo for, e que precisa de inúmeras diligências por parte de todos os envolvidos para ser realizada de forma válida. Logo, as chances de algo não sair conforme previsto em lei são as altas, tornando o ato, muitas vezes, ineficaz. Uma simples audiência de conciliação pode ser reagendada para muitos meses à frente, postergando ainda mais o fim do processo, apenas em razão de uma das partes não poder comparecer.

Ciente disso, os tribunais, como o do Paraná, vêm implantados mecanismos para realização de audiências por videoconferência, tornando-as menos custosas e impedindo a postergação por meses a fio. O Código de Processo Civil (CPC), por exemplo, coloca o e-mail das partes e do advogado como requisito da petição inicial. O Poder Judiciário, aos poucos, vai ingressando na era digital.

Contudo, é sempre bom lembrar que celeridade e pressa não se confundem. A aceitação destes instrumentos e sua utilização é uma novidade benéfica a todo sistema jurídico brasileiro, mas é função de todos os envolvidos saber utilizá-los e, principalmente, cabe aos juízes impedir que a utilização indiscriminada supere o devido processo legal.

A tecnologia deve vir para somar e, ainda que vivamos na era dos computadores, princípios antigos como da boa-fé e da lealdade processual, do zelo pelo bom andamento do processo, da cooperação para a célere resolução do feito (artigo 6º do CPC) e do dever de cautela devem sempre ser homenageados, sejam nas folhas de papéis, sejam nos megabytes.

Renan De Quintal é advogado no escritório Batistute e membro da comissão de direito da família e sucessões da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), pela subseção de Londrina.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

1º Congresso Nacional de Oficiais de Justiça conta com representantes de várias regiões do Brasil

I CONOJUS teve início hoje (02) e termina amanhã (03/08) em Vitória - ES

O primeiro Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça – I CONOJUS, iniciou hoje, dia 2, na cidade de Vitória, no Espírito Santo, com a presença de representantes de Sindicatos de Oficiais de Justiça de todo Brasil. Realizado pela Federação das Entidades Sindicais dos Oficiais de Justiça do Brasil – Fesojus, o evento pretende, em dois dias de palestras e debates, discutir os principais problemas da categoria em âmbito nacional.

Segundo o presidente da Fesojus, João Batista Fernandes, neste primeiro dia de debates, o evento superou todas expectativas, sendo considerado um sucesso total, com a interação entre colegas de vários Estados do Brasil. Ele explica que a ideia é realizar anualmente o CONOJUS em diferentes Estados e Regiões do Brasil, levando conhecimento e atualização jurídica aos oficiais de justiça de todo o País. “Com este evento, queremos garantir que todos tenham voz e possam ter o apoio de nossa entidade”, esclarece.

Fernandes informa que ao fim do I CONOJUS será formatada uma carta que disporá sobre as diretrizes que a Fesojus deverá seguir até o próximo evento, assim como anúncio da próxima cidade que sediará sua segunda edição. Ele ressalta que o foco da Federação, não só com este congresso, mas com todas as ações da entidade, é a conquista da tão sonhada unificação de todas as entidades sindicais em uma, a FESOJUS.

Fonte: Fesojus

Oficiais de Justiça de Goiânia comandam cumprimento de ordens judiciais através de central de sistemas eletrônicos

Corregedor-geral, diretora do Foro de Goiânia e juiz auxiliar da Corregedoria acompanham trabalhos da Cenopes

Dar celeridade ao trâmite processual na primeira instância, otimizando, assim, os serviços da área-fim e combatendo a morosidade, além de desburocratizar os procedimentos de trabalho e aplicar novas técnicas de gestão. Com essa proposta a Central de Operacionalização dos Sistemas Conveniados (Cenopes), desenvolvida pela Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás e que abrange todos os sistemas conveniados de informação/constrição judicial utilizados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), foi acompanhada de perto na manhã desta quarta-feira (1º) pelo corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Walter Carlos Lemes, e pelos juízes Maria do Socorro de Sousa Afonso da Silva, diretora do Foro de Goiânia, e Cláudio Henrique Araújo de Castro, auxiliar da Corregedoria. 

Desde o início deste mês, a Cenopes está funcionando no Fórum Cível de Goiânia com a atuação de 11 oficiais de Justiça. E hoje, o corregedor-geral e os dois magistrados fizeram uma breve exposição para os veículos de comunicação presentes explicando a importância da Cenopes para toda a sociedade, já que, com esse novo recurso, os processos no primeiro grau serão agilizados e os gabinetes e escrivanias não precisarão mais dispender tempo pesquisando sobre informações relativas a esses sistemas. “É preciso encontrar alternativas eficientes de gestão para atacar as causas da morosidade e garantir a população uma prestação jurisdicional célere, digna, humana e moderna. A Cenopes é uma demonstração clara da nossa preocupação em prestar um melhor atendimento ao cidadão e desafogar a Justiça, hoje abarrotada de processos e com número deficiente de servidores”, evidenciou o corregedor-geral.

Como a Central funciona hoje em caráter experimental, a diretora do Foro de Goiânia disse que a expectativa de satisfação é grande com o auxílio dessa força de trabalho, que contribuirá para aliviar os gabinetes e as escrivanias. “Existe uma grande gama de sistemas conveniados e hoje nossa realidade é de uma demanda descomunal. A Central vem em boa hora e tenho convicção de que dará maior celeridade às ações na primeira instância, beneficiando os jurisdicionados e servidores”, acentuou.

A implantação da Cenopes, segundo expôs o juiz Cláudio de Castro, é um passo muito importante para o Judiciário e para toda a sociedade, uma vez que dará cumprimento a tarefas de cunho administrativo atualmente executadas pelos servidores dos gabinetes e das escrivanias judiciais. “Com a Central, a otimização dos serviços judiciais se torna uma realidade e com o crescimento vertiginoso das demandas no Judiciário aliado à falta de servidores perde-se muito tempo para a realização de pesquisas a esses sistemas nos gabinetes e escrivanias. No fim das contas, tudo isso deságua no jurisdicionado, que será o maior beneficiado e a quem temos o dever de atender de forma célere e eficiente”, ressaltou.

Ao se reunir com a equipe do Cenopes, o juiz Cláudio Castro agradeceu o empenho de todos e fez uma menção honrosa à sua assessora na 12ª Vara Cível de Goiânia, Talita Alves Pinto, que treinou os oficiais de Justiça para que pudessem exercer a função na Central. “É em razão de servidores dedicados como a minha assessora que o Tribunal de Justiça de Goiás tem conseguido alcançar resultados tão significativos no cenário nacional. Deixo aqui externado o meu reconhecimento a essa valorosa servidora”, enalteceu.

Por sua vez, Talita Pinto, que trabalha com o magistrado há seis anos, explicou a enorme responsabilidade em treinar os oficiais de Justiça para o atendimento na Cenopes, já que a prática funciona diferente da teoria. “Passamos um dia inteiro preparando esses profissionais para desempenharem as atividades da melhor forma possível. No início, muitos tinham dúvidas, que foram sendo esclarecidas no decorrer dos dias, com a ambientalização do sistema, os primeiros acessos e os retornos das buscas. Hoje, a Cenopes opera perfeitamente e os oficiais estão totalmente adaptados”, comemorou.

Sobre a Cenopes

A Cenopes, de iniciativa da CGJGO, foi criada por meio do Provimento nº 19, de 8 de junho de 2018, que regulamenta ainda a cobrança dos atos praticados mediante a utilização dos sistemas com a finalidade de combater a morosidade na primeira instância e aplicação de métodos eficientes de gestão às atividades-fim do serviço judiciário.

Fazem parte do rol de sistemas conveniados o Sistema Financeiro Nacional (Bacenjud), Restrições Judiciais sobre Veículos Automotores (Renajud), Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Infoseg), Sistema de Informações Criminais (SINIC) , Sistemas de Informações ao Poder Judiciário (Infojud), Sistema de Informações do Serasa Experian, Sistema de Assistência Judiciária Gratuita (AJG), Central Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNBI) e Central de Registro Civil de Pessoas Naturais (CRC JUD).

Conforme dispõe o provimento, a utilização da Central não é obrigatória e cabe, portanto, ao magistrado, optar por enviar ou não a ela ordem de constrição, de comunicação ou busca de informação. Tendo em vista que as tarefas executadas pela Cenopes são vinculadas a ordem judicial, caberá ao magistrado titular ou respondente pela unidade judiciária (vara ou juizado) de onde proveio a ordem habilitar os oficiais de justiça lotados na Central em cada sistema conveniado.

Segundo estabelece o documento, os oficiais de Justiça lotados na Cenopes, em cumprimento à determinação judicial, comandarão os sistemas conveniados e, de posse dos resultados das diligências, levarão certidão positiva ou negativa, no que concerne à ordem de informação ou de busca, bem como auto de penhora ou arresto, quando se tratar de ato constritivo. (Texto: Myrelle Motta - assessora de imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás/Fotos: Aline Caetano - Centro de Comunicação Social do TJGO)

InfoJus BRASIL: Com informações do TJGO

OFICIAL DE JUSTIÇA: Perigo e prejuízo no exercício da função

O oficial de justiça Manoel Antenor Gonçalves Júnior, que atua na comarca de Paripiranga/BA, a 345,9 km de Salvador, não imaginou que encerraria o mês de julho amargando uma baita dor de cabeça. 

Em uma corriqueira, mas sempre penosa diligência pelas estreitas estradas de terra do Povoado Umburana, município de Adustina/BA, mais ou menos umas 10:30, Manoel foi surpreendido por uma moto pilotada por um menor que bateu de frente com seu carro. 


Passado o susto, e felizmente sem feridos, restou constatar o prejuízo que terá de assumir integralmente pois, a categoria dos oficiais de justiça talvez seja a única em que carros oficiais não são empregados. Ficando tão-somente este servidor encarregado por uma prestação jurisdicional célere à sociedade que recorre a Justiça. 

Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia, este servidor é única e exclusivamente responsável em por colocar seu veículo particular à disposição. Em contrapartida apenas 16% do que é pago na Tabela de Custas oficial como Atos Praticados pelo Oficial de Justiça é efetivamente direcionado para a diligência através de indenização de transporte. 


Surge então a indagação: Nos casos de acidente automobilístico envolvendo profissional que utiliza veículo próprio em atividade laboral, os custos de reparação devem ser arcados pelo profissional ou empresa? Caso o profissional entrasse com ação judicial contra a empresa, como um juiz sentenciaria? Será que a decisão valeria no caso da relação OJA/TJBA? 

Do outro lado da balança, são comuns e de periodicidade religiosa, as licitações abertas pelo Tribunal para aquisição e renovação da frota de 80 carros de luxo. 

Não apenas para sua mesa diretora, como fora estabelecido na gestão do ex-presidente Eserval Rocha, mas nunca cumprido.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Presidente da Fojebra visita sede da Associação dos Oficiais de Justiça do Rio de Janeiro

O Presidente da Federação Sindical dos Oficiais de Justiça do Brasil (Fojebra), Edvaldo Lima, visitou nesta quarta-feira (01/08), a Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado do Rio de Janeiro (Aoja). Na visita o presidente da Aoja, Rui Martins, apresentou a sede administrativa da entidade e os projetos desenvolvidos em prol dos oficiais de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 

Lima colocou a Fojebra à disposição da Aoja e na oportunidade convidou os colegas do Rio de Janeiro a participarem do Encontro Estadual de Oficiais de Justiça de Pernambuco que ocorrerá nos dias 16 e 18 de novembro deste ano. O evento é promovido pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça de Pernambuco (Sindojus-PE) com apoio da Fojebra.

História da Aoja/RJ

A Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado do Rio de Janeiro (AOJA/RJ) é a entidade de classe mais antiga do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, foi fundada em 28 de março de 1956, a partir de uma reunião preparatória que contou com a presença de 25 Oficiais de Justiça. Teve como primeira denominação Associação dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal – AOJDF.

Após a fundação e eleita a primeira diretoria a AOJA/RJ iniciou seu histórico de lutas e conquistas. O próprio nascimento da Associação sobreveio de uma revolta gerada na classe quando um corregedor da época classificou os Oficiais de Justiça de “praga do Tribunal de Justiça” alegando que na época a classe era dominada por ciganos. Esta declaração preconceituosa fez com que a classe se unisse e se organizasse fazendo nascer a Associação. Quanto aos ciganos, primeiros oficiais de justiça na época do Império, cujos descendentes foram o alvo da estapafúrdia declaração do antigo corregedor, nos conta o ex-presidente Wilson Pereira de Morais em entrevista ao jornal “A Contrafé” em janeiro de 1996. “A origem dos ciganos na justiça se deu com a chegada da Família Real no Rio de Janeiro quando o primeiro despejo em massa foi feito por ciganos. Era uma missão tão antipática que só os ciganos fizeram e, na época, ganharam um bom dinheiro. Então, os ciganos tinham aquele espírito de ganhar, porque antigamente não havia salário, somente as custas judiciais. Nós batalhávamos sempre para que o oficial de justiça não tivessem as custas como esmola, mas sim um salário digno de sua função”. Nesta entrevista Wilson ressalta ainda o advento da primeira mulher oficial de justiça, a colega Isabel em 1959.

A Associação teve ainda as denominações de Associação dos Oficiais de Justiça do Estado da Guanabara, Associação dos Oficiais de Justiça do Rio de Janeiro – AOJUTERJ, até chegar a denominação atual de Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado do Rio de Janeiro - AOJA/RJ, em 1985.

Leia mais:


Fonte: InfoJus BRASIL

Penhora eletrônica no processo do trabalho é questionada no STF

Foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) norma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que prevê a utilização, no processo do trabalho, de dispositivos do Código de Processo Civil (CPC) de 2015 que regulamentam a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira (por meio do sistema BacenJud). A matéria é tema da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5974, ajuizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Conforme a ação, o artigo 3º, inciso XIX, da Instrução Normativa (IN) 39/2016 do TST determina a aplicação da sistemática do artigo 854 do CPC/2015 ao processo do trabalho, autorizando o juiz do Trabalho, a requerimento da parte interessada, a determinar às instituições financeiras o bloqueio de ativos financeiros existentes em nome do devedor. Para a confederação, ao editar a norma, o TST violou o princípio da legalidade, uma vez que Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ao dispor sobre atos de constrição patrimonial nas demandas trabalhistas, não prevê a possibilidade de bloqueio de contas do executado.

“Não cabe ao TST, por meio de instrução normativa editada por resolução, extrapolar os limites legais”, sustenta a CNT. A entidade alega também invasão da competência privativa da União para legislar sobre direito processual, bem como transgressão à garantia do direito à propriedade privada, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.

A CNT ressalta que, sem autorização legal, a IN 39/2016 confere à Justiça do Trabalho o poder indiscriminado de bloquear, unilateralmente, os bens do executado por débitos trabalhistas.

Pedidos

A autora da ADI pede a concessão de medida cautelar para suspender os efeitos do artigo 3º, inciso XIX, da IN 39/2016 do TST, editada pela Resolução 203/2016. No mérito, requer a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo questionado. O ministro Ricardo Lewandowski é o relator da ação.

Fonte: STF

terça-feira, 31 de julho de 2018

I CONOJUS: Confira a programação do evento que acontece nos dias 2 e 3 de agosto, em Vitória

PROGRAMAÇÃO DO I CONOJUS

VITÓRIA – ESPÍRITO SANTO
AGOSTO – 2018


TEMA DO EVENTO
“AS PERSPECTIVAS DA CARREIRA DO OFICIAL DE JUSTIÇA FRENTE A VIRTUALIZAÇÃO PROCESSUAL”

02 de Agosto de 2018
Quinta-Feira

11:30 – PREVISÃO DE INÍCIO DO CREDENCIAMENTO

11:30 Início do credenciamento
13:50 Encerramento do credenciamento

14:00 – PREVISÃO DE INÍCIO DO EVENTO

14:00 Solenidade de abertura oficial
14:15 Formação da mesa de abertura com as autoridades convidadas e os representantes dos sindicatos presentes

14:40 – PREVISÃO DE INÍCIO DAS PALESTRAS

14:40 Tema da Palestra: A reforma sindical e os desafios futuros
Palestrante: Antônio Neto – Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB
15:20 Tema da Palestra: A cultura autocompositiva e seus efeitos na formação continuada do Oficial de Justiça e os Juizados Especiais Itinerantes da Justiça mato grossense
Palestrante: Celso Victoriano – Oficial de Justiça do TJMT

16:00 – INTERVALO PARA COFFEE BREAK OFERECIDO PELA FESOJUS

16:30 – PREVISÃO DE REINÍCIO DAS PALESTRAS

16:30 Tema da Palestra: Os desafios nacionais da categoria dos Oficiais de Justiça
Palestrante: João Batista – Presidente da Fesojus

17:30 – PREVISÃO DE SORTEIOS

17:30 Sorteios de brindes (apenas para os congressistas presentes)
18:00 Encerramento do primeiro dia

03 de Agosto de 2018
Sexta-Feira

09:30 – PREVISÃO DE INÍCIO DAS PALESTRAS

09:30 Tema da Palestra: A busca de novas atribuições para o cargo de Oficial de Justiça face a virtualização processual
Palestrante: Kheyder Loyola – Procurador do Município de São Paulo
10:10 Tema da Palestra: Os modelos de cooperativismo no Brasil e suas possibilidades para a categoria dos Oficiais de Justiça
Palestrante: Carlos André – Superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB
10:50 Tema da Palestra: A possibilidade de conciliação pelo Oficial de Justiça inserida no novo Código de Processo Civil
Palestrante: Williams Master – Oficial de Justiça do TJES

11:30 – PREVISÃO DE SORTEIOS

11:30 Sorteios de brindes (apenas para os congressistas presentes)

12:00 – INTERVALO PARA ALMOÇO

14:00 – PREVISÃO DE REINÍCIO DAS PALESTRAS

14:00 Tema da Palestra: A atuação do Oficial de Justiça nos processos penais
Palestrante: Wiliam Silva – Desembargador do TJES
14:40 Tema da Palestra – O processo virtual e os Oficiais de Justiça
Palestrante: Fernando Zardini – Desembargador do TJES
15:20 Tema da Palestra: As formas de financiamento das Entidades sindicais na recente reforma trabalhista
Palestrante: Gérson Marques – Procurador do MPT
16:00 Tema da palestra: A possibilidade de padronização dos atos dos Oficiais de Justiça pelo CNJ e novas atribuições face a virtualização da justiça
Palestrante: Valdetário Andrade – Conselheiro do CNJ

16:40 – PREVISÃO DE SORTEIOS

16:40 Sorteios de brindes (apenas para os congressistas presentes)

17:00 – PREVISÃO DE ENCERRAMENTO DO EVENTO

17:00 Encerramento do evento com a leitura da carta do congresso que disporá sobre as diretrizes que a Fesojus deverá seguir até o próximo evento, escolha e/ou anúncio da próxima cidade que sediará o II CONOJUS e a integração final com os Oficiais de Justiça oriundos de outros Estados e os Oficiais do Espírito Santo.

EMISSÃO DE CERTIFICADOS

OBS: Quanto ao certificado de participação no evento, o mesmo será de 12h/aula e será emitido e enviado via e-mail pela Fesojus apenas para os inscritos que tiverem registrado o mínimo de 75% de presença.

PROGRAMAÇÃO SOCIAL

A festa de encerramento do CONOJUS e o congraçamento dos Oficiais de Justiça de todo o País ocorrerá no CARANGUEJO DO ASSIS que fica na Av. da Praia, 290, Praia de Itaparica, Vila Velha, a partir das 21h.

ATENÇÃO: O CHOPP E O GRUPO DE FORRÓ SERÁ UMA CORTESIA DO SINDIOFICIAIS-ES.

Fonte: Fesojus (www.fesojus.org.br)

Assojaf/CE se reúne com relator do PLP que concede aposentadoria especial para os oficiais de Justiça

A presidente da Assojaf/CE Kelma Lara Costa Rabelo Lima e o tesoureiro da Associação Carlos Antônio Moreira dos Santos estiveram, nesta segunda-feira (30), com o deputado Cabo Sabino (Avante/CE).

O objetivo do encontro, que contou com a presença da vice-coordenadora da Região Nordeste II da Fenassojaf, Claudionora Pires dos Santos, foi tratar do PLP 330/2006, que trata da concessão da aposentadoria especial para servidores públicos em atividade de risco, dentre eles, os Oficiais de Justiça.

No dia 18 de maio, o deputado Cabo Sabino foi designado relator do projeto na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara.

Na reunião com os Oficiais de Justiça, o parlamentar disse ser favorável à concessão da aposentadoria especial para o oficialato e explicou que apresentará um novo substitutivo com parecer pela aprovação da matéria.

Cabo Sabino também afirmou que solicitará a inclusão do PLP 330/2006 na pauta de votações mas, disse acreditar que a análise da concessão da aposentadoria especial deve ser adiada diante da retomada das discussões sobre a Reforma da Previdência que, segundo ele, poderá ocorrer logo após às eleições de outubro.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

sábado, 28 de julho de 2018

Gerente de banco se recusa a receber mandado de desbloqueio de valor da Dolly

Oficial de Justiça deu o banco por intimado para todos os efeitos.

Uma gerente do Banco Safra se recusou a receber a intimação em que a Justiça determina o desbloqueio das contas da Dolly. O oficial que cumpriu o mandado informou, por meio de certidão, que esteve na sede da instituição financeira, na Avenida Paulista, em São Paulo, por volta de meio-dia desta sexta-feira (27/7), mas que a representante do banco se negou a receber o documento.

Como não conseguiu entregar o mandado, o oficial de Justiça descreveu, na certidão, a gerente em questão e informou ter intimado, então, Salim Jorge Curiati, responsável pela área de desbloqueio do Safra.

A empresa está em recuperação judicial e o juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, determinou, na terça-feira (24) a liberação de R$ 5,1 milhões. O valor foi indisponibilizado em junho, em uma ação por fraude fiscal que a companhia responde.

Sacramone, ao determinar o desbloqueio, entendeu que não há justificativa para manter o valor inacessível, uma vez que ele pode ser usado para pagar dívidas da empresa. O bloqueio poderia gerar a falência da Dettal, proprietária da Dolly, que está em recuperação judicial. O pedido de desbloqueio foi feito pelo advogado Marçal Alves de Melo.

Ao expedir o mandado de desbloqueio do valor suficiente para quitar essas dívidas, o juiz determinou o pagamento de multa diária de R$ 50 mil caso a decisão não fosse cumprida em até 48 horas.

O magistrado ressaltou ainda que, de acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a competência para decretar medidas constritivas é do juízo onde ocorre a recuperação judicial. Mas a juíza federal ainda não se declarou incompetente para decidir no caso e não libera a verba, que a Dettal diz ser fundamental para retomar suas atividades.

Clique aqui e aqui para ler o mandado e a certidão.

Processo 1064813-83.2018.8.26.0100

InfoJus BRASIL: Com informações da Revista Consultor Jurídico

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Prefeito de Recife veta livre parada e estacionamento para oficiais de Justiça em serviço e prejudica prestação jurisdicional

Geraldo Júlio (PSB). Foto internet
Sem alarde, o prefeito Geraldo Júlio (PSB) vetou integralmente projeto de lei do vereador Jayme Asfora (PROS), sobre a concessão de gratuidade em todos os estacionamentos públicos e privados da cidade, para os oficiais de Justiça, quando estiverem trabalhando.

Segundo as razões de veto, assinadas pelo próprio prefeito, o vereador estava se intrometendo nas prerrogativas do Poder Executivo em cuidar do ordenamento urbano.

“Cabe ao Poder Executivo planejar, operar e regulamentar o trânsito. A interferência do Poder Legislativo é indevida”, assinou Geraldo Júlio, no veto.

O prefeito alegou razões jurídicas para vetar o projeto, mesmo sendo Jayme Asfora advogado e procurador concursado do Estado.

O veto, com razões públicas contundentes, já está sendo visto, nos bastidores, como resultado do vereador Jayme estar liado ao PROS. Nesta semana, o partido já declarou oficialmente que irá apoiar Marília Arraes (PT) para o governo do Estado.

Jayme chegou a ser secretário de Juventude do próprio Geraldo Júlio, na Prefeitura do Recife. Por coincidência, Jayme sucedeu Marília Arraes, que também foi secretária de Geraldo.

Agora, o partido de Jayme Asfora vai apoiar Marília Arraes, contra o PSB de Geraldo Julio.

Veja o projeto aprovado e o veto do Prefeito Geraldo Júlio (PSB/PB):


Veja as supostas razões para o veto:


InfoJus BRASIL: Com informações do Blog do Jamildo

Postagens populares