quinta-feira, 5 de março de 2020

Oficiais de Justiça de Maceió cumpre mais de 100 mil ordens judiciais em 2019

A Central de Mandados da Capital alagoana cumpriu, em 2019, mais de 100 mil ordens judiciais. De acordo com o relatório extraído do Sistema de Automação da Justiça (SAJ) e apresentado à Corregedoria Geral da Justiça de Alagoas (CGJ/AL), a média mensal de mandados cumpridos é de 8.500, com um índice de 99,2% de eficiência e taxa de 0,8% de mandados vencidos. Atualmente, o setor é supervisionado pela juíza Maria Valéria Lins Calheiros e conta com 105 oficiais de justiça.

Segundo Gustavo Macedo, coordenador da Central de Mandados da Capital, com a modernização do judiciário e o desenvolvimento institucional da defensoria pública, bem como o crescimento populacional, o número de processos aumentou significativamente.

“A automatização trazida pela tecnologia acelerou, em geral, os trâmites processuais e por consequência a expedição de mandados cresceu exponencialmente. Com isso exigiu-se destes profissionais maior dedicação para atendimento da demanda, especialmente na busca da consecução jurisdicional”, comentou Gustavo.

Dentre as atribuições dos oficiais de justiça incluem-se a realização de despejos, reintegrações de posse, busca e apreensão de bens e de pessoas, conduções coercitivas, afastamentos de agressores do lar conjugal, prisões, constatações, penhoras, arrestos, avaliações de bens, além de mandados de comunicação (citações, notificações e intimações).

De acordo com a equipe, o número de oficiais de justiça ainda não é o suficiente, mas todos têm se esforçado para dar cumprimento às demandas existentes. O oficial de justiça Alexandre Aquino afirma que a otimização dos serviços veio com a criação da Central de Mandados. “Dá para suprir o maior número de cumprimento de mandados em uma determinada área. A rapidez que é dada ao cumprimento de prazos e a normatização da Corregedoria regimentando todos os prazos facilita o nosso trabalho”, disse.

Antes da criação do setor, em 2006, os oficiais eram lotados nas próprias unidades judiciárias e precisavam fazer o cumprimento da demanda em diversos lugares da cidade, sem limite territorial e com disparidade na quantidade distribuída, o que resultava em acervos acumulados em várias unidades do Poder Judiciário. Com a Central, os oficiais foram lotados em 14 zoneamentos que delimitam a região onde cada integrante deve diligenciar, acarretando em maior celeridade no cumprimento dos mandados.

“Os resultados apresentados nos deixam bastante felizes e, ao mesmo tempo, agradecidos ao apoio irrestrito da Corregedoria Geral da Justiça e dos colegas Oficiais de Justiça que desempenharam um serviço de excelência na concretização das ordens judiciais, sobretudo, de modo célere, eficaz e com respeito à atividade pública”, explicou o coordenador Gustavo.

Diferente do que muitos pensam, o ato de comunicação não é apenas a entrega de um documento, visto que o jurisdicionado, em sua maioria, é formado por pessoas que não conhecem o Judiciário e estão cheias de perguntas, sendo essencial que os oficiais tenham informações de como funciona a Justiça.

“Nós somos a ponta de lança que chega primeiro na casa do jurisdicionado. Somos a cara do Poder Judiciário nas ruas e é obrigação nossa esclarecer essas dúvidas. De certa forma, não há isso no quadro de atribuições, mas é essencial para os jurisdicionados e sociedade em geral”, comentou o coordenador.

Fonte: Sindojus-AL

RS: Plano de Carreira é prioridade da Abojeris

Totalmente empenhada na participação efetiva da construção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores da Justiça gaúcha, a ABOJERIS tem executado uma série de ações a fim de embasar os estudos referentes ao tema.

Inicialmente, foi criada a Comissão Permanente de Estudos do Plano de Carreira, formada por Oficiais de Justiça voluntários, que se dispuseram a ajudar na coleta de sugestões, vindas das mais diversas comarcas do Estado, sua análise e seu aproveitamento. A Comissão é formada pelos colegas Allan Reis, Augusto Alves, Bruce Medeiros, Caroline Argenti, Cerise Gomes, Clarisse Zanella, Eduardo Dada, Fernando Ribeiro Júnior, Luiz Henrique Rodrigues Cardoso, Marli Couto, Paula Czarnobay, Charles Machado da Silveira, Rogério Cantarelli Vaz e Dimitri Beppler. A comissão, que se reúne em média semanalmente, teve seu último encontro no dia 28/02, quando ajudou na elaboração de documento inicial a ser entregue ao Tribunal de Justiça. Novas reuniões serão agendadas com o intuito de dar sequência ao trabalho.

Já no sábado, dia 29/02, a ABOJERIS participou, juntamente com o Sindjus e a ASJ, de rodada de estudos sobre o Plano de Carreira. As entidades afinaram a forma de trabalho, embasamento, estratégias e atuação perante a Comissão do Tribunal de Justiça. Além da atuação em parceria, as entidades ressaltaram a necessidade da participação democrática e igualitária de todos na construção de um Plano de Carreira que atenda as necessidades de todos os servidores da justiça.

Na segunda-feira, dia 02, a ABOJERIS protocolou junto à Comissão de Elaboração do Plano de Carreira, documento intitulado “Diretrizes Básicas do Plano de Carreira”. O documento reitera a importância do papel do Oficial de Justiça no Judiciário estadual, a necessidade de enquadramento e isonomia remuneratória dos atuais servidores, a manutenção do risco de vida na inatividade, sua incorporação ao subsídio, a reposição de perdas históricas da categoria, a criação de progressões e promoções na carreira, a vinculação do auxílio condução à URC e o pagamento de 100% da verba indenizatória nas substituições, bem como a criação da data base e prazo para revisão do Plano de Carreira.

Ainda na segunda-feira, a entidade reuniu-se com a Corregedoria-Geral de Justiça para requerer a resolução dos expedientes relativos ao auxílio-condução, com o envio dos resultados obtidos para a Comissão de Elaboração do Plano de Carreira.

Sugestões podem ser enviadas para o e-mail planodecarreira@abojeris.com.br

Veja em anexo, o documento completo.


Arquivos


Fonte: Abojeris

Sindojus-MG estreita laços com TJMG

O SINDOJUS/MG representado pelo Diretor Administrativo do Sindicato e Diretor Financeiro da FESOJUS, Eduardo Rocha, se fez presente na sessão solene de outorga, realizado dia 02/03/20, que concedeu o Título de Cidadão Honorário de Juiz de Fora ao desembargador e Presidente do TJMG, Nelson Missias.

Realizado no salão do Tribunal do Júri da comarca, nesse encontro tiveram diversas personalidades presentes como a Dra. Raquel Gomes Barbosa, diretora do Fórum Benjamin Colucci; Charlles Evangelista, Deputado Federal; Isauro Calais, Ex-Deputado Estadual; Noraldino Junior, Deputado Estadual; Luiz Otávio Fernandes Coelho (Pardal), Vereador; entre outras figuras importantes como os diversos desembargadores presentes.

Esse encontro foi uma excelente oportunidade para estreitarmos os laços com o Presidente. Com essa reaproximação, conseguimos conversar com o Dr. Nelson Missias e na oportunidade será agendada uma reunião para receber o SINDOJUS/MG no TJMG.

“O SINDOJUS/MG está sempre presente representando os Oficiais de Justiça do Estado. Estamos dando os passos corretos, no momento certo, para assim restabelecer contato com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. ” – Eduardo Rocha

Fonte: Sindojus-MG

Aojustra empossa nova diretoria plena com confraternização entre Oficiais de Justiça

A Aojustra realizou, na noite desta quarta-feira (04), a posse da nova diretoria plena da entidade. Além disso, a Associação de São Paulo promoveu uma confraternização que reuniu Oficiais de Justiça do TRT da 2ª Região.

A diretoria empossada foi referendada em assembleia ocorrida no dia 3 de fevereiro. De acordo com a Aojustra, a nova direção tem formalmente o Oficial de Justiça Thiago Duarte Gonçalves como presidente e a Oficiala Simone dos Santos Oliveira como vice-presidente. No entanto, o mandato será coletivo, com o objetivo de fortalecer a democracia participativa no âmbito da gerência da Associação dos Oficiais de Justiça do TRT-2.

O presidente da Fenassojaf Neemias Ramos Freire integra a diretoria plena da entidade de São Paulo como diretor de Relações Institucionais. A conselheira fiscal da Federação Ana Cristina de Azevedo também compõe o Conselho da Aojustra.

Confira abaixo a composição da nova diretoria da Aojustra:

Presidente: Thiago Duarte Gonçalves
Vice-Presidente: Simone dos Santos Oliveira
Primeira Secretária: Bruna Vivian Eustáchio de Toledo Piza
Segunda Secretária: Vera Cristina Soares Furis
Primeiro Tesoureiro: Fernando Viegas Fernandes
Segundo Tesoureiro: Vitor de Almeida Costa
Diretora de Comunicação: Júlia Cristina Santos Fonseca
Diretor Jurídico: Rafael Delamo Evangelista Bueno
Diretor de Relações Institucionais: Neemias Ramos Freire

Conselho Fiscal
Maurício Guimarães Dutra
Fabiana Guerreiro Lima
Ana Cristina de Azevedo

Suplentes do Conselho Fiscal
Paula Margarida Conceição de Araújo
Lygia de Siqueira Porto
Edislaine Boldrin Roza

A diretoria da Fenassojaf parabeniza todos os Oficiais de Justiça empossados e reafirma o compromisso do trabalho conjunto em favor do oficialato federal.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo
Foto: Aojustra

InfoJus: Com informações da Aojustra

Oficial de Justiça de São Paulo lança livro no dia 12 de março

“O reverso da sorte” é o primeiro romance escrito pelo oficial de Justiça Valter Peluque.


O Oficial de Justiça aposentado do TRT da 2ª Região e associado da Aojustra Valter Luiz Peluque lança, no próximo dia 12 de março, o livro “O reverso da sorte”. De acordo com ele, esta será sua primeira obra desenvolvida inteiramente, com personagens reais que viveram em Taubaté na virada do século XX.

O livro conta a história de um professor escolar e músico insatisfeito com a vida rotineira. “Ele acredita na sorte que se busca na força do querer e que se obtém para regozijo de todos os anseios”, conta.

“É nesse fascinante caminho aberto pela sorte que Manuel, junto à sua amante Corina, irá percorrer o amor, a riqueza e a extravagância dos sentidos. E será neste mesmo caminho em avesso que ambos irão escorregar para a perdição da miséria, da doença e do desespero, onde irão encontrar, por fim, a redenção”.

Natural de Leme, o Oficial Valter Peluque chegou em São Paulo aos 17 anos. Depois de se aposentar do TRT, passou a escrever, atividade que, segundo ele, sempre o motivou, “mas até então não havia tornado literatura”, diz.

O lançamento do romance “O reverso da sorte” acontece a partir das 19 horas da quinta-feira (12), na Livraria Blooks, localizada no 3º andar do Shopping Frei Caneca.

InfoJus Brasil: Com informações da Aojustra

Resolução do CJF determina carga horária de cursos EAD para Adicional de Qualificação

O Conselho da Justiça Federal (CJF) publicou, nesta segunda-feira (02), a Resolução nº 621/2020, que altera a Resolução CJF 126/2010, referente à concessão de adicional de qualificação para servidores do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.

O regulamento desta segunda-feira trata sobre a carga horária de eventos de capacitação à distância, sendo que “a carga horária diária não poderá exceder oito horas-aula, devendo constar no certificado a data de início e fim do curso”.

De acordo com o CJF, no caso de realização de dois ou mais cursos à distância em períodos concomitantes, a soma da carga horária não poderá ultrapassar a quantidade diária máxima. “Havendo concomitância de cursos e ultrapassada a carga horária diária permitida, será averbado o certificado com maior número de horas-aula ou qualquer deles se idêntico, desde que não ultrapasse, individualmente, o limite diário estabelecido no caput deste artigo”.

No caso de o certificado de conclusão do curso não indicar a carga horária ou data de início e de término, a comprovação deverá ser feita por declaração fornecida pela entidade promotora.


Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo

Fonte: Sindojus-DF

segunda-feira, 2 de março de 2020

Novos ataques a oficiais de Justiça evidenciam urgência de reconhecimento do risco funcional

Sindicato cobra mapeamento de áreas de risco e medidas de prevenção e apoio para o segmento.

Uma semana depois de o oficial de justiça e diretor de base do Sintrajud no Fórum da Justiça Federal em Santos, Luiz Felipe Corrêa Vasques, ter sido ameaçado em serviço, outros dois colegas viveram momentos de terror durante a execução de um mandado na zona Norte da capital paulista. Osman Müller Volfini, oficial lotado na CEUNI (Central de Mandados Unificada), cumpria diligência na localidade denominada Comunidade da Arábia, no bairro City Jaraguá, no dia 21 de fevereiro. Ele estava no próprio carro, acompanhado da esposa e também oficiala, Maria Isabel Gomes Volfini. Os dois, quando possível, vão juntos cumprir os mandados nas localidades consideradas perigosas em suas áreas de atuação.

Por volta do meio-dia da sexta-feira, véspera de carnaval, os dois foram emboscados por ao menos três homens armados quando Osman tentava localizar um cidadão a ser intimado num processo criminal. O réu não mora mais na localidade, mas os oficiais obtiveram essa informação da pior forma possível.

“A rua não é muito longa e forma um ‘L’. Sei que é uma rua que tem [atuação do] tráfico, e quando entrei já vi que havia três homens. Dessa vez estavam em lugar diferente do que eu já tinha visto, e notei que estavam um pouco tensos. Geralmente, nessas áreas deixo os vidros do carro abertos. Quando passei por eles, vi que havia uma barricada à frente e comecei a dar a ré para fazer a manobra e voltar. Então percebi que um deles levantou e já veio para a rua com a arma em punho, e outro já vinha em nossa direção tirando a arma da cintura”, relata Osman, que é ex-policial.

O servidor já teve a carteira e a identidade funcional furtadas na mesma área, e relata que é comum ter de pedir autorização do tráfico para ingressar na localidade, além de ter sido alertado em certa ocasião que se entrasse seria “por conta e risco” próprios. “Policiais já me questionaram: ‘Você vai lá sozinho?’. Os [trabalhadores dos] Correios não entram lá”, afirma Osman.

O oficial também avalia que há um acirramento da violência contra oficiais de justiça, o que se reflete nos dados fornecidos pela Diretoria do Foro, em resposta a requerimento do Sintrajud. Entre 2017 e 2019 triplicaram os registros formalizados, somando 77 notificações no período. “Os casos de violência têm ocorrido em menores períodos, antigamente era um caso aqui e outro ali, mas muito distantes entre eles, hoje não”, afirma.

Osman avalia que o tema já impacta a dinâmica do trabalho. “Nossa diretora tem solicitado que a gente informe as áreas de risco, porque muitos colegas passam por situações e não narram. Os relatos são necessários para garantir a nossa proteção”. O mapeamento das áreas de risco para formulação de políticas de preservação da integridade e segurança dos oficiais de justiça é uma das demandas apresentadas pelo Sintrajud e a associação do segmento à administração.

Casada com Osman e oficiala de justiça desde 2010, Maria Isabel Gomes Volfini relatou à reportagem que “esta foi a pior situação que eu já vivi no trabalho, com arma assim nunca tinha passado”.

A servidora conta ter vivido outros episódios de violência. Uma vez foi constrangida por um citado que a recebeu vestindo apenas cueca. Ela também já foi mandada embora de forma ameaçadora do local de citação. “É muito mais duro para nós mulheres. A gente fica com mais medo, pela questão da força física, da possibilidade de um ataque sexual”, relata.

Há seis anos a oficiala atua na região de Perus, Jardim Britânia, Morro Doce e Recanto dos Humildes. “Há lugares nos quais eu peço ao Osman para me acompanhar, e se ele não puder ir comigo tenho que chamar um Uber ou táxi porque fico com bastante medo. O horário também vira um complicador, porque muitas vezes a parte só está em casa à noite mas a gente não pode ir numa determinada localidade à noite”, relata Isabel.

Novo provimento

O provimento da 01/2020 da Corregedoria Regional da Justiça Federal da Terceira Região estabelece, no parágrafo 1° do artigo 383, que o oficial poderá deixar de cumprir o mandado que lhe tiver sido distribuído, “em caso de risco grave e iminente à própria integridade física e patrimonial.”

A determinação, de 21 de janeiro deste ano, é vista como uma resposta da administração às demandas apresentadas recorrentemente pelos oficiais e o Sindicato. Entretanto, a diretoria do Sintrajud avalia que são necessárias outras medidas, porque não adianta apenas repassar a outro servidor um mandado não executado em razão de violência sofrida por um oficial.

Também é necessário aumentar a divulgação dos canais institucionais de denúncia, procedimentos adotados, e dar celeridade no tratamento dos casos, acompanhamento psicossocial, dentre outras medidas.

O Núcleo de Oficiais de Justiça do Sintrajud e a direção do Sindicato voltarão a debater os episódios de violência contra o segmento. As demandas não atendidas pela gestão da Terceira Região no biênio que se encerra no próximo dia 2 de março serão reapresentadas à administração.

Oficial denuncia PF por abuso de autoridade no RN

Servidor do TRF-3 cedido ao TRF-5 e lotado na 9ª Vara Federal do município de Caicó, no Rio Grande do Norte, o oficial de justiça Artur Velasquez Pessoa foi vítima por duas vezes de violações praticadas por outros agentes do Estado. Em 2017, durante uma diligência, Artur relata ter sofrido abuso de autoridade por parte de um policial civil. O servidor denunciou o caso e foi instaurado inquérito na Polícia Federal.

No último dia 19 de fevereiro, Artur foi até a Superintendência Regional da PF, na capital daquele estado, na condição de vítima do fato anteriormente denunciado, para prestar declarações.

Ao chegar no local, o servidor relata que o motorista que o conduzia parou o carro em fila dupla, com o motor ligado, para sua descida. “Enquanto procurava meus óculos, apareceu um agente que não se identificou e exigiu meus documentos de maneira ríspida e desrespeitosa, sem sequer se identificar. Eu disse que não apresentaria documentos ali na rua e que não havia sinalização proibindo parar no local”, afirma Artur.

O oficial de justiça relata ter sido conduzido violentamente até o plantão da Superintendência, tendo os braços imobilizados atrás das costas. Ainda segundo Artur, seus dois aparelhos de telefone foram confiscados e só devolvidos após vistoria para comprovar que o oficial não havia gravado imagens dentro da sede da PF.

Artur ficou sete horas detido. “Minha culpa foi me apresentar como servidor da JF numa parada em fila dupla a um agente da PF, em plena via pública próximo à guarita. Se fosse o caso, era para o Detran me aplicar uma multa e não ser preso pela Polícia Federal”, afirma.

Entidades representativas do segmento encaminharam ofício conjunto à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, denunciando o abuso de autoridade praticado contra Artur. O Sintrajud acompanhará o caso e se solidariza com o servidor, sindicalizado desde 1995, que se mantém no quadro de filiados ao Sindicato mesmo estando há oito anos vivendo fora do Estado de São Paulo.

Fonte: Sintrajud (SP)

Oficial de Justiça de São Paulo assume mandato de deputado federal


Os Oficiais de Justiça têm mais um representante na Câmara dos Deputados. O parlamentar Ricardo Silva (PSB/SP) assumiu a cadeira como deputado federal no último dia 17 de fevereiro, diante do pedido de afastamento por motivo de saúde de Luiz Flávio Gomes.

Ricardo Silva é Oficial de Justiça de carreira do TJSP e filho do deputado estadual Rafael Silva. Ele foi vereador pelo PDT na cidade de Ribeirão Preto de 2013 a 2016.

Para o novo deputado federal, é uma honra representar os Oficiais de Justiça na Câmara dos Deputados. “Sou Oficial de Justiça de carreira e atuo ativamente na Seção Administrativa de Distribuição de Mandados em Ribeirão Preto. Como deputado federal, vamos levantar todas as bandeiras que dizem respeito a nossa categoria no Congresso Nacional”, disse em entrevista à Fenassojaf.

Ricardo Silva informou que realiza contato com as entidades que representam os Oficiais de Justiça e “nosso gabinete está aberto na Câmara Federal para receber todas as demandas e para levar esses pedidos da categoria dos Oficiais às comissões do Legislativo para fazer requerimentos, ou seja, para atuar de forma completa na proteção dessa categoria que é tão importante à sociedade brasileira”, completou.

Segundo o parlamentar, o cargo de Oficial de Justiça deveria ser uma carreira de Estado “e essa é uma das lutas que iremos travar também junto ao Legislativo”, finalizou.

A diretoria do Sindojus-DF parabeniza o Oficial de Justiça pela função e destaca a importância do fortalecimento na representatividade do oficialato no Congresso Nacional. "É através da união de forças que conseguiremos alcançar vitórias", enfatiza o presidente Gerardo Lima.

Fonte: Sindojus-DF (com informações da Fenassojaf)

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Juiz da Paraíba que tachou Oficiais de Justiça de “vagabundos” é processado por Sindicato

Os impropérios proferidos pelo juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande, Ruy Jander Teixeira da Rocha contra um grupo de Oficiais de Justiça lotados na Comarca, renderam-lhe vários processos administrativos e judiciais, movidos pelo Sindicato que representa a categoria na Paraíba junto ao Tribunal de Justiça do Estado, Conselho Nacional de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

Conforme as ações, no dia 19 de dezembro de 2019, o magistrado, ao reclamar que os Oficiais de Justiça não estariam cumprindo os mandados judiciais expedidos em favor da Fazenda Pública, vociferou que não lhes incumbia esse descumprimento e muito menos interpretar a lei, cabendo-lhe tão somente cumprir suas ordens, por ser hierarquicamente superior. Ao final, tachou os Oficiais de Justiça de “preguiçosos”, “vagabundos”, acrescentando “que não queriam trabalhar”.

Retaliação

Conforme farta jurisprudência do CNJ, STJ, STF e TJPB, as custas/despesas com as diligências relativas às Fazendas estadual/municipal são de responsabilidade do Estado (TJPB), não cabendo aos Oficiais de Justiça esse custeio. Ainda assim, contrariando todo esse arcabouço jurídico, o juiz passou a encaminhar à corregedoria e presidência do TJPB os mandados devolvidos sob tais fundamentos, para apurar “conduta e possível inaptidão para o cargo de Oficial de Justiça, em processo administrativo”.

“Toda a nossa valorosa categoria profissional foi atingida por tais condutas, que tipificam difamação, assédio moral, abuso de autoridade e improbidade administrativa, daí porque ingressamos através de nossa assessoria jurídica, com as competentes ações de Queixa-Crime, Indenização Moral Coletiva, Reclamações Constitucional e Disciplinar, Representações e Mandado de Segurança Coletivo”, afirmou o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba, Benedito Fonsêca.

Ele lamentou que, apesar de formalmente solicitadas, mediante ofício cinco dias após o referido fato, a entidade não teve até a presente data sequer resposta da diretoria do Fórum ao expediente, quanto às imagens de vídeo gravadas pela câmera existente no corredor de acesso à Central de Mandados local.

Quebra de paradigmas

O diretor jurídico do Sindojus-PB, Alfredo Miranda, destacou dois aspectos da reação do Sindicato: a defesa destemida da categoria e o cunho pedagógico, exemplar, para que fatos dessa natureza não mais se repitam. “Estamos fazendo história, quebrando infelizes paradigmas. Não temos o devido reconhecimento e valorização por parte do TJPB, mas também do respeito não abrimos mão”, concluiu.


Fonte: Sindojus-PB

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Semana Nacional de Luta: Assojaf/MG realiza sorteio para atividades em Brasília

A Assojaf-MG realizou, na tarde desta quinta-feira (27), o sorteio dos três associados que irão integrar o grupo que estará em Brasília no mês de março para as atividades referentes a Semana Nacional de Luta dos Oficiais de Justiça.

Conforme já divulgado, as ações em comemoração do Dia do Oficial de Justiça contarão com o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Oficial de Justiça, marcado para às 14 horas do dia 24 de março no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, além de uma sessão plenária com pronunciamento do deputado Fábio Henrique (PDT/SE) em homenagem ao Dia do Oficial no dia 25/03.

A Assojaf-MG estará presente nas atividades representada pelos três associados sorteados nesta tarde, além de integrantes da diretoria. Os titulares sorteados foram: 
  • Joselita Silva Corgozinho
  • Jeferson Linhares
  • Luciana de Paula Tavares
Além desses, a Associação sorteou outros três inscritos que permanecem como suplentes. São eles: José Rodrigues Moraes, Maria da Glória Souza e Angela Maria Resende.

Os titulares contemplados devem entrar em contato com a Assojaf nesta sexta-feira (28) para confirmar a participação em Brasília.

O sorteio foi transmitido ao vivo e permanece gravado na página da Assojaf-MG no Facebook.

InfoJus Brasil: Com informações da Assojaf-MG

CNJ determina que TJMT inclua representante do Sindojus-MT no comitê gestor do SDCR

Reprodução

Atendendo pedido da diretoria do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o Tribunal de Justiça do Estado (TJ/MT), insira um representante da categoria no Comitê Gestor do Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCR) do Tribunal. 

A decisão do CNJ é comemorada pelo presidente do Sindojus/MT Jaime Osmar Rodrigues, que destacou os ataques que o Sindicato vem sofrendo nos últimos tempos por parte do “outro sindicato, que de forma rasteira tem tentado tumultuar a legitimidade na defesa da categoria, inclusive com publicações mentirosas acerca da ação que tramita na Justiça do Trabalho, postando que o SINDOJUS/MT estaria extinto”. 

“Em face disto o SINDOJUS-MT entrou com PCA junto ao CNJ, para garantir e restabelecer a verdade de quem é legítimo representante da categoria no Estado de Mato Grosso, e hoje a Conselheira Maria Cristina Ziouva determinou que o TJMT afaste sua decisão e INCLUA O SINDOJUS/MT COMO LEGITIMO REPRESENTANTE DA CATEGORIA DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA no Comitê Gestor do SDCR. Sendo assim o Sindicato indicou como representante, através de Ofício, o Oficial de Justiça WENDEL LACERDA OLIVEIRA” explica Jaime que ressalta que a “Justiça foi feita na CASA DA JUSTIÇA”. 

Fonte: Sindojus-MT

Oficiais de Justiça de Goiás têm curso gratuito de boas práticas executórias

Os oficiais de Justiça de Goiás, estaduais e federais, podem se inscrever gratuitamente no curso Boas Práticas Executórias e a Atuação do Oficial de Justiça: da Expertise em Comunicação à Investigação Criminal, que será realizado nos dias 19 e 20 de março, em Goiânia. 

O curso é uma promoção conjunta da Assojaf/GO, Sindojus-GO em parceria com a Ejug e Corregedoria-geral da Justiça do Estado de Goiás. 

“A ASSOJAF-GO está preparando várias atividades para comemorar o mês do Oficial de Justiça. A oferta do curso, importante instrumento de qualificação profissional, vai ao encontro de nossa proposta de valorização da categoria”, destaca o presidente da entidade da Assojaf/GO, Paulo Alves.

Os palestrantes são Dr. Aldo Sabino, juiz auxiliar da Corregedoria, e Renato Fernandes de Oliveira, Oficial de Justiça do TRT 15. 

A atividade será realizada no Tribunal de Justiça (Av. Assis Chateaubriand) em duas etapas: no dia 19 de março, das 08h30 às 19h00, e em 20 de março das 09h30 às 16h00. 

Os oficiais de Justiça de Goiás poderão se inscrever clicando neste link ou no site da Assojaf/GO.


InfoJus Brasil: Com informações da Assojaf/GO.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Entidades solicitam apuração de caso envolvendo agressão a Oficial de Justiça dentro da superintendência da PF em Natal

ABUSO CONTRA OFICIALATO: Fenassojaf, Fesojus e Afojebra (Afojus) encaminham ofício conjunto à Superintendência da PF no RN

A Fenassojaf, Fesojus e Afojus encaminharam, na última segunda-feira (24), um ofício conjunto à Superintendente Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, onde denunciam o abuso de autoridade praticado contra o Oficial de Justiça Artur André Velazquez Pessoa, preso durante uma ocorrência registrada na quarta-feira (19) em Natal.

No documento, as entidades representativas do oficialato reivindicam a devida apuração da denúncia sobre o caso de agressão e abuso de autoridade. O Oficial de Justiça conta que foi conduzido com violência física excessiva e abusiva para dentro do prédio da Superintendência, momento em que um policial deu voz de prisão ao servidor. “Ele pediu que eu me identificasse e eu disse que poderíamos resolver isso lá dentro, uma vez que eu estava ali para prestar um depoimento. O policial não concordou e, praticamente quebrando os meus braços para trás, me arrastou por uns 40 metros até a entrada principal da PF de Natal”.

Artur afirma que foi humilhado e torturado psicologicamente, mantido por sete horas preso, sem comida, apenas com o fornecimento de água. Clique AQUI para ler a notícia completa sobre o caso

“Solicitamos as providências cabíveis desta respeitável Superintendência Regional, colocando-nos desde já à disposição para o que for necessário”, finaliza o ofício assinado pelos presidentes Neemias Ramos Freire, João Batista Fernandes de Sousa e Evaldo dos Santos Lima Júnior.

Leia AQUI o ofício conjunto encaminhado à Superintendente da PF do Rio Grande do Norte

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

InfoJus Brasil: Com informações da Afojebra

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Fim da estabilidade deixaria servidores à mercê de perseguições e apadrinhamentos


Passada a Reforma da Previdência, várias notícias surgem acerca da próxima reforma que parece ser a prioridade no âmbito federal: a reforma administrativa. Por sua vez, o que se percebe — de falas mais técnicas até às mais desastradas — é que o foco dessa reforma está na estabilidade dos servidores públicos e na forma de vínculo entre esses e os entes públicos. Infelizmente, mais uma vez, é comum perceber a demonização dessa categoria, tratada, de forma geral, como composta por pessoas que recebem muito mais do que merecem, deixando a desejar na devida contrapartida.

De início, convém esclarecer que a estabilidade não é uma bondade conferida ao servidor público. Trata-se de uma garantia importante diante de situações concretas da vida brasileira, até hoje presentes. Sempre que se fala em cargos públicos, dois elementos se destacam: o acesso por meio de concurso, como regra, e a estabilidade dos servidores públicos.

Tais institutos, que são instrumentos para atingir a mesma finalidade, não surgem ao acaso. Tratam-se da forma encontrada para tentar realizar alguns dos primados que a administração pública deve seguir, a saber: moralidade, impessoalidade e eficiência.

Não é necessário ir muito longe, em nossa história, para trazer exemplos variados que revolvam situações diversas nas quais dos cargos públicos foram utilizados como forma de agraciar pessoas, ganhar favores políticos ou, simplesmente, aumentar a renda familiar. Nossa história política é recheada de situações, nas quais o governante da ocasião ora busca agraciar os seus, ora persegue aqueles que, detendo cargo público, não lhe estão alinhados ideologicamente.

Quaisquer dessas situações atingem frontalmente a moralidade, a impessoalidade e a eficiência que deve primar o Estado, sendo, de certa forma, os antídotos encontrados para essas situações. Assim, qualquer discurso genérico, supostamente modernizador, precisa apresentar uma solução capaz evitar os malefícios inevitáveis, diante da nossa realidade cultural e política, ao propor o fim ou flexibilização da estabilidade, bem como novas formas de vínculo de trabalho com os entes públicos.

Por outro lado, outra questão relevante é a falta de apresentação de dados fidedignos ou sua apresentação em pequena quantidade, no que diz respeito a situação geral dos servidores públicos, tomados como um todo. Diante desse cenário, buscou-se informações no “Atlas do Estado Brasileiro”, resultado do trabalho conduzido no âmbito da Diretoria de Estudos e Políticas sobre o Estado, as Instituições e a Democracia (Diest) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), disponível na internet[1].

Nesse estudo, observa-se, por exemplo, que a maior parte dos funcionários públicos no Brasil se concentra no âmbito municipal. São 1,2 milhão na esfera federal, 3,7 milhões na esfera estadual e 6,5 milhões na esfera municipal. Mais relevante ainda, entre estes, 40% dos servidores municipais são professores, médicos, enfermeiros e agentes de saúde. No âmbito estadual, somando a segurança pública a essas categorias, temos 60% dos servidores.

Também é demonstrado que as melhores remunerações estão no âmbito federal, que concentra a menor parte dos servidores. A remuneração média das 25% remunerações mais altas chega a ser quatro vezes maior no âmbito federal, em relação à municipal.

Esse quadro, ainda inicial, uma vez que não há proposta concreta, parece traduzir um cenário desagradável: ao propor o fim da estabilidade, como proposta supostamente modernizadora, estará, na verdade, deixando sem proteção de potenciais perseguições políticas e preterições por apadrinhamentos, os servidores com menor poder aquisitivo em relação às demais carreiras: professores, médicos, enfermeiros, agentes de saúde e profissionais da segurança pública.

O quadro piora quando se rememora que esse tipo de reforma já foi realizada: a Emenda Constitucional 19/1998 já havia implementado mecanismos para flexibilizar a estabilidade com base na eficiência, possibilitando a demissão por insuficiência de desempenho.

Ao invés de questionar o como fazer funcionar essa solução, que é interessante e já flexibiliza a estabilidade, busca-se um caminho mais simples, sem se preocupar com os riscos envolvidos, que seria, simplesmente, o de extinguir a estabilidade e criar formas precárias de vínculo com a administração pública. Perde o cidadão, ao fim e ao cabo, que tanto necessita de serviços públicos de qualidade.

[1] Disponível em: http://www.ipea.gov.br/atlasestado/. Acesso em 10/02/2020.

Daniel Conde Barros é advogado do departamento de Direito Administrativo do Martorelli Advogados.

Ana Lydia de Almeida Seabra é advogada do departamento de Direito Administrativo do Martorelli Advogados.

Revista Consultor Jurídico, 23 de fevereiro de 2020, 6h31

De fim da estabilidade a salários menores: o que deve entrar na reforma administrativa federal

Governo prevê apresentar pacote de mudanças para o funcionalismo após o Carnaval

Bolsonaro e Guedes divergiram a respeito da abrangência das novas regras
Marcos Correa / Presidência da República/Divulgação

Após sucessivos adiamentos, a proposta de reforma administrativa deve chegar ao Congresso até o final de semana revendo dogmas do funcionalismo, como a estabilidade. O presidente Jair Bolsonaro atendeu aos apelos da equipe econômica e concordou com o envio do documento logo após o Carnaval. O texto está em discussão dentro do governo no mínimo desde outubro do ano passado.

Com carreira política forjada na defesa das corporações, Bolsonaro pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um olhar mais sensível sobre a atuação dos servidores. O resultado mais palpável dessa conversa foi a decisão, contrária à ideia inicial do auxiliar, de tornar as medidas válidas apenas para quem ingressar no aparato estatal após a aprovação das novas regras.

Assim, quem já é servidor federal não será atingido pela reforma, fator que também ajuda no convencimento dos parlamentares.

– Quem é servidor continua com a estabilidade sem problema nenhum. As mudanças propostas ao Congresso valeriam para os futuros funcionários. Algumas categorias teriam estabilidade, alguma diferenciação, porque tem de ter: Polícia Rodoviária, Polícia Federal, Forças Armadas, Receita Federal – exemplificou Bolsonaro na semana passada.

Concebida por Guedes para se tornar um modelo de enxugamento da máquina pública e incentivo à meritocracia, a reforma prevê redução de salários iniciais, diminuição no número de carreiras, avaliação de desempenho e, em alguns setores, o fim da estabilidade, criando a possibilidade de demissão.

No modelo gestado pela equipe econômica, a estabilidade deixa de ser garantia constitucional, podendo ser extinta, mantida e flexibilizada, dependendo da categoria. A ideia majoritária é ampliar o prazo para a conquista do direito. O texto original estendia de três para 10 anos esse intervalo, mas esbarrou na resistência do presidente. Diante das reclamações de Bolsonaro, Guedes recuou e deve adotar um período intermediário, de cinco a oito anos, conforme cada carreira.

A estabilidade passaria também a depender da atuação do servidor, examinada em avaliações periódicas de desempenho. Indicadores de eficiência também seriam criados para balizar futuras promoções. Embora os detalhes de funcionamento do sistema ainda sejam mantidos em segredo pelo governo, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse no mês passado que a ideia é usar o sistema para impedir que os servidores alcancem precocemente o topo das carreiras, muita vezes atingindo o teto salarial do funcionalismo. O avanço se daria conforme o mérito obtido nos exames de desempenho, em sintonia com o que ocorre na iniciativa privada. 

O efeito imediato dessa proposta é a redução dos salários iniciais. Com a diminuição no número de carreiras, das mais de cem atuais, para em torno de 30, e o consequente redesenho no organograma do funcionalismo, o objetivo é enxugar significativamente os gastos com pessoal num período estimado em 20 anos.

Embora as principais medidas estejam contempladas na proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma, o pacote contém ainda projetos de lei complementar, de lei ordinária e decretos. Apesar da pressa de Guedes em aprovar as novas regras, a intenção do governo é ir colocando as mudanças em vigor paulatinamente, até 2022. O ministro, contudo, conseguiu suspender temporariamente a realização de concursos.

De acordo com o cronograma planejado pelo governo, a ideia é votar a reforma na Câmara ainda no primeiro semestre. A oposição promete trabalhar pela rejeição das medidas. Uma greve dos servidores está sendo convocada pelos sindicatos e centrais para 18 de março. Além de protestar contra a reforma, o ato visa combater as privatizações e tem como mote a crítica de Guedes aos servidores, após o ministro comparar o funcionalismo a “parasitas”.

O que está em debate

Revisão da estabilidade: a garantia de permanência no emprego passa a ser exclusiva de algumas carreiras, como nas Forças Armadas, na Polícia Federal e na Receita Federal. A ideia é ampliar o prazo em algumas categorias e até mesmo extingui-lo em outras.

Redução de salários: a reforma propõe salários iniciais mais baixos para quem ingressa no serviço público. O governo quer reduzir gastos alongando o tempo que um funcionário leva para alcançar o topo da carreira e, em alguns casos, o teto salarial do funcionalismo.

Exames de desempenho: para garantir a estabilidade e conceder promoções, a equipe econômica trabalha com modelos de exames periódicos de desempenho. Avanços hierárquicos e salariais seriam conquistados a partir dos resultados em cada avaliação.

Diminuição de carreiras: a equipe econômica pretende enxugar o quadro extinguindo cerca de 90% das carreiras, algumas em extinção, como a de datilógrafo. Objetivo é reduzir das mais de cem categorias atuais para cerca de 30.

Fonte: GauchaZH

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