quarta-feira, 29 de abril de 2020

Assessoria jurídica da Fenassojaf emite nota técnica sobre o pagamento da IT durante a pandemia

A assessoria jurídica da Fenassojaf emitiu, no início da semana, Nota Técnica sobre o pagamento da Indenização de Transporte aos Oficiais de Justiça durante o período de pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues, mesmo com a estipulação majoritária do “home office”, estabelecida por meio da Resolução nº 314/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), houve a manutenção dos serviços considerados essenciais, “nos quais se inclui o cumprimento de mandados urgentes pelos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais, categoria que, pela própria natureza externa de suas atribuições, não se compatibiliza integralmente com a modalidade de trabalho remoto”.

Na avaliação dos advogados, neste cenário de pandemia pelo novo coronavírus, dois fatores são importantes para demonstrar que o pagamento da Indenização de Transporte deve ser garantido: um deles é a permanência dos gastos que os Oficiais possuem para a manutenção do veículo como manutenção, tributação, seguro, entre outros. O segundo fator está relacionado à compensação posterior dos mandados acumulados. “Ou seja, não há justificativa plausível para suprimir verba indenizatória dos servidores”.

O documento ressalta que os Oficiais de Justiça continuam o cumprimento das diligências consideradas urgentes, sendo consequência natural da paralisação de parte das atividades a compensação futura. Segundo a assessoria da Fenassojaf, não há que se pensar em não ser devida a IT durante o período de pandemia, “pois, em razão do princípio da continuidade do serviço público, além de permanecer o cumprimento das diligências consideradas urgentes, haverá a compensação dos serviços acumulados”.

No mais, o não pagamento da IT “gera para a Administração um locupletamento ilícito às expensas da perda sofrida pelos servidores”.

Conforme já ponderado com as associações filiadas, a diminuição dos mandados a serem cumpridos é uma condição provisória, intermitente, imposta por motivo de força maior. Assim, o pagamento da indenização deve ser mantido sob pena de os Oficiais de Justiça serem submetidos a perdas em decorrência da utilização de veículo próprio e não receberem a devida contraprestação da Administração.

A Nota Técnica também não recomenda a judicialização do pedido para o crédito durante a crise da Covid-19, sendo que as associações deverão atuar de maneira “reativa, já que é possível que, pelos argumentos expostos, sequer haja investida nesse sentido em desfavor dos servidores públicos”.

Por fim, os advogados afirmam que “em casos semelhantes, em que num primeiro momento houve a supressão da Indenização de Transporte (decorrente do exercício do direito de greve), foi possível a negociação com a Administração para pagar a Indenização de Transporte retroativa, depois de encerrado o movimento grevista. Portanto, eventual judicialização precoce da matéria poderá resultar em entendimento desfavorável e irreversível aos Oficiais de Justiça”.

A íntegra da Nota Técnica emitida pela assessoria jurídica da Fenassojaf pode ser acessada na Área Restrita desta página eletrônica.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

Fonte: Fenassojaf

terça-feira, 28 de abril de 2020

Diretores das federações nacionais tratam da união dos Oficiais de Justiça contra a Covid-19 em live na quinta-feira

A Fenassojaf, Fesojus e Afojebra promovem, na próxima quinta-feira (30), uma conversa ao vivo com Oficiais de Justiça de todo o Brasil para tratar de temas de interesse do segmento.

Com o tema “Oficiais unidos contra a Covid-19”, o objetivo será fazer um panorama geral sobre a realidade do trabalho dos Oficiais durante a pandemia, bem como a atuação das entidades em prol da saúde e segurança dos servidores, e falar sobre as perspectivas para o retorno das atividades pós isolamento social.

As informações serão repassadas pelos dirigentes Neemias Ramos Freire da Fenassojaf, João Batista Fernandes da Fesojus e Edvaldo Lima da Afojebra, divididas em três blocos com temas específicos.

O debate acontece ao vivo, a partir das 18 horas, pelo canal da Fenassojaf no Youtube. Clique AQUI para acessar e se inscrever

Confira a programação da live na próxima quinta-feira:

AO VIVO: Oficiais unidos contra a Covid-19

Bloco 1 - Panorama geral: realidade do trabalho do oficial de justiça durante a pandemia; atuação das entidades representativas

Bloco 2 - Equipamentos de proteção individual: sem proteção, não!

Bloco 3 - Perspectivas para o retorno à normalidade: situação nos estados

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Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo


InfoJus Brasil: Com informações da Fenassojaf

Oficial de Justiça que estava desaparecido é encontrado morto em João Pessoa (PB)

Corpo de Bombeiros e Polícia localizaram o corpo indo ao último local em que ele foi visto.

Oficial do Tribunal de Justiça da Paraíba, Eduardo Chargas — Foto: Arquivo Pessoal

O corpo do oficial de justiça da Paraíba, Eduardo Chagas, que estava desaparecido desde o dia 22 de abril, foi encontrado na manhã desta terça-feira (28), em uma mata na barreira do Cabo Branco, em João Pessoa. O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios de João Pessoa na sexta-feira (24), após registro da ocorrência. O corpo foi encontrado com uma corda amarrada ao pescoço.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça, Benedito Fonsêca, Eduardo Chagas trabalhou normalmente no plantão da segunda-feira e desapareceu na terça por volta das 13h, de sua própria residência. Ainda segundo o presidente, colegas do tribunal afirmaram que o oficial procurou conselhos com eles, queixando-se sobre carga de trabalho.

De acordo com o delegado de homicídios, Carlos Othon, a polícia conseguiu recolher imagens de câmeras de segurança, depoimentos de pessoas próximas ao oficial de justiça. Conforme o Corpo de Bombeiros, foi possível saber onde ele foi visto pela última vez.

Portanto, nesta manhã, o Corpo de Bombeiros interditou a via, preparou as equipes e conseguiu localizar o corpo. O corpo está em difícil acesso e os bombeiros devem utilizar a técnica da prática do rapel para retirar, já que se trata de um local íngreme e escorregadio.

Corpo foi encontrado na barreira do Cabo Branco, dentro da mata, em João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo/G1

Ato da Corregedoria Geral da JT prorroga prazo para cumprimento de mandados presenciais

A Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho publicou, nesta quinta-feira (23), o Ato nº 11/GCGJT, que regulamenta os prazos processuais relativos a atos processuais que demandem atividades presenciais, assim como a uniformização dos procedimentos para registro e armazenamento das audiências em áudio e vídeo e fixa outras diretrizes. 

O normativo leva em consideração, entre outros, o Ato Conjunto nº 05/2020 do CSJT e as Resoluções 313 e 314 do CNJ, que prorrogaram as medidas de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com o Corregedor Geral, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, fica vedada, expressamente, durante a vigência do regime de trabalho diferenciado, a designação de atos presenciais como audiências e depoimentos, além da assinatura de documentos físicos determinados por decisão judicial.

Ainda conforme o Ato nº 11, “os atos cujo cumprimento possa ser prejudicado pelas circunstâncias epidemiológicas, a exemplo da reintegração de posse, diligências de verificação, demais atos executórios e atos de citação, intimação ou notificação por Oficiais de Justiça, poderão ter prazo de cumprimento prorrogado, caso a caso, em decisão fundamentada pelo Juiz ou Desembargador natural, conforme artigo 139, VI, do CPC”.

O regulamento da Corregedoria Geral tem validade de 180 dias e pode ser revisto a qualquer tempo, caso sejam alteradas as condições extraordinárias da pandemia do Covid-19.   

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo

Fonte: Sindojus-DF

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Polícia Civil abre inquérito para investigar desaparecimento de oficial de justiça da Paraíba

Inquérito foi aberto na sexta-feira (25) para investigar caso. Segundo presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça, ele teria procurado colegas para conselhos sobre carga de trabalho.

Oficial do Tribunal de Justiça da Paraíba, Eduardo Chargas, está desaparecido desde quarta-feira (22) — Foto: Arquivo Pessoal

O desaparecimento do oficial de justiça da Paraíba, Eduardo Chagas, está sendo investigado pela Polícia Civil. Dado como desaparecido por amigos e familiares desde a terça-feira (22), o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios de João Pessoa na sexta-feira (24), após registro da ocorrência.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça, Benedito Fonsêca, Eduardo Chagas trabalhou normalmente no plantão da segunda-feira e desapareceu na terça por volta das 13h, de sua própria residência. Ainda segundo o presidente, colegas do tribunal afirmaram que o oficial procurou conselhos com eles, queixando-se sobre carga de trabalho.

Segundo a Polícia Militar, a Delegacia de Crimes Contra Pessoa de João Pessoa já foi comunicada do desaparecimento do oficial de justiça e iniciou diligências para obter a localização. De acordo com o delegado de homicídios, Carlos Othon, a polícia conseguiu recolher imagens de câmeras de segurança, depoimentos de pessoas próximas ao oficial de justiça, mas que ainda não tem pistas sobre o paradeiro dele.

O Tribunal de Justiça da Paraíba endossa o apelo feito pelo Sindicado dos Oficiais de Justiça da Paraíba (Sindojus-PB), por informações sobre o paradeiro do oficial. De acordo com informações do presidente do Sindojus-PB, Benedito Fonsêca, Eduardo Chagas é um bom profissional, com mais de vinte anos de atuação no Judiciário estadual.

O presidente do sindicato ainda acrescentou que o oficial de justiça é pacato e não possui histórico de desavenças em mandados. Para auxiliar com informações acerca da localização do oficial de justiça desaparecido, o número para contato é (83) 98839-488 (falar com Túlio).


No início da tarde desta segunda-feira (27/04), o Diretor Vice-Presidente do Sindojus-PB, Joselito Bandeira Vicente, informou ao portal InfoJus Brasil que já são cinco dias de desaparecimento e que não há nenhuma notícia sobre o paradeiro do oficial de Justiça Eduardo Chagas.

InfoJus BRASIL: com informações do portal G1

domingo, 26 de abril de 2020

Presidente do TJPB se solidariza com familiares de oficial de justiça desaparecido

O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, endossa o apelo feito pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba (Sindojus-PB) por informações sobre o paradeiro do oficial de justiça Eduardo Chagas, considerado desaparecido desde as 13h da última quarta-feira (22), de sua residência, localizada em João Pessoa. Até o final da tarde desta sexta-feira (24), o servidor ainda não havia sido encontrado.

De acordo com informações do presidente do Sindojus-PB, Benedito Fonsêca, Eduardo Chagas é um bom profissional, com mais de vinte anos de atuação no Judiciário estadual e que trabalhou normalmente no plantão da última segunda-feira (20). “O sindicato conclama às mais diversas autoridades a uma resposta sobre o tema. Não sabemos se ele saiu para cumprir algum mandado, o que pode ter acontecido. Como estamos limitados pelo isolamento social, as comunicações estão precárias”, afirmou.

Além disso, acrescentou que o oficial de justiça é pacato e não possui histórico de desavenças em mandados. “Quando no exercício do cargo, ocorrem eventuais agressões, pois temos casos registrados de agressões aos oficiais de justiça. Mas, ele não tem registro disso”, salientou o presidente do Sindojus-PB.

O presidente Márcio Murilo afirmou que foi comunicado do desaparecimento do oficial de justiça Eduardo Chagas pelo presidente do Sindojus-PB. “Em conversa com ele, disponibilizei a nossa segurança institucional aos familiares para qualquer providência que esteja sob a nossa competência. Os parentes estão apreensivos e pedimos que quem tiver informações sobre o nosso servidor, comunique imediatamente”, afirmou.

Para auxiliar com informações acerca da localização do oficial de justiça desaparecido, o número para contato é (83) 98839-488 (falar com Túlio).

Por Celina Modesto / Gecom-TJPB

Fonte: TJPB

Oficial de Justiça da Paraíba está desaparecido

O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, endossou o apelo feito pelo Sindicado dos Oficiais de Justiça da Paraíba (Sindojus-PB) por informações sobre o paradeiro do oficial de justiça Eduardo Chagas, considerado desaparecido desde as 13h da última quarta-feira (22), de sua residência, localizada em João Pessoa. Até o final da tarde desta sexta-feira (24), o servidor ainda não havia sido encontrado.

De acordo com informações do presidente do Sindojus-PB, Benedito Fonsêca, Eduardo Chagas é um bom profissional, com mais de 20 anos de atuação no Judiciário estadual e que trabalhou normalmente no plantão da última segunda-feira (20). “O sindicato conclama às mais diversas autoridades a uma resposta sobre o tema. Não sabemos se ele saiu para cumprir algum mandado, o que pode ter acontecido. Como estamos limitados pelo isolamento social, as comunicações estão precárias”, afirmou.

Além disso, acrescentou que o oficial de justiça é pacato e não possui histórico de desavenças em mandados. “Quando no exercício do cargo, ocorrem eventuais agressões, pois temos casos registrados de agressões aos oficiais de justiça. Mas, ele não tem registro disso”, salientou o presidente do Sindojus-PB.

O presidente Márcio Murilo afirmou que foi comunicado do desaparecimento do oficial de justiça Eduardo Chagas pelo presidente do Sindojus-PB. “Em conversa com ele, disponibilizei a nossa segurança institucional aos familiares para qualquer providência que esteja sob a nossa competência. Os parentes estão apreensivos e pedimos que quem tiver informações sobre o nosso servidor, comunique imediatamente”, afirmou.

Para auxiliar com informações acerca da localização do oficial de justiça desaparecido, o número para contato é (83) 98839-488 (falar com Túlio).

Fonte: ParlamentoPB

Oficial de Justiça do Maranhão escapa de assaltantes após tiroteio


O oficial de Justiça Jota Filho foi alvo de criminosos, na noite de sábado ( 25), quando retornava de um sítio em seu automóvel pela estrada de vicinais liga a zona rural de Timon (MA) próxima ao Balneário Pinto, na rodovia BR-316. 

Jota Filho disse que às 20h45, quando conduzia seu automóvel notou que dois homens, em uma motocicleta, tentaram assaltá-lo.

Jota Filho informou que reagiu aos assaltantes e teve troca de tiros.

Jota Filho conseguiu escapar dos assaltante no matagal e se abrigou no Policiamento Militar do Maranhão.

InfoJus: com informações do portal Meio Norte

SINTRAJUD-SP: Oficiais de justiça relatam em live problemas enfrentados durante a pandemia

Como tem sido rotina desde o início da crise sanitária, nesta quinta-feira, 23 de abril, o Sintrajud realizou mais uma transmissão ao vivo, com objetivo de manter o diálogo entre a diretoria e a categoria durante o período de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus. Desta vez, a live foi um pouco diferente, o bate-papo virtual foi sobre a situação, condições de trabalho e saúde dos oficiais de justiça na pandemia, e contou com a participação dos colegas Beatriz Mazzei, oficiala da JF/CEUNI e diretora de base, Kledson Pires, oficial de justiça do TJ/SP e diretor do Sindjesp, e de Tarcisio Ferreira, diretor do Sindicato. 

Logo no início da atividade, foram renovadas as homenagens aos dois colegas oficiais de justiça do TRT-2 vitimados pela Covid-19: José Dias Palitot Júnior, que faleceu no dia 30 de março, e Clarice Fuchita Kestring, cujo óbito se deu no dia 15 de abril.

Diligências na pandemia

Na Justiça do Trabalho as normas da administração preveem suspensão das diligências presenciais desde o dia 17 de março. Mesmo com a suspensão dos prazos processuais e expediente nos tribunais, no TRF-3 e na JF, no entanto, a determinação é de que os oficiais de justiça cumpram os mandados considerados urgentes. A diretoria do Sintrajud recebeu denúncias de colegas que estão cumprindo mandados que não seriam efetivamente urgentes, e sem equipamentos de proteção individual, que ainda não foram garantidos pelo Tribunal. 

“O Sindicato segue defendendo que não haja trabalho presencial, o que inclui as diligências externas realizadas pelos oficiais de justiça. Neste caso, que estas se restrinjam ao que for estritamente necessário e urgente, garantidas as normas de segurança”, frisou Tarcisio Ferreira.

Por isso, a transmissão ao vivo de hoje teve o objetivo de ser também um espaço de acolhimento de relatos dos problemas vividos pelos oficiais que estão atuando nas ruas. Ao todo, durante a live foram enviadas mais de 20 relatos, comentários e questionamentos sobre o pagamento da indenização de transporte, responsabilidade das administrações, iminência de aumento das pressões diante da retomada dos prazos processuais a partir dos prazos estabelecidos pela Resolução 314 do Conselho Nacional de Justiça (leia aqui), riscos e vedações aumentadas no exercício funcional com a necessidade do uso de máscaras. 

Segundo Beatriz Mazzei, um dos problemas enfrentados é que não há um critério claro de classificação das diligências. “Na Ceuni temos tido um esforço grande porque os mandados classificados como urgentes, a depender do dia, ultrapassam 300, distribuídos por uma equipe de 10 ou 15 colegas, e vários destes mandados precisam ser cumpridos na rua”, afirmou a oficiala. “O volume não tem sido escasso, tem sido alto e, em alguns momentos, se equipara aos plantões normais. E não é atribuição e nem responsabilidade do oficial classificar o que é urgente ou não”, destacou.

Para a diretoria do Sintrajud, as normas dos Tribunais são limitadas. “O problema é que, além das limitações nas normas, têm havido interpretações inusitadas e equivocadas naquilo que nos protege”, disse Tarcisio Ferreira. 

No judiciário estadual, segundo Kledson, os problemas enfrentados são parecidos. O oficial afirmou que, pela falta de critérios, cada central avalia de forma diferente a urgência do mandado. “É importante que seja colocado o cumprimento apenas os mandados urgentes mesmo, o oficial na rua corre o risco de contrair o vírus e de disseminar o vírus. Não é só como nos atinge, mas como pode colocar em risco a vida de outras pessoas”, ressaltou Pires.

Ressaltando que estas devem ser evitadas ao máximo, o Sintrajud fez contato com as administrações cobrando equipamentos de proteção individual (EPIs) para os oficiais que ainda estão realizando as diligências. A Diretoria do Foro informou que, além do que tinha em estoque luvas de látex e aventais de TNT (tecido não tecido) e que está em aquisição álcool gel, mais luvas e máscaras.

Outro problema enfrentado pelos colegas é a falta de condições de trabalho. “No TRF-3, além de não ter EPI, na hora de fazer o cumprimento presencial, precisamos imprimir o mandado e muitos colegas não têm equipamentos de impressora. E como este colega faz se não pode imprimir no Tribunal?”, cobrou Beatriz. 

Indenização de transporte

Também preocupa os colegas oficiais o corte da indenização de transporte no período da pandemia. “Estamos acompanhando de perto, alguns colegas do TRF tiveram desconto. Está errado, porque continuamos cumprindo diligências na rua”, ressaltou Beatriz. 

Além disso, quando houver o retorno das atividades e prazos, os oficiais serão obrigados a rodar quilometragens maiores para cumprir os mandados que agora estão represados, e não haverá pagamento acima do valor total da indenização para compensar o a quilometragem a mais. Sem falar no fato de que a indenização já não atende suas destinações de aquisição de combustível e manutenção do veículo pessoal do oficial, que é utilizado em serviço. Os colegas denunciam a defasagem e que os últimos reajustes ocorreram há mais de três anos.

A direção do Sintrajud segue em contato com as administrações e buscando medidas para reverter os descontos de parcela de indenização de transporte, tendo em vista que os colegas terão que cumprir as diligências paradas posteriormente. O Sindicato vai seguir acompanhando para que não haja prejuízo aos colegas e a indenização seja paga integralmente. 

Na quarta-feira (22) o Sindicato voltou a solicitar informações ao TRT-2 sobre o não pagamento de parte da indenização de transporte referente ao mês de março (até o dia 16 de março) a alguns servidores do segmento. O valor é reconhecido pelo Tribunal como devido, mas alguns colegas não receberam valores de diligências realizadas antes da suspensão das atividades externas, segundo a administração por um problema no sistema. A orientação do Setor de Remuneração é de que os oficiais solicitem aos supervisores que informem também por e-mail as diligências realizadas até o dia 16 de março. A direção do Sindicato ressalta que esta informação seja encaminhada o quanto antes para assegurar que seja incluída no processamento da próxima folha. 

Nesta sexta (24), a informação dada pelo Setor de Remuneração do Tribunal é de que a parcela em atraso deve ser paga no mês de maio.

As lives do Sindicato acontecem sempre segunda-feira, 17h30, e quinta-feira, 11h, sempre transmitido pelas páginas do Sintrajud no Facebook, no YouTube e também pelo site. Os vídeos ficam disponíveis em todos os canais. 



Fonte: Sintrajud-SP

Representação Sindical: Os desafios de ser dirigente em tempos de Covid-19

OS DESAFIOS DE SER DIRIGENTE EM TEMPOS DE COVID-19

Por Joselito Bandeira Vicente

Exercer o papel de dirigente classista é um grande desafio, pois o individuo passa a exercer a função de trabalhar por uma coletividade e atender aos seus anseios e expectativas com a atribuição de lidar com as mais diversas formas de pensar e desejar que cada ser, integrante dessa categoria, espera ver atendido.

O cenário atual, imposto pela decretação, pela Organização Mundial de Saúde, de pandemia pelo vírus COVID-19, tem provocado as mais diversas reações humanas em tempos de distanciamento social, pois isso contraria a natureza social do ser humano.

Uma entidade de classe lida com a difícil missão de buscar atender às demandas e interesses da coletividade que se propõe a representar, mas começar essa frase com “entidade de classe” é um eufemismo para substituir a parte humana da entidade, que é sua diretoria, juntamente com os filiados, que trabalha nos propósitos já mencionados, e tem de lidar com diferentes graus de percepção de mundo e consciência mental, além das variações de caráter e intelecto; escalas de valores éticos e morais e posicionamentos políticos partidários e espectros ideológicos dos mais diversos.

Ao se assumir o múnus de diretor de entidade classista o combustível que move essa pessoal, certamente é o proposito de servir e trazer resultados que agradem, senão a todos, à maioria dos membros da categoria, é buscar valorização e reconhecimentos, respeito e dignidade a essa coletividade.

É bastante compreensível que as circunstâncias atuais tenham afetado os ânimos e as emoções das pessoas, mas, as regras de boa urbanidade e bom senso devem prevalecer nas relações humanas, afinal, somos racionais e temos, diferente dos demais animais, a habilidade de sabermos fazer escolhas conscientes e não agirmos por meros instintos.

Hoje, ocupando o cargo de diretor vice-presidente do SINDOJUSPB e de diretor legislativo da AFOJEBRA, tenho testemunhado as aflições e angustias da categoria de um modo muito mais intenso e detalhado, que quando era apenas um filado à entidade, e confesso que com certa decepção, vejo que muitas vezes a base trata os dirigentes como se fossem “bois de piranhas” que devem ser lançados ao sacrifício para que os demais passem ilesos. Não quero aqui fazer parecer que esteja reclamando do papel de dirigente, pois tenho a exata dimensão do que significa ocupar um cargo assim, mas, o comungo com outros dirigentes de entidades, inclusive a nível nacional, é que certa vezes nos ressentimos de uma maior participação com espírito coletivo, por parte dos filiados, que na grande maioria das vezes apenas buscam as entidades para a solução do seu problema pessoal, para acomodar o que lhes convém, ou, como diz o diligente presidente do SINDOJUSPB, Benedito Fonseca, vemos os “guerreiros de facebook” que são ativos, críticos e participativos nas redes sociais, mas que não comparecem a uma só assembleia geral ordinária da entidade, não prestigiam as entidades quando promovem eventos em suas cidades, não têm coragem de enviar documentos ou mesmo assinar uma procuração para que o advogado impetre uma medida judicial em defesa dos mesmos, quando são ofendidos e desrespeitados pelos juízes ou outros servidores, mas querem uma atitude da instituição classista, sem sequer se disporem a prestar um depoimento na corregedoria, pois, esperam que “os bois de piranhas” resolvam tudo sem um só esforço pessoal.

Nesses tempos de pandemia, pelo COVID-19, muitas vezes as entidades recebem pedidos e queixas até para resolverem problemas de caráter absolutamente privados dos seus filiados. As redes sociais permitiram uma comunicação mais dinâmica e não são raras às vezes em que filiados chegam ao limite do desrespeito ou da grosseria, se mandarem uma mensagem para um diretor e não forem imediatamente respondidos, como se os diretores também não tivessem problemas e estivessem, como máquinas, à disposição em tempo integral e com a obrigação de estar monitorando os aplicativos e redes sociais 24 horas por dia. Já vi gente que nem filiado à sua entidade é, e cobrando respostas às 02:30 da madrugada, e se revoltando por não ter a resposta naquela hora. Só consegui pensar que tratava-se de alguém com algum problema sério de ordem psiquiátrica ou sob efeito de alguma substância lícita ou ilícita, pois, vi como algo desrespeitoso e grosseiro se portar daquela forma àquela altura da madrugada.

Avulta de importância enfatizar que significativa parte dos filiados age com urbanidade, bom senso, e a boa educação e respeito.

Não estou aqui pedindo paparicos, reverência ou nada que o valha, mas tão somente desabafando depois de testemunhar, nas redes sociais, determinadas posturas de integrantes das bases das entidades, e de também ver/receber lamúrias de colegas dirigentes que se sentem esgotados por atitudes que chegam a ser ofensivas.

É muito importante que haja participação de todos, que estejamos de mãos dadas, que haja engajamento da categoria para compartilhar tudo aquilo que eleva, dignifica, promove, enfatiza, protagoniza a nossa a classe, é imperativo que surja em nós, especialmente nesses tempos de isolamento social, a percepção de que somos membros de uma mesma categoria, que estejamos dispostos a ser colaborativos, que o uso das redes sociais seja, efetivamente, uma ferramenta que nos integre e nos eleve, que elas sejam usadas para compartilhar aquilo que as entidades promovem em prol do bem comum. Se somos capazes de compartilhar piadas, “vídeos cacetadas” correntes das mais diversas, também temos de ser capazes de compartilhar aquilo que as entidades estão produzindo com o fito de dar o protagonismo que nossa categoria precisa ter.

União, participação, altruísmo, solidariedade, respeito, bom senso, estes devem ser valores e sentimentos presente não só no nosso agir, mas, também no nosso interagir, vamos estar juntos, participativos, colaborativos, solidários e prontos a pensar coletivamente, abertos a apoiarmos e somarmos, e não o contrário. A frase pode até ser rotulada como um clichê, mas, uma corrente é tão forte quanto o seu elo mais frágil, e se formos fortes, unidos colaborativos e confiantes nas nossas entidades e nos seus dirigentes, se estivermos abertos e dispostos a fazermos a diferença e agirmos com confiança naqueles que escolheram dedicar parte dos seus tempos e de suas vidas a defender e trabalhar por nossa categoria, todos sairemos dessa crise muito mais fortes.

Peço desculpas pelo desabafo, que não quer ser agressivo nem desrespeitoso, mas apenas provocar a reflexão sobre como podemos estar juntos em tempos de distanciamento social.


Joselito Bandeira Vicente é Oficial de Justiça do TJPB, Diretor Vice-Presidente do Sindojus-PB e Diretor Legislativo da Afojebra. 

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