sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

“Somos o inimigo a ser abatido”, avalia oficial de justiça feito refém do tráfico na Baixada Santista

Servidor sofreu ameaça sob a mira de armas e foi proibido de retornar ao local onde foi citar pessoa doente para comparecimento em perícia médica; Sindicato cobra política das administrações para preservar integridade dos oficiais frente às violências, cujos registros triplicaram entre 2017 e 2019.

Intimidação sob a mira de armamento, roubo (especialmente de veículos particulares usados nas diligências), assalto a mão armada, agressão física, ameaça de morte extensiva à família, entre outras violações, são cada vez mais parte da vida funcional dos oficiais de justiça no Estado de São Paulo. Segundo levantamento sobre casos de violência realizado pela própria Diretoria do Foro, em resposta a requerimento do Sintrajud, entre 2017 e 2019 triplicaram os registros formalizados, como pode ser verificado na tabela ao final deste texto.

Diretor de base do Sintrajud no Fórum da Justiça Federal em Santos, o oficial de justiça Luiz Felipe Corrêa Vasques foi a mais recente vítima. O servidor formalizou certidão informando à administração que, no último dia 14, permaneceu “minutos intermináveis” sendo ameaçado e interrogado por traficantes armados com pistolas, no bairro Rádio Clube.

Luiz afirma ainda que foi advertido “de que jamais poderia ter ingressado naquela via sem ter sido autorizado pelos outros traficantes que faziam a guarda do local”, enquanto os homens armados discutiam se executariam ou não o servidor, que levava consigo somente o documento de intimação a uma pessoa que deverá ser submetida a perícia médica para obter benefício previdenciário.

Após identificarem o morador que seria citado, os homens levaram o cidadão à presença de Luiz, que posteriormente foi autorizado a deixar “lentamente” o local, sob o alerta de que “jamais” poderia voltar “sem prévia autorização”, relatou.

“Em nenhum dos caminhos da periferia da Zona Noroeste de Santos é possível entrar sem ser abordado. E vai ser abordado com arma de fogo, não tem jeito. São soldados do tráfico, estão ali para guardar o território, e se a abordagem não for “eficiente” você pode tomar um tiro mesmo. E eles usam armas de grosso calibre: ponto 40, fuzis. E você é o agente do Estado legal, que eles não reconhecem, e que está ali desprotegido, no “estado” que existe, que é o deles. Nós somos o inimigo a ser abatido. Qualquer agente do Estado é um inimigo em potencial a ser abatido”, disse Luiz à reportagem do Sintrajud.

O servidor ressaltou ainda que em casos como esse não há necessidade de expor os oficiais de justiça a riscos. “A intimação deveria se dar na pessoa do advogado, e não por meio de oficiais de justiça. É uma falha [do procedimento]. Tenho certeza de que não é uma falha proposital, mas institucional”, prosseguiu.

Logo que o episódio aconteceu, a primeira preocupação do oficial foi informar o ocorrido a outro colega que tinha mandados a cumprir na mesma localidade. A falta de racionalidade na distribuição dos mandados judiciais, que expõe diversos trabalhadores a ameaças à sua integridade, vem sendo questionada há tempos pelo Sindicato. Outras categorias, como os funcionários dos Correios, já têm rotinas funcionais que desobrigam o trabalhador de ingressar em áreas de risco. Essa é uma das medidas que o Sintrajud e as associações de oficiais vêm buscando efetivar tanto na Justiça Federal de São Paulo como no Judiciário Trabalhista.

Administração reconhece situação insustentável

No dia do evento, Luiz comunicou a Central de Mandados do ocorrido, que informou ao juiz corregedor. Nesta terça-feira (18 de fevereiro) o juiz se reuniu com o servidor e ficou estabelecido que será aberto um procedimento administrativo (Processo SEI) com o objetivo de delimitação das áreas percorridas pelos oficiais de justiça e mapeamento dos riscos durante as diligências. O expediente será ainda enviado à Corregedoria para que sejam adotadas medidas administrativas e de organização do trabalho com vistas a preservar a integridade deste segmento da categoria que exerce solitariamente, e na maioria das vezes utilizando veículo próprio, a função de fazer cumprir as decisões judiciais.

“Tomei conhecimento de uma reunião ocorrida entre os juízes na própria sexta-feira, no dia dos fatos, e estive hoje com o juiz corregedor da Central de Mandados, que me comunicou que abriria um processo SEI para que algumas providências fossem encaminhadas à Corregedoria”, relata.

“Eles reconheceram que a situação é insustentável. Estamos controlados, o estado todo é dominado por uma facção e em geral acabamos acuados sem nem sabermos a quem recorrer. O que aconteceu comigo poderia ter sido pior. A gente não pode tombar, porque tem esposa, filhos, no meu caso tenho mãe idosa, de 82 anos, pessoas que dependem da gente”, contou Luiz, ainda sob o choque dos intermináveis minutos sob ameaça explícita.

O caso tem circulado também em diversos grupos de WhatsApp após o Núcleo de Oficiais de Justiça do Sintrajud ter sido informado. A reportagem do Sindicato buscou assegurar ao servidor o tempo necessário para que se recompusesse do susto antes de ouvi-lo.

Vitimização

Esta não foi primeira violência enfrentada por Luiz Felipe, que ingressou no Judiciário em 1995 como técnico e desde 2004 exerce a função de oficial de justiça avaliador federal após ter sido aprovado em novo concurso. Há cerca de oito anos, o oficial viveu outra ocorrência, na localidade denominada Morro de São Bento. “E foi também no meio do dia, porque a gente sempre procura ir nesses locais em horários de maior movimento. Mas somos a representação do Estado e aí vamos ser sempre vítimas de abordagens violentas, e muitas vezes com arma de fogo”, conta.

A campanha contra a estabilidade no serviço público, intensificada pela mídia e o governo para convencer a população de que seria necessária a ‘reforma’ administrativa construída pelo Planalto, não traz a público situações como a vivida por Luiz Felipe e outros colegas cotidianamente.

O Sintrajud já requereu formalmente aos tribunais medidas de segurança para proteção ao segmento dos oficiais de justiça. Entre as iniciativas propostas estão: a maior publicidade sobre os canais de denúncia das violências sofridas; acompanhamento psicossocial; elaboração de bancos de dados com todas as informações possíveis sobre os casos de violência contra o segmento e regiões de maior incidência em toda subseção (mapeamento de áreas de risco); e treinamento específico para atuação em cenários de ameaça à integridade e à vida.

“Mais um grave e triste episódio que reforça a importância da luta por melhores condições de trabalho e pelo reconhecimento da condição de atividade de risco, que seguiremos exigindo das administrações, que são, em última instância, responsáveis pela segurança, integridade e a vida dos trabalhadores a serviço do judiciário”, informa o diretor do Sindicato e servidor do TRT-2 Tarcisio Ferreira.

Fonte: Sintrajud-SP

Editado em 21/02/2020 às 13:20 horas para correção da imagem que ilustra a postagem. Imagem da internet.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Fórum Trabalhista de Santo André suspende atividades após suicídio nesta quinta (20/02)

Corpo de Bombeiros e Samu foram acionados e óbito foi constatado 

Funcionário do Fórum Trabalhista se joga do 10º andar de prédio em Santo André; Corpo de Bombeiros foi acionado.

Um funcionário do Tribunal Regional do Trabalho se jogou do 10º andar de prédio que fica na rua Monte Casseros, em Santo André, e os expedientes do Fórum estão suspensos nesta quinta-feira (20/02).

“O Fórum Trabalhista de Santo André, na região do ABC Paulista, teve o expediente suspenso nesta quinta-feira. As audiências serão redesignadas e os prazos processuais ficam suspensos (inclusive PJe). As novas designações das audiências serão regularmente comunicadas às partes e aos seus procuradores, à exceção dos julgamentos, cujas sentenças serão oportunamente publicadas”, informou Rilma Aparecida Hemetério, desembargadora do Trabalho e Presidente do Tribunal.

A Polícia Civil investiga o caso. Ainda não foi revelada a identidade do funcionário.

Roberson Silva dos Santos era funcionário do Tribunal Regional do Trabalho. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Departamento da qual o funcionário pertencia também emitiu uma nota de condolências. “É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento do servidor, conciliador e amigo ROBERSON SILVA DOS SANTOS, lotado no CEJUSC-JT ABC. Nossas condolências à família e amigos enlutados para que encontrem coragem e força para superarem este momento de dor e de grande perda. Declaro nossos agradecimentos e homenagens pela amizade, companheirismo e por todo labor realizado em prol do NUPEMEC-JT/CEJUSC-JT ABC”, afirmou Luiz Antonio Loureiro Travain, Diretor de Sec. NUPEMEC-JT2 – CI 1ª Inst.

Fonte: ABC JORNAL

TJBA lança cartilha de segurança para Oficiais de Justiça


No ano de 2016, o SINDOJUS-BA, Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado da Bahia, solicitou ao TJBA que sua comissão de segurança confeccionasse um manual no qual constasse orientações e procedimentos de segurança durante os diversos tipos de diligências aos quais a categoria se expõe cotidianamente.

Ao final de 2019, mas anexado ao processo recentemente, a Comissão Permanente de Segurança do Tribunal de Justiça finalmente terminou de elaborar a primeira versão da cartilha intitulada Procedimentos de Segurança para Oficiais de Justiça. Foram abordados aspectos como legislação específica, estudo do local, planejamento e abordagem em diligências, defesa pessoal e uso do veículo automotivo.


Apesar da flagrante ausência, neste início, de servidores do oficialato ou representante do sindicato específico dessa categoria, o que poderia complementar e detalhar as diversas situações que este profissional encontra nas ruas, o SINDOJUS-BA não poderia deixar de parabenizar o Tribunal de Justiça da Bahia por ter atendido a este pedido e com isso ter desenvolvido o primeiro material do tipo entre todos os tribunais de justiça estaduais.

A partir de agora, a discussão constante sobre segurança da categoria e a elaboração e enriquecimento desta cartilha ganham um caráter oficial com o apoio do TJBA.

Fonte: Sindojus-BA

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Temas específicos dos Oficiais de Justiça são abordados durante Encontro Regional do Sitraemg


Temas específicos dos Oficiais de Justiça como segurança e os riscos da função e VPNI X GAE foram abordados durante o Encontro Regional promovido pelo Sitraemg em Belo Horizonte.

As pautas foram apresentadas pela presidenta da Assojaf-MG e conselheira do sindicato Paula Drumond Meniconi e pelo diretor jurídico da associação, Geraldo Magela.

O Oficial de Justiça e coordenador do Sitraemg Hélio Diogo e o psicólogo Arthur Lobato, do Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) também compuseram o painel sobre “Violência e segurança no trabalho dos Oficiais de Justiça, assédio moral, riscos psicossociais e outros informes específicos da categoria”.

Hélio Diogo atua como Oficial de Justiça há 25 anos e ressaltou que “para cumprir os mandados somos submetidos a violência verbal que, em diversas vezes, dói mais que a agressão física”.

A presidenta Paula Meniconi comentou a afirmação do ministro Paulo Guedes que chamou os servidores de “parasitas”. De acordo com ela, “essa violência coletiva será sentida, individualmente, ao desempenhar a nossa função. Vão falar ‘lá vem a parasita’, além do que já passamos e ouvimos por ser uma visita odiada e indesejada”, enfatizou.

O psicólogo Arthur Lobato destacou que uma das características que diferencia o Oficial de Justiça do servidor é o trabalho externo. “A questão é além da violência visível, como ser agredido, existe também a violência invisível por meio das humilhações. É importante o Oficial fazer o registro no Tribunal relatando o assalto, capotamento de veículo, entre outras situações para mostrar a atual realidade em busca de soluções”.


Ainda durante o encontro, o diretor jurídico da Assojaf-MG deu detalhes da atuação em favor da manutenção do pagamento da VPNI e GAE aos Oficiais federais de Minas. Geraldo explicou sobre as reuniões ocorridas com as Administrações do TRT-3 e TRF e do empenho da associação na defesa dos associados.

“Este é um tema que tem causado grande preocupação para os Oficiais de Justiça em todo o Brasil e a Assojaf-MG atua, desde o primeiro minuto, para garantir a manutenção do pagamento”, finaliza Paula.

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo com informações do Sitraemg

Fonte: Assojaf-MG

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Diretoria da ASSOJAF-GO se reúne com prefeito Iris Rezende em defesa do livre estacionamento

A vice-presidente da ASSOJAF-GO, Fernanda Dias Rocha, esteve, no início desta semana, em audiência com o prefeito Iris Rezende para tratar de projeto que prevê a livre parada e estacionamento dos Oficiais de Justiça, da capital, quando em cumprimento de ordens judiciais. A audiência foi solicitada pela ASSOJAF-GO e pelo vereador Alfredo Bambu (Patriota), que apoia a causa da categoria.

A proposta, que estabelece o livre estacionamento para os Oficiais de Justiça, será analisada pela Procuradoria do Município, que terá, através de justificativa entregue na oportunidade, subsídios que demonstram o mínimo impacto orçamentário para o Município, por um lado, e o grande benefício para os Oficiais de Justiça e a própria prestação jurisdicional, por outro.

"Nos próximos meses, o pleito da ASSOJAF-GO será analisado pelo Município. Fomos muito bem recebidos pelo prefeito Iris Rezende, que se mostrou sensível à causa do oficialato. O pleito é justo e já está em aplicação em várias outras capitais brasileiras", cita Fernanda Rocha.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ASSOJAF-GO | Ampli Comunicação

TJPE nomeia 30 Oficiais de Justiça

A maioria tomou posse no mês de Janeiro


O quadro de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco foi reforçado neste mês de janeiro com 25 novos oficiais de Justiça. Todos os convocados foram aprovados no concurso de 2017. As solenidades de posse foram realizadas no Palácio da Justiça, no Centro do Recife.

O Diretor Geral do TJPE, Ricardo Lins, deu as boas-vindas ao grupo. As cerimônias de nomeação dos novos servidores ainda contaram com as presenças de diretores de departamentos da Justiça, familiares dos novos Oficiais e da direção do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Pernambuco.

“É com muita alegria que recebemos nossos novos colegas. Será de grande importância a chegada deles para nossa categoria", comentou Glaucio Angelim, presidente do SindoJus-PE. Ele ainda adiantou que continuará na luta para que mais concursados sejam nomeados. “O primeiro e grande passo já foi dado com essas nomeações, pois o concurso era cadastro de reserva. Agora iremos pedir novo relatório das necessidades e iremos visitar os polos para conversarmos com os nossos colegas Oficiais de Justiça”, concluiu.

Os novos servidores se juntaram aos outros três oficiais, nomeados em outubro do ano passado, e já começaram a atuar em mais de nove Polos do Estado. Uma das oficialas de Justiça empossadas foi a servidora Gabriella Myllayne. Desde o ano passado, Gabriella já trabalhava como analista no TJPE. “Optei por ser oficiala pela flexibilidade que o cargo oferece e pela excelente estrutura em Palmares, onde estou lotada”, contou.

Cecília Maria, também empossada no começo do mês ressaltou a vontade de contribuir para o fortalecimento do Judiciário. “Muito contente por esta conquista profissional, já estou muito feliz de começar a exercer a função e somar com os profissionais”, disse. A nova oficiala também comentou sobre o Sindojus-PE. “A gente acompanhou a luta de toda direção do Sindicato para conseguirmos ser nomeados e o amor e a dedicação com que todos trabalham. Então, nós, novatos, resolvemos nos filiar. E estamos muito felizes em já chegar sabendo que temos uma boa representação”, finalizou.

Fonte: Sindojus-PE

Oficial de Justiça fica sob a mira de armas de criminosos durante o cumprimento de mandado de intimação em Santos


O Oficial da Justiça Federal de Santos, litoral de São Paulo, Felipe Vasques, foi ameaçado por traficantes durante o cumprimento de um Mandado de Intimação na periferia daquela cidade.

Segundo o Oficial, por volta de meio dia da última sexta-feira (14), ele esteve no local conhecido como Caminho da Capela, no bairro Rádio Clube, para a diligência. “Ao me aproximar da entrada da via me deparei com dois contendores de lixo bloqueando a rua. Contornei pela direita, pois estava de motocicleta, e após percorrer cerca de 10 metros fui violentamente abordado por traficantes armados com pistolas”, conta.

Sob a mira das armas, os homens ordenaram que ele descesse da motocicleta, sendo conduzido até uma viela, posteriormente identificada como o endereço do cumprimento da intimação. De acordo com o servidor, os traficantes fizeram um interrogatório para saber o que ele fazia no local e, depois das perguntas, o Oficial de Justiça foi advertido de que jamais poderia ter ingressado naquela via sem a autorização de outros traficantes que faziam a guarda do local.

Na certidão, Felipe explica que como estava concentrado em identificar o local a ser diligenciado não se atentou que ingressava em local controlado pelo tráfico, que não admite a entrada sem controle prévio. “Formou-se ali um aglomerado de traficantes que decidiam se deviam ou não me executar”, lembra.

Desesperado, o servidor argumentava que estava ali para a intimação de uma pessoa doente que deveria comparecer em uma perícia para conseguir um benefício da previdência. “Esclarecia, desesperadamente, que eu não representava nenhum risco naquele local, só queria fazer o meu trabalho. Pedi autorização para retornar à motocicleta e exibir o mandado com os dados do morador do local. Depois de autorizado, identificaram que o intimando realmente residia naquela viela e foram buscá-lo para que recebesse a intimação”. 

Ainda sem saber se seria morto ou sairia vivo, o Oficial de Justiça procedeu a intimação do autor e, após o procedimento, foi autorizado a deixar lentamente o local sob a ameaça de que jamais retornaria ao local sem prévia autorização. “Mal conseguindo me sustentar em cima da motocicleta, subjugado e transtornado pelos acontecimentos, consegui deixar o Caminho da Capela até sair da zona noroeste de Santos e comunicar à Central de Mandados os fatos que nortearam o cumprimento do mandado”, finaliza.     

O Sindojus-DF presta solidariedade ao Oficial de Justiça de Santos e reafirma o empenho para que o Congresso reconheça a atividade de risco exercida pelo oficialato. “Permanecemos empenhados e atuantes para que haja o reconhecimento do risco na atividade", finaliza o presidente Gerardo Lima.



Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Frente Parlamentar em Defesa dos Oficiais de Justiça será lançada no dia 24 de março

Evento será realizado, às 14h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. Ao todo, 213 parlamentares assinaram o requerimento para a criação da Frente, sendo 17 do Ceará

As oficialas Fernanda Garcia e Gabriela Garrido com o deputado Fábio Henrique

Após um incansável trabalho realizado junto aos parlamentares no Congresso Nacional será realizado, no dia 24 de março, o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Oficiais de Justiça. O evento ocorrerá, das 14h às 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. Com a efetiva criação da Frente, oficiais e oficialas de Justiça de todo o país dão um importante passo na defesa dos direitos da categoria em nível nacional. O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Fábio Henrique (PDT-SE), enaltece que se trata de profissionais extremamente importantes à sociedade, essenciais para que a justiça possa se materializar.

“Eles trabalham no sol, na chuva, em uma atividade extremamente de risco e agora terão uma Frente Parlamentar para que sejam produzidas leis e melhorias visando a dar melhores condições de trabalho a essa categoria”, reforça. Foi ele também o autor do requerimento que solicitou o registro para criação da Frente Parlamentar, o qual contou com assinatura de 213 parlamentares. Destes, 17 são do Ceará: AJ Albuquerque (PP), André Figueiredo (PDT), Capitão Wagner (Pros), Célio Studart (PV), Domingos Neto (PSD), Eduardo Bismarck (PDT), Genecias Noronha (Solidariedade), Heitor Freire (PSL), Idilvan Alencar (PDT), José Airtom Félix Cirilo (PT), José Guimarães (PT), Júnior Mano (PL), Leônidas Cristino (PDT), Pedro Augusto Bezerra (PTB), Roberto Pessoa (PSDB), Ronaldo Martins (Republicanos) e Vaidon Oliveira (Pros).

Mobilização

A coleta de assinaturas aconteceu depois dos diálogos iniciados com os parlamentares durante a Reforma da Previdência e teve à frente as oficialas Fernanda Garcia, do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), e Gabriela Garrido, do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Rio de Janeiro (Sindjustiça-RJ).

“Diante dos constantes ataques que os Oficiais de Justiça vinham sofrendo em todo o país e com o objetivo de concentrar os projetos de lei em tramitação sugerimos ao deputado Fábio Henrique a criação de uma Frente Parlamentar. Logo no primeiro contato ele se mostrou parceiro da categoria e comprou a ideia”, conta Fernanda Garcia. Com a criação da Frente Parlamentar, a diretoria do Sindojus observa que não haverá mais ações individuais, mas um conjunto de deputados unidos com o intuito de defender e lutar em defesa da categoria.

Semana de Luta

A data para o lançamento da Frente Parlamentar foi escolhida em alusão ao Dia do Oficial de Justiça – celebrado dia 25 de março. Como parte das comemorações será realizada, no Congresso Nacional, a Semana Nacional de Luta dos Oficiais de Justiça, que contará também com uma sessão no Plenário da Câmara dos Deputados, no dia 25, com pronunciamento de alguns parlamentares, entre eles os deputados Fábio Henrique (PDT-SE) e Capitão Wagner (Pros-CE).

Estatuto

A Frente Parlamentar é uma entidade associativa constituída por representantes de todas as correntes de opinião política na Câmara dos Deputados e tem como objetivo defender e apoiar os Oficiais de Justiça estaduais e federais de todo o país, dando voz às suas reivindicações, defendendo suas prerrogativas e lutando pela manutenção de seu importante trabalho, exercido em todo o território nacional em prol da sociedade. A sede fica no Distrito Federal, é instituída sem fins lucrativos e com tempo indeterminado de duração.

São finalidades da Frente Parlamentar: acompanhar e apoiar a atuação dos Oficiais de Justiça, bem como as políticas voltadas para a categoria; promover debates, seminários e outros eventos relacionados com a atuação e as reivindicações; e procurar, de modo contínuo, o aperfeiçoamento da legislação relacionada com a carreira e as atribuições dos Oficiais de Justiça, influindo no processo legislativo a partir das comissões temáticas na Câmara dos Deputados e de seus plenários.

A Frente Parlamentar poderá conceder títulos honoríficos, aprovados em assembleia, a parlamentares, autoridades e pessoas da sociedade em geral que se destacarem nas análises e na prática de políticas em defesa dos Oficiais de Justiça. O órgão de direção é a Assembleia Geral, integrada pelos fundadores e efetivos, todos com direitos iguais de palavra, voto e mandato diretivo, desde que eleitos para os cargos.


Serviço:
Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Oficiais de Justiça
24/03 (terça-feira)
14 horas
Salão Nobre da Câmara dos Deputados

Confira a lista dos 213 deputados que assinaram o requerimento AQUI.

Fonte: Sindojus-CE

PARAÍBA: Desembargadora suspende bloqueio de multa em conta bancária de Oficial de Justiça

Multa de mil reais foi aplicada por Juiz do Trabalho da Paraíba a oficial de Justiça por "falta de notícia" sobre diligência determinada um dia antes

Nesta sexta-feira (14/02) a desembargadora Ana Maria Ferreira Madruga, do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, suspendeu ordem de bloqueio de mil reais, via BACENJUD, na conta-corrente do Oficial de Justiça S.P.N, determinada pelo Juiz do Trabalho Cláudio Pedrosa Nunes da 7ª Vara do Trabalho de Campina Grande/PB, por supostamente o oficial de Justiça não ter dado "notícia" de uma diligência determinada um dia antes da aplicação da multa.

Os fatos:

No dia 13/02/2020, o juiz do trabalho Cláudio Pedrosa Nunes da 7ª Vara do Trabalho de Campina Grande/PB determinou, em um processo de ação trabalhista, uma multa no valor de R$ 1.000,00 a um Oficial de Justiça que, de acordo com o magistrado, “não deu qualquer notícia sobre o cumprimento imediato da ordem datada de 12 de fevereiro de 2020”.

Na decisão, o juiz ainda determinou a realização de BacenJud nas contas do Oficial, “haja vista que eventual recurso, inclusive na orbe administrativa, não tem efeito suspensivo”.

O processo trata do cumprimento de uma diligência realizada no dia 3 de fevereiro quando, segundo a certidão registrada em 6 de fevereiro, o Oficial de Justiça esteve no endereço indicado para a penhora, não sendo possível a realização do bloqueio dos bens de propriedade da empresa executada “porque segundo informação obtida com a proprietária do imóvel, a empresa executada, há muitos anos atrás, propôs alugar o andar de cima de seu imóvel, porém, desistiu da locação”.

No registro, o servidor explica, ainda, que o imóvel indicado na diligência é a residência da proprietária há mais de 30 anos, sendo ocupado pela família. “Por derradeiro, disse-me que desconhece o paradeiro da empresa executada ou de seus sócios”, finaliza a certidão do Oficial de Justiça.

Confira abaixo a decisão da desembargadora Ana Maria Ferreira Madruga proferida nesta sexta-feira (14/02/2020):

InfoJus Brasil: O portal do Oficial de Justiça

PB: Juiz do Trabalho aplica multa de mil reais a oficial de Justiça por "falta de notícia" sobre diligência determinada no dia anterior

Nesta quinta-feira (13/02/2020), o juiz do trabalho Cláudio Pedrosa Nunes determinou, em um processo de ação trabalhista do Fórum de Campina Grande (PB), uma multa no valor de R$ 1.000,00 a um Oficial de Justiça que, de acordo com o magistrado, não deu qualquer notícia sobre o cumprimento imediato da ordem datada de 12 de fevereiro de 2020.

Na decisão, o juiz ainda determina a realização de BacenJud nas contas do Oficial de Justiça, “haja vista que eventual recurso, inclusive na orbe administrativa, não tem efeito suspensivo”.

O processo trata de execução em reclamação trabalhista. A ação trabalhista proposta por A.P.S. contra a empresa F.C.M foi protocolada em 21 de outubro de 2015. A sentença foi proferida em 30 de Agosto de 2016. O início da execução foi determinada em 2 de abril de 2019. Já em 31 de outubro de 2019, ante o insucesso das consultas eletrônicas RENAJUD e INFOJUD, foi determinado a expedição de mandado de penhora, avaliação, remoção e depósito contra a executada.

O despacho de 31 de outubro de 2019 foi cumprido pela Secretaria do Juízo em 21 de janeiro de 2020, com a expedição do mandado de penhora. Ou seja, quase três meses depois de proferido o despacho do juiz.

O mandado foi recebido pelo Oficial de Justiça em 27 de janeiro de 2020 e devolvido no dia 06 de fevereiro de 2020. Ou seja, 09 dias após o recebimento do mandado, o oficial de Justiça efetuou as diligências necessárias e relatou ao Juízo os fatos que impediram a realização da penhora e remoção de bens.

De acordo com o oficial de Justiça, de posse do mandado, foi no endereço indicado como sendo da parte executada no dia 03 de fevereiro de 2020, entretanto, não foi possível realizar o bloqueio de bens da empresa executada “porque segundo informação obtida com a proprietária do imóvel, a empresa executada, há muitos anos atrás, propôs alugar o andar de cima de seu imóvel, porém, desistiu da locação”.

No registro, o servidor explica, ainda, que o imóvel indicado na diligência é a residência da proprietária há mais de 30 anos, sendo ocupado pela família. “Por derradeiro, disse-me que desconhece o paradeiro da empresa executada ou de seus sócios”, finaliza a Certidão.

Local da diligência realizada pelo oficial de Justiça para localização da empresa executada.

Confira a certidão expedida pelo Oficial de Justiça:


Diante das informações do Oficial de Justiça, conforme acima se vê, o Juiz expediu o seguinte despacho:

O despacho acima foi proferido às 07:51 horas da manhã do dia 12/02/2020. O mandado foi expedido e recebido pelo Oficial de Justiça na mesma data às 09 horas da manhã do mesmo dia.

No dia 13/02/2020 às 12:41 horas, um dia depois de expedido o mandado e não constando nos autos a devolução do mandado, o juiz proferiu despacho, sem ouvir o oficial de Justiça, aplicando-lhe multa de mil reais.

Veja o despacho abaixo:


A diretoria da Fenassojaf repudia a decisão proferida pelo magistrado, uma vez que o Oficial de Justiça cumpriu o seu dever e, ao contrário do indicado no processo, registrou a certidão de devolução do mandado com as devidas justificativas pela não ocorrência da penhora.

Para o presidente da Assojaf-PB e diretor da Federação, Ricardo Oliveira da Silva, “é inaceitável que o Oficial de Justiça seja punido por um erro que não cometeu. Somos todos parte de um único Judiciário e estamos sofrendo penalidades descabidas”, afirma.

Mandado de Segurança com pedido de liminar está sendo protocolado nesta sexta (14), contra os atos praticados pelo juiz. De acordo com o documento, a determinação da multa “Com efeito, são preocupantes o constrangimento, assédio moral e coação sofrido pelo impetrante neste cenário em que se encontra. O juiz de Campina Grande/PB extrapolou os limites, humilhando e constrangendo o oficial de justiça no desempenho de suas funções. Trata-se de um absurdo sem precedente no nosso Regional!”.

InfoJus Brasil: O portal do Oficial de Justiça

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