quinta-feira, 11 de julho de 2024

CNJ mantém acórdão do CJF que reconheceu direito ao passivo de quintos incorporados entre 1998 e 2001


Em decisão importante para a categoria, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indeferiu a liminar pedida pela Advocacia da União em processo que visava suspender o pagamento de Quintos aos servidores da Justiça Federal, referente ao Acórdão 0527682.

Trata-se do acórdão do CJF que reconheceu valores reconhecidos administrativamente para servidores da Seção Judiciária do Paraná. A Fenassojaf defende a mesma providência para os Oficiais de Justiça associados da Justiça Federal, que não tenham recebido os valores.

A decisão de agora representa uma importante vitória nesta etapa, porque reconhece a especificidade do caso e destaca que não há evidências de que o CJF esteja descumprindo decisões do STF, em relação aos pagamentos desse passivo mais antigo de quintos.

Segundo o advogado Rudi Cassel, "a assessoria jurídica da entidade defende em seus pedidos que o Tema 395 foi modulado para garantir as incorporações administrativas por segurança jurídica, garantindo-se igualmente o passivo de quem não recebeu anteriormente. Trata-se da modulação dos efeitos do RE 638.112", destaca Cassel.

A Fenassojaf encaminhou memoriais logo após a distribuição do processo ao CNJ, e tem intervenção encaminhada para o pedido de providências, a fim de assegurar o mesmo tratamento aos demais servidores com passivo administrativo reconhecido do período de 98 a 2001.

Pela assessoria jurídica - Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados

InfoJus: com informações da Fenassojaf

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Nova diretoria do Sindojus-CE participa da primeira reunião com o presidente do TJCE

Alteração do PCCR, GEI, convocação de aprovados(as), atualização da IT e o repasse dos valores recolhidos antes da aprovação da lei do FECDOJ foram algumas demandas debatidas


Fotos: Luana Lima/Sindojus Ceará

A diretoria reeleita do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) participou, na última sexta-feira (5), da primeira reunião com o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Abelardo Benevides, oportunidade em que foram apresentados os novos representantes da entidade. Entre eles, o vice-presidente, Edisoneudson Guerra, lotado na Central de Cumprimento de Mandados Judiciais (Ceman) de Fortaleza; e a diretora Virgínia Gurgel, lotada na Ceman de Quixadá. Também participaram do encontro o presidente Vagner Venâncio e o diretor Carlos Eduardo Mello.

Na pauta: a alteração do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR); a Gratificação de Estímulo à Interiorização (GEI) das comarcas vinculadas/agregadas, agregadoras e das três comarcas de entrância final, que ainda não recebem; convocação de mais Oficiais de Justiça; atualização da Indenização de Transporte (IT) e o repasse dos valores recolhidos antes da aprovação da lei do Fundo Especial de Custeio das Despesas com Diligências dos Oficiais de Justiça (FECDOJ); e a segurança dos Oficiais de Justiça no grupo específico do cumprimento dos mandados da Vara de Delitos de Organizações Criminosas (VDOC).

A atualização do PCCR foi o primeiro ponto tratado. O presidente Vagner Venâncio reforçou a importância de a matéria ser levada ao Pleno ainda neste mês de julho. Apesar de não discutir propostas, o chefe da Corte informou que o texto está sendo elaborado a partir das emendas apresentadas pelos(as) desembargadores(as) e que a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) apresentará a redação final à presidência. Ele assegurou que a matéria será levada ao Pleno, mas antes será realizada uma reunião administrativa com os desembargadores e desembargadoras. “A minha luta é para que a gente consiga, mas é isso mesmo, tem que conversar”, explicou o gestor.


Reforço de mão de obra

A convocação de mais Oficiais de Justiça foi outro ponto abordado. Os dirigentes entregaram a lista atualizada das comarcas mais urgentes em termos de déficit e reforçaram a importância de ser chamado o maior número possível de aprovados(as). O desembargador Abelardo Benevides reiterou que haverá novas nomeações de Oficiais de Justiça. “Não vai resolver tudo, mas pelo menos vai melhorar”, destacou.

Com relação ao concurso de remoção em andamento, os representantes da categoria mencionaram a situação da comarca de Quixadá, que nos últimos certames vem apresentando grande número de Oficiais de Justiça inscritos para sair, bem como Tauá e Crateús, e sugeriram, com o objetivo de incentivar os servidores a permanecerem nessas comarcas de difícil provimento, a elevação da Gratificação de Estímulo à Interiorização (GEI) para 20%. Quem é lotado em Quixadá, por exemplo, cobre também Banabuiú, Choró, Ibaretama e Ibicuitinga, e só recebe 5%.

“Comarcas com inúmeras agregadas são as mais difíceis de provimento, portanto, uma adequação dentro da resolução seria muito importante, pois além de torná-las mais atrativas, incentivaria os Oficiais de Justiça a permanecerem nelas”, defendeu o diretor Jurídico Carlos Eduardo Mello.

No tocante à GEI, os representantes defenderam que comarcas vinculadas/agregadas, agregadoras e as três comarcas de entrância final, que ainda não têm a gratificação, passem a ter, além da questão de agregadas e agregadoras, que seja consolidade o índice de 20%. “Esse ajuste é fundamental, haja vista é que o Oficial de Justiça tem mais uma área urbana e rural ou mais de uma para trabalhar”, frisou Vagner Venâncio.

Segurança dos Oficiais de Justiça

Um situação que vem gerando bastante preocupação ao Sindojus é a Portaria Conjunta nº 02/2024, da presidência do TJ e da Corregedoria-Geral da Justiça do Ceará (CGJ-CE), a qual dispõe sobre a designação de um grupo específico de Oficiais de Justiça para o cumprimento de citações e intimações dos mandados oriundos das Vara de Delitos de Organizações Criminosas, a ser cumprido em 11 comarcas do Estado. Os dirigentes solicitaram que seja suspensa qualquer designação de Oficial de Justiça para atuar nessas comarcas, uma vez que pode potencializar os riscos à categoria, até que seja definida uma metodologia de trabalho.


O diretor Jurídico Carlos Eduardo Mello chamou a atenção para a necessidade de um planejamento mais detalhado para a execução desses mandados em territórios desconhecidos, onde os oficiais e oficialas não são reconhecidos pelos moradores daquelas comunidades, intensificando os riscos para esses profissionais.

“É notório o aumento da violência em todas as cidades do Ceará, assim como a guerra de facções locais e nacionais com disputas por território, o que intensifica os desafios enfrentados pelos Oficiais de Justiça no exercício de suas funções. Um estudo mais aprofundando para a operacionalidade no cumprimento desses mandados se faz necessário, para não colocar em risco nenhum Oficial de Justiça”, alertou o diretor.

Acordo de cooperação

A entidade defende ainda que seja firmado um acordo de cooperação entre o TJCE e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) para o cumprimento das ordens judiciais que necessitam de apoio da Polícia Judiciária e da Polícia Militar do Ceará (PMCE), entre eles, mandados de condução coercitiva e mandados de prisão civil, tendo em vista a guerra das facções nos territórios, e que tal medida ocorra especialmente nas comarcas de entrância final, tais como: Sobral, Caucaia, Maracanaú, Juazeiro do Norte e Quixadá. A sugestão da entidade é de que ocorra nos mesmos moldes da comarca de Fortaleza, que conta com a Delegacia de Apoio ao Judiciário.

Atualização da IT

A atualização da Indenização de Transporte (IT), que está há dois anos sem ser reajustada, bem como o repasse dos valores recolhidos antes da aprovação da Lei nº 16.273/2017, que criou o Fundo Especial de Custeio das Despesas com Diligências dos Oficiais de Justiça (FECDOJ), foram outras demandas tratadas. A administração já fez o cálculo da repercussão financeira referente à atualização da parcela nos últimos dois anos. O desembargador Abelardo Benevides ficou de examinar para dar o encaminhamento a esse pleito tão importante para a categoria.

Existe ainda os valores recolhidos no período de janeiro de 2016 a junho de 2017, os quais ainda não foram repassados aos Oficiais de Justiça. O presidente Vagner Venâncio reiterou o pedido de resolução dessa questão e apresentou uma sugestão de alteração legislativa para que a transferência possa ser feita ao FECDOJ por meio das disposições transitórias, permitindo o remanejamento desses valores que contabilmente ainda se encontram no Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização do Poder Judiciário do Estado (Fermoju).

InfoJus: com informações do Sindojus-CE

terça-feira, 9 de julho de 2024

Vitória do SINDIOFICIAIS-ES! Presidente do TJES reconhece a legitimidade de pautas da categoria


Na sessão do Pleno do Tribunal de Justiça do último dia 04 de julho de 2024 presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desembargador Samuel Meira Brasil Júnior, manifestou-se favorável quanto aos pleitos dos oficiais de justiça capixabas. Na ocasião, o auditório estava repleto de Oficiais de Justiça, capitaneados pelo SINDIOFICIAIS-ES, que organizou a mobilização em prol do Risco de Vida (RV) e Indenização de Transporte (IT).

Durante a sessão, mais de 100 oficiais vestiam roupas pretas ou a camisa oficial da manifestação, que traz estampada o tema da pauta principal e histórica da categoria: “Risco de Vida – 40% já!”. Para o oficial de justiça e diretor suplente o Sindicato, Alan Roger Fagundes Caldeira, o comprometimento do Presidente foi reflexo da união da categoria. “Temos certeza de que isso só aconteceu porque todos nós estávamos lá juntos e fomos respeitosos e assertivos. O desembargador Samuel assumiu publicamente o compromisso de dar andamento aos processos. Se comprometeu com a nossa categoria e agora temos condições políticas de acompanhar a evolução desses processos e pleitos”, esclareceu.

Segundo o diretor de Comunicação do Sindicato, Roberto Branquinho Lucas, foi bonito e muito representativo ver o que aconteceu de forma inédita com a realização desse Ato organizado e pacífico, mas questionador e assertivo, dos oficiais que estiveram engajados e unidos para ocuparem o pleno no Tribunal nesta quinta-feira. “Nunca tínhamos visto o que ocorreu neste ato. No final, com todos os filiados do SINDIOFICIAIS-ES se levantando para já ir embora e o presidente ainda parou sua fala para fazer uma menção direta ao nosso Sindicato, fisicamente. Isso eu nunca vi antes”, acrescentou.

Neste momento de júbilo, o presidente e o vice-presidente da FESOJUS-BR, João Batista Fernandes e Eleandro Alves, parabenizam a Diretoria do SINDIOFICIAIS-ES por esta grande vitória. Em recente visita ao Espírito Santo, eles participaram de algumas discussões com a categoria capixaba, colocando todo o apoio da federação na defesa destas questões que agora foram creditadas pela presidente. “Em momentos como esse que percebemos nossa força de união; a vitória de um é a vitória de todos”, completa.
InfoJus: com informações da Fesojus

MG: Mobilização dos oficiais de Justiça - Projeto de lei sobre estacionamento será votado na Câmara Municipal na quarta-feira (10/07)


Na próxima quarta-feira, 10 de julho, às 15 horas, estará em votação na Câmara Municipal de Belo Horizonte o Projeto de Lei (PL 876/2024) de autoria do vereador Wagner Ferreira, que dispõe sobre o licenciamento especial para estacionamento de veículos a serviço da Justiça Comum, Federal ou do Trabalho.

O projeto propõe a revogação do § 3° do art. 1° da Lei n° 8.941, de 20 de setembro de 2004, e visa resolver a questão do estacionamento dos veículos dos Oficiais de Justiça na cidade. Essa medida é essencial para garantir melhores condições de trabalho e facilitar a execução de nossas funções.

Diante da importância dessa votação, o SINDOJUS/MG solicita que todos os Oficiais de Justiça se mobilizem e entrem em contato com os vereadores, solicitando seu apoio para a aprovação desse Projeto de Lei.


InfoJus: com informações do Sindojus-MG

Governador do Mato Grosso sanciona lei que aumenta verba indenizatória de Oficiais de Justiça

A majoração das verbas indenizatórias é vista como uma vitória significativa para os servidores do Poder Judiciário de MT


SecomMT

Governador sanciona lei que aumenta verba indenizatória de Oficiais de Justiça

A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso aprovou, e o governador sancionou, a Lei nº 12.538, de 11 de junho de 2024, que altera a Lei nº 8.814, de 15 de janeiro de 2008. Esta nova legislação traz significativas mudanças no Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCRJ) dos Servidores do Poder Judiciário do Estado, com ênfase na majoração das verbas indenizatórias para cumprimento de mandados da Justiça Gratuita e por atividade externa.

A Lei nº 12.538/2024 promove a majoração dos valores das verbas indenizatórias destinadas aos Oficiais de Justiça e aos Agentes da Infância e Juventude. Esses profissionais são responsáveis pelo cumprimento de mandados da Justiça Gratuita e por atividades externas, respectivamente.

Conforme o Art. 1º da nova lei, as verbas indenizatórias serão ajustadas para refletir melhor as demandas e responsabilidades desses servidores. Esta alteração visa proporcionar uma compensação financeira mais justa pelo trabalho desempenhado, que muitas vezes envolve riscos e deslocamentos constantes.

O Art. 2º da Lei nº 12.538/2024 modifica o parágrafo único do Art. 41 da Lei nº 8.814/2008, que já havia sido alterado pela Lei nº 10.334, de 26 de outubro de 2015. A nova redação visa garantir que as verbas indenizatórias acompanhem a realidade atual dos serviços prestados pelos Oficiais de Justiça e Agentes da Infância e Juventude, refletindo as condições de trabalho e as exigências das funções desempenhadas.

A majoração das verbas indenizatórias é vista como uma vitória significativa para os servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso. As associações representativas dos Oficiais de Justiça e dos Agentes da Infância e Juventude celebraram a aprovação da nova lei, destacando a importância do reconhecimento e valorização do trabalho desses profissionais.

Espera-se que a nova lei não só melhore a condição financeira dos servidores, mas também contribua para a motivação e eficiência no cumprimento de suas funções. A atualização das verbas indenizatórias é um passo crucial para garantir que o Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCRJ) permaneça justo e adequado às necessidades dos servidores e da sociedade.

A Lei nº 12.538/2024 representa um avanço significativo na valorização dos servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, ajustando as verbas indenizatórias de acordo com as exigências atuais de suas funções. "A Assembleia Legislativa e o Governo do Estado demonstram, com essa aprovação, um compromisso com a justiça e a valorização dos profissionais que atuam diretamente no cumprimento das demandas judiciais e na proteção da infância e juventude", externou o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores de Mato Grosso (Sindojus/MT), Jaime Rodrigues.

Rodrigues comemorou a sanção da lei e disse que é uma vitória e uma conquista do sindicato, que continua à frente da defesa da categoria. "Estamos felizes, porque estivemos à frente desta luta. Queremos agradecer ao presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho, e a todos os deputados que não mediram esforços para aprovar esta lei tão importante para nossa categoria", expressou o presidente.

InfoJus: com informações do Sindojus-MT

Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ SP) divulga a classificação final para Oficial de Justiça

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) divulga a classificação final para Oficial de Justiça, de nível superior de escolaridade, com salário inicial de R$ 8,8 mil mais benefícios!

As vagas do concurso Tribunal de Justiça de São Paulo estão distribuídas em diversas cidades, entre as seguintes Circunscrições Judiciárias: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª.

Se interessa pelo certame? Fique e confira a classificação final para Oficial de Justiça do concurso TJ SP!

Onde conferir a classificação final do concurso TJ SP?

Na quinta-feira, 4 de julho, a Fundação Vunesp disponibilizou a tão aguardada classificação final dos aprovados no concurso do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ SP) para o cargo de Oficial de Justiça. O certame, que ofertou 88 vagas imediatas, atraiu milhares de candidatos de diversas regiões do estado.

Os resultados, que foram publicados no site da Fundação Vunesp , trazem a relação dos aprovados conforme cada Região Administrativa Judiciária (RAJ). A seguir, confira a classificação final:


Os candidatos aprovados no concurso TJ SP deverão ficar atentos às próximas etapas do processo, que incluem a convocação para a posse e início das atividades.

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Qual é o salário de um Oficial de Justiça do TJ SP?

Os aprovados para o cargo de Oficial de Justiça no concurso TJ SP cumprirão uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, recebendo uma remuneração inicial de R$ 8.804,85. Além do salário base, os servidores terão acesso a uma série de benefícios que complementam sua renda mensal.

Entre os benefícios oferecidos estão o auxílio-alimentação no valor de R$ 1.320,00, calculado para 22 dias de trabalho mensal, equivalente a R$ 60 por dia. Além disso, os funcionários terão direito a auxílio-saúde, vale transporte, auxílio-creche e adicionais de qualificação, visando incentivar o desenvolvimento contínuo e aperfeiçoamento profissional.

De acordo com a política de progressão de carreira estabelecida, os Oficiais de Justiça têm a possibilidade de alcançar uma remuneração de até R$ 9.930,83, mediante a qualificação e experiência adquirida ao longo do tempo no serviço público.

O que faz um Oficial de Justiça do TJ SP?

As atribuições do cargo de Oficial de Justiça incluem uma variedade de responsabilidades essenciais para o funcionamento do sistema judiciário. Entre as principais funções, o Oficial de Justiça será encarregado de executar tarefas como citações, prisões, penhoras, arrestos e outras diligências necessárias ao seu ofício.

De acordo com o edital do concurso TJ SP, o Oficial de Justiça deverá registrar todas as ocorrências e decisões pertinentes nos autos processuais, assegurando a documentação completa e precisa de cada procedimento realizado. Além disso, é incumbência do Oficial cumprir todas as determinações emitidas pelo juiz ao qual está subordinado, prestando-lhe auxílio, cobertura e apoio durante a execução das atividades solicitadas.

InfoJus: com informações Nova Concursos

sexta-feira, 5 de julho de 2024

TJMA: Oficiais e oficialas de justiça concluem curso de avaliação judicial de Imóveis urbanos


foto/divulgação: ESMAM

Para garantir maior precisão e eficiência nos procedimentos de avaliações imobiliárias relacionadas aos processos judiciais do Judiciário, a Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) concluiu a primeira turma do curso de Avaliação Judicial de Imóveis Urbanos, direcionado aos oficiais e às oficialas de justiça.

A capacitação destacou métodos e procedimentos inovadores nesse tipo de classificação, considerando outros fatores que influenciam no valor de um imóvel urbano, além da localização, infraestrutura, estado de conservação, considerando os aspectos legais, protocolos e ferramentas tecnológicas que definem e otimizam a atuação dos profissionais envolvidos.

Com abordagem teórica e prática, e duração de 30 horas-aula, o curso foi ministrado na plataforma EAD ESMAM, pelo professor e pesquisador Samuel Jesus de Oliveira, oficial de justiça do TRT 15º Região. O vasto conteúdo apresentado oferece suporte para o cumprimento dos mandados de avaliação de imóveis urbanos com a utilização de planilhas construídas rigorosamente para esse fim, identificação de métodos de avaliação mais adequados em função do tipo de imóvel e contribui para a estruturação de laudos mais precisos.

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

Ao final da capacitação, e como um dos resultados diretos, foi realizada a primeira avaliação de um bem urbano utilizando inferência estatística. Participou do processo o oficial do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), Adoniran de Sousa Pereira, em imóvel loclaizado no bairro Renascença, em São Luís. “Aplicamos cálculos de regressão linear múltipla com o uso de matrizes, produzindo resultados comparáveis aos sistemas consagrados no mercado, como SisDEA e INFER 32”, explica o professor, que acompanhou o procedimento.

Ele acrescenta que a avaliação de bens e direitos é uma tarefa que, para ser corretamente cumprida, exige o conhecimento do tema e das ferramentas necessárias que lhe são próprias. “O uso de inferência estatística que exploramos durante o curso é considerado o ‘padrão-ouro’, sendo atualmente a única metodologia aceita por grandes instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, em seus processos de financiamento”, afirma.

As planilhas utilizadas na capacitação foram desenvolvidas por Oliveira, sendo reconhecidas pelo Conselho Nacional de Justiça, durante a 346ª Sessão Ordinária e publicadas no Portal de Boas Práticas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

CREDIBILIDADE

A oficiala de Justiça Jacyara Rodrigues ressalta que, além do aspecto da conformidade legal, a formação adequada dos oficiais de justiça confere ao trabalho das Centrais de Mandados Judiciais credibilidade perante o Judiciário, advogados e partes envolvidas, garante eficiência no processo judicial e melhor compreensão do mercado imobiliário, além da redução de conflitos.


Para Camila da Costa, que atua na Central de Mandados de Araioses, o curso ampliou e consolidou conhecimentos, abrindo o caminho para que os profissionais apresentem laudos com base em elementos objetivos, guiados pela norma e de forma ágil. “Isso contribui para a melhoria da qualidade da solução dos interesses em litígio. Também parabenizamos a ESMAM pela escolha do formador, que é referência na área das avaliações e estudioso do tema”, enfatiza.

InfoJus: com informações do TJMA

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Fenajufe repudia publicação desrespeitosa e ofensiva do Jornal Folha de S.Paulo contra oficiais de Justiça

O texto é um retrato do que os servidores públicos vêm sofrendo com o crescimento do neoliberalismo e do Estado mínimo no Brasil e no mundo


A Fenajufe repudia veementemente os ataques proferidos contra oficiais e oficialas de Justiça em publicação nessa quinta-feira (27) do Jornal Folha de S.Paulo na coluna do jornalista Ruy Castro. O texto é um desrespeito absoluto às servidoras e servidores que cumprem com excelência função essencial para o cumprimento da lei e na garantia de direitos e justiça à população.

Em sua coluna, o jornalista tão conceituado, baseia-se em dois casos isolados sobre ordens judiciais emitidas contra Marcelinho Carioca e Eduardo Bolsonaro, segundo ele, “dois fujões que a Justiça levou anos procurando para entregar uma intimação a que respondessem por malfeitos”. Sugerindo que a culpa é dos oficiais de justiça, ele profere várias ofensas contra os servidores, chamando-os de “palermas” e “sonâmbulos”, por exemplo.

Em determinado trecho, Ruy Castro refere-se aos oficiais e oficialas de justiça a “farejadores de pistas”, o que demonstra claramente que o jornalista em questão não sabe, de fato, qual é a função desses profissionais que atuam em casos tão complexos, como a busca e apreensão; o cumprimento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha; ordens de acolhimento de menores em situação vulnerável; reintegrações de posse, entre outros.

Os oficiais colocam suas vidas em risco diariamente para cumprirem da melhor forma possível o seu dever perante a sociedade. Para se ter ideia, uma rápida pesquisa no google com a busca “violência contra oficiais de justiça” mostra na prática o que esses servidores têm enfrentado ao longo dos anos.

Além das várias notícias, existem levantamentos sobre o tema. De acordo com a Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais do Estado de Goiás (Assojaf) foram levantadas, entre 2000 e 2021, 189 situações de violência praticadas contra oficiais de Justiça em Estados das cinco regiões do Brasil, aumento de 30,3% dos casos desde 2017.

Em 2023, no município de José Bonifácio/SP, uma oficiala de Justiça da comarca de São José do Rio Preto/SP foi espancada ao entregar uma ordem de medida protetiva contra um investigado por violência doméstica. O caso chocou a população na época quando imprensa divulgou o mandado enxarcado de sangue da oficiala que sofreu uma fratura no nariz e ferimentos no rosto.

Diante disso, fica a pergunta: por que um jornalista com uma carreira tão respeitada não abordou esses dados em seu texto? Ora, claramente tal atitude é apenas um retrato do que os servidores públicos de modo geral vêm sofrendo com o crescimento do neoliberalismo e do Estado mínimo diante da expansão da extrema direita no Brasil e no mundo.

InfoJus: com informações da Fenajufe

ARTIGO: Uma abordagem sobre o 25º Congresso Internacional dos Oficiais de Justiça

O oficial de justiça Ivo Oliveira Farias destaca a representatividade brasileira no fórum de debates que reuniu, no Rio de Janeiro, oficiais de 53 países, em maio.

Uma abordagem conjuntural e histórica sobre o 25º Congresso Internacional dos Oficiais de Justiça

Por Ivo Oliveira Farias*

Essa inserção do Brasil na União Internacional dos Oficiais de Justiça, que existe há 72 anos, era algo inevitável e natural num mundo globalizado, onde até recentemente participavam apenas países da Europa, Oriente Médio, Oriente, África, Austrália, e Estados Unidos e Canadá, na América do Norte.

O Brasil assumiu o pioneirismo na América Latina, não apenas sendo o primeiro a aderir, mas também sendo o primeiro país anfitrião, na América Latina, de um Congresso Internacional dos Oficiais de Justiça — que abrange América do Sul, Central e México, no Norte.

Interessante destacar que foi a primeira vez na história dessa entidade que num Congresso no qual os idiomas oficiais são Inglês e Francês, houve estrutura oficial para tradução simultânea em mais um idioma: o Português. O que se repetirá no próximo Congresso, que é trienal, em 2027, vez que será na pátria mãe da nossa Língua, em Portugal.

Levando-se em conta que o idioma Espanhol é o dos países restantes da América Latina, além da Espanha, na Europa, é algo a se destacar.

Tanto que algumas falas em Espanhol, na parte final do Congresso, quando alguns países da América Latina se pronunciaram por conta da cerimônia de adesão à UIHJ – Union Internationale de Hussiers de Justice, um colega Oficial de Justiça bilíngue, dividindo o microfone, repetiu a fala em Francês ou Inglês, para viabilizar a tradução simultânea.

Nesse aspecto de unidade mundial é um marco que demorou a acontecer, mas coube o pioneirismo ao nosso país, como aderente à UIHJ, assim como Anfitrião de um Congresso Internacional, e também com nosso idioma Português se inserindo na dinâmica de um Congresso, algo inédito, que se repetirá novamente, daqui a três anos, em 2027, na Europa, em Portugal.

Essa é a constatação histórica e conjuntural internacional e nacional desse Congresso Internacional dos Oficiais de Justiça.

* Ivo Oliveira Farias, oficial de justiça aposentado do TRT-2, sobrevivente enlutado pelo suicídio e coordenador do Grupo Luta em Luto de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio; fundador do Sintrajud, foi dirigente do Sindicato.

InfoJus: com informações do Sintrajud

ARTIGO: Reflexões sobre o 25° Congresso Internacional de Oficiais de Justiça

O Oficial de Justiça e dirigente do Sintrajud Marcos Trombeta analisa os debates ocorridos no recente encontro da União Internacional do segmento.

Por Marcos Trombeta*

Estive presente no XXV Congresso Internacional da UIHJ, realizado em maio de 2024, pela primeira vez no Brasil, na condição de observador do Sintrajud.

A entidade organizadora, UIHJ ou Union Internationale des Huissiers de Justice (União Internacional de Oficiais de Justiça) foi fundada na França em 1949 e engloba cerca de 100 entidades representativas de Oficiais de Justiça em diversos países. Seu Congresso Internacional acontece a cada três anos e, neste ano, foi realizado na cidade do Rio de Janeiro. Cabe registrar que durante este Congresso, filiaram-se mais duas entidades brasileiras, a Federação das Entidades Sindicais dos Oficiais de Justiça do Brasil (Fesojus) e a Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil (Afojebra). Até então, a Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenassojaf) era a única filiada à UIHJ no Brasil.

O tema do Congresso foi “Oficial de Justiça: o agente de confiança” ou, em inglês, “The judicial officer: the trusted third party”.

Um dos objetivos manifestos do evento foi trabalhar a definição de Oficial de Justiça como um agente de execução e de “ confiança ”, que atua de forma imparcial e justa em relação às partes do processo, além de abordar a necessidade de multidisciplinariedade e de os profissionais se manterem abertos às novas tecnologias.

Muitas das falas durante as palestras enfatizaram a necessidade de atuação imparcial e neutra, segundo padrões éticos, para conferir credibilidade ao trabalho dos Oficiais de Justiça. A preocupação em conceder tratamento uniforme aos jurisdicionados, sem favorecimentos, precisa ser devidamente contextualizada, conforme veremos adiante.

A UIHJ lançou, alguns anos atrás, o “código mundial de execução”, documento que reúne um conjunto de “regras” de “boas práticas” com a finalidade de servir como modelo para influenciar as legislações nacionais sobre o tema. A este documento foram acrescidas, recentemente, regras acerca da atuação virtual. A ênfase no aspecto da “confiança” se deve a estas novas regras que foram publicadas pela entidade.

Parte das palestras foi dedicada ao e-codex, um sistema de comunicação eletrônica entre os Judiciários de diferentes países da União Europeia, durante as quais foi revelada uma certa preocupação com perda de atribuições. Um palestrante europeu relatou que, dentro da União Europeia, os Oficiais de Justiça de diferentes países se comunicam e enviam documentos diretamente uns para os outros nos casos de cumprimento de decisões judiciais que exijam atos em mais de um país membro.

Houve um relato das atividades da UIHJ, que em síntese foram atuações juntos a organizações internacionais com a finalidade de padronizar e uniformizar o trabalho dos Oficiais de Justiça em diferentes países. De forma geral, a UIHJ apresenta muito interesse em atuar para influenciar órgãos governamentais e legislações, especialmente no âmbito da União Europeia, o que também precisa ser contextualizado.

A abordagem dos palestrantes e suas preocupações só podem ser devidamente compreendidas à luz da realidade profissional dentro da qual exercem as suas atividades. Neste sentido, é fundamental observar que na Europa e em parte da América, inclusive América do Sul, Oficial de Justiça é um profissional liberal que atua mediante autorização do poder público, ou aprovação em concurso, e não propriamente um servidor público remunerado pelo Estado, como ocorre no Brasil. O trabalho é parcialmente parecido, mas o contexto profissional é muito diferente.

Naqueles países, os Oficiais de Justiça podem contar, mediante contratação própria, com um ou mais funcionários para fazerem parte de seu trabalho e ainda detêm elevado poder de decisão em relação às suas atribuições e perante as partes do processo, ao contrário do que acontece no Brasil.

Quanto às regras de conduta ética, houve discussão entre diferentes palestrantes sobre as manifestações dos Oficiais de Justiça nas redes sociais, sendo que parte deles se manifestou no sentido de se impor certa limitação à liberdade de expressão para preservar a imagem pública dos Oficiais. Uma representante africana disse que as manifestações dos Oficiais de Justiça sobre política teriam muito peso e um norte-americano manifestou-se em sentido contrário, numa clara demonstração de que a percepção da relevância social do cargo ou profissão para a sociedade varia conforme cada país.

Um palestrante francês mencionou que os Oficiais de Justiça, em um determinado momento, em seu país, haviam sido obrigados a frequentarem “cursos de jurisprudência” para melhor interpretarem as decisões judiciais. Outra francesa declarou que os Oficiais de Justiça são “mediadores da sociedade” e “garantidores de direitos”, refletindo as atribuições definidas pelo ordenamento jurídico de seu país.

Depois, em uma conversa elucidativa com uma Oficiala portuguesa, esta afirmou que recebe não um mandado para cumprir, mas sim a própria sentença e que precisa interpretá-la e aplicá-la, disse ainda que trabalha em um escritório juntamente com outros profissionais, inclusive advogados, e que, como recebe de acordo com o trabalho realizado, tem interesse em novas atribuições para os Oficiais de Justiça, uma vez que significa maior ganho econômico.

Naqueles países, como os Oficiais de Justiça são profissionais liberais, existe a possibilidade de credores/exequentes se tornarem clientes e, com isso, estabelecerem uma relação econômica/contratual próxima. Então, imagine-se um banco ou uma empresa que tenha muitos processos de execução, o Oficial de Justiça que vier a ser contratado poderia ficar tentado a atuar em benefício de seu cliente e em detrimento da outra parte do processo. Tal problema inexiste no Brasil, uma vez que, por serem servidores públicos, e não partes interessadas, a atuação é neutra em relação às partes do processo.

O próprio regime jurídico dos Oficiais de Justiça no Brasil – com regras próprias e a importante previsão da estabilidade consignada na Constituição Federal – garante atuação imparcial em relação às partes, na condição de funcionários do Estado, sem relações econômicas com os agentes do mercado.

Conclusão: É muito diferente a realidade dos Oficiais de Justiça de outros países em relação ao Brasil, o que exige observarmos com bastante cautela as ideias propagadas pela UIHJ, boa parte das quais são inaplicáveis ao nosso contexto. A ênfase na necessidade de credibilidade e de observância de conduta ética se deve ao fato de que Oficiais de Justiça naqueles países, por terem relações contratuais e econômicas com exequentes (bancos, grandes empresas), podem acabar tendendo a favorecer seus clientes. A preocupação com novas atribuições é basicamente econômica, por maiores ganhos. As demandas junto a órgãos governamentais se justificam por serem profissionais liberais, com grande poder de decisão, o que os leva a algumas preocupações que, dentro do nosso contexto, não fariam sentido, pois são atribuições inerentes às administrações dos tribunais.

* Marcos R. Y. Trombeta, Oficial de Justiça da Justiça Federal da Terceira Região e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo.

InfoJus: com informações do Sintrajud

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