terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mais uma decisão liminar concede porte de arma a oficial de Justiça


O Juiz Federal Hamilton de Sá Dantas, titular da 21ª Vara Federal de Brasília, deferiu nesta segunda-feira, 19/12/2011, liminar em Mandado de Segurança determinando que a Delegada Superintendente do DPF do Distrito Federal conceda porte de arma de fogo de uso permitido ao oficial de Justiça Adalmi Fernandes Carneiro, na forma prevista no art. 10 da Lei 10.826/2003.

Em breve mais detalhes.

Sindicato dos oficiais de justiça de São Paulo (SOJESP) entra na luta pela criação da FENOJUS

SOJESP


Como já foi divulgado pelo SINDOJUS/MG, no início deste mês diretores da entidade participaram de reunião com outros sindicatos dos oficiais de justiça, em Brasília (DF), para discutirem a criação da FENOJUS (Federação Nacional dos Oficiais de Justiça).

Por meio do presidente do SINDIOFICIAIS-ES, Argentino Dias, o SINDOJUS/MG tomou conhecimento da existência do SOJESP (Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo). O sindicato paulista tem seu registro sindical desde 27/12/1991 e seu presidente atual é o oficial de justiça Daniel Franco do Amaral.

O presidente do SINDOJUS/MG, Wander da Costa Ribeiro, entrou em contato com o presidente do SOJESP e este o informou que sua entidade está engajado na luta da categoria e pronta e disposta a se engajar no movimento nacional pela criação da FENOJUS.

Que venha o SOJESP, para o engrandecimento da categoria dos oficiais de justiça.

Fonte: SINDOJUS - MG

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sem reajuste, juízes acusam Dilma de crime de responsabilidade

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) divulgou nota nesta sexta-feira acusando a presidente Dilma Rousseff de cometer "crime de responsabilidade" ao fechar o ano sem conceder reajuste salarial aos magistrados, e dizendo que o Poder Executivo estaria agindo como se fosse "um super-poder ditatorial que pudesse tolher a independência de outro". 

Segundo a Ajufe, ao deixar de conceder o reajuste de 22% defendido pelos juízes a presidente estaria descumprindo o artigo da Constituição Federal que determina o aumento anual do teto do funcionalismo público segundo a inflação. 

A nota acusa a presidente de praticar um "atentado ao estado de direito e ao regime republicano", ao deixar de fora do orçamento da União a proposta orçamentária encaminhada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso. E classifica como "falacioso" o argumento de que não existem recursos para o Judiciário. 

Segundo a entidade, o aumento do salário dos juízes custaria R$ 7,7 bilhões anuais -a nota faz uma comparação dizendo que os magistrados federais arrecadam R$ 10 bilhões anualmente nas varas de execução. Em mais uma crítica ao governo, o texto diz que "R$ 40 bilhões escoaram pela vala da corrupção nos últimos anos apenas na esfera federal" -e sugere que esses recursos poderiam ser investidos na Justiça. 

A entidade também reclama que o governo não aprovou projetos de lei como o que trata da segurança dos magistrados, e aponta que mais de 200 juízes estão ameaçados de morte no país. "Esse estado de coisas determinou duas paralisações da magistratura federal no ano de 2011 e vai determinar novas ações em defesa da Constituição Federal e do Regime Republicano no próximo ano", conclui a nota assinada pelo presidente da Ajufe, Gabriel Wedy. 

FONTE: Maíra Magro - Jornal Valor Econômico

Homens armados invadem TJ-SP e rendem seguranças

Tentativa de Assalto


Homens armados invadiram durante a madrugada desta segunda-feira (19/12) o prédio do Tribunal de Justiça de São Paulo, na Rua Conselheiro Furtado, na região central de São Paulo, onde funciona os gabinetes dos desembargadores da Seção Criminal do TJ. Os criminosos renderam três seguranças e levaram seus revólveres, quatro celulares, os uniformes, dois rádios e as fitas do circuito de segurança.

De acordo com as informações da Polícia Militar, os invasores tentaram explodir os caixas eletrônicos instalados no prédio, mas quando o alarme de incêndio disparou, eles fugiram. Os seguranças não foram feridos. Eles foram encontrados com algemas de plástico. Segundo a Polícia, os criminosos estão foragido.

O Tribunal de Justiça paulista já foi alvo de bandidos em fevereiro deste ano. Dois homens invadiram a unidade do Ipiranga, onde funciona o arquivo de processos, renderam os seguranças e levaram R$ 100 mil do posto bancário local. Na ocasião, os criminosos conseguiram fugir.
Líliam Raña é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 19 de dezembro de 2011

Reajuste do Judiciário não entra no Orçamento

Sem aumento

O reajuste salarial do Judiciário não está no relatório final do Orçamento de 2012, que foi entregue nesta segunda-feira (19/12) pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Senado Federal.

Qualquer acordo para a concessão dos aumentos para servidores da Justiça dependerá, agora, de decisão coletiva dos parlamentares nas próximas votações do relatório final da proposta orçamentária na CMO, na quarta-feira (21/12), e no Plenário do Congresso Nacional, na quinta-feira (22/12).

Chinaglia afirmou que o reajuste não se concretizou por não ter sido apresentada base legal (teria que ser previsto em Projeto de Lei aprovado pelo Congresso). "Nunca tive pretensão de impor negociações. Seria ilusão imaginar que uma pessoa só teria poder de decidir tema tão delicado", disse.

A falta de negociação foi citada por Chinaglia, ao apontar que "todas as categorias profissionais do funcionalismo merecem respeito", mas que, em termos orçamentários, "é preciso trabalhar em consonância com os outros Poderes".

O deputado anunciou que o Orçamento de 2012 terá R$ 21,7 bilhões a mais em investimentos, o que servirá para aumentar a segurança, manter o nível de emprego e proteger o país da crise internacional. Com informações da Agência Senado.
Revista Consultor Jurídico, 19 de dezembro de 2011

19/12/2011 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta segunda

Posse no STF
Os jornais Zero Hora, Estado de Minas, Folha de S.Paulo, Correio Braziliense, O Globo e DCI lembram que a nova ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Maria Weber, toma posse no cargo nesta segunda-feira (19/12), no plenário da Corte. Escolhida pela presidente Dilma Rousseff, Rosa será a terceira mulher da história a se tornar ministra do STF. Ela ocupará a vaga deixada por Ellen Gracie, que decidiu se aposentar em agosto deste ano. Juíza trabalhista de carreira, Rosa é hoje ministra do Tribunal Superior do Trabalho, indicada para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

IBM e CNJ
A multinacional IBM colocou em xeque uma licitação de R$ 86 milhões feita pelo Conselho Nacional de Justiça, comandado pelo ministro Cezar Peluso. A empresa, em ofício encaminhado ao conselho, afirmou haver "grave direcionamento" na licitação para a implantação de uma Central Nacional de Informações Processuais, um banco de dados que reunirá informações de todos os tribunais do país. O diretor do Departamento de Tecnologia e Informação do CNJ, Declieux Dias Dantas, foi exonerado após fazer críticas à licitação, conta o jornal O Estado de S. Paulo.

Foco nos pequenos
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, uma pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência da USP mostrou que os pequenos traficantes ou os usuários de drogas são mais reprimidos pela Polícia do que os grandes traficantes. O levantamento, feito a partir do acompanhamento e análise de 667 autos de flagrante de tráfico de drogas, constatou uma média de 66,5g de drogas encontradas por apreensão. Em apenas 7% das 2.239 apreensões observadas os acusados portavam mais de 100 gramas de maconha e em apenas 6,5% estavam com a mesma quantidade ou mais de cocaína.

Belo Monte
Segundo os jornais DCI e Valor Econômico, o juiz federal Carlos Castro Martins, da 9ª Vara Federal no Pará, determinou que sejam retomadas as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A decisão reconsidera liminar do próprio magistrado, que havia suspendido, em setembro, as obras da usina no curso do Rio Xingu por entender que ameaçavam o transporte da população local e poderiam causar danos irreversíveis. Clique aqui para ler mais na ConJur.

Fidelidade ignorada
Em vigor desde 2007, a regra que impõe fidelidade partidária aos políticos vem se tornando na prática letra morta quando se trata de punir quem troca de legenda, conta o jornal O Estado de S. Paulo. A regra é ignorada em todo o país, apesar de o Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte de Justiça, já ter dado a palavra final: os mandatos pertencem aos partidos e não a quem os exerce. “No sistema de eleições proporcionais, o exercício de um mandato eletivo não é direito pessoal do candidato”, decidiu o STF.

Direito e moda
A advogada americana Susan Scafidi foi pioneira ao criar, há cinco anos, um curso de graduação nos Estados Unidos misturando Direito e moda. Hoje, ela está à frente do Fashion Law Institute, na Universidade de Fordham, em Nova York, primeiro centro do mundo dedicado ao estudo e à oferta de serviços jurídicos para essa indústria. Preocupada em ampliar a proteção legal ao design e às criações inovadoras da moda, Susan defende no Congresso americano a aprovação de uma lei sobre o assunto. Essas e outras atividades tornaram Susan uma das principais referências internacionais da área. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, ela falou sobre as tendências do Direito aplicado à moda.

Maus tratos
Em São Paulo, no início do mês, passou a funcionar um grupo especial de combate a crimes contra animais no Ministério Público Estadual. Dois promotores foram designados para integrar o grupo, que funcionará no Fórum Criminal da Barra Funda: Vania Maria Tuglio e Carlos Henrique Prestes Camargo. A criação, justifica o MP, "nasce em razão do elevado número de ocorrências envolvendo abusos, maus-tratos, ferimento e mutilação de animais, inclusive em ambiente urbano e doméstico, caracterizando a prática de delitos, segundo a Lei 9.605/98". A notícia está no jornal O Globo.

ICMS e internet
A Ordem dos Advogados do Brasil ajuizou no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para extinguir dispositivos da Lei 9.582, de 2011, do estado da Paraíba, que disciplina a cobrança do ICMS nas compras feitas pela internet. O argumento é que a lei cria entraves ao livre trânsito de mercadorias, explica o jornal DCI.

OPINIÃO
Acesso à informação
Artigo de José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, e de Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, publicado no jornal Folha de S.Paulo, diz que “a Lei de Acesso a Informações cria, portanto, as condições para que os cidadãos deixem de ser espectadores e passem a acompanhar de perto o cotidiano do poder público. Tal mudança fortalecerá a fiscalização e o combate à corrupção e a outras formas de desvios que comprometem a eficiência e o adequado funcionamento do Estado”.

COLUNAS
Prova lícita
Do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo: “A 5ª Turma do TST considerou 'lícita' filmagem feita pela Águas Amazonas S.A., fora do local de trabalho, para mostrar que um empregado não estava incapacitado para o serviço, como alegara ao pedir licença. O rapaz, acidentado em 2005, ficou fora até 2008. Depois, apesar de já considerado apto, continuou sem trabalhar e acabou demitido por justa causa. O homem entrou na Justiça, alegando 'violação de direitos'. A empresa, para 'comprovar a justa causa', passou a filmá-lo até em frente de casa”. Segundo o TST, a empresa “não teve a intenção de prejudicar o trabalhador nem de atentar contra sua honra ou imagem”.

Ellen no Rio
De acordo com a mesma coluna, “Ellen Gracie, a ex-presidente do STF, é a mais nova praticante de remo na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Todo dia, chega às 6h da manhã para treinar no Flamengo. Segundo seu treinador, está em forma. Não é fofa?”.

Funções do HC
O Blog do Fred, do jornal Folha de S.Paulo, publica trechos da entrevista concedida pela procuradora Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, chefe da Procuradoria Regional da República da 3ª Região, que engloba São Paulo e Mato Grosso do Sul, à Consultor Jurídico. Clique aqui para ler a entrevista.
Revista Consultor Jurídico, 19 de dezembro de 2011

domingo, 18 de dezembro de 2011

Sindicato no Brasil virou negócio, diz Presidente do TST

"Fui oficial de Justiça, promotor e professor da Universidade Federal do Paraná, até ingressar na magistratura." Clique AQUI e veja a entrevista completa do ministro Oreste Dalazen, Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

Para o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen, a estrutura sindical no Brasil é falha, viciada e atrasada. Em entrevista concedida ao jornalista Paulo Celso Pereira, da revista Veja, Dalazen criticou a demora do Brasil em ratificar a convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho, que trata da liberdade sindical. “Nosso país está entre os poucos de economia capitalista que ainda não o fizeram”, afirmou.

Do modelo sindical vigente, o ministro também criticou a forma como as entidades geram receita. “Eles [os sindicatos] são criados, na maioria, não para representar as categorias, mas com os olhos na receita auferida pela contribuição sindical, que é uma excrescência. É dinheiro público transferido para entidades sindicais que o gastam sem prestar contas.” Por isso, define o modelo brasileiro como “sombrio”.

Dalazen, aos 58 anos, está perto de completar seu primeiro ano na presidência do TST. Lá, orgulha-se da celeridade da resolução dos conflitos trabalhistas pelo tribunal, mas não deixa de lamentar a demora na execução das decisões – gargalo que afeta todo o Judiciário brasileiro.

Fonte: CONJUR

Servidores fazem liminar repercutir em Brasília e prometem lutar até o último segundo por justiça

Em semana de muita pressão e acampamento em Brasília, líder do governo na Câmara diz que decisão sobre Orçamento ainda em aberto

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza, disse que a decisão sobre se haverá previsão orçamentária para os projetos salariais do Judiciário e do MPU ainda não está definida e que o prazo para isso acontecer é o dia 22 de dezembro, data da provável votação do relatório final da Lei Orçamentária de 2012 no Plenário do Congresso Nacional.

O parlamentar disse que a questão segue em aberto e afirmou à reportagem que as negociações estão acontecendo há bastante tempo. Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff mantém “contato permanente” com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso. Vaccarezza, no entanto, se esquivou de emitir opinião sobre qual será o desfecho do caso ou se acredita ser possível a inclusão da previsão de R$ 1 bilhão no Orçamento para os projetos do Judiciário Federal e do Ministério Público da União.

O deputado deu as declarações à reportagem na quarta-feira (14), dois dias antes da presidenta Dilma Rousseff convocar jornalistas e declarar que só haverá aumentos para servidores no ano que vem caso o Congresso Nacional aprove algum projeto até agosto de 2012. Na entrevista coletiva, ela disse que não concorda com aumentos só para alguns setores, numa entrevista em que se negou a comentar os projetos do Judiciário e do MPU em tramitação na Câmara, alegando que seria uma “leviandade” avaliar a situação de outros poderes.

Fonte: SINDJUFE-MT

18/12/2011 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais deste domingo

Em campanha por aumento de salário, juízes e funcionários públicos acusam a presidente Dilma Rousseff de desrespeitar a Constituição ao afirmar que não é hora de reajuste e prometem mobilizações para 2012, caso o Congresso não aprove a elevação das remunerações. As informações são do Estado de S. Paulo. "Possivelmente em 2012 vamos ter muita luta, greve e enfrentamento", afirmou Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef). "O Executivo está se arrogando de uma posição de superpoder ditatorial", disse Gabriel Wedy, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Parados na Justiça
A infinita quantidade de recursos tem feito com que a Justiça demore a se pronunciar, ou nem se pronuncie, nos casos de denúncia por corrupção de ocupantes de cargos públicos. Segundo levantamento do jornal O Globo, existem 15 mil casos de improbidade administrativa em andamento no Judiciário. São 7,6 mil nos tribunais federais e superiores e outros 8 mil nas cortes estaduais. No entanto, apenas 1,1 mil chegaram a ter sentenças definitivas.

Sem roda
A montadora Fiat Automóveis entrou com uma ação na Justiça comum contra a União para reclamar de uma determinação do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC). Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, o órgão ordenou que a empresa fizesse o recall de um modelo do Stillo (soltava a roda quando atingia certa velocidade e causava acidentes) e aplicou multa de R$ 3,2 milhões pela demora em realizar o recall. A Fiat quer indenização por danos morais e de imagem causados pela postura do DPDC.

Posse secreta
Depois de ter a posse autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) adiantou para a quinta-feira (15/12) sua cerimônia de diplomação. Conforme noticia a Folha de S. Paulo, o evento aconteceu no gabinete do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, desembargador Leonardo Tavares. A imprensa não foi avisada.

Terra Santa
Um brasileiro preso nos Estados Unidos desde 2008 foi apontado por reportagem da revista Veja como elo do grupo radical palestino Hamas no Brasil. Segundo conta a Folha de S. Paulo, Shukri Abu Baker, 52, foi condenado a 65 anos de prisão no Texas. Em 1988, ele criou a Fundação Holy Land. Sediada em Dallas e sob registro de entidade filantrópica, seria fachada para financiar o Hamas -considerado organização terrorista pelos EUA.

Limites e recomendações
O Ministério Público de São Paulo incluiu em suas normas recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público para que promotores evitem "externar ou antecipar juízos de valor" sobre apurações em inquéritos civis não concluídos. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a medida foi formalizada no início de dezembro pelo Órgão Especial. Foi recebida por alguns membros do MPF como um atentado à liberdade de expressão.
Revista Consultor Jurídico, 18 de dezembro de 2011

STJ faz apologia ao retrocesso

A administração do tribunal da cidadania aprontou mais uma das suas. Ontem (15), enquanto os servidores estavam no Congresso Nacional lutando por um reajuste legítimo, o ministro Ari Pargendler circulava pedindo dinheiro para obras. Ao que tudo indica, o tribunal da cidadania deu lugar definitivamente ao retrocesso. Não se ouviu falar em momento algum que a atual administração do STJ tenha investido (ou ao menos pretendido investir) nas pessoas – essas sim peças fundamentais para o bom serviço do tribunal. Dessa forma, o STJ contraria totalmente a essência de “cidadania”. 

Infelizmente, as notícias relacionadas ao Superior Tribunal de Justiça dizem respeito à perseguição de servidores, ao corte de ponto, à falta de diálogo, aos obstáculos colocados no caminho dos cidadãos humildes que recorrem ao tribunal em busca de justiça. No entanto, a administração insiste em dar continuidade às decisões equivocadas redimensionando a imagem negativa que o tribunal tem passado não só aos servidores, mas à sociedade. 

A jornada de seis horas tinha sido um passo importante no reconhecimento de que um serviço de qualidade independente do número de horas trabalhadas, mas da forma como essas horas são trabalhadas. Em 2006, o próprio Conselho Nacional de Justiça considerou legal a fixação da jornada de trabalho dos servidores do Poder Judiciário da União, entre o mínimo de 6 e o máximo de 8 horas diárias. 

Para piorar esse cenário, a nova decisão do tribunal cria uma guerra interna uma vez que os servidores que registram ponto eletrônico terão que cumprir obrigatoriamente 7 horas diárias ao contrário daqueles que trabalham com ministros, onde o registro de presença é feito manualmente. Não é possível aceitar um tratamento discriminatório no tribunal da cidadania. O Sindjus não vai ficar calado diante deste gesto autoritário que só traz prejuízos para o quadro funcional do STJ e para os jurisdicionados. 

A mudança na jornada aliada ao lobby feito pelo ministro Pargendler na Câmara ontem demonstrou que as pessoas estão em último lugar na visão estratégica do tribunal, ao menos no que diz respeito à atual gestão. Como pode o tribunal da cidadania fazer apologia à desumanização? A postura reacionária da administração envergonha aqueles que lutam pela democratização do Poder Judiciário.

Fonte: SINDJUS-DF

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