sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Falta de oficiais de justiça impede cumprimento de mandados em Alagoas

Cerca de 67 oficiais precisam entregar 7 mil processos mensalmente.

TJ estuda realização de concurso para aumentar número de profissionais.


Mandados judiciais estão deixando de ser cumpridos em Alagoas porque faltam oficiais de Justiça. Devido à alta demanda, os servidores estão sobrecarregados e por conta disso muitas audiências precisam ser remarcadas.

Só no Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Maceió existem mais de 7 mil processos em tramitação e mais de 500 mandados de intimação e citação para serem enviados às vítimas e aos agressores. Mas como a Vara só possui um oficial de justiça, muitos mandados estão acumulados e com datas vencidas há mais de quatro meses.

Segundo o juiz titular, Zacarias da Silva, seriam necessários seis oficiais para suprir a demanda da Vara conforme exige o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Como os mandados não são entregues, muitas audiências precisam ser remarcadas. “Um só oficial para atender toda a capital, do Pontal do Barra até o Benedito Bentes, fica humanente impossível”, destaca o juiz.

De acordo com a Associação de Oficiais de Justiça de Alagoas, a Central de Mandados da Capital tem hoje 67 oficiais de justiça na ativa. Um número baixo diante da demanda de mandados judiciais que precisam ser entregues pessoalmente às partes envolvidas no processo. A média é de sete mil mandados emitidos por mês.

O diretor de assuntos jurídicos da associação, Yves Henrique Cerqueira Arraes, diz que enquanto os tribunais da Paraíba e de Sergipe distribuem de 60 a 70 mandados por oficial, em Alagoas cada servidor tem que cumprir mais de 100 mandados por mês. Os oficiais reclamam que estão sobrecarregados. “Essa demanda, além do que seria saudável para o cumprimento, acarreta em afastamento de servidor por doença, por stress e além dos fatos corriqueiros inerentes ao cargo, por entrarmos em locais inseguros e dominados pelo narcotráfico.”, revela o diretor.

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), José Carlos Malta Marques, diz que há deficiência de servidores em todos os setores do judiciário e estuda a possibilidade de realizar um concurso público.

“É necessário realizar concurso não só para oficial de justiça, porque o Judiciário de Alagoas está carente de funcionários, bem como de juízes, e isso se deve a uma contingência orçamentária. Nós temos os nossos limites orçamentários, que são muito curtos, muito estreitos, então a gente tem que fazer uma política de compatibilização”, explica o juiz.
 
Fonte: G1 - ALAGOAS

Fenajufe repudia conduta de Joaquim Barbosa

Presidente do STF pediu remoção de funcionária

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) divulgou nota em seu site repudiando a conduta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que recomendou a remoção da servidora Adriana Leineker Costa, lotada no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski , pelo fato de ser esposa de um jornalista desafeto seu.

A Fenajufe afirma que a atitude antiética e com abuso de autoridade partiu, na verdade, do próprio presidente do STF. A nota ressalta que essa atitude é preocupante porque o STF é o guardião dos direitos democráticos e quando um presidente do Supremo Tribunal Federal cede à tentação de perseguir seus inimigos políticos, atacando o cargo da esposa de um deles, o que está em risco é a democracia. Veja abaixo a nota na íntegra.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, pediu o cargo da funcionária Adriana Leineker Costa, lotada no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, alegando conduta "antiética" por parte da servidora.

Segundo Barbosa, a conduta antiética resulta do fato de ela ser casada com Felipe Recondo, do jornal O Estado de S. Paulo. O jornalista é o mesmo que o presidente do STF mandou "chafurdar no lixo" quando investigava gastos extraordinários dos ministros.

Em resumo, a atitude antiética e com abuso de autoridade partiu, na verdade, do próprio presidente do STF, o que muito nos preocupa, já que o STF é o guardião dos direitos democráticos. E quando um presidente do Supremo Tribunal Federal cede à tentação de perseguir seus inimigos políticos, atacando o cargo da esposa de um deles, o que está em risco é a democracia.

Por isso, não poderia a Fenajufe, entidade representativa de todos os servidores do Judiciário Federal, ficar calada, sob pena de este tipo de atitude começar a ser considerada "normal" no regime democrático.

Veja a transcrição do ofício enviado pelo ministro Joaquim Barbosa ao ministro Ricardo Lewandowski: Senhor Ministro,

Durante minha ausência do País, no período de 24 a 30 de setembro passado, Vossa Excelência encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Justiçado Distrito Federal e dos Territórios solicitando prorrogar a cessão de ADRIANA LEINEKER COSTA para continuar exercendo o cargo em comissão de Assessor de Ministro, nível CJ-3.

2. Considerando possuir a servidora relação marital com jornalista setorista de um grande veículo de comunicação, que exerce suas funções nas dependências do Supremo Tribunal Federal utilizando-se da intranet, internet e telefones colocados a sua disposição, reputo antiética sua permanência em cargo em comissão junto a Gabinete de um dos Ministros da Casa, além de constituir situação apta a gerar desequilíbrio na relação entre jornalistas encarregados de cobrir nossa rotina de trabalho.

3. Estando a servidora lotada no Gabinete de Vossa Excelência, agradeceria o obséquio de suas considerações a respeito.

Atenciosamente,

Ministro Joaquim Barbosa Presidente

Segundo a imprensa, a despeito da consulta, o ministro Lewandowski já mandou avisar que não irá reconsiderar a decisão de manter a servidora em seu gabinete.

A Fenajufe manifesta seu mais firme repúdio à atitude autoritária, antiética e anti-democrática por parte do ministro Joaquim Barbosa, que deveria, ao contrário, defender a democracia.
 
Fonte: Jornal do Brasil

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

COMPORTAMENTO: Especialista dá dicas de adaptação ao horário de verão

Apesar de parecer uma mudança pequena, o início do horário de verão pode alterar o funcionamento do organismo, segundo explica Shigueo Yonekura, neurologista com especialização em sono pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A pedido do G1, ele dá algumas dicas para contornar eventual desconforto. O horário de verão começa no domingo (20) em dez estados brasileiros e no Distrito Federal. Neste dia, os relógios devem ser adiantados em uma hora.

“O cérebro segue o ritmo do relógio biológico, que está organizado em um ciclo de 24 horas. A mudança desse padrão desregula o sono e o repouso que ele proporciona”, explica Yonekura. A maioria das pessoas, diz, demora entre três e quatro dias para entrar no novo ritmo e, nesse período, os principais sintomas são sonolência, cansaço, irritabilidade e falta de atenção.

Yonekura conta que a melhor maneira de se adaptar é dormir mais cedo gradualmente, nos dias anteriores à mudança. “Deitar 15 minutos antes na quarta-feira, 30 minutos na quinta, até que isso chegue a uma hora na noite do sábado, é o ideal”, orienta.

As atividades físicas também são aliadas do sono, desde que realizadas com moderação e até duas horas antes de dormir. Sobre a alimentação, a principal dica é evitar consumir café, chá preto, refrigerante, chocolate e demais produtos que contenham cafeína.

Outras práticas consideradas boas pelo médico incluem comer alimentos leves, beber leite morno, evitar televisão e computador pouco antes de dormir, tomar banho refrescante e não levar problemas e preocupações para a cama.

Mudança de horário

O horário de verão começa no domingo (20). Com isso, à meia-noite do sábado (19) para domingo, os relógios devem ser adiantados em uma hora. A mudança vai até o dia 16 de fevereiro de 2014.

Os dez estados afetados são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal. As regiões Norte e Nordeste não participam do horário de verão.
 
 Fonte: G1 (ASSOJAF/GO)

URGENTE: Inscrições abertas para o 2º Ciclo de Capacitação de 2013 do CNJ - vagas limitadas

Clique AQUI e faça a sua matrícula. 

As vagas são limitadas e a preferência é para quem fizer a inscrição primeiro.

O Conselho Nacional de Justiça, por meio do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário, promoverá o 2º Ciclo de Capacitação de 2013, dentro de um Programa Nacional de Capacitação desenvolvido a partir dos resultados levantados na Pesquisa de Educação Corporativa de 2012.

Neste 2º Ciclo de Capacitação, serão oferecidas 7200 vagas, distribuídas entre os seguintes cursos:

Curso Carga-horária Conteúdo Programático Vagas
Improbidade Administrativa 30 Horas
Direito da Infância e Juventude 30 Horas
Direito Constitucional 30 Horas
Lei nº 8.666/1993, Pregão e Sistema de Registro de Preço. 30 Horas
Administração Judiciária 30 Horas
Desenvolvimento de Competências Gerenciais 30 Horas
Gestão de Projetos 30 Horas
Docência On-Line 30 Horas
Ética, uma questão de escolha 24 Horas
Gestão Estratégica com o uso do BSC 30 Horas
Orçamento Público 30 Horas
Processo Penal 30 Horas

As inscrições serão abertas aos servidores e magistrados do Poder Judiciário Nacional, no período de 15 a 18 de outubro de 2013. Os pedidos de inscrição serão analisados, de acordo com os seguintes critérios:

Cada servidor poderá se inscrever em apenas 1 (um) curso;
Para cada curso haverá um cadastro de reserva para vagas remanescentes;
As inscrições serão classificadas por ordem cronológica.

Todos os candidatos contemplados com uma vaga receberão um e-mail informando a confirmação.

Turmas com início em 4, 11 e 18 de novembro. Não perca essa oportunidade!

Com informações do CNJ

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Projeto de Lei concede porte de arma para agentes prisionais e poderá receber emenda para incluir os oficiais de Justiça

Após a postagem de ontem, sobre o porte de arma para agentes penitenciários intitulada: "Agentes penitenciários terão porte de arma fora de serviço", alguns oficiais de Justiça entraram em contato com o Blog InfoJus BRASIL informando que os deputados federais poderão apresentar emendas ao PL 6565/2013 e incluir os oficiais de Justiça entre os servidores públicos que terão porte de arma de fogo institucional.

Entendemos que esta é uma providência que deverá ser encabeçada pelos presidentes das Federações dos Oficiais de Justiça (FENOJUS, FENASSOJAF e FOJEBRA), bem como pelos sindicatos e associações de oficiais de Justiça, pois a entidades possuem assessoria parlamentar e poderão entrar em contato direto com os parlamentares.

Mesmo os oficiais de Justiça que são contra porte e uso de arma de fogo serão beneficiados pela aprovação do porte de arma para a categoria, pois isso não será apenas uma conquista, mas o início de várias conquistas, influenciado na conquista de gratificações por risco de vida e na aposentadoria especial. A aprovação do porte de arma estará reconhecendo, por uma lei, que a atividade do oficial de Justiça é de risco.

Assim, os oficiais de Justiça poderão acionar os presidentes das entidades ou diretamente os deputados federais para a apresentação de uma emenda ao PL 6565/2013 que beneficie os oficiais de Justiça.

InfoJus BRASIL: oficial de justiça, o profissional que leva a Justiça ao cidadão.

CNJ: Gastos do Judiciário com recursos humanos diminui

A despesa total do Poder Judiciário cresceu 7,2% em 2012, chegando a R$ 57,2 bilhões. O valor equivale a 1,3% do PIB nacional e a 3,2% do montante gasto pela União, estados e municípios no ano. Os gastos com Recursos Humanos consumiram R$ 50,75 bilhões, ou 88,7% do orçamento. O percentual vem diminuindo nos últimos anos. Os dados fazem parte do relatório da pesquisa Justiça em Números 2013, divulgado nesta terça-feira (15/10), em Brasília.

Segundo a pesquisa, a Justiça Estadual, que concentra o maior percentual de ações em trâmite, é também a que consome a maior parte dos recursos destinados ao Poder Judiciário: 55% do total (veja mais detalhes no infográfico abaixo). Em segundo lugar está a Justiça do Trabalho, com 21% do orçamento, seguida da Justiça Federal, que fica com 13% do total. A arrecadação do Poder Judiciário em 2012 foi de R$ 23,4 bilhões, o que equivale a 46,5% da despesa total.

Ao analisar os números dos últimos quatro anos, contata-se que houve uma redução do percentual utilizado para pagamento de pessoal, apesar de os gastos do Judiciário com pessoal terem aumentado 6,2% em 2012. Em 2009, as despesas com pessoal representavam 90,8% do orçamento total do Poder Judiciário. Em 2010 consumiram 89,5% e, em 2011, 89,6%. O crescimento dos valores absolutos da despesa com pessoal em 2012 é resultante do aumento de 3,2% no número de magistrados e 6,3% no número de servidores.

Os maiores percentuais de gastos com recursos humanos estão na Justiça do Trabalho e na Justiça Federal, que gastam, respectivamente, 92,2% e 90,7% de seu orçamento com pagamento de pessoal. A Justiça Eleitoral e a Justiça Militar são os ramos que apresentam o menor percentual de gastos com recursos humanos em relação ao seu orçamento total: 82,5% e 83,4%.

O aumento nos gastos com informatização chama a atenção e reflete o esforço de modernização tecnológica do Poder Judiciário. Foram gastos em 2012 R$ 2,6 bilhões em despesas com informática, o que representa um aumento de 33,9% em relação aos gastos do ano passado.

Em média, cada juiz tem 5.618 processos (veja detalhes no infográfico abaixo). De acordo com o relatório, o Poder Judiciário conta com 17.077 magistrados e 390.338 funcionários, entre servidores efetivos, requisitados, comissionados e terceirizados. São nove magistrados e 205 servidores para cada 100 mil habitantes.

Na primeira instância, composta pela Justiça de 1º grau e pelos juizados especiais, atuam 14.410 magistrados (84% do total). Outros 2.379 são desembargadores (14%). Os demais são ministros dos tribunais superiores, juízes das turmas recursais e das turmas regionais de uniformização.

Apesar do crescimento de 3,2% no número de magistrados em 2012, a carga de trabalho por juiz também aumentou 1,8% e hoje é, na média de todo o Judiciário, 5.618 processos para cada magistrado. Levando em conta os dados dos últimos quatro anos, o aumento no volume de processos em trâmite (10,6%) foi superior ao do número de magistrados (5,8%), por isso a tendência de crescimento na carga de trabalho.

Em relação à forma de contratação, 69% dos 390,3 mil funcionários são servidores efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo e 31% são terceirizados, estagiários, juízes leigos e conciliadores. A pesquisa mostra ainda que, da quantidade total de servidores, 78,3% são da área judiciária, ou seja, atuam na área-fim do tribunal.

As duas formas de contratação registraram alta desde 2009: 18,2% de aumento para servidores efetivos, requisitados e comissionados e 39% de aumento para a força de trabalho auxiliar (estagiários, terceirizados, juízes leigos e conciliadores).

A Justiça estadual, que reúne 78% dos processos em tramitação, conta com 70% dos magistrados e 66% dos servidores, o que demonstra uma desproporcionalidade entre a quantidade de litígios, os recursos humanos e também os recursos financeiros, já que absorve 55% do orçamento do Poder Judiciário. O segundo maior quantitativo de pessoal está na Justiça do Trabalho, que tem 19% dos magistrados e 13% dos servidores.

Fonte: FENOJUS

PEC 190/07 deve ir à votação na Câmara no dia 29 de outubro

Fenajufe diz não à PEC 190/07 (Estatuto do Judiciário), que deve ir à votação na Câmara no dia 29 de outubro

As entidades que representam os servidores do Judiciário dos Estados fazem campanha pela aprovação da PEC

Segundo informação da Agência Câmara, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou hoje (16/10) que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 190/07, de sua autoria em parceria com o ex-deputado Flávio Dino, que prevê a criação do Estatuto dos Servidores do Judiciário, será votada pelo Plenário no dia 29 deste mês.

A Fenajufe afirma que isso é um grande motivo de preocupação para a entidade, pois um estatuto único gerará mais prejuízos do que conquistas aos servidores do Judiciário Federal e do Judiciário Estadual. Confira a posição da Fenajufe na Nota Oficial, publicada no dia 15 de outubro.

A PEC, que estava na pauta da sessão extraordinária da Câmara dos Deputados marcada para esta quarta-feira (16/10), foi aprovada em primeiro turno na Câmara, em agosto deste ano. Para ser enviada ao Senado, precisa ter aprovação dos deputados em segundo turno. Por isso a Fenajufe orienta os sindicatos e toda a categoria a pressionarem os deputados para que votem contra a aprovação desta PEC.

A Fenajufe colocou no site da entidade uma carta eletrônica para que os servidores envie aos deputados, veja modelo (clicar aqui). Caso o servidor preencha com nome e email, a carta é simultaneamente enviada a todos os deputados solicitando a rejeição da PEC 190/07.

A Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados (FENAJUD), os sindicatos e associações dos servidores do Judiciário dos Estados fazem campanha pela aprovação da PEC 190. A PEC não garante isonomia salarial entre os entes da federação e caso seja aprovada pela Câmara e pelo Senado Federal o STF terá 360 dias para enviar um projeto de lei complementar ao congresso, provavelmente tratando de direitos e deveres dos servidores do Judiciário nacional.

Vamos esperar para conferir. Votação da PEC 190 no dia 29 de outubro.

InfoJus BRASIL: o oficial de Justiça bem informado

Agentes penitenciários terão porte de arma fora de serviço

Projeto de Lei apresentado pela presidente Dilma concede porte de arma a agentes penitenciários


Na última sexta-feira (11/10), a Presidente Dilma Rousseff apresentou o projeto de lei n.º 6565/2013 que concede porte de arma funcional aos agentes e guardas prisionais, mesmo fora de serviço.

O Projeto de Lei nº 6565/2013, que altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, tramitará em regime de urgência, conforme solicitado pela própria presidente, nos termos do art. 64, §1, da Constituição Federal. Assim, o prazo para apreciação pelos deputados é de até 45 dias.

A presidente Dilma já tinha vetado o porte de arma para os agentes prisionais por duas vezes. No início do mês, por recomendação do Ministério da Justiça, a presidente cortou na íntegra o artigo 28 da Medida Provisória (MP) 615/2013, que garantia o porte de arma de fogo particular ou fornecida pela instituição aos agentes. O artigo 28 havia sido incluído na MP pelo senador Gim Argello (PTB-DF).

No início do ano, em 10/01/2013, Dilma também já havia vetado o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 87/2011, que também propôs o mesmo direito aos servidores penitenciários. O Senado já havia aprovado o PLC 87/2011 em decisão terminativa em 28/11/2012. Também neste veto, a presidente alegou ter ouvido o Ministério da Justiça.

Agora a própria presidente enviou o projeto que concede o porte de arma para os agentes prisionais ao Congresso Nacional, que deverá aprová-lo sem dificuldades, pois já aprovou projetos idênticos por duas vezes.

Com tudo isso espera-se que o Senado Federal aprove o porte de arma para os oficiais de Justiça e que não seja vetado pela presidente Dilma, afinal o PLC 030/2007 aguarda votação há vários anos no Senado.

Confira a íntegra do projeto de Lei:

"PROJETO DE LEI N.º 6565/2013

Altera a Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para conceder porte de arma funcional aos integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º A Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 6º ...............................................................................................................................

§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam:

I - submetidos a regime de dedicação exclusiva;

II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e

III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.

......................................................................................................................................." (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação"

Clique AQUI e veja o andamento do PLC 030/2007 (oficiais de Justiça e outros)

InfoJus BRASIL: o portal dos Oficiais de Justiça

PEC 190: FENAJUD elabora estratégia de votação

Fenajud elabora estratégia de votação da PEC 190 com operadores da matéria

Em razão das dificuldades de votar o segundo turno da PEC 190/07 na Câmara, na última semana, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), uma das autoras da matéria, propôs medida para acertar a data em que a proposta será definitivamente chancelada pela Casa. No plantão da última terça e quarta-feira (9), a deputada sugeriu que os representantes da Federação façam uma reunião estratégica com os operadores da PEC e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para combinar a data certa de votação da proposta.

Desse modo, nesta terça-feira (15), a Fenajud vai realizar reunião com o relator e a autora da PEC, deputados Manoel Júnior (PMDB-PB) e Alice Portugal, respectivamente, para definir a estratégia para votação da matéria em plenário. Os representantes sindicais pretendem ainda manter contatos com os deputados do PMDB Ronaldo Benedet (SC) e Fábio Trad (MS) e, do PSB, Beto Albuquerque (RS), que têm ajudado a entidade na batalha pela aprovação da PEC 190 na Câmara.

“Entendemos que é necessário definir uma data certa para votar a proposta [em segundo turno], pois desse modo poderemos mobilizar os sindicatos a comparecerem à Câmara para acompanhar a votação”, disse o presidente da Fenajud, Valter Macedo. “A ideia, nesse sentido, é agendar uma reunião com Henrique Alves para, com ele, acertarmos uma data certa para votar a PEC. Estamos vindo a Brasília toda semana e a Câmara não vota a proposta”, acrescentou.

As divergências em torno da PEC foram superadas – todos os líderes partidários já anunciaram que votarão favoravelmente à proposta em segundo e último turno –, entretanto, outras agendas no plenário têm atrapalhado a apreciação final da proposição. A PEC 190 continua na pauta extraordinária desta quarta-feira (16), mas não há garantias de votá-la. Daí a necessidade de acertar com o presidente da Câmara uma data para concluir a apreciação da PEC na Casa.

Acertada a data para votação da PEC em segundo turno, a Fenajud fará uma grande mobilização de modo a encher as galerias da Câmara. Fiquem atentos!

Primeiro turno

A proposta foi aprovada em primeiro turno na Câmara, no dia 7 de agosto, por 355 votos favoráveis, 47 contrários e sete abstenções. Para ser aprovada pela Casa Legislativa, a PEC precisa ser votada em segundo e último turno com quórum qualificado de no mínimo 308 votos favoráveis.

Depois dessa votação, a proposta será encaminhada ao exame do Senado Federal, onde será apreciada inicialmente pela Comissão de Constituição e Justiça, órgão deliberativo que também oferece parecer de mérito à proposta de emenda à Constituição (PEC). Finalmente irá à votação em dois turnos no plenário do Senado, onde necessita de no mínimo 49 votos favoráveis para ser aprovada. 

InfoJus BRASIL: Com informações do site da FENAJUD

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