quarta-feira, 10 de agosto de 2022

STF aprova por unanimidade reajuste de 18% para ministros e servidores do Judiciário

Por unanimidade, proposta foi aceita em sessão fechada e vai para aprovação no Congresso


O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou em sessão administrativa nesta quarta-feira (10) o envio ao Poder Legislativo de uma proposta que resultaria na elevação dos salários da magistratura em 18% até julho de 2024.

A proposta prevê o reajuste do salário de um ministro do Supremo, teto do funcionalismo, ao valor de R$ 46,3 mil. Atualmente, o vencimento mensal dos integrantes da corte é de R$ 39,3 mil.

Caso também seja aprovada pelo Congresso, essa elevação provocaria um efeito cascata que elevaria os demais salários dos magistrados do país.

Os ministros também enviarão uma proposta de aumento a servidores da Justiça no mesmo percentual e período.

Os 11 ministros do Supremo votaram de forma favorável ao aumento, pleiteado pelas associações de magistrados e pelos sindicatos dos servidores. A sessão virtual foi fechada ao público e à imprensa.

Relatório apresentado pelo presidente do Supremo, Luiz Fux, aos demais ministros, aponta que as entidades relatam perdas inflacionárias superiores a 30% desde o último reajuste.

Os sindicatos de servidores vêm fazendo manifestações frequentes em frente ao prédio do Supremo nos últimos meses.

Essas entidades afirmaram ao presidente da corte que há "desperdício de investimentos em formação e desenvolvimento dos servidores que deixam os quadros das instituições, bem como a necessidade de gastos com novos processos seletivos, com novos treinamentos, com a identificação de novos talentos".

Fux firma que estudos iniciados no primeiro semestre e realizados em conjunto com os demais tribunais superiores "apontaram a possibilidade de implementação de percentuais próximos de 9% em 2023 e mais 9% em 2024, incluindo servidores e magistrados".

Com isso, a área técnica do Supremo formulou a proposta de aumento, no qual os valores dos vencimentos básicos e dos cargos e das funções comissionadas serão reajustados em 18%, em quatro parcelas não cumulativas, sendo a primeira em abril de 2023 e a última em julho de 2024.

Fux afirma ainda que outros órgãos já tomaram medidas para recomposição salarial, a exemplo do Tribunal de Contas da União, da Polícia Rodoviária Federal, do Banco Central e do Ministério Público Federal.

Segundo ele, com percentuais que variam de 13,5% a 22%, "mas devem ser analisados individualmente porque carreiras como o TCU tiveram recomposições mais recentes do que o Poder Judiciário da União".

O último aumento do salário de magistrados foi aprovado em 2018 e o dos servidores, em 2016.

As propostas serão enviadas ao Congresso para a análise na forma de projeto de lei. A tramitação desse projeto começaria pela Câmara dos Deputados. Depois da aprovação dos parlamentares, a proposta ainda deve ser sancionada pelo presidente da República.

Embora o presidente possa vetar a mudança, o Congresso pode derrubar esse veto.

Além da aprovação do projeto de lei com o aumento dos subsídios dos ministros, há alguns outros passos burocráticos para a elevação dos salários dos demais magistrados: uma portaria conjunta dos presidentes dos tribunais superiores e uma resolução do STF com o subsídio mensal dos magistrados da União.

No próprio STF, o impacto previsto com as duas primeiras parcelas é de R$ 981 mil em 2023, já considerando as verbas previdenciárias para os ministros.

Em relação aos servidores do Supremo, para o ano que vem, o impacto previsto é de R$ 26,3 milhões também considerando verbas previdenciárias.

Ao marcar a sessão, o Supremo informou que, numa eventual proposta aprovada, o aumento deverá ser pago com valores do próprio Poder Judiciário, sem necessidade de repasses.

Além do aumento salarial, o tribunal formou maioria para aprovar a proposta de orçamento do Supremo para 2023, de R$ 850 milhões, que inclui uma recomposição da inflação de 10,9% em relação ao orçamento de 2022, que foi de R$ 767 milhões.

Após a votação, a Fenajufe (que representa servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público) divulgou nota em que afirma que o reajuste proposto não recompõe a inflação, mas alivia as perdas.

"A decisão do STF é o resultado de intensa pressão dos trabalhadores e trabalhadoras do Poder Judiciário da União, que incluiu manifestações em frente ao Supremo, reuniões com a direção da corte, envio de email aos ministros e diversos atos de toda a categoria", afirma.

InfoJus Brasil: Com informações do jornal Folha de S. Paulo

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Corregedoria de Justiça do TJRJ divulga vídeo da solenidade de abertura do VI Enojus

Clique AQUI para visualisar o vídeo.

Corregedor enfatiza atuação dos oficiais de Justiça durante abertura de Encontro Nacional

Corregedor Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo

Participaram da mesa abertura do VI ENOJUS, o presidente do TJRJ, desembargador Henrique Figueira; o corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; a presidente do SINDOJUS/AOJA/RJ – Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Claudete Pessoa; o presidente da AFOJEBRA e oficial de Justiça do TJPA, Edvaldo Lima; e o deputado estadual Felício Laterça.

Durante a abertura, a presidente do SINDOJUS/AOJA/RJ, Claudete Pessoa, agradeceu o apoio institucional da Corregedoria Geral da Justiça. “Conseguimos, ao longo da gestão do corregedor Ricardo Cardozo, eficiência para a categoria. Ferramentas de trabalho foram concedidas que permitem mais produtividade para a categoria”.

O corregedor e o presidente do TJRJ foram aplaudidos de pé pelos oficiais de Justiça presentes no evento. O reconhecimento do trabalho emocionou os magistrados da Alta Administração.

 “O Poder Judiciário não é feito só dos magistrados. Nós somos e temos que ser uma família. Não se faz nada sozinho. Os senhores, oficiais de Justiça, especialmente, são ‘longa manus’ dos magistrados. O tema, aliás, é muito importante para debate: ‘A materialização jurisdicional em todo tempo e lugar´. Exatamente, porque isso é extensão do poder do magistrado. Não existe justiça sem efetividade”, disse o corregedor Ricardo Cardozo ao destacar a importante atuação dos OJAs.

Veja o vídeo no canal da CGJ / TJRJ:

InfoJus Brasil: com informações do Sindojus-Aoja-RJ

Foto: AOJESP

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

JUSTIÇA FEDERAL: UniOficiais e demais entidades conquistam reajuste da indenização de transporte para os Oficiais de Justiça

Valor da Indenização de Transporte dos Oficiais de Justiça da JF passa para o valor de de R$ 2.075,88 a partir de 01/08/2022.


Veja abaixo mensagem do Presidente da UniOficiais:


Prezados Oficiais,

Com alegria, informamos que foi deferido o nosso requerimento (e de mais algumas entidades) de recomposição da indenização de transporte para os Oficiais da Justiça Federal do país inteiro. A partir de 01/08/2022 o valor passa a ser de R$ 2.075,88, um reajuste de mais de 40% em relação ao montante atual de R$ 1.479,47.

Nós ainda insistimos que o valor deveria ser no mínimo de R$ 2.500,00, patamar alcançado pelos Oficiais do STF em requerimento da UniOficiais, mas se alegou impossibilidade orçamentária nesse momento. No entanto, o Conselho da Justiça Federal deixou claro que se trata de mero aumento emergencial para repor as perdas de tantos anos. Contudo, o grupo de trabalho permanece em atividade para alcançar o valor justo e nós continuamos trabalhando para garantir uma indenização que efetivamente cubra as despesas que os Oficiais suportam ao utilizar seu veículo particular para cumprimento dos mandados.

A despeito de ainda considerarmos o valor concedido muito aquém do ideal, no atual contexto entendemos consistir em um precedente importante para estimular a recomposição da indenização de transporte dos Oficiais do TJDFT, Justiça do Trabalho, STJ e STM, ainda que estejamos requerendo valor bem superior em todos os Tribunais.

Esperamos em breve conseguir a justa recomposição da indenização de transporte para todos os Oficiais do Poder Judiciario da União do país. Trata-se de mera reposição dos custos que temos no exercício das nossas atribuições e que se elevaram significativamente pelos aumentos recorrentes da gasolina e demais itens que envolvem a disponibilização de um veículo para o cumprimento de mandados.

Por fim, agradecemos aos Conselheiros pela sensibilidade nesse tema tão importante para os Oficiais de Justiça. E agradecemos ainda aos nossos advogados da Amin Ferraz, Coelho & Thompson Flores Advogados pela dedicação e competência, que têm proporcionado vitórias relevantes para os Oficiais em diversos temas.

Segue abaixo a decisão (Clique AQUI e leia a decisão).

Brasília/DF, 08 de agosto de 2022.

Forte abraço a todos!

Gerardo Alves Lima Filho
Presidente da UniOficiais

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Diretora da AMAERJ participa do Encontro dos Oficiais de Justiça

Juíza Admara Falante | Foto: Matheus Salomão

A juíza Admara Falante Schneider, diretora-adjunta da AMAERJ, participou do 6º Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil (Enojus), nesta sexta-feira (5), na Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio). A magistrada falou sobre sua atuação como coordenadora da Central de Mandados Cíveis da Capital durante a pandemia da Covid-19.

“Para que a Justiça seja realizada é preciso que tenhamos uma engrenagem íntegra, e qualquer dente que seja quebrado, a engrenagem deixa de funcionar adequadamente. O juiz é só um desses dentes. Os oficiais de Justiça são os longa manus do magistrados”, afirmou a juíza.

“Nossa associação tem consciência do trabalho de vocês”, complementou.

A presidente do Sindicato e Associação dos Oficiais de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Sindojus/Aoja/RJ), Claudete Pessoa, disse que “ter a voz de um magistrado reconhecendo a atividade dos oficiais de Justiça faz diferença para a categoria”.

“É uma honra ter a AMAERJ aqui dando atenção aos oficiais de Justiça”, disse Claudete.

Claudete Pessoa e Admara Falante


InfoJus Brasil: com informações da Amaerj

Abaixo-assinado online requer imediata reintegração da Oficiala de Justiça Beatriz Massariol

Um abaixo-assinado eletrônico lançado no portal Petição Pública requer a imediata reintegração da Oficiala de Justiça Beatriz Massariol ao cargo.

Conforme divulgado pela UniOficiais/Sindojus-DF, a servidora da Justiça Federal de São Paulo e sindicalista foi demitida através de uma decisão unilateral da presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, desembargadora Marisa Santos.

A decisão foi publicada em 18 de julho e ignora as condições de saúde da Oficiala de Justiça que, segundo informações, estão relacionadas à gestão e ao trabalho na Central de Mandados Unificada (Ceuni).

A demissão contrariou ainda, o parecer da comissão processante, que entendeu não haver ato grave e não indicou o desligamento de Beatriz Massariol.

Na reivindicação online, os assinantes manifestam ser favoráveis à reintegração da Oficiala e revisão da decisão da presidente do TRF-3. De acordo com o texto, os problemas de saúde enfrentados por Beatriz não podem ser ignorados neste processo e a Administração do Tribunal deveria ter postura de acolhimento, já que em muitos casos o adoecimento tem relação com o trabalho, sendo mais adequado que o Tribunal proporcione aos servidores a oportunidade de se recuperarem, ao invés de impor punição. “Pela reintegração da Beatriz Massariol, já!”, finaliza a manifestação.

O Sindojus-DF foi uma das entidades representativas que manifestou indignação e repúdio pela demissão da servidora, bem como divulgou a irrestrita solidariedade à servidora Beatriz Massariol.

A petição eletrônica pela reintegração da Oficiala de Justiça pode ser assinada AQUI.

Fonte: UniOficiais/Sindojus-DF

Encontro de Oficiais de Justiça discute a valorização da classe

Evento contou com a participação de importantes nomes do judiciário carioca, além de deputados como Felício Laterça (Progressistas).


O VI Encontro de Oficiais de Justiça 2022 (ENOJUS) iniciou ontem (quinta-feira) e termina hoje (sexta-feira, 05/08), reunindo importantes nomes do Judiciário carioca. Na lista de presença, estavam o presidente do TJRJ, Henrique Carlos de Andrade Figueira; o corregedor Geral do TJRJ, Ricardo Rodrigues Cardozo; além de deputados como Felício Laterça (Progressistas).

O objetivo do evento é “discutir a persistência dentro de uma visão profissional e social, superando desafios e evoluindo para primazia da justiça”, e contou com debates e palestras. Felício Laterça, que também já foi policial civil e oficial de justiça, palestrou sobre o poder judiciário e o apoio institucional ao risco profissional da categoria.
Continua após a publicidade

O parlamentar reiterou: “Esse é um encontro muito importante para todos os oficiais de justiça. Trata-se de profissionais que estão cada vez mais engajados, se integrando para poder ter o reconhecimento e a valorização de uma classe.”

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Presidente do TJRJ participa da abertura do VI Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça (Enojus)


Presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, durante sua fala na abertura do VI Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça (Enojus)

Emoção. Esse foi o sentimento que tomou o auditório com a chegada do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, na cerimônia de abertura do VI Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça (Enojus), na manhã desta quinta-feira (4/8), na Barra da Tijuca. Aplaudido de pé e por longos minutos, foi assim a saudação de um auditório lotado ao presidente do TJRJ.

E foi também com a mesma emoção que o corregedor-geral da Justiça do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, foi recepcionado no encontro, que está recebendo 350 oficiais de justiça de todo o país.

Com o tema “Materialização jurisdicional em todo tempo e lugar”, o evento acontece até amanhã (5/8) e tem o objetivo de promover o debate sobre os desafios e as práticas funcionais dos oficiais de Justiça.

O presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, agradeceu o carinho com que foi recebido. Emocionado, desejou a todos os participantes que o evento seja produtivo e disse que novas boas ideias serão sempre acolhidas. O desembargador frisou que ninguém faz justiça sozinho e destacou a participação de todos os funcionários que integram o Poder Judiciário.

“A emoção é muito grande. É o reconhecimento ao vivo do trabalho que essa administração irmanada do Tribunal de Justiça vem fazendo. Nós não conseguimos pensar numa Justiça que não seja com todos os seus partícipes, com todos os seus membros e com todos os seus integrantes, juntos na mesma direção. Ninguém faz Justiça sozinho. Sem vocês e sem os serventuários é impossível fazer o nosso trabalho. O VI Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça é o fórum perfeito para novas ideias. Agradeço de coração pelo carinho e estou emocionado”, finalizou o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira.

PF/MB
Foto: Brunno Dantas/TJRJ

InfoJus Brasil: com informações do TJRJ

ENOJUS: FESOJUS-BR garante presença no Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil


A FESOJUS-BR, representada por Eleandro Alves Almeida, Presidente em exercício, e pelo diretor Luiz Arthur, participa do "Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil - ENOJUS". O evento AFOJEBRA, que acontece nos dias 4 e 5 de agosto, é organizado pelo SINDOJUS/AOJA/RJ objetiva ser canal e lugar de união e projeção de futuro profissional dos agentes públicos que tem a missão social de materializar a decisão judicial. O encontro conta com dois dias de palestras e painéis interativos com temáticas de aprofundamento e projeção profissional para os Oficiais de Justiça de todo Brasil.

TEMA:
MATERIALIZAÇÃO JURISDICIONAL EM TODO TEMPO E LUGAR.

MISSÃO: persistência dentro de uma visão profissional e social, superando desafios e evoluindo para primazia da justiça.

Fonte: Fesojus

AOJESP participa do VI Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil (ENOJUS)

Marcia Sueli de Santi Prado Salesse; Deise Vieira de Souza; Iara Silvia Morro e Cássio Ramalho do Prado

A AOJESP – representada pelo presidente Cássio Ramalho do Prado; pela 1ª secretária Iara Silvia Morro; pela conselheira Marcia Sueli de Santi Prado e pela oficial Deise Vieira de Souza – está participando nos dias 04 e 05 de agosto do VI Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil (ENOJUS), que ocorre na cidade do Rio de Janeiro. Organizado pela AFOJEBRA, AOJA/SINDOJUS-RJ, o evento conta com palestras e debates sobre o oficialato no Brasil, e possui como intuito promover a união e projetar o futuro profissional da categoria.

Corregedor Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Des. Ricardo Rodrigues Cardozo


Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Des. Henrique Carlos de Andrade Figueira

Durante a abertura do evento que acontece no Hotel Mercure localizado na praia da Barra da Tijuca, houve a participação do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Des. Henrique Carlos de Andrade Figueira; e do Corregedor Geral, Des. Ricardo Rodrigues Cardozo. Participa também o Deputado Federal (e Oficial de Justiça) Ricardo Silva, parlamentar que está sempre em defesa dos Oficiais de Justiça, auxiliando a categoria na manutenção dos seus direitos.

Deputado Federal Ricardo Silva

Exaltando a importância do evento nacional, o presidente da AOJESP, Cássio Ramalho do Prado, destacou que “o engrandecimento da categoria se passa por novos conhecimentos e novas atribuições”. Cássio também discorreu sobre a importância de elegermos aliados políticos que tenham verdadeiro compromisso com o serviço público, tanto na esfera estadual como na federal: “Precisamos com urgência trazer a força das casas legislativas para a defesa da nossa classe, elegendo candidatos que estejam realmente integrados com o nosso trabalho e que sejam defensores do serviço público, em especial da categoria dos Oficiais de Justiça”, finalizou o presidente da AOJESP.

InfoJus Brasil: com informações da Aojesp

IV ENOJUS: Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça debate temas de interesse da categoria

Iniciou-se nesta quinta (04) e continua amanhã, sexta-feira (05), o VI Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil (ENOJUS). Promovido pela Afojebra, em parceria com o Sindojus/AOJA/RJ, o evento acontece no Hotel Mercure da Praia da Tijuca, no Rio de Janeiro, e tem o objetivo de debater o futuro da profissão.

Na manhã deste primeiro dia, temas como o porte de arma e defesa pessoal foram apresentados pelo delegado da Polícia Federal e Chefe da Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos, Marcelo Daemon.

Os desafios, carências e atualizações das práticas profissionais também foram tema de conversa com o deputado Ricardo Silva (PSD/SP), integrante da Frente Parlamentar dos Oficiais de Justiça (FPO).

Outros temas como o uso da tecnologia e a inteligência artificial, o Oficial de Justiça e sua relevância mundial e o papel na pacificação social ainda serão explanados durante os dois dias de Encontro.

Para o presidente da UniOficiais/Sindojus-DF, Gerardo Lima, a integração e participação nos eventos da categoria promovem a troca de experiências e agregam novos conhecimentos na atuação do Oficial de Justiça. “Eventos como esse são muito relevantes e fortalecem o nosso segmento”, finaliza.

InfoJus Brasil: com informações UniOficiais/Sindojus-DF


ENQUETE: Ampliação das atribuições dos Oficiais de Justiça

Como já noticiado no portal, o Projeto de Lei n.° 9.609/2018 de autoria do Deputado Efraim Filho (DEM/PB) e seus apensos, amplia e regulamenta novas atribuições aos oficiais de Justiça. O PL 9609/2018 e demais propostas legislativas está na pauta da CCJ da Câmara dos Deputados e tem parecer favorável da Deputada Alê Silva (Republicanos/MG), aguardando votação conclusiva. Se aprovado, vai direto para o Senado. Clique AQUI e veja o relatório a ser votado.

A maioria dos representantes das entidades dos Oficiais de Justiça apoiam o projeto e trabalham pela sua aprovação no Congresso Nacional o mais rápido possível. A tentativa de privatização do Judiciário, patrocinada pelos donos cartórios extrajudiciais, acendeu a luz de alerta.

Já alguns oficiais de Justiça veêm com preocupação a ampliação de suas atribuições, pois estão "abarrotados" de mandados, sendo a maioria dos mandados são de comunicações processuais e que estão paulatinamente ocorrendo por outros meios. O fato é que nenhuma categoria importante quer perder atribuições, mas sim ampliá-las e torná-las exclusivas. Ex., carreiras tributária, de arrecadação, legislativa, policial, etc.


O relatório da Deputada Alê Silva, na forma de substitutivo, propõe a alteração de dispositivos do Código de Processo Civil (CPC), do Código de Processo Penal (CPP), além da Lei Maria da Penha e inclui entre as atribuições dos oficiais de Justiça a mediação e conciliação, bem como permite a atuação como juiz leigo, quanto autorizado pelo juiz e atendidods os requisitos.

O texto ainda permite que o juiz delegue ao oficial de Justiça a realização de inspeções, arrolamentos e arrecadações, podendo ainda utilizar de ferramentas eletrônicas disponíveis para pesquisa e constrição patrimonial.

Na esfera criminal, o oficial de Justiça poderá entre várias atividades, auxiliar o juiz na manutenção da ordem e no exercício do poder de polícia, inclusive em audiências, sessões e inspeções judiciais; fiscalizar as condições da custódia de presos provisórios, bem como a execução de medidas alternativas, penas privativas de liberdade e restritivas de direitos; requisitar, de ofício, o auxílio dos órgãos de segurança pública para a execução das ordens que lhe forem atribuídas, quando necessário; indagar à vítima, nos casos de violência doméstica, sobre a necessidade de subsistência ou a insuficiência das medidas protetivas deferidas; realizar vistorias e lavrar laudos periciais que não exijam conhecimentos extraordinários, no curso do processo, facultada a oitiva de assistentes técnicos.

A proposta ainda prevê mudanças na Lei Maria da Penha e permite que a vítima informe ao oficial de justiça o descumprimento da ordem judicial ou sua insuficiência, o que se comunicará ao juiz, para a tomada das providências devidas.

Enquete: 
Escolha apenas uma opção. Só é permitido votar uma vez:

Você concorda com a ampliação das atribuições dos Oficiais de Justiça?



InfoJus Brasil: o portal dos Oficiais de Justiça do Brasil

Projeto de lei que amplia atribuições dos oficiais de Justiça tem votação adiada na CCJ da Câmara

Foi adiada a votação do Projeto de Lei n.° 9.609/2018 de autoria do Deputado Efraim Filho (DEM/PB) que estabelece novas atribuições aos oficiais de Justiça. O projeto foi apensado a outras propostas legislativas e tem como relatoria na CCJ a Deputada Alê Silva (Republicanos/MG). O projeto continua na pauta da CCJ e não foi deliberado em razão do início da ordem do dia do plenário da Câmara dos Deputados. Clique AQUI e veja o relatório a ser votado.

O relatório, na forma de substitutivo, propõe a alteração de dispositivos do Código de Processo Civil (CPC), do Código de Processo Penal (CPP), além da Lei Maria da Penha e inclui entre as atribuições dos oficiais de Justiça a mediação e conciliação, bem como permite a atuação como juiz leigo, quanto autorizado pelo juiz e atendidods os requisitos.

O texto ainda permite que o juiz delegue ao oficial de Justiça a realização de inspeções, arrolamentos e arrecadações, podendo ainda utilizar de ferramentas eletrônicas disponíveis para pesquisa e constrição patrimonial.

Na esfera criminal, o oficial de Justiça poderá entre várias atividades, auxiliar o juiz na manutenção da ordem e no exercício do poder de polícia, inclusive em audiências, sessões e inspeções judiciais; fiscalizar as condições da custódia de presos provisórios, bem como a execução de medidas alternativas, penas privativas de liberdade e restritivas de direitos; requisitar, de ofício, o auxílio dos órgãos de segurança pública para a execução das ordens que lhe forem atribuídas, quando necessário; indagar à vítima, nos casos de violência doméstica, sobre a necessidade de subsistência ou a insuficiência das medidas protetivas deferidas; realizar vistorias e lavrar laudos periciais que não exijam conhecimentos extraordinários, no curso do processo, facultada a oitiva de assistentes técnicos.

A proposta ainda prevê mudanças na Lei Maria da Penha e permite que a vítima informe ao oficial de justiça o descumprimento da ordem judicial ou sua insuficiência, o que se comunicará ao juiz, para a tomada das providências devidas

InfoJus Brasil: o portal dos Oficiais de Justiça do Brasil.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Fenassojaf: Reunião do Conselho de Representantes debate atuação da federação

A Fenassojaf realizou, na segunda-feira (1º), reunião virtual extraordinária do Conselho de Representantes. Entre os itens analisados, os dirigentes das associações regionais fizeram uma análise das atividades desenvolvidas no Congresso Nacional contra os projetos de lei que tratam da desjudicialização e privatizam o Poder Judiciário.

O presidente João Paulo Zambom falou sobre o PL 1706/2021, que atribui aos tabeliães a comunicação dos atos processuais, para o qual foi apresentado recurso de autoria do Deputado Ricardo Silva: conseguimos, com folga, as assinaturas para viabilizar o recurso.

Falou também sobre o trabalho desempenhado junto aos senadores na semana do dia 11 de julho, quando foi possível o adiamento da análise do PL 6204 para depois do recesso parlamentar.

Para Zambom, a atuação dos Oficiais de Justiça de todo o Brasil foi fundamental para essa conquista. Além disso, o presidente da Fenassojaf chamou a atenção para a importância da representatividade do oficialato nas mobilizações convocadas para os dias 2 e 3 de agosto no Apagão do Judiciário, quando novos atos estão sendo realizados contra a desjudicialização da execução.

Os participantes trataram sobre PL 9609/2018, que atribui novas funções aos Oficiais de Justiça, e esteve em pauta na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. De autoria do deputado Efraim Filho (DEM/PB), a matéria altera o Código de Processo Civil (CPC) de 2015 e o Código de Processo Penal, além da Lei Maria da Penha, para estabelecer as atribuições aos Oficiais. Entre as novas funções, o texto inclui a mediação e conciliação; e a atuação como juiz leigo, quando autorizado pelo juiz, “desde que atendidos os requisitos para a função”.

O presidente da Fenassojaf enfatizou que a matéria altera o cargo, chamando as associações a debaterem o tema em suas bases.

Ainda sobre os projetos de lei que afetam diretamente os Oficiais de Justiça, dirigentes da Associação Nacional reafirmaram a necessidade da presença dos Oficiais de Justiça em Brasília para o acompanhamento e atuação contra a privatização do Judiciário e em favor da valorização do serviço público em benefício do cidadão.

“Devemos manter contato com os parlamentares, principalmente agora no período pré-eleitoral, e não somente quando precisamos deles. Esta proximidade é muito importante”, destacou Zambom.

Outro tema abordado com os participantes foi o reajuste da Indenização de Transporte. O diretor jurídico Fábio da Maia fez um breve histórico das últimas ações promovidas pela Associação Nacional junto aos conselheiros do CSJT e CJF para a conquista da majoração e lembrou que a matéria é item de pauta do Conselho da Justiça Federal em sessão virtual marcada para ocorrer entre esta quarta (03) e sexta-feira (05).

Sobre esse item, o diretor da Aojustra e coordenador da Fenajufe Thiago Gonçalves Duarte falou sobre o trabalho conjunto desempenhado pela Fenassojaf e Fenajufe para a conquista do reajuste.

CONOJAF

O 14º Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF) e o 4º Encontro dos Oficiais Aposentados (ENOJAP) também esteve em pauta na reunião da segunda-feira. O presidente João Paulo Zambom esclareceu sobre a realização do maior evento do oficialato federal, que acontece entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, e conclamou as associações regionais a intensificarem a divulgação do CONOJAF em suas páginas e redes sociais.

João Paulo Zambom também reforçou a convocatória para que as entidades promovam assembleias para a escolha dos delegados que estarão em Arraial D’Ajuda (BA) para a Assembleia Geral Ordinária de 2 de setembro. Leia AQUI a Convocatória

“Esse será o nosso primeiro Congresso presencial após dois anos de pandemia, um momento de debates sobre o nosso cargo e também de reencontro. Por isso, contamos com a presença de todos para esse grande evento”, disse.

FINANCEIRO

Os últimos itens analisados pelos participantes foram o reajuste da mensalidade das associações junto à Fenassojaf e a apresentação do parecer do Conselho Fiscal sobre as contas relativas ao período de agosto a dezembro de 2021 e de janeiro a maio de 2022.

Os dirigentes aprovaram a proposta de reajuste da mensalidade apresentada pela Assojaf-RJ, a partir de janeiro do próximo ano e aprovaram as contas da Fenassojaf.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo
Foto Ilustrativa

InfoJus Brasil: com informações da Fenassojaf

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Polícia prende suspeitos de matar oficial de Justiça em Novo Repartimento (PA)


Na manhã desta segunda-feira (1º) a Polícia Civil do Pará prendeu três suspeitos de envovimento no assassinato do Oficial de Justiça Clayton Martins, do Tribunal de Justiça do Pará, informa o Sindojus-PA e a Afojebra.

Vídeo mostra viaturas da Polícia Civil do Pará chegando à delegacia. Um dos suspeitos está numa cadeira de rodas.


O assassinato do Oficial de Justiça Clauyton Martins, do TJPA, aconteceu no dia 29 de junho, próximo da praça da Vila Tucuruí, no município de Novo Repartimento, no sudoeste do Pará. O oficial de Justiça foi morto em serviço. O nome dos suspeitos não foram divulgados, além disso não foi divulgado como foi a participação dos três no crime.

Ainda no final do mês de junho, o caso passou a ser investigado pela Polícia Civil (PC). A corporação comunicou que pertences da vítima foram subtraídos durante o crime. "Equipes da Superintendência Regional de Tucuruí e da Delegacia de Homicídios de Marabá estão no município para reforçar as investigações, identificar os envolvidos e elucidar o caso", completou a PC em nota.

Confira abaixo a nota publicada pela Afojebra:

"A Polícia Civil do Pará capturou três envolvidos no assassinato do Oficial de Justiça Clayton Martins, na data de hoje. O crime que ocorreu no último dia 29 na cidade de Novo Repartimento-PA. Após as investigações, o caso ganhou novos rumos e vários envolvidos foram presos e diversos mandados de prisões foram expedidos, onde a ação policial continua em andamento. Ao todo, três envolvidos foram presos até o momento. As investigações foram concluídas e segundo o delegado responsável, o crime foi de latrocínio, cometido por uma organização criminosa. O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará, assim como a Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil, continua acompanhando o caso. Na oportunidade, parabenizamos toda a equipe da Polícia Civil do Estado. Ao todo, 24 policiais e 3 delegados estavam envolvidos na elucidação do crime. Uma resposta rápida do estado em casos de crimes bárbaros cometidos contra servidor público é presuposto para a primazia da justiça."

Relembre o caso

Clayton Nazare do Socorro Martins foi alvejado a tiros por dois homens que estavam em uma moto. A Polícia Civil divulgou imagens da dupla supostamente envolvida na morte do oficial de Justiça.

No dia do crime, testemunhas informaram que o servidor público estava na garupa de uma moto quando foi abordado por dois homens em outra motocicleta. Ao reagir ao assalto, o oficial de Justiça foi alvejado com vários tiros. Os dois suspeitos fugiram depois de levarem a arma do oficial e um cordão de ouro da vítima. Um outro motociclista, que acompanhava cleyton, não ficou ferido.

Em nota, o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará lamentou a perda.

“É com profunda tristeza, que o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará, confirma o assassinato do Oficial de Justiça CLAYTON NAZARE DO SOCORRO MARTINS MESQUITA, lotado em Novo Repartimento. Ao tomar conhecimento do fato, imediatamente os diretores saíram em diligência no sentido de identificar a autoria do crime. Diversos setores do Tribunal de Justiça do Pará entraram em contato para prestar apoio, inclusive o Juíz da comarca, Dr. José Jonas Lacerda. O serviço de inteligência do estado já foi acionado para ajudar na elucidação do crime. Ser Oficial de Justiça no Pará, vai além de um desafio, sendo um ato heróico, principalmente na região onde aconteceu o crime. Diversas comarcas contam com pouco efetivo policial, pouca ou nenhuma estrutura para o desenvolvimento da função. Existem mandados judiciais cujo cumprimento da ordem pode superar os 600 km de distância da sede. Mesmo com essa distância, o Oficial de Justiça somente conta com a caneta e a sorte para cumprir todos os tipos de mandados, inclusive de prisão, busca e apreensão e medidas protetivas. Infelizmente o Poder Judiciário não reconhece o Oficial de Justiça como um agente que sofre exposição diariamente. Cumprir ordem judiciais gera conflitos a todo momento, estando o Oficial de Justiça suscetível à fúria da sociedade. O Poder Judiciário, através do seu órgão administrativo, Conselho Nacional de Justiça, deve desenvolver políticas de segurança e aparelhamento dos Tribunais de todo país, inclusive com equipamentos de proteção individual e serviço de inteligência. A morte do oficial de justiça Clayton não pode ficar apenas na estatística, o Oficialato de todo o país tem que cobrar uma resposta dos órgãos competentes. Deixamos através dessa nota, toda a solidariedade aos familiares e amigos do colega Clayton Martins e o sentimento de pesar de toda categoria do Brasil. Que Deus receba o Herói, Clayton Martins, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Pará, que tombou no estrito cumprimento do dever legal”.

InfoJus Brasil: com informações do Sindojus-PA e da Afojebra e portal "O Liberal"

domingo, 31 de julho de 2022

Oficiais de Justiça integram equipe de operação de combate ao trabalho escravo no RS

Rio Grande do Sul teve 26 pessoas em situação análoga à escravidão resgatadas em julho

Já são 140 pessoas resgatadas no estado em 2022, mais que o dobro do registrado em todo 2021. No Brasil, apenas em julho, foram resgatadas mais de 300 pessoas na Operação Resgate.

Por Vitor Rosa, RBS TV

Alojamento em que pessoas eram mantidas em Serafina Corrêa não tinha vidraça em algumas janelas — Foto: Divulgação/MPT-RS

Levantamento divulgado pelo Ministério Público do Trabalho do RS (MPT-RS) nesta quinta-feira (28) dá conta de que 26 pessoas foram resgatadas de trabalhos análogos à escravidão no estado em julho. Nos sete meses do ano, já são cerca de 140 funcionários libertados dessa situação no RS - número que já é quase o dobro do total registrado em 2021, quando 74 situações de trabalho análogo à escravidão foram registrados no RS.

No Brasil, apenas em julho foram resgatadas mais de 300 pessoas na Operação Resgate, com participação do MPT e de outros órgãos federais. No RS, todos os 26 trabalhadores foram encontrados em situação análoga à escravidão em Serafina Corrêa, na Serra do RS. No frio, pessoas que vieram de outros estados dormiam em alojamentos precários, sem água quente pra tomar banho. A carga era de 15 horas de serviço, carregando caixas com mais de 20 kg em um aviário.

A operação no RS teve início em 11 de julho, com foco em um grupo de empresas prestadoras de serviços de um frigorífico da região. Três equipes, compostas de procuradores do trabalho, auditores-fiscais do trabalho, defensor público da união, oficiais de justiça e agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão no escritório da empresa e em um mercado, além da inspeção dos alojamentos.

Trabalho análogo à escravidão: o que é e como denunciar

"A gente saiu daqui indo para lá para tentar dar uma vida melhor para nossa família, para minha mãe e meu pai. Chegou lá, deu errado pra nós", conta um trabalhador que não quis se identificar e saiu do Nordeste para vir ao RS com o irmão em busca de oportunidade.

Os irmãos e outros 24 homens foram enganados com a proposta de emprego em Serafina Corrêa recolhendo aves vivas nas granjas e fazendas fornecedoras de um frigorífico da região. Os resgatados eram todos homens adultos, a maioria vinda de outros estados, como Bahia, São Paulo e Paraná. Havia também dois paraguaios.

Ao chegarem ao Rio Grande do Sul, de acordo com o MPT-RS, os funcionários descobriam que os valores da passagem e do aluguel do alojamento seriam descontados dos salários. Os alojamentos eram cômodos para três trabalhadores sem móveis suficientes para todos, sem roupa de cama, com fiação elétrica exposta e mofo. A alimentação era fornecida por meio de vale-compras, que eram aceitos só em um mercado da cidade.

"A situação dos dois trabalhadores paraguaios era ainda pior do que a dos demais. Além de estarem em situação irregular no país, eles estavam alojados em uma casa sem água quente para o banho, sem vidros em algumas janelas, inclusive no banheiro, onde também não havia porta, em uma localidade que registra baixas temperaturas nesta época do ano", relata a procuradora Franciele D’Ambros.

Os trabalhadores resgatados em Serafina Correa receberam o que tinham direito, conseguiram indenização por dano moral, seguro desemprego e tiveram o vínculo de emprego reconhecido. Já em casa, os irmãos que vieram do nordeste agora procuram um trabalho digno.

"Rapaz, nosso sonho, o meu mesmo, era estudar e ser uma pessoa com um futuro na vida, um trabalho melhor do que esses aí que a gente enfrenta. Conseguir mais uma coisinha que o cara não tem. Aí tem que trabalhar pra conseguir alguma coisa. Meu sonho era estudar mais, que eu estudei pouco tempo, e conseguir tudo que eu não consegui até hoje", diz o homem.

No Rio Grande do Sul, a Operação Resgate mostrou um perfil do trabalho escravo contemporâneo: normalmente em áreas rurais, em atividades econômicas ligadas à produção de alimentos em larga escala e com trabalhadores migrantes de outros estados ou de outros países como vítimas. Aliado a isso, há o aumento expressivo na quantidade.

"É um aumento bastante expressivo, e nós constatamos que isso é decorrência de uma questão histórica. Temos muitos negros, pessoas de baixa escolaridade, muitas pessoas que vêm de uma condição de muita miséria. A fiscalização é a mesma, porém essa situação de miséria e crise generalizada vem levando as pessoas a aceitarem qualquer proposta de acordo, muitas vezes enganosa", diz a procuradora Franciele D’Ambros, da Procuradoria do Trabalho no Município de Uruguaiana

Pessoas resgatadas em 2022 no RS

Postagens populares