quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

12/01/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta

Ordens eletrônicas
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo conta que em tempos de popularização dos smartphones, uma lei que acaba com a distinção entre trabalho dentro da empresa e à distância, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no final de 2011, já gera polêmica entre empregados e empregadores. A legislação, que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho, diz que o uso de celular ou e-mail para contato entre empresas e funcionários equivale, para fins jurídicos, às ordens dadas diretamente aos empregados. Leia mais aqui na Consultor Jurídico.

Cofre do CNJ
Uma nova compra milionária feita pelo Conselho Nacional de Justiça está gerando novas suspeitas entre os integrantes do próprio órgão. Depois de adquirir um sistema de banco de dados no valor de R$ 86 milhões por meio de concorrência colocada sob suspeita, o CNJ comprou, no apagar das luzes de 2011, uma sala-cofre de R$ 8,69 milhões sem licitação. Essa sala-cofre foi comprada no dia 29 de dezembro e será instalada, conforme o CNJ, no prazo de 150 dias, contam os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

Pedido de investigação
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu encaminhar para a primeira instância do Ministério Público Federal o pedido feito pelo DEM para investigar o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho. Gurgel entende que os fatos apresentados pelo partido de oposição devem ser analisados pela primeira instância, pois, ao menos por enquanto, não há indícios da prática de crime.

Bens de Kassab
Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo informam que o Superior Tribunal de Justiça suspendeu a liminar que obrigava a prefeitura de São Paulo a anular o contrato com a Controlar e a realizar uma nova licitação para manter o serviço de inspeção veicular. A decisão suspensa também havia bloqueado os bens do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e de outros réus da ação. Os bens também foram desbloqueados. A decisão  foi do presidente do STJ, ministro Ari Pargendler. Leia mais aqui na ConJur.

COLUNAS
Vende tudo
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, “condenado a 278 anos de prisão sob a acusação de estuprar pacientes, o médico Roger Abdelmassih, foragido da Justiça, deixou para trás uma série de móveis, utensílios e objetos de arte que estão sendo oferecidos à clientela amiga. A família informa que não há risco de, no futuro, os quadros serem confiscados, já que a Justiça suspendeu o bloqueio de bens do médico”.

Vagas no Supremo
O colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, conta que “Dilma vai nomear, ao longo de 2012, mais dois ministros para o STF. As vagas serão abertas com as aposentadorias do atual presidente, Cezar Peluso, e de seu vice, Carlos Ayres Britto. A presidente poderá ainda escolher um terceiro. Há a possibilidade de o relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, ser vetado pelos médicos e ter de pedir aposentadoria. Há também uma quarta vaga à vista: a do ministro Celso de Mello”.

Provador de cigarros
Ainda segundo a coluna, “a 6ª Turma do TRT do Rio condenou a Souza Cruz a indenizar um ex-funcionário em R$ 2 milhões. Por 10 anos, o homem trabalhou como provador. Diz que fumava uns 200 cigarros por dia, quatro vezes por semana. O juiz convocado Leonardo Dias Borges, relator do acórdão, considerou que o ex-funcionário adoeceu por causa do trabalho”. Leia mais aqui na ConJur.

Defesa do CNJ
Da coluna "Panorama Político", do jornal O Globo: “Criador do Conselho Nacional de Justiça, quando era presidente do STF, o ex-ministro Nelson Jobim vai ser o principal orador do ato em defesa do conselho, dia 31, em Brasília, promovido pela OAB nacional. Jobim criou o CNJ para romper o corporativismo das corregedorias dos tribunais de Justiça. Agora, age contra as associações profissionais de juízes, que querem restringir a ação do conselho”.

Contas abertas
O “Blog do Fred”, do jornal Folha de S.Paulo, informa que “sete juízes de direito do Ceará divulgaram mensagem enviada à ministra Eliana Calmon, colocando à disposição seus dados fiscais. A autorização para que os sigilos sejam acessados foi definida como 'sinal de apoio e solidariedade à corajosa atuação' da corregedora nacional de Justiça”.

OPINIÃO
CNJ e irregularidades
Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo conta que “quando o CNJ começou a investigar essas irregularidades, inclusive o pagamento de licenças-prêmio no período em que alguns desembargadores nem sequer pertenciam aos quadros da magistratura, entidades de juízes e dirigentes das Justiças estaduais, com apoio de ministros do Supremo Tribunal Federal, acusaram o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário de promover 'patrulhamento ideológico' e de agir 'como no tempo da ditadura'. A artilharia mais pesada foi disparada pelo ministro Marco Aurélio Mello”.
Revista Consultor Jurídico, 12 de janeiro de 2012

Advogado corrupto

"ATRÁS DE UM JUIZ CORRUPTO, HÁ UM ADVOGADO CORRUPTO"


 "Por trás de um juiz corrupto há, frequentemente, um advogado corrupto", diz  o jurista paulistano Conrado Hubner Mendes em entrevista hoje no jornal O Estado de S.Paulo. "O que explica os privilégios da magistratura, vamos ser sinceros, é o grande poder dessa carreira em se articular na defesa de seus interesses". O jurista destaca o embate que se instalou no Judiciário depois que a corregedora nacional de justiça, Eliana Calmon, afirmou que por aqui circulam "bandidos escondidos atrás da toga".
Fonte: Magno Martins

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MARANHÃO: Reunião discute eficiência da Central de Mandados

Oficiais e juízes em reunião no Fórum

Uma reunião realizada na manhã desta quarta-feira (11) entre a Corregedoria Geral da Justiça, diretoria do Fórum de São Luís e Oficiais de Justiça, no auditório do Fórum Desembargador Sarney Costa, discutiu o trabalho da Central de Mandados. Na pauta, as dificuldades dos oficiais na entrega de mandados. A juíza auxiliar da corregedoria Alice Prazeres e o juiz diretor do Fórum, Sebastião Lima Bonfim, anotaram as reivindicações e sugestões dos oficiais.

De acordo com o oficial de Justiça Daniel Mendes, são muitos os pontos nevrálgicos que merecem atenção especial, entre os quais, dificuldades de condução e de cumprimentos de mandados de prisão. Outro ponto observado pelos oficiais versa sobre a falta de padrão na elaboração dos mandados.

 “Na verdade, vamos buscar soluções para tudo o que se discutiu aqui. Teremos um canal permanente de comunicação com os oficiais. O objetivo é fazer com que a Central de Mandados funcione como deve”, destacou Sebastião Bonfim. Ainda de acordo com o juiz, essas conversas vão acontecer com frequência.

A juíza auxiliar da corregedoria Alice Prazeres destacou que os problemas que não puderem ser resolvidos pelo próprio diretor do fórum serão levados à Corregedoria Geral da Justiça para que seja discutido. “Se a questão envolve instituições, então, a conversa deve ser, por exemplo, entre corregedor e Ministério Público, ou OAB, ou Defensoria Pública”, frisa.

Alice Prazeres destacou, ainda, que as reuniões serão feitas com todos os agentes do processo, como as secretarias judiciais e os juízes. “A entrega do mandado é somente uma etapa de um procedimento, que envolve magistrados e servidores das secretarias das Varas”, ressalta. Durante a reunião, o corregedor Cleones Cunha estava no pleno do Tribunal de Justiça, em sessão jurisdicional, e não pôde participar da reunião.

A Central de Mandados de São Luís reiniciou suas atividades em setembro de 2011 e conta com 84 oficiais de Justiça, que atuam em 13 áreas de trabalho (ou distritos). Pelo critério estabelecido na central, os mandados e ofícios serão gerados pelo sistema de gerenciamento eletrônico e sorteados automaticamente a um oficial de justiça, de acordo com a área de diligência.

Fonte: CGJ - TJMA

Minas Gerais: Lei concede adicional de periculosidade aos oficiais de Justiça

Servidores do Poder Judiciário de Minas Gerais terão adicionais de insalubridade e periculosidade
 
Os servidores do Judiciário em Minas terão direito a adicionais de insalubridade e periculosidade, segundo a nova regra publicada no diário oficial do Estado, o Minas Gerais, nessa terça (10/01/2012).

A Lei n.º 20.025/2012, que entrou em vigor nesta terça-feira, altera os artigos 12 e 13 da Lei n.º 10.856/1992 e vai beneficiar servidores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, do Tribunal de Justiça Militar e das secretarias de Juízo Militar que trabalhem em local insalubre ou em contato permanente com substância tóxica, radioativa ou com risco de contágio, no que se refere ao primeiro adicional.

Quanto à periculosidade, o direito se estende a oficial judiciário - nas especialidades de oficial de justiça avaliador, oficial de justiça e comissário da infância e da juventude - e o técnico judiciário - nas especialidades de assistente social judicial, oficial de justiça avaliador III e IV, psicólogo judicial e cirurgião-dentista.

De acordo com o § 1° do art. 13 da Lei n.º 10.856/1992, o adicional de periculosidade corresponderá ao percentual de 40% (quarenta por cento), incidente sobre o valor do PJ-01 da Tabela de Escalonamento Vertical de Vencimentos constante no item “b” do Anexo X da Lei n° 13.467, de 12 de janeiro de 2000.

A norma concede ainda as gratificações de 40% do vencimento básico para militares colocados à disposição do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e para policiais civis que prestem serviços para o Centro de Segurança Institucional (Cesj).

Veja abaixo o texto completo da Lei Estadual n.º 20.025, de 9 de janeiro de 2012:


Você Sabia?

Que o Código de Processo Penal não especifica horário para cumprimento dos mandados, podendo o oficial de Justiça cumprir ordens judiciais, na esfera criminal, em qualquer dia da semana e em qualquer horário, desde que respeitada a inviolabilidade constitucional do domicílio.

CNJ julga pedido de anulação das promoções de 17 desembargadores do TJ/MG

Denúncia

O CNJ está julgando o pedido de anulação das promoções de 17 juízes ao cargo de desembargador do TJ/MG, entre 2006 e 2009. As informações foram divulgadas ontem, peloo jornalista Frederico Vasconcelos, da Folha de S. Paulo.
As promoções foram denunciadas ao CNJ pela Anamages - Associação Nacional dos Magistrados Estaduais, a qual afirma que o Tribunal privilegiou parentes de desembargadores e ex-dirigentes de outra entidade de classe em detrimento de juízes mais antigos. Segundo a associação, o Tribunal também não observou critérios como antiguidade e produtividade, as promoções foram feitas às escuras, sem a publicação de edital.
No CNJ, o julgamento do caso já teve início, mas foi interrompido em dezembro após pedido de vista. Dois conselheiros votaram e consideraram ilegais as promoções, mas divergiram sobre a providência a ser tomada. A reportagem da Folha afirma que o conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira pediu a anulação das promoções por considerar que os atos "não podem ser convalidados com o tempo". O relator, Fernando Tourinho Neto, votou pela manutenção das promoções, somente se aplicando a resolução em casos futuros.
Em nota (v. abaixo), o Tribunal mineiro afirmou que foram obedecidas todas as normas vigentes que regulavam o procedimento à época e disse aguardar "com serenidade" a decisão do CNJ.
Segundo a matéria, entre os promovidos, há sete ex-dirigentes da Amagis - Associação dos Magistrados Mineiros, entre os quais Nelso Missias, atual secretário-geral da AMB. Em nota à imprensa (v. abaixo), a Amagis reafirmou o seu apoio aos magistrados promovidos, "os quais sempre cumpriram, com lisura e honra, seus deveres constitucionais e legais".
________
TJ/MG
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em relação às notícias veiculadas na mídia, relativas às promoções de Juízes de Direito ao cargo de Desembargador, pelo critério de merecimento, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais esclarece que foram obedecidas todas as normas vigentes que regulavam o procedimento à época.
O TJMG registra, ainda, que todos os Juízes de Direito integrantes da primeira quinta parte da lista de antiguidade relativa à entrância especial concorreram às referidas promoções pelo critério de merecimento.
O TJMG aguarda, com serenidade, a decisão do Conselho Nacional de Justiça para seu fiel cumprimento.
Belo Horizonte, 10 de janeiro de 2012.
Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
______
Amagis
Nota à imprensa – Promoção dos magistrados mineiros
A Amagis acompanha, com serenidade, sempre confiante na absoluta integridade dos membros da Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e dos membros do Conselho Nacional de Justiça, o julgamento da representação formulada contra promoção de magistrados mineiros. Reafirma o seu incondicional apoio aos magistrados promovidos, os quais sempre cumpriram, com lisura e honra, seus deveres constitucionais e legais.
Esclarece ainda que tem advogado constituído e atuante nos autos, bem assim exalta a tradição histórica do Tribunal de Justiça de Minas Gerais no contexto da Nação.
Juiz Bruno Terra Dias
Presidente da Amagis

Fonte: Migalhas

11/01/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta

Poderes do CNJ
Reportagem do jornal Correio Braziliense conta que em meio à polêmica da decisão de limitar os poderes de investigação do Conselho Nacional de Justiça, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello defendeu a tese de que a entidade não pode ser um “superórgão” e que acima dela está o STF. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Em decisão proferida no apagar das luzes do ano judiciário, o ministro concedeu liminar suspendendo a atuação do conselho nos processos administrativos contra os magistrados. Leia mais aqui na Consultor Jurídico.

Supostos abusos
O ministro Marco Aurélio Mello disse que o Supremo Tribunal Federal já recebeu 902 mandados de segurança contra atos do Conselho Nacional de Justiça. A grande massa de mandados foi proposta por oficiais de cartórios extra judiciais. Magistrados inconformados com as intervenções do CNJ integram a outra banda de reclamantes que vão à corte máxima, conta o jornal O Estado de S. Paulo. Para Marco Aurélio esses dados indicam supostos abusos do CNJ. Ele compara com o Conselho Nacional do Ministério Público, contra o qual foram ajuizados apenas 106 mandados perante o STF.

Créditos milionários
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o desembargador Roberto Bellocchi, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, aprovou para si próprio um pagamento milionário, aponta investigação conduzida pela corte paulista. Bellocchi recebeu cerca de R$ 1,5 milhão no biênio 2008-2009, quando presidiu o TJ. De acordo com a investigação, o valor é o maior benefício pago pelo tribunal a um único desembargador. Bellocchi, hoje aposentado, afirma que os recursos eram créditos a que tinha direito.

Súmula do sobreaviso
Como noticia o jornal Valor Econômico, o Tribunal Superior do Trabalho pretende mudar a súmula que trata do sobreaviso. Os ministros devem considerar que o uso de meios eletrônicos será válido para caracterizar esse tipo de regime pelo qual o trabalhador fica de prontidão esperando ser convocado para executar tarefas pedidas pela empresa. Com isso, o empregado passaria a ser remunerado por esse período.

Garagem penhorável
De acordo com o jornal DCI, em acórdão da 17ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo), o juiz convocado Álvaro Alves Nôga entendeu que as vagas de garagem que apresentam números de matrículas próprias não podem ser tratadas como se fossem bem de família. Assim, a vaga é passível de alienação e penhora.

ISS paulista
Mais uma empresa devedora de Imposto sobre Serviços conseguiu na Justiça o direito de continuar emitindo nota fiscal eletrônica, mesmo com a restrição imposta desde 1º de janeiro pela Instrução Normativa 19, da Secretaria de Finanças do município de São Paulo. Essa é a segunda liminar de que se tem notícia sobre o tema, e muitas outras ações e mandados de segurança ainda devem chegar aos tribunais. As informações estão no jornal DCI.

Música gospel
Uma mudança na Lei Rouanet concedeu à música gospel status de "manifestação cultural". A alteração foi publicada nessa terça no Diário Oficial da União. Em tese, a inserção do novo artigo garante que o segmento seja beneficiado pela lei de incentivo fiscal (que abate do Imposto de Renda parte do patrocínio à cultura), nos moldes de festivais como o Rock in Rio. Só há veto para eventos de igrejas, conta o jornal Folha de S.Paulo. Clique aqui para ler na ConJur.

COLUNAS
Contra o tempo
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, “os advogados do estudante Leandro Hilário de Almeida, de 23 anos, entrarão com novo mandado de segurança se o MEC não der a ele acesso a sua prova do Enem, como determinado pela Justiça. Até o começo da tarde de ontem, o documento não havia sido disponibilizado. A defesa do estudante tem pressa, já que a o prazo de inscrição no Sisu (sistema de seleção das universidades que usam os resultados do Enem) expira amanhã”.

OPINIÃO
Internet e magistratura
“O juiz não deve buscar na internet fatos e esclarecimentos sobre um processo”, escreve Luiz Guilherme Migliora, professor da Escola de Direito do Rio de Janeiro (Direito Rio) da Fundação Getulio Vargas, em artigo publicado no jornal Valor Econômico.
Revista Consultor Jurídico, 11 de janeiro de 2012

Postagens populares