Oficial que foi agredido na Maria da Penha

Certifico que, em cumprimento ao mandado extraído dos autos mencionados
recebido em plantão diário do dia 04/02/2014, depois de tentar contactar
a vitima via telefone celular por diversas vezes sem sucesso,
compareci ao local indicado, às 19hs30min, ocasião em que fui atendido
pela vitima e pelo réu, tendo este ultimo, cordialmente (ainda que
levemente embriagado), convidado-me a entrar em sua residência e
sentar-se, fato que, para manter a discrição do ato, aceitei. Que,
enquanto cientificava o Sr.xxxxxxxx, ora réu, das Medidas Protetivas e
do Afastamento do Lar, este divergiu, dizendo que não iria sair da sua
residência, então, adverti-o que a medida teria que ser cumprida e, se
acaso fosse necessário, faria uso da força Policial para tanto. Que,
depois da advertência o réu levantou-se e violentamente desferiu-me um
soco na face direita, ocasião em que estava de óculos de grau e que não
gerou maiores danos porque, por extinto, esquivei-me, pegando de raspão.
Que, levantei-me rapidamente e escoltei a Sra. XXXXX, ora vitima, até a
rua, ficando entre esta é o réu, momento em que este amassou a porta do
motorista de meu veiculo com pancadas dadas com a mão. Que, diante da
reação violenta do réu, imediatamente procurei abrigo para a vitima e
deixei-a na casa de sua mãe, com seus familiares (do outro lado da rua,
um pouco para o lado) e solicitei-lhe que dali não saísse até que eu
autorizasse. Que, neste momento o réu pegou um tronco de madeira de
aproximadamente 1 metro, tipo bastão, e veio em direção a mim, enquanto
eu estava na frente da casa da mãe da vitima e começou a ameaçar-me de
morte, assim como a vitima que estava do outro lado do portão. Que, esta
situação perdurou por aproximadamente 15 minutos, até que o réu
permitiu-me sair, sob a condição de não chamar a Policia, alertando que
se voltasse com reforço policial, mataria eu e os policiais, ou me
mataria em outra ocasião que me encontrasse na rua. Que, mandei a vitima
entrar na residência com seus familiares (mãe, irmãos e filhos), não
saindo de lá até eu voltar, dirigi-me ao réu disse-lhe que não
retornaria, subi em meu veiculo, que estava atras do réu, e dirigi a uma
subida, sentido XXXX, onde a vitima disse que pegava sinal de telefone
celular, porem sem sucesso, razão pela qual, retornei, passando pela
frente do local dos fatos e verificando que o réu estava com o pedaço de
pau na frente da casa onde eu deixara a vitima. Que, sem parar e com
pressa, continuei trajeto de retorno à Canoinhas, só conseguindo sinal
de celular (por não encontrar qualquer orelhão) em frente da XXXX (SC
477), aproximadamente 4 KM, onde, liguei para o 190 e requisitei reforço
policial. Que, às 20hs30min, fui atendido pela Guarnição da Policia
Militar composta pelo Cabo Xavier e o Soldado Durau, os quais,
imediatamente, dirigiram-se comigo a residência do réu e, encontrando-o
em casa, tiveram que o render depois deste desrespeitar suas ordens de
revista e averiguação. Que, cessado o perigo, fui a residência onde
havia deixado a vitima e esta, embora assustada, prontamente dirigiu-se
comigo, os policiais e o réu a Delegacia de Policia desta Comarca, para
registrar este fato, resultando em Auto de Prisão em Flagrante. Que, na
Delegacia, às 23hs10min, conclui o mandado, tendo, após as formalidades
legais, procedido a intimação da Sra. XXXXXX e do Sr. XXXXXX, do inteiro
teor deste e das peças processuais que o acompanham, os quais aceitaram
a contrafé que ofereci e exararam as suas assinaturas, tendo este
ultimo também sido afastado e sido cientificado desta medida. Dou fé.
Fonte: Sindojus - SC