terça-feira, 29 de outubro de 2024

Ricardo Silva é eleito prefeito de Ribeirão Preto em segundo turno


O Oficial de Justiça e deputado federal Ricardo Silva (PSD) acaba de ser eleito prefeito de Ribeirão Preto, derrotando no segundo turno o candidato Marco Aurélio, do Partido Novo. Com essa vitória, Ricardo Silva, que é conhecido pela sua atuação firme e qualificada como parlamentar, comprova mais uma vez o potencial da categoria para exercer funções públicas com competência e preparo.

Em diversas oportunidades, Ricardo sempre fez questão de afirmar que sua experiência como Oficial de Justiça foi um ponto forte, reforçando sua capacidade de ouvir a população e atuar em busca de justiça social.

Para o presidente da AOJESP, Cássio Ramalho do Prado, “a categoria tem muito a agradecer e continuará apoiando Ricardo Silva, reconhecendo todo o trabalho e as conquistas que ele alcançou no parlamento em prol dos Oficiais de Justiça e do fortalecimento da justiça no Brasil”, afirmou

O presidente da AFOJEBRA, Mário Medeiros Neto, também celebrou a eleição do Ricardo. “Ribeirão Preto ganha não só um prefeito, mas também um representante que carrega os valores de responsabilidade e dedicação característicos dos Oficiais de Justiça”, afirmou.

InfoJus: com informações da AOJESP

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

TCU vota pela irretroatividade da Lei 14.687 e mantém absorção da VPNI na parcela de fevereiro de 2023


O Tribunal de Contas da União analisou, em sessão ocorrida na tarde desta quarta-feira (23), o processo TC 018.215/2024-6, que trata da consulta formulada pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) sobre a possibilidade de não absorção das Vantagens Pessoais Nominalmente Identificadas (VPNI) de quintos/décimos incorporadas administrativamente entre 8 de abril de 1998 e 4 de setembro de 2001.

Na consulta encaminhada pelo ministro Og Fernandes após decisão favorável do CJF pela não-absorção na primeira parcela do reajuste salarial paga em fevereiro de 2023, há o questionamento sobre a redação dada pela Lei 14.687/23 à aplicação do artigo 11 da Lei 11.416/2006.

Durante análise da matéria ocorrida em 2 de outubro, o relator do processo, ministro Antonio Anastasia, acolheu a manifestação encaminhada pelo Ministério Público da Corte de Contas que defende a não absorção da Vantagem por quaisquer reajustes remuneratórios concedidos aos servidores públicos do Judiciário Federal, inclusive a parcela concedida em fevereiro de 2023, prevista na Lei 14.523.

No entanto, pedido de vista apresentado pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, acompanhado pelo presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, adiou o julgamento.

Irretroatividade da lei e manutenção da absorção na primeira parcela do reajuste

Ao apresentar divergência da relatoria, o ministro Walton Alencar iniciou a fala, nesta quarta-feira, com um histórico sobre o parecer do relator Anastasia e enfatizou que o voto dele seria alinhado à proposta da Secretaria do Tribunal de Contas pela irretroatividade das leis. De acordo com ele, a regra geral da irretroatividade, fundamental no ordenamento jurídico, indica que as normas só se aplicam a partir de leis futuras.

Segundo Walton Alencar Rodrigues, afastar a absorção de 2023 representaria retroatividade não prevista na Lei 14.687.

Em seguida, o relator Antonio Anastasia reafirmou o posicionamento favorável à não-absorção da VPNI de quintos/décimos e relembrou a emenda de Plenário nº 1 da referida lei, que indicou não ensejar a absorção de quintos/décimos da VPNI, visando não trazer ameaças aos servidores. Para o relator, houve indicação expressa pelo legislador de que não houvesse a absorção do crédito, inclusive na primeira parcela do reajuste salarial da categoria. Quanto aos reajustes futuros, explicou que o marco temporal se refere à determinação do Supremo Tribunal Federal ocorrida em 2020.

Sobre eventual inconstitucionalidade apontada pela divergência, o ministro apresentou contrariedade, “uma vez que se trata de uma modificação legislativa ocorrida em 2023”.

“É importante perceber, acima de qualquer divergência, que a disciplina que proíbe a absorção surgiu em 2023, trata-se de vigência no ano da primeira absorção, portanto incidente para reverter a absorção ocorrida em fevereiro de 2023”, completou Anastasia.

Após as falas, foi aberta votação contabilizando o empate de 4 a favor e 4 contra a absorção. Diante do resultado, o presidente Bruno Dantas apresentou o voto no sentido já indicado anteriormente de divergência à não-absorção, finalizando a análise com cinco votos pela manutenção da absorção da VPNI de quintos/décimos na primeira parcela salarial dos servidores.

Atuação da Fenassojaf em favor da categoria

Desde o envio da consulta do CJF, a Fenassojaf atuou no Tribunal de Contas da União em defesa da não-absorção da VPNI incorporada administrativamente entre 8 de abril de 1998 e 4 de setembro de 2001 com diversas visitas e entrega de memoriais aos ministros.

Na avaliação do diretor jurídico Fabio da Maia, "é com muita tristeza que assistimos o TCU julgar procedente a absorção dos quintos. Consideramos injusta a decisão. O relatório do ministro Antônio Anastasia foi brilhante e sensato. A natureza da Lei 14.687/2023 deixa nítida menção à não absorção. No nosso entender, tanto o CJF quanto o TCU, confrontaram dispositivo legal regularmente aprovado, com muita luta dos(as) servidores(as) do PJU, pelo Congresso Nacional. Vamos continuar analisando as estratégias para a garantia dos direitos à nossa justa recomposição salarial".

A presidenta Mariana Liria enfatiza que “é lamentável a patética consulta do CJF, sempre pronto a esmagar os trabalhadores mesmo tendo o bom direito ao seu lado. Ora, o Conselho não implementa seu próprio entendimento, unicamente por ter resultado favorável aos servidores? Fica cada vez mais patente que os conselhos superiores trabalham com dois pesos e duas medidas, restando a mão pesada do estado sempre pronta para esmagar os trabalhadores e garantir tudo que toque aos membros de poder. Sabemos que a Associação Nacional e as demais entidades representativas fizemos todo o possível e mesmo o impossível – até veto presidencial conseguimos derrubar no ano passado! -, mas quando se trata da opressão do patrão não foi suficiente termos o bom direito ao nosso lado. Infelizmente”, finaliza.

InfoJus: com informações da Fenassojaf

Conselho de Representantes da Fenassojaf se reúne nos dias 08 e 09 de novembro em Brasília


Conforme deliberação ocorrida em São Paulo, o Conselho de Representantes da Fenassojaf realiza mais uma reunião presencial neste ano de 2024.

Desta vez, o encontro com os dirigentes das associações estaduais filiadas acontece nos dias 8 e 9 de novembro, em Brasília (DF).

Na sexta-feira (08), a reunião acontece a partir das 14 horas, no Salão Panorâmico do Clube da ASSEJUS, localizado no SCES Trecho 2, Lotes 2/39; e no sábado (09), o encontro prossegue a partir das 9:30h, no LAB 360º, no Setor Comercial Sul, Edifício Sofia, 3º andar, na Asa Sul.

Além dos informes da diretoria da Fenassojaf, o Conselho de Representantes irá debater sobre a Prestação de Contas 2023/2024 e formato de representação. Outros temas poderão ser incluídos em pauta se houver.

A Fenassojaf conclama todos os dirigentes das associações estaduais filiadas a estarem em Brasília nos dias 8 e 9 de novembro para mais este importante encontro e organização das atividades em favor dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais de todo o Brasil. Participem!


Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo

InfoJus: com informações da Fenassojaf

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Sindojus-DF convoca Assembleia Geral Extraordinária para Expansão Nacional

Com a aprovação da categoria, o SINDOJUS-DF se transformará no Sindicato Nacional dos Oficiais de Justiça do Poder Judiciário da União


Na edição desta quarta-feira, 23 de outubro de 2024, página A-47, do Jornal Folha de S. Paulo, já disponível para assinantes, foi publicado edital de convocação para uma Assembleia Geral Extraordinária do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal (SINDOJUS-DF). O principal objetivo da reunião é deliberar sobre a ampliação da base territorial do sindicato, transformando-o em uma entidade de abrangência nacional. O evento acontecerá virtualmente no dia 12 de dezembro de 2024, com a participação esperada de Oficiais de Justiça Avaliadores Federais de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.

Edital de Convocação

Conforme descrito no edital, o SINDOJUS-DF, presidido pelo oficial de Justiça Gerardo Alves Lima Filho, convoca todos os Analistas Judiciários, especialidade Oficial de Justiça Avaliador Federal, que atuam nos tribunais e instâncias do Poder Judiciário da União em todo o Brasil, para participar da assembleia. A primeira chamada será às 14h30, necessitando quórum de 50% mais um dos membros da categoria. Caso o quórum não seja atingido, uma segunda chamada será realizada às 15h, com qualquer número de participantes.

Na pauta da assembleia, destacam-se os seguintes temas:
  • Alteração estatutária: Extensão da base territorial do sindicato, para torná-lo uma entidade sindical de âmbito nacional.
  • Assuntos correlatos: Discussão sobre outros temas de interesse da categoria.
A Importância de um Sindicato Nacional para os Oficiais de Justiça Federais

A criação de um sindicato nacional para representar todos os oficiais de Justiça Federais é tema de debates há vários anos e recentemente os oficiais de Justiça começaram a debater sobre a criação de um novo sindicato ou a expansão da base territorial do SINDOJUS/DF. Uma comissão foi criada e ficou decidido que a expansão da base do SINDOJUS/DF seria o ideal e o melhor caminho, pois já tem estrutura pronta e robusta. 

A expansão do SINDOJUS-DF para uma base nacional trará grandes benefícios à categoria dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais. Atualmente, esses profissionais estão dispersos em diversas regiões, e muitas de suas demandas específicas — como melhorias salariais, condições de trabalho e reconhecimento profissional — não encontram representação adequada em sindicatos de atuação geral e regionalizada. Ao se tornar uma entidade de abrangência nacional e específica, o SINDOJUS-DF consolidará a união da categoria, permitindo uma atuação mais coordenada e influente junto às instituições públicas e órgãos do Poder Judiciário.

Principais vantagens de um sindicato nacional:
  • Maior força política e institucional: Um sindicato de atuação nacional terá mais capacidade de negociação e articulação com o governo e o Poder Judiciário, aumentando a chance de influenciar decisões que afetam a categoria em todo o Brasil.
  • Uniformização de direitos e benefícios: A atuação nacional permitirá a luta por uma uniformidade em direitos e condições de trabalho, garantindo que os Oficiais de Justiça, em qualquer estado, tenham os mesmos benefícios e tratamento.
  • Fortalecimento da categoria: O sindicato nacional promoverá uma maior integração entre os Oficiais de Justiça Federais de diferentes regiões, facilitando a troca de experiências e boas práticas, além de fortalecer a classe como um todo.
  • Capacitação e desenvolvimento profissional: Com a expansão da base de atuação, o SINDOJUS-DF poderá oferecer uma gama mais robusta de programas de capacitação e eventos de formação, beneficiando os membros com congressos, workshops e cursos.
  • Atuação mais ampla em causas judiciais: Um sindicato nacional terá maior representatividade e condições de atuar em questões jurídicas de interesse coletivo, como ações voltadas para a proteção dos direitos trabalhistas e a busca por melhores condições de aposentadoria.
Como particpar da Assembléia

Os Oficiais de Justiça Avaliadores Federais que desejarem participar da assembleia deverão se inscrever entre os dias 2 e 10 de dezembro de 2024, conforme orientações disponíveis no site https://www.unioficiais.org.br/. A votação será realizada de forma virtual, e as decisões tomadas durante a assembleia definirão o futuro da categoria.

Se a proposta de ampliação for aprovada, o SINDOJUS-DF passará a representar oficialmente os Oficiais de Justiça Federais em todo o território nacional, consolidando-se como uma entidade essencial na luta pelos direitos e interesses da classe.


A convocação desta assembleia representa um momento crucial para os Oficiais de Justiça Avaliadores Federais em todo o Brasil. Caso aprovada, a medida estabelecerá o SINDOJUS-DF como a principal entidade sindical da categoria, com abrangência nacional e uma voz mais forte na defesa dos direitos de seus membros.

InfoJus: com informações dos grupos de debates e edital de convocação

Publicado edital para criação do Sindicado Nacional dos Oficiais de Justiça do Poder Judiciário da União


O Jornal Folha de S. Paulo, publicou na edição de 23/10/2024, página A47, edital para extensão da base territorial do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal (Sindojus-DF) que passará a ser entidade sindical nacional. Confira abaixo a íntegra do edital.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA DO SINDOJUS/DF PARA EXTENSÃO DA BASE TERRITORIAL PARA NACIONAL
O SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL – SINDOJUS/DF, inscrito no CNPJ sob n.º 20.274.829/0001-90, com endereço na SHS, Qd. 06, Complexo Empresarial Brasil 21, Bloco A, Sala 501 – Brasília/DF – CEP 70.316-000, e-mail: sindojusdf@gmail.com, por meio do seu Diretor Presidente, Sr. Gerardo Alves Lima Filho, convoca todos os ocupantes do cargo de Analista Judiciário, área judiciária, especialidade OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL de todos os tribunais e instâncias do PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO nos 26 (vinte e seis) Estados e Distrito Federal (Acre-AC; Alagoas-AL; Amapá-AP; Amazonas-AM; Bahia-BA; Ceará-CE; Distrito Federal-DF; Espírito Santo-ES; Goiás-GO; Maranhão- MA; Mato Grosso- MT; Mato Grosso do Sul-MS; Minas Gerais-MG; Pará-PA; Paraíba-PB; Paraná-PR; Pernambuco-PE; Piauí-PI; Roraima-RR; Rondônia-RO; Rio de Janeiro-RJ; Rio Grande do Norte-RN; Rio Grande do Sul-RS; Santa Catarina-SC; São Paulo-SP; Sergipe-SE e Tocantins-TO) para ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA a ser realizada virtualmente, por meio de plataforma eletrônica, mediante login de acesso (a ser disponibilizado no site https://www.unioficiais.org.br/), no dia 12 de dezembro de 2024, às 14:30 horas em primeira chamada, com a presença de 50% (cinquenta por cento) mais 1 (um) dos ocupantes do cargo descrito acima no Brasil inteiro; ou no mesmo dia e sala de reunião em segunda e última chamada, às 15:00 horas, com qualquer número de ocupantes do cargo participantes, para deliberarem sobre a seguinte pauta: I) Alteração estatutária para extensão da base territorial do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal – SINDOJUS-DF para todos os 26 (vinte e seis) Estados da Federação, além do Distrito Federal, com o objetivo de transformá-lo em entidade sindical de abrangência nacional, em conformidade com a legislação vigente; e II) Deliberação sobre outros assuntos correlatos de interesse da categoria. Instruções de Inscrição e Acesso: Para participar da assembleia, os integrantes da categoria deverão realizar a inscrição entre as 09:00 do dia 02/12/2024 e as 14:30 do dia 10/12/2024 conforme orientações a serem disponibilizadas no site https://www.unioficiais.org.br/, sendo necessária a apresentação de documento de identificação que comprove a condição de membro da carreira de Oficial de Justiça do Poder Judiciário da União, bem como o comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou documento de identificação em que conste a respectiva numeração. Todos os integrantes da categoria no país inteiro poderão votar, independentemente de filiação, bastando seguir o procedimento descrito neste edital. Efetuada a inscrição, será disponibilizada ao participante login e senha de acesso para a sala de reunião virtual. Manifestações e Votação: As manifestações na assembleia ocorrerão por ordem de inscrição encaminhada no chat da sala de reunião. Forma de coleta de votos: As votações ocorrerão pela plataforma mediante login e senha disponibilizados no momento da inscrição. Para mais informações, basta acessar as instruções disponibilizadas no site https://www.unioficiais.org.br/.

Brasília - DF, 21 outubro de 2024.

GERARDO ALVES LIMA FILHO
Diretor Presidente


InfoJus: com informações Folha de S. Paulo

Marido e esposa são presos após ameaçar oficiala de Justiça durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em SP

Oficial de Justiça é ameaçada durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em Presidente Prudente


Uma Oficial de Justiça de Presidente Prudente precisou acionar a polícia durante o cumprimento de uma ordem judicial de busca e apreensão de um veículo. O caso ocorreu no começo de outubro (04), quando a servidora recebeu série de ameaças e resistência por parte de um casal. Revoltados, o casal entrou com uma representação.

Segundo o depoimento da Oficial de Justiça, ela se dirigiu ao local acompanhada de policiais militares e do representante da financeira, responsável pelo veículo. Ao chegar à residência dos proprietários devedores do automóvel, a situação rapidamente se tornou conflituosa.

Ao avistar a servidora, a esposa teria saído pela parte de trás da casa e, apesar de ser informada sobre a ordem judicial, começou a insultar a Oficial de Justiça, proferindo frases como “acha que só porque fez uma provinha, pode fazer o que quiser?”. Além de ofensas, a senhora partiu para cima da Oficial e dos policiais, dificultando o cumprimento da diligência.

Durante o tumulto, a senhora chegou a questionar os policiais sobre a legitimidade do procedimento e, em um momento mais acalorado, proferiu ameaças contra o representante da financeira, afirmando que seu marido “o pegaria na rua”.

O descontrole da situação aumentou com a chegada do marido devedor, que, segundo os relatos, teria tentado atear fogo no veículo e ameaçado pegar uma faca. Diante do comportamento agressivo, os policiais precisaram usar uma arma de choque para contê-lo. Somente após a chegada de reforços, o casal foi algemado, permitindo que a ordem judicial fosse finalmente cumprida.

Após o incidente, a Oficial de Justiça prestou depoimento à polícia, onde relatou que, em nenhum momento, o casal foi agredido pelos policiais, mesmo diante da resistência durante a abordagem.

Após o ocorrido, a senhora devedora ingressou com uma reclamação na central de mandados de Presidente Prudente, que repercutiu na abertura de um Reclamação Administrativa. Ao analisar o caso e verificar os depoimentos, o juiz entendeu que “a Oficial de Justiça apresentou-se com uma conduta serena, postura que se espera de uma servidora pública. (…) Ademais, a Oficial de Justiça manteve-se à distância, cuja situação exigiu que a força policial, requisitada para auxiliar no cumprimento da ordem de busca e apreensão, fosse utilizada, força essa, a meu ver, necessária face à resistência apresentada”, escreveu.

Em seguida, o magistrado acrescentou que o cumprimento transcorreu dentro da normalidade e determinou arquivamento.

Veja a decisão do magistrado sobre a representação administrativa (aqui)

InfoJus: com informações da AOJESP

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Segurança em foco: curso de defesa pessoal para oficiais de justiça do TRT-17

Curso aborda prevenção e proteção para o cotidiano dos oficiais, com ênfase em técnicas de defesa pessoal.

Fotografia com participantes do curso de defesa pessoal no TRT-17 (ES)

16/10/2024 - Imagine um profissional enfrentando riscos diversos no exercício de suas atividades: roubos, violação de veículos, ameaças com armas de fogo, agressões verbais e físicas, ataques de animais. Isso sem falar nas ordens de evacuação de áreas controladas por criminosos e disparos de armas de fogo próximos aos locais de diligências.

Sim, esse profissional é o oficial de justiça, que precisa superar esses e outros desafios para cumprir suas obrigações. Os riscos inerentes à profissão foram discutidos no Curso de Defesa Pessoal para Oficiais de Justiça, realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES), nos dias 4 e 11 deste mês.

A capacitação direcionada a esses profissionais, inédita no Tribunal, contou com aulas teóricas e práticas, ministradas pelo policial judicial do TRT-17 Josué dos Reis. Foram apresentadas técnicas essenciais de defesa pessoal, voltadas à prevenção e proteção em situações de risco no cotidiano profissional.

Grupo de Trabalho

O treinamento foi uma iniciativa do Grupo de Trabalho de Avaliação de Situações de Risco dos Oficiais e Oficialas de Justiça (GTASRO), com apoio da Escola Judicial do TRT-17 (Ejud-17), e está alinhado ao Plano Estratégico do TRT17, em especial ao macrodesafio Agilidade e Produtividade na Prestação Jurisdicional.

O desembargador Valério Soares Heringer, coordenador do GTASRO, destacou que o objetivo foi ajudar os oficiais a desenvolver habilidades físicas e mentais, além de ensinar técnicas para identificar riscos e neutralizar perigos. “O aperfeiçoamento desses atributos contribuirá para o melhoramento da qualidade de vida no trabalho da nossa equipe de oficiais e oficialas de justiça”, explicou.

O GTASRO, instituído pelo Ato TRT 17ª PRESI 56/2022, surgiu a partir de relatos de situações perigosas apresentados pelos oficiais e pelas oficialas de justiça do Tribunal. Segundo o magistrado, foi feito um levantamento de informações para um diagnóstico preciso dos problemas, a partir do qual são discutidas possíveis soluções. Uma delas, foi o curso de defesa pessoal.

Outra ação implementada a partir do grupo de trabalho foi o curso Técnicas de Conciliação e Mediação de Conflitos para oficiais e oficialas de justiça, realizado em parceira com o Cejusc.

Prevenção

Segundo o instrutor, Josué dos Reis, o ponto mais importante da defesa pessoal é a prevenção, sendo o combate físico uma medida extrema. "Trata-se de um curso básico de apenas dois dias, a prática da defesa pessoal precisa estar em treinamento constante”, afirmou.

A oficiala de justiça Juliana Andrade Marques Lopes destacou a importância da capacitação, especialmente para as mulheres, que muitas vezes se sentem mais vulneráveis. “Interessei-me em buscar mais conhecimento, justamente pensando no dia a dia que enfrentamos, nas violências a que estamos expostos. Achei muito importante essa iniciativa do Tribunal, não só para os oficiais, mas para qualquer servidor", comentou Juliana.


InfoJus: com informações do CSJT

OFICIAIS DE JUSTIÇA: GEIP lança força-tarefa para cumprimento de mandados em Marabá (PA)

Operação ocorre em Marabá e visa aumentar ainda mais a taxa de efetividade


O Grupo de Execução e Inteligência Processual (GEIP) está em ação desde o dia 15 de outubro, na Comarca de Marabá, no sudeste do Pará, com uma força-tarefa destinada ao cumprimento de mandados acumulados. O grupo, composto por diversos oficiais de Justiça Avaliadores, é responsável pela execução de ordens judiciais como mandados de prisão, busca e apreensão, penhora, e casos de violência doméstica, entre outros. O principal objetivo da operação é reduzir o passivo de mandados e garantir a efetividade das decisões judiciais na região.

O GEIP, iniciativa inédita no Brasil, é um órgão da presidência, formado por Oficiais de Justiça e um juiz, com foco no uso de inteligência processual e força operacional. O grupo auxilia diretamente magistrados e oficiais de Justiça na localização de bens e pessoas, essencial para o cumprimento de ordens judiciais de maneira eficiente e ágil. Embora existam projetos semelhantes em outras regiões do país, o GEIP se destaca por seu modelo único, que combina o uso de inteligência com operações de campo de maneira integrada. Esse diferencial tem despertado o interesse de tribunais de outros estados, que têm solicitado informações para implementar iniciativas inspiradas no GEIP.

Salto

Desde a criação do grupo, a taxa de efetividade no cumprimento de mandados em algumas regiões saltou de 40% para 80%, resultado da atuação coordenada e estratégica do GEIP. A criação do grupo foi determinada pela Presidente do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), desembargadora Nazaré Gouveia, sob supervisão do Juiz auxiliar da presidência, Charles Menezes e as atividades são coordenadas pelo oficial de Justiça Edvaldo Lima. O projeto contou com idealização e apoio da Secretária de Gestão de Pessoas, Camila Soares.

Até o momento, o GEIP já realizou quatro mutirões, nos quais cumpriu mais de 6.000 mandados e efetuou mais de 7.000 atendimentos, promovendo uma verdadeira transformação no sistema judiciário. O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará (Sindojus-PA) também apoia a operação, colaborando com o sucesso da força-tarefa. De acordo com o coordenador Edvaldo Lima, “o projeto tem resultado em grande economia para o tribunal e garantido o andamento de processos antigos, como um que estava parado desde 1993. Mesmo assim, conseguimos efetivar a ordem", explicou Lima. Em Marabá, o grupo conta com o apoio da Diretora do fórum, juíza Adriana Tristão, e da coordenadora da Ceman, Rosane Uchoa.

InfoJus: com informações do TJPA

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O Oficial de Justiça como Pacificador de Conflitos: Um Novo Olhar Sobre a Função


O livro "O Oficial de Justiça Burocrata Pacificador de Conflitos", escrito por Emerson Machado Xavier, oficial de Justiça do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), traz uma nova perspectiva sobre o papel do oficial de justiça no sistema judiciário brasileiro. A obra, disponível para compra no site da Editora Dialética ou na Amazon, oferece uma análise aprofundada e crítica da atuação desses profissionais, normalmente vistos como meros executores de ordens judiciais, mas que, segundo o autor, podem desempenhar uma função essencial na pacificação de conflitos.

Uma visão além da burocracia

Em seu livro, Xavier explora a visão tradicional que se tem dos oficiais de justiça como figuras estritamente burocráticas, que simplesmente cumprem ordens sem um envolvimento mais profundo no processo judicial. No entanto, o autor defende que esses profissionais possuem uma oportunidade única de mediar conflitos e contribuir para uma solução mais harmoniosa entre as partes envolvidas.

A ideia central do livro é a de que o oficial de justiça não deve ser visto apenas como uma extensão do poder coercitivo do Estado, mas também como um agente com potencial de promover o diálogo e a conciliação. A partir dessa perspectiva, o autor sugere que os oficiais de justiça, ao se envolverem mais ativamente na resolução de conflitos, podem ajudar a aliviar a sobrecarga do sistema judicial, ao mesmo tempo em que beneficiam as partes envolvidas.

Estrutura e conteúdo

Xavier faz um estudo da legislação brasileira que regulamenta a função dos oficiais de justiça, contextualizando historicamente o surgimento dessa função e sua evolução ao longo do tempo. Ele também examina casos práticos em que esses profissionais tiveram um papel decisivo na pacificação de conflitos, apresentando uma argumentação robusta e fundamentada.

O autor ainda propõe reformas e melhorias nas práticas atuais, sugerindo treinamentos que preparem os oficiais de justiça para atuarem como mediadores em situações de tensão. Segundo ele, uma abordagem mais humanizada pode tornar o sistema mais eficiente e justo.

Contribuição acadêmica e prática

Com um estilo acessível e ao mesmo tempo acadêmico, "O Oficial de Justiça Burocrata Pacificador de Conflitos" é uma leitura indispensável para profissionais do direito, acadêmicos, e para qualquer pessoa interessada em compreender melhor o funcionamento da justiça brasileira. Ao apresentar uma nova forma de enxergar o papel dos oficiais de justiça, Xavier contribui para um debate importante sobre as melhorias necessárias no sistema judiciário.

Disponível na Amazon, o livro tem recebido elogios tanto por sua clareza quanto por sua proposta inovadora. Ele também abre espaço para discussões sobre o futuro da função do oficial de justiça no Brasil e como ela pode se adaptar às novas demandas da sociedade.

Conclusão

A obra de Emerson Machado Xavier é um convite para que repensemos o papel do oficial de justiça no sistema judicial. Ao destacar seu potencial como pacificador de conflitos, Xavier propõe uma mudança de paradigma que pode levar a um judiciário mais eficiente, humanizado e, sobretudo, voltado para a resolução de disputas de maneira colaborativa.

Quem se interessar pela obra pode encontrá-la facilmente na Amazon, onde está disponível para venda.


InfoJus: o portal dos oficiais de Justiça do Brasil

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Senado aprova porte de arma para Oficiais de Justiça em decisão da CCJ


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (16/10) o parecer favorável ao Projeto de Lei nº 4256/2019, que permite o porte de arma de fogo para Agentes Socioeducativos e Oficiais de Justiça em todo o Brasil. O relatório, apresentado pelo senador Espiridião Amin (PP/SC), recebeu emenda do senador Marcos Rogério (PL/RO), que garante o porte d arma, desde que os servidores comprovem capacidade técnica e aptidão psicológica.

A proposta foi discutida e aprovada com base na justificativa de que os Oficiais de Justiça enfrentam riscos consideráveis em suas funções, muitas vezes lidando com situações de alta tensão e ameaças. O senador Hamilton Mourão (Republicanos/ES) leu o relatório, que apontou o porte de armas como uma medida de proteção tanto para os oficiais quanto para suas famílias.

Além da exigência de qualificação técnica e psicológica, a emenda de Rogério isenta os Oficiais de Justiça do pagamento de taxas para o porte de arma e elimina a limitação de idade para aquisição, permitindo que servidores com menos de 25 anos possam portar armamento, dada a natureza de autodefesa de suas atividades.

A aprovação foi amplamente apoiada pelos senadores presentes, incluindo o autor original do projeto, senador Fabiano Contarato (PT/ES), que reforçou a importância de proteger esses servidores públicos, desde que submetidos às devidas avaliações técnicas e psicológicas.

O projeto segue agora para análise na Câmara dos Deputados, a menos que nove senadores solicitem sua apreciação em plenário. Caso seja aprovado na Câmara, o PL será encaminhado para sanção presidencial.

A sessão contou com a presença de vários representantes da categoria, como Gerardo Lima e Lucianna Campos, da UniOficiais, Julio Fontela, da Fenassojaf, e Marcelo Lima Goulart, representando a Afojebra e a Fesojus, evidenciando o apoio das entidades ao avanço da proposta.

Com a aprovação do PL, espera-se que os Oficiais de Justiça possam atuar com mais segurança, especialmente diante dos riscos inerentes ao cumprimento de suas funções.

InfoJus Brasil: O portal dos Oficiais de Justiça

Postagens populares