segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Foi criada a FENOJUS

No dia 19/01/2012, em Brasília/DF, foi criada a Federação Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil (FENOJUS), com a participação de oito sindicatos de oficiais de Justiça.

Essa é uma grande conquista dos oficiais de Justiça brasileiros. Mas é necessário que a Fenojus trabalhe em prol de todos os oficiais de Justiça. É necessário que quando um oficial de Justiça seja agredido, principalmente quando os agressores forem agentes do Estado, que a Fenojus mande um representante ao respectivo estado da federação para que sejam tomadas as devidas proviências.

É necessário também que a Fenojus divulgue todas as ações tomadas em favor dos oficiais de Justiça. Não se pode ter exemplo a antiga FOJEBRA, que sequer atualiza o site da entidade.

Segundo o presidente do SINDIOFICIAIS/ES, Argentino Dias, um dos objetivos da FENOJUS é conseguir a adesão de todos os sindicatos de oficiais de Justiça do Brasil. 

O SINDOJUS-MG e o SINDOJEPE/PE ainda não filiaram a FENOJUS, entretanto a qualquer momento podem se filiar e engrandecer a nova federação. É de suma importância que os oficiais de Justiça desses estados, converse com os dirigentes dos sindicato e demais oficiais para convencê-los a se filiar na FENOJUS. Somente com muita união e humildade é possível vencer.

Segue meios de contatos do SINDOJUS-MG e SINDOJEPE para que os oficiais de Justiça favoráveis ao fortalecimento da FENOJUS entrem em contato com os dirigentes e solicitem a filiação a Federação Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil.

SINDOJUS/MG
SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
Rua Mato Grosso, 539, Conj. 601/603 • Barro Preto • CEP 30190-080 • Belo Horizonte • Minas Gerais • Telefax (31) 2514-0327 / 2514-0347
E-mails:

SINDOJEPE
SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Av. Dantas Barreto, 191 - Sala 105 - Edf. Stº Antônio - Recife-PE - CEP 50010-360 - Fone/Fax: (81) 3424.7551

domingo, 22 de janeiro de 2012

Maioria das entidades dos oficiais de Justiça não prestam contas aos filiados.

Dirigentes das entidades que representam oficiais de Justiça não divulgam informações que nos interessam, parecem que estão preocupados apenas com o próprio umbigo.

Sempre é assim: Presidente do Sindicato ou Associação dos oficiais de Justiça tem reuniões com Presidente do Tribunal de Justiça do respectivo estado ou vai em Brasília com o dinheiro arrecadado das contribuições dos oficiais de Justiça e passam vários dias, meses, anos ou nunca divulgam o assunto ou o resultado da reunião, viagem, assembléia, etc.

Existem sindicatos e associações que estão com os sites (pagos com o dinheiro dos oficiais de Justiça) desatualizados há quase um ano e não existe outro meio de comunicação dos dirigentes das entidades com os associados ou sindicalizados. Todos pagam a “contribuição” e não recebem sequer informação do que os dirigentes das entidades fazem ou deixam de fazer. A internet é o meio mais eficiente e barato para a comunicação.

Recentemente vários sindicatos dos oficiais de Justiça se uniram para criar a Fenojus, mas poucos comunicaram isso aos sindicalizados ou associados. Em seguida marcaram Assembléias Gerais nos referidos sindicatos para obterem autorização para filiação na futura Federação, pois é exigência da lei. A maioria marcou a assembléia para o dia 13/01/2012, mas até agora muitos sindicatos não divulgaram o resultado da Assembleia. Veja que estou falando de assembléia geral e não greve geral de um dia, pois jamais todos oficiais de justiça poderão comparecer ao ato e por isso é sindicalizado e merece ter informação do que ocorreu na referida assembléia.

Veja que os representantes dos oficiais de Justiça não tiveram a decência de informar o ocorrido na Assembleia Geral para fundação da Fenojus marcada para o dia 19/01/2012 em Brasília/DF. Não criaram um blog (é gratuito) e não divulgaram nada nos sites dos sindicatos e em nenhum outro meio de comunicação acessível aos filiados.

Na minha humilde opinião, o dirigente de associação ou sindicato de oficiais de Justiça que não informam à classe o que vem fazendo em nome dos oficiais de Justiça, no dia-a-dia de representante deles, deve pedir pra sair (e nunca mais voltar), pois “líderes” que agem assim estão pensando apenas no próprio umbigo e não na classe. Pode haver outros interesses nessa atitude de esconder as informações.

Criei este blog gratuitamente, posso postar notícias de qualquer computador que tenha internet, em qualquer lugar do mundo e em qualquer dia e horário. Não pago nada por isso. Posso enviar notícias inclusive através do meu telefone celular. Milhares de pessoas em todas as partes do mundo podem acessar esse blog. É informação rápida e gratuita para todos.

Logo, todos os sindicatos e associações de oficiais de Justiça do Brasil têm plenas condições de trazer informações e prestar contas aos filiados, de forma gratuita, rápida e acessível a todos. Só não o fazem é porque tem outros interesses.

Fica aqui apenas uma ressalva, a AOJESP é a unica entidade de oficiais de Justiça que atuliza seu site (www.aojesp.org.br) quase todos os dias. Tem até um programa de televisão. É um exemplo a ser seguido.

22/01/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais deste domingo

Bens apreendidos pela Justiça
Mais de 1,3 milhão de bens apreendidos pelo Judiciário em Minas Gerais, incluindo 2,2 mil carros, 51 mil armas e 388 mil computadores, abarrotam pátios e galpões. Propostas para mudar a legislação brasileira e tornar mais rápidos os processos de liberação dos bens apreendidos já vêm sendo discutidas. Mas, hoje, cabe aos juízes responsáveis pelos processos a autorização para que os bens possam ser liberados para doação, leilão ou para que sejam destruídos. De acordo com o jornal O Estado de Minas, muitos juízes preferem definir o destino do bem somente após a conclusão de todos os trâmites legais cabíveis. Como vários processos se arrastam por anos, os bens vão “mofando” sob a guarda da Justiça.

Contratações suspeitas
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o Ministério Público Federal abrirá um inquérito civil para investigar as contratações, efetuadas pelo Ministério da Integração Nacional, de empresas ligadas a um lobista que trabalha no gabinete do filho do ministro Fernando Bezerra Coelho. Aerolande Amós da Cruz, ex-assessor de Bezerra e cedido desde 2008 pela prefeitura de Petrolina ao gabinete do deputado Fernando Coelho (PSB-PE), atua para empresas que obtiveram R$ 8,6 milhões em contratos com a Integração na gestão de Fernando Bezerra.

Justiça previdenciária
Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conseguem, cada vez mais, receber na Justiça os benefícios negados nas agências do órgão. A quantidade de aposentadorias obtidas judicialmente pelos trabalhadores subiu 9% entre 2009 e 2011. Mas o salto maior foi nas concessões pelos tribunais de pensões por morte e dos auxílios (por doença e por acidente): o volume anual de decisões favoráveis aos trabalhadores subiu 27% e 28%, respectivamente. Os dados são de levantamento feito pelo Ministério da Previdência Social a pedido do jornal Correio Braziliense.

Movimentações atípicas
De acordo com reportagem do jornal O Globo, integrantes do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, sediado no Rio de Janeiro, movimentaram quase R$ 320 milhões em operações financeiras atípicas na última década. O valor estaria descrito no relatório de análise produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras a pedido da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça. O levantamento revelou que só um servidor, identificado pelo Coaf como doleiro, foi responsável por operações atípicas no total de R$ 282 milhões, todas em 2002. Mas ele não foi o único. Há outras movimentações suspeitas ligadas ao TRT-1 de R$ 38 milhões.

Passos lentos
Três anos e quatro meses após o maior sequestro em cárcere privado do Brasil, com mais de 100 horas de duração, e a posterior morte de Eloá Cristina Pimentel, então com 15 anos, Lindemberg Ferreira Alves, que sequestrou a jovem, deverá a Júri popular no Fórum de Santo André (SP). Informa o jornal Diário do Grande ABC que a defesa de Lindemberg conseguiu adiar o julgamento, marcado para março do ano passado, contestando provas apresentadas no inquérito e protocolando novas testemunhas. O julgamento deve ocorrer este ano.

COLUNA
Para a jornalista Eliane Castanhêde, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, há duas formas de olhar a dívida de cerca de R$ 3 bilhões do TJ-SP com seus juízes e servidores. Uma é a dos credores, que veem o tempo passar e nada do dinheiro entrar no bolso. Alegam que merecem receber por férias não gozadas, licenças-prêmios e, consolidando tudo, as naturais atualizações da moeda. Já a outra ótica, é a de quem lê, sabe que vai pagar a conta e fica com a pulga atrás da orelha. “Que tantos direitos são esses que chegam a praticamente 50% do orçamento de um ano inteiro para tudo? Quando deputados e senadores votam privilégios ilegítimos em seu próprio favor, nós todos ficamos indignados. E quando é em outro Poder? Não acontece nada? É melhor saber exatamente quanto desses R$ 3 bilhões corresponde a direitos e quanto surgiu de decisões corporativas. A sociedade brasileira tem o direito de saber, até porque é quem fica com o prejuízo”.

OPINIÃO
O economista com especialização em engenharia de transportes, e deputado federal (PT-SP) Carlos Zarattini, acredita que, em 2012, o Congresso Nacional tem um “desafio histórico de estabelecer um marco legal para a vigência dos valores éticos nas relações entre o público e o privado no país”. Ele se referiu a apreciação do Projeto de Lei 6.826/2010, que responsabiliza pessoas jurídicas em atos contra a administração pública nacional e estrangeira, em especial pelos atos relacionados à corrupção. Em artigo publicado neste domingo no jornal Folha de S. Paulo, ele afirma que “o projeto dá mais um passo nas ações de combate à corrupção que estão sendo adotadas desde 2003”.

Revista Consultor Jurídico, 22 de janeiro de 2012

sábado, 21 de janeiro de 2012

AMAPÁ: Sargento da Polícia Militar agride oficiala de Justiça

Expostos ao perigo, oficiais de Justiça são vítimas de agressores




O caso da oficial de Justiça Karen Danielle Tomé – espancada pelo sargento da Polícia Militar, Roberto Carlos Dias Nery, quando tentava cumprir uma ordem de penhora – levantou a questão quanto à segurança dos serventuários que, diariamente, encaram pessoas desconhecidas para cumprir intimações e outras determinações judiciais.

O fato aconteceu na última quarta-feira (18). A analista judiciária chegou, à tarde, na residência do sargento Roberto Nery para cumprir a penhora. Após os empurrões e socos, Karen ficou muito abalada. Ela não quis conversar com a reportagem de a Gazeta. No entanto permitiu que Gesiel Oliveira, presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do Amapá, relatasse o ocorrido. Segundo a versão contada por ele, quando o policial viu a identificação funcional dela, começou a ter um súbito de ira. Agarrada pelos dois braços, Karen foi arremessada no muro da casa – com o rosto virado para a parede. Para completar, levou dois socos nas costas. Ela caiu no chão. Em seguida, Roberto Nery subiu em sua moto e saiu de cena.

A truculência do sargento foi comunicada à corregedoria da PM, na manhã de quinta-feira (19). Amedrontada, e acompanhada do presidente do sindicato dos serventuários da Justiça do Amapá, José Cleanto, Karen – que efetivada há apenas quatro meses no Tribunal – foi até o quartel do Comando Geral da PM para fazer a denúncia. Lá, um encontro inesperado. Eles se depararam o policial agressor na corregedoria – ele ainda teria debochado da vítima.

Segundo informações repassadas por Gesiel, o comando da PM se pronunciou contrario ao que aconteceu. A polícia irá abrir duas sindicâncias. Uma contra o militar, para apurar a sua conduta, e outra contra a omissão do serviço 190. A vítima ligou por três vezes solicitando o apoio da PM e esperou por mais de meia hora. Nenhuma guarnição compareceu ao local da ocorrência.

Histórico de agressão

Karen não foi a primeira oficial a ser agredida pelo sargento Roberto Nery. Há alguns anos, ele espancou a analista judiciária de prenome Claudete.

Lotado no 6° Batalhão da PM (no bairro Perpétuo Socorro), ele é professor de karate e instrutor de MMA (Mistura de Artes Marciais) – as lutas de vale tudo. O militar é o responsável pelas instruções de defesa pessoal da PM, inclusive do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da polícia.

O sargento possui mais de 30 processos na Justiça Estadual, a maioria por agressões físicas e violência doméstica. Ele também responde a vários inquéritos policiais militares.

Providências judiciais

O Ministério Público (MP), através do promotor Éder Abreu, da Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (PICC), repudiou o episódio. O MP abrirá um processo por desacato, obstrução do trabalho da Justiça e agressão.
O fato também foi comunicado ao Tribunal de Justiça, onde a juíza corregedora, Sueli Pini, condenou a atitude tomada pelo militar. Ela estuda medidas legais para punir o sargento e evitar que situações como essa voltem acontecer.
O militar deverá responder pela agressão na justiça comum. Ele poderá sofrer medidas disciplinares na justiça militar por conta da conduta. Uma das sansões é a perda do direito às promoções.

Profissão perigo

O caso expôs o nível de vulnerabilidade dos profissionais ao perigo de se depararem com pessoas agressivas e que se recusam a receber a ordem judicial.

Atualmente, 62 oficiais de justiça desempenham suas funções para o judiciário estadual, cumprindo cerca de 10 mil intimações entre positivos e negativos. Eles recebem apenas pelos mandados positivos, ou seja, quando conseguem localizar o intimado.

Segundo Gesiel Oliveira, recentemente a Polícia Federal reconheceu a profissão como uma das que oferece maior risco de morte. “A gente intima todo tipo de pessoa. Do traficante ao cara que não pagou a pensão”, comentou ele. Por causa disso, a PF concedeu o porte de arma para o oficial. “O problema do Amapá é que o Tribunal não assumiu nenhuma responsabilidade pela arma. Se um oficial quiser uma arma, ele tem que comprar”, relatou Gesiel. Ele comentou que, para os magistrados, que possuem o porte legal, o Tribunal cautela armas. Para ele, os oficiais estão mais expostos ao perigo do que juízes.

Uma das lutas do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Amapá é pelo aumento da remuneração em razão do risco de morte, que hoje é pago na taxa de 35% para os servidores. O sindicato quer que esse valor se equipare ao do estado do Pará – onde esse percentual é de 50% em cima do salário.

Gesiel lembrou uma reivindicação antiga da categoria: no cumprimento dos mandados, os oficiais deveriam ser escoltados por policiais militares. Ele recordou de casos similares ao de Karen. O oficial Rui Lobo foi uma dessas vítimas. Seis anos atrás, ele foi agredido por uma pessoa que não aceitou receber a intimação. O servidor teve o nariz quebrado com um soco. Outro servidor teve que se aposentar por causa de sequelas de um tiro, que levou durante uma execução de penhora. Com informações do Jornal a Gazeta.

21/01/2012 - Noticiário Jurídico


A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado

Auxílio Alimentação para juízes
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Tesouro vai gastar R$ 82 milhões de uma só vez com auxílio-alimentação para juízes federais e do Trabalho. O valor é referente a um longo período, desde 2004, quando a toga perdeu o benefício que nunca deixou de ser concedido a procuradores do Ministério Público Federal e à advocacia pública. Neste sábado, a ConJur informou que magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul receberão, a partir de fevereito, auxílio alimentação que pode chegar a R$ 1.200.

Dinheiro público
O MPF-DF denunciou à Justiça quatro pessoas que são acusadas de desviar cerca R$ 5,5 milhões do Tribunal Regional do Trabalho em 2011. A servidora do Tribunal Márcia de Fátima Pereira e Silva, que confessou o crime, sua mãe, irmão e marido serão investigados por envolvimento no esquema fraudulento. Os quatro responderão pelo crime de peculato e, se condenados, poderão pegar até 12 anos de prisão, além de multa. As informações são do jornal Correio Braziliense.

Saúde processada
Levantamento do CNJ aponta há mais de 242 mil ações envolvendo causas relacionadas à saúde tramitando em todas as instâncias. As reclamações, referentes ao Sistema Único de Saúde e ao setor privado, vão de negativas de atendimento e pedidos de ressarcimento por valores gastos com remédios e tratamentos à cobrança indevida de valores pelas operadoras e centros médicos. As informações são do jornal Correio Braziliense.

OPINIÃO
Demora do Judiciário
“Enquanto nos EUA, o médico do Michael Jackson — em um caso complexo e cheio de ambiguidade — foi julgado em pouco mais de dois anos, no Brasil, passaram-se 13 anos até o ex-deputado alagoano Talvane Albuquerque Neto receber a sentença que lhe cabia, como mandante de um assassinato sem disfarces nem rebuços (caso Ceci Cunha)”, afirma o editorial do jornal O Estado de S. Paulo, deste sábado. A defesa do réu conseguiu que o processo se enredasse numa infinidade de recursos protelatórios, transitando por diversas instâncias e tribunais. “Com razão, fortalece-se na opinião pública o sentimento de que a Justiça raramente alcança os mais ricos e importantes; cresce proporcionalmente o desejo, iníquo e bárbaro, do julgamento sumário, da abolição dos direitos de defesa”.

Movimentações suspeitas
“O Brasil é engraçado. Todo mundo se diz a favor da moralidade pública, mas poucos estão dispostos a pagar o preço de tê-la”, afirma o articulista do jornal O Estado de S. Paulo, Hélio Schwartsman, ao se referir às movimentações financeiras suspeitas do Judiciário apontas no relatório do Coaf. “Na Suécia, na Noruega e na Finlândia, a tradição de transparência é tanta que as declarações de renda de todos os cidadãos são publicadas anualmente na rede”.

Revista Consultor Jurídico, 21 de janeiro de 2012

Para pensar!!!

 Escrito por Edinaldo Gomes da Silva.

Nos Poderes executivo e legislativo atualmente existem vários cargos com salários superiores aos dos magistrados. E não são chefes de poderes. Existem vários servidores com apenas o Ensino Médio ganhando salário de juízes. Cito como exemplo servidores da Câmara dos Deputados, Senado, TCU (servidores), entre outros. E vejam que tais cargos não tem tantas vedações de exercer outras atividades como ocorre com os juízes. 

Atualmente há um campanha contra os juízes brasileiros.  Juízes são obrigados a serem pobres. Advogados podem movimentar milhões. Juízes não podem. É supeito! E a OAB pede investigação.

A OAB poderia fornecer o CPF de todos os advogados e o COAF fazer uma averiguação. Afinal os advogados querem ter os mesmos direitos dos juízes. Mas não querem os deveres, afinal eles podem acumular cargos, fazer política partidária, etc.Temos muitos advogados que são deputados para votar leis em favor da advocacia. Juízes não podem.

Sou servidor da Justiça desde 1999, não quero "puxar o saco" dos juízes. Mas servidor que deseja ser valorizado não deve se aliar a pessoas que querem enfraquecer a magistratura e o Poder Judiciário. 

Estou cansando de ver sindicatos de servidores da justiça e até associações de oficiais de Justiça atacando a magistratura. Malfeitos devem ser apurados, mas está ocorrendo uma generalização.

Somente com o Poder Judiciário forte e independente é que os servidores da Justiça poderão ser valorizados.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

20/01/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira

Prescrição contra advogados
A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça definiu que clientes têm um prazo de 10 anos para processar advogados por erros no serviço jurídico, pedindo indenizações para reparação de danos. A decisão amplia o período de prescrição até então aceito pela jurisprudência, que oscilava entre três e cinco anos. Também tem impacto direto nos procedimentos dos escritórios de advocacia, aumentando, por exemplo, o prazo para a guarda de documentos que possam ser usados em eventual processo desse tipo. É um dos primeiros julgamentos do STJ sobre o assunto após a edição do novo Código Civil, em 2002. As informações são do jornal Valor Econômico.

Liberdade ameaçada
O Ministério Público de São Paulo investiga ameaças feitas a jornalistas de Limeira (151 km de São Paulo) depois que eles publicaram reportagens sobre prisões temporárias de familiares do prefeito Silvio Félix (PDT), ocorridas em novembro de 2011. Quatro repórteres e um apresentador de telejornal relataram aos promotores que receberam e-mails e telefonemas nos quais os interlocutores os ameaçavam de morte caso eles não parassem de publicar reportagens sobre o tema. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Julgamento concluído
O jornal Folha de S.Paulo conta que o ex-deputado Talvane Albuquerque (ex-PTN), condenado nessa quinta-feira (19/1) a 103 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL) e de três parentes dela, em 1998, foi levado diretamente para a cadeia após a Justiça apontar "grande comoção social". Albuquerque, que era o primeiro suplente da coligação da deputada, foi apontado como mandante do crime com o objetivo de assumir o mandato dela. Ele chegou a tomar posse na Câmara, mas foi cassado. Leia mais aqui na ConJur.

Reintegração de posse
Cerca de 50 policiais militares e alguns seguranças privados retiraram na manhã dessa quinta-feira (19/1) oito moradores de uma casa que havia sido desapropriada pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) em São João da Barra, norte do estado. Vários imóveis na região foram desapropriados pela Codin para a construção de um distrito industrial e do porto do Açu, do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O pagamento das indenizações foi feito pela LLX, braço de logística do grupo EBX. Segundo a Codin, a empresa antecipou o dinheiro para o órgão estadual. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Caso BBB
O modelo Daniel Echaniz, eliminado do reality show "BBB 12" na segunda-feira (16/1), após suposto caso de estupro da estudante Monique Amin, está proibido de deixar o país. Se quiser mudar de cidade, ele também deverá informar à Justiça. A decisão foi tomada pelo juiz Marco Couto, da Vara Criminal de Jacarepaguá, após solicitação da promotora do Ministério Público do Rio Christiane Monnerat. "O delegado deixou claro que quer colocar Daniel e Monique assistindo à fita juntos. A medida cautelar é uma forma de evitar que ele saia do país e atrapalhe as investigações", disse a promotora. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


COLUNA
A NOVELA CNJ
O editorial do jornal O Estado de S. Paulo diz que “deflagrada pelas liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal, que determinaram a suspensão das investigações que a Corregedoria Nacional de Justiça vinha fazendo nas Justiças estaduais, a crise da magistratura atingiu o Conselho Nacional de Justiça. Por causa das suspeitas de irregularidades em licitações conduzidas pelo secretário-geral da presidência, juiz Fernando Marcondes, homem de confiança do ministro Cezar Peluso, sete conselheiros anunciaram que pedirão providências urgentes assim que o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário retomar suas atividades.”

Revista Consultor Jurídico, 20 de janeiro de 2012

TJ paulista torna obrigatória uso da penhora online

Averbação eletrônica

O Tribunal de Justiça de São Paulo baixou, uma semana antes do recesso de final de ano, o Provimento 30/2011, que torna obrigatória a utilização do sistema eletrônico para averbação de penhora. A partir de então não fica mais a critério do juiz utilizar a penhora online ou fazer este pedido por meio de documento em papel. De acordo com o TJ-SP, a medida trará mais agilidade e ajudará no combate às fraudes.

O juiz assessor da corregedoria, Afonso de Barros Faro Junior, explica que, anteriormente, o credor precisava providenciar uma certidão da penhora e levá-la ao cartório de registro imobiliário para fazer a averbação na matricula do imóvel. Este sistema ocasionava a demora em muitas averbações, já que não era rara a existência de inconsistências nas certidões, o que gerava a necessidade da expedição de uma nova, com retificação dos dados divergentes. Outro problema no procedimento antigo é que ele permitia a ocorrência de fraudes, que embora em número bem menor que as inconsistências, existia.

O juiz explica que o processo de averbação ganha celeridade com a penhora online, porque quando do preenchimento da certidão — que não é pequena — o serventuário é informado, no ato do envio, sobre as inconsistências, podendo portanto corrigi-las imediatamente. Caso contrário, o envio não é permitido. “Se houver qualquer dado divergente, o escrevente será informado de imediato, ocasião na qual ele já poderá retificar as informações. Não haverá a necessidade de providenciar novas certidões, o que demanda tempo, algo precioso para a Justiça”, complementa.

A determinação do uso exclusivo da penhora online é da gestão anterior da Corregedoria do tribunal. No entanto, o atual corregedor geral, desembargador José Renato Nalini, reconhece os benefícios do novo sistema e não pretende revogar o provimento assinado pelo ex-corregedor, desembargador Mário de Vienne Ferraz. “Esta inovação traz uma ajuda significativa no combate às fraudes que existiam nessas certidões. Todo documento està sujeito à fraude, com as certidões de averbação não era diferente”, disse Afonso de Barros, ao explicar um dos motivos pela qual a Corregedoria decidiu manter o provimento.

O parecer de Walter Rocha Barone, ex-juiz auxiliar da corregedoria, que embasa a decisão do ex-corregedor geral de tornar obrigatório o uso da penhora online, relata que o sistema que está em funcionamento no TJ paulista, em caráter de utilização facultativa, desde 2009, “não teve adesão voluntária de juízes esperada, mesmo sendo uma ferramenta que, inequivocadamente, contribui para a efetividade das decisões judiciais, além de colaborar para a celeridade processual e com a defesa do meio ambiente”. Ele considera razoável a obrigatoriedade do uso da penhora online.

“Como qualquer mudança, é preciso se adaptar ao novo método. De fato, a penhora online demanda um aprendizado, mas o tribunal já esta programando um curso prático para ensinar como se preencher os formulários”, afirma Afonso de Barros.

O juiz explica que a celeridade trazida pela ferramenta se apresenta não só na averbação em si, como nos procedimento que a antecedem. “Antes, a consulta aos bens imóveis era feita pelos cartórios, após pedido veiculado no Diário Oficial. Agora toda consulta de imóveis em nome de determinada pessoa será feita online, tanto o pedido quanto a resposta, o que mostra a agilidade que a penhora online traz para o procedimento”, conclui.

Leia aqui o provimento.

Revista Consultor Jurídico, 19 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

19/01/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta

Ceci Cunha
Os cinco acusados de envolvimento nas mortes da deputada Ceci Cunha, do marido e mais dois parentes dela foram considerados culpados pelos crimes. A decisão dessa terça-feira foi do Júri popular formado para analisar o caso. O ex-deputado Talvane Albuquerque foi condenado como mandante dos assassinatos. Os outros quatro foram considerados autores materiais. Após três dias de julgamento e seis horas de discussão entre os jurados, Talvane Albuquerque foi condenado a 103 anos e 4 meses de prisão por homicídio qualificado, sem possibilidade de defesa das vítimas. A notícia está nos jornais O Globo, Correio Braziliense, Estado de Minas, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo. Leia mais aqui na Consultor Jurídico.

CNJ em xeque
Atuando há 55 anos, o jurista Ives Gandra Martins, de 76 anos, colocou de lado a amizade com o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, para criticar a decisão que elimina a competência do Conselho Nacional de Justiça. Em entrevista ao jornal O Globo, ele disse que a posição do ministro põe em xeque não só a "legalidade" do conselho, mas as decisões tomadas nos últimos anos. Outra crítica é sobre o pagamento de auxílio-moradia aos magistrados. Ele dispara: "Não se deve usar esse tipo de estratagema".

Pegos de surpresa
O Conselho Nacional de Justiça assinou em 30 de dezembro um contrato de informática de R$ 6,8 milhões. É mais uma despesa do conselho na área no fim de 2011 e que pegou conselheiros de surpresa. Membros do CNJ criticaram a posição de auxiliares ligados ao presidente do órgão, ministro Cezar Peluso, por licitações no mesmo setor, de R$ 44,9 milhões e de R$ 8,6 milhões, feitas a toque de caixa e sem transparência, segundo eles. O novo contrato foi publicado no Diário Oficial da União. A notícia está no jornal Folha de S.Paulo.

Verbas atrasadas
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, desembargador Alceu Penteado Navarro, é um dos investigados pelo Tribunal de Justiça paulista pelo suposto recebimento de verbas atrasadas de forma privilegiada em relação aos colegas de corte, informa o jornal Folha de S.Paulo. Os pagamentos feitos ao ex-presidente do TJ desembargador Antonio Carlos Viana Santos, morto em janeiro de 2011, também são alvo de apuração do tribunal.

Pagamentos antecipados
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o acerto de contas no Tribunal de Justiça de São Paulo provocou mal-estar e tensão entre magistrados da maior corte do país. Uns poucos, 29 juízes e desembargadores identificados até agora, foram contemplados com verbas elevadas, a título de pagamentos antecipados. Mas a grande maioria da toga recebe seus créditos a conta-gotas, parcelas mensais intermináveis a que chamam de "carnê da morte".

Operações suspeitas
Como informa o jornal O Globo, o Coaf identificou, entre 2000 e 2010, 205 movimentações consideradas suspeitas de irregularidades entre servidores do Judiciário, familiares e magistrados. Este grupo de pessoas integra o universo de 216 mil nomes que foram remetidos ao órgão ligado ao Ministério da Fazenda pela Corregedoria Nacional de Justiça para avaliação de movimentações atípicas, investigação suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal. As movimentações suspeitas são aquelas que, além de fugir à normalidade, levantam dúvidas de cometimento de crime.

Aviso proporcional
De acordo com o jornal DCI, a 51ª Vara do Trabalho de São Paulo concedeu a primeira decisão favorável ao pagamento do aviso prévio proporcional a um trabalhador demitido antes da vigência da Lei 12.506, de 2011, que regulamentou o benefício de até 90 dias. A ação é do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, que já ajuizou mil processos e deve protocolar ainda outros mil na Justiça. A decisão abre precedente para que os tribunais retroajam a aplicação da nova lei nos vários outros casos em tramitação.

Ela e o bebê
A Justiça de São Paulo condenou o humorista Rafinha Bastos a indenizar, por danos morais, a cantora Wanessa Camargo, seu marido, Marcus Buaiz, e o filho deles, nascido neste mês, em cerca de R$ 20 mil por uma piada, informa o jornal Folha de S.Paulo. Em setembro passado, Rafinha afirmou na bancada do programa "CQC", da Band, que "comeria ela [Wanessa, então grávida] e o bebê". A decisão do juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, da 18ª Vara Cível de São Paulo, foi publicada no Diário Oficial. Leia mais aqui na ConJur.

Agora pela Apae
Já a revista Veja conta que o humorista Rafinha Bastos vai responder em breve por outro processo. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (Apae São Paulo) entrou com pedido de liminar no Ministério Público para que seja proibida a circulação e a venda do DVD A Arte do Insulto e também exige o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil. A ação se refere a uma piada em que Rafinha conta ter internado seu pênis na Apae depois de usar um preservativo com efeito retardante.

COLUNAS
História bandeirante
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, “o Ministério Público de SP busca documentos, fotos e objetos de seus integrantes para criar o memorial da instituição. Localizaram o livro de posse do escritor Monteiro Lobato como promotor da cidade de Areias, onde atuou de 1907 a 1911”.

Pela insignificância
O Blog do Fred, do jornal Folha de S.Paulo, conta que “a Defensoria Pública da União impetrou Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal em favor de condenado pelo crime de estelionato contra o Instituto Nacional do Seguro Social. A Defensoria pede a cassação do entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que não se aplica o princípio da insignificância ao crime de estelionato praticado contra entidade de Direito Público”.
Revista Consultor Jurídico, 19 de janeiro de 2012

Calandra pede esclarecimentos ao Presidente do Coaf sobre relatório do CNJ


 Renata Brandão 
Calandra, Thiago Massad e José Barroso se encontram com técnicos do Coaf / Foto: ASCOM/AMB
O esclarecimento sobre como são preparados os relatórios genérico e de inspeção financeira pautaram a reunião do Presidente da AMB, Nelson Calandra, com o Presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antonio Gustavo Rodrigues. No encontro que ocorreu, nesta quarta-feira (18), na sede da Coaf, em Brasília, Calandra explicou a posição da Associação ao reafirmar que não concorda que os relatórios de inspeção financeira sejam encaminhados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, por sua vez, não tem competência criminal.

“Essa atividade é privativa da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Cabe a eles investigar dados provenientes dos relatórios de inspeção financeira. O relatório de inspeção financeira não chegou a ser encaminhado pelo Coaf e nem mesmo, se solicitado pela Ministra Eliana Calmon, teria condições de ser atendido. Segundo o Presidente do Coaf, não se pode pedir dados de três mil pessoas em todo o País. É preciso que haja um caso concreto para que a autoridade judicial possa requerer a quebra do sigilo bancário, e então, o Coaf encaminharia o relatório de inspeção financeira que é detalhado”, disse Calandra.

Após a reunião com os técnicos do Coaf, Calandra e o Presidente do órgão conversaram com os jornalistas. Na coletiva, o Presidente da AMB destacou que foram solicitadas ao Coaf informações sobre 216,8 mil pessoas e que só foi encontrada alguma movimentação atípica de 369 delas nos últimos dez anos.

“Essa afirmação genérica de que existe uma infinidade de pessoas desonestas na Magistratura, isso foi desmentido pelo próprio Coaf. Fiquei muito feliz com o esclarecimento dado pelo Presidente do Coaf, que também explicou que, no caso do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, não houve nenhuma movimentação anormal ligada à atividade judicante do Tribunal. Ele retificou ainda a informação do Coaf em relação ao Tribunal de Justiça Militar de São Paulo”, salientou.

Participaram também da reunião, o Secretário-Geral-Adjunto da AMB, Thiago Massad, o Presidente da Associação dos Magistrados da Justiça Militar Federal (Amajum), José Barroso Filho, o Diretor de Inteligência da Coaf, Antonio Carlos Ferreira, e o Advogado Alberto Pavie.

Fonte: AMB

Hoje é o dia da fundação da Fenojus

Hoje, 19/01/2012, é considerado o dia "D" para a criação da Fenojus - Federação Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil. 

Para que que a Fenojus seja reconhecida como uma federação pelo Ministério do Trabalho e Emprego (M.T.E) é necessário a filiação de pelo menos cinco sindicatos de oficiais de Justiça que tenham a Carta Sindical. 

De acordo com o presidente do Sindioficiais-ES, Argentino Dias dos Reis, que é um dos principais líderes da criação da Fenojus, a nova federação "é a porta e cada servidor é o elo da corrente que poderá fortalecer o sindicalismo e ganhar o respeito e verdadeira representatividade dentro do Poder Judiciário.".

A fundação da FENOJUS poderá beneficiar não apenas os oficiais de Justiça, mas todos os servidores da Justiça brasileira, que certamente serão mais valorizados e poderão ter grandes vitórias. Isso porque a criação da Fenojus apenas "abre a porteira" das grandes conquistas dos servidores da Justiça.
Hoje grande parte das contribuições sindicais arrecadadas dos servidores do Judiciário são repassadas ao FAT e para a CSPB. Isso gera gigantesco prejuízo a todos os trabalhadores do Poder Judiciário.

Para a criação de uma federação é necessário a filiação de cinco sindicatos e são necessárias três federações reconhecidas pelo M.T.E para a criação de uma confederação.

Assim, se a FENOJUS, a FENAJUD e a FENAJUFE conseguirem o reconhecimento do MTE poderão se unir e criar a CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO que ficaria com as contribuições sindicais que atualmente são repassadas para a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB).

Essa é uma grande sugestão do presidente do Sindioficiais-ES, mas é necessário união, amadurecimento e debates pelos diversos sindicatos dos servidores do Judiciário brasileiro.

Que venha a Fenojus!!! Que em breve venha a CNSJ.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SERGIPE: Pleno do TJ/SE aprova reajuste da Gratificação Especial de Atividade

Foi aprovado no Pleno do Tribunal de Justiça de Sergipe, no dia de hoje (18/01), o reajuste da Gratificação Especial de Atividade de que trata o art. 16 da Lei Complementar Estadual. A referida gratificação estava com o seu valor congelado em R$ 400,00 e será reajustada de acordo com o índice aplicado aos vencimentos dos servidores efetivos do judiciário, ou seja, 10% (dez por cento). 

A proposta inicial da Presidência do TJ/SE era atrelar o valor a um cargo em comissão, ou seja, o reajuste seria apenas de 6,5% (seis vírgula cinco por cento), mas a Desª Marilza Maynard, sensível aos apelos da classe, sustentou a aplicação do percentual aplicável aos vencimentos dos efetivos (10%). Fez uso da palavra na tribuna o vice-presidente da AOJESE, Edgar Coelho Santos, que alegou que o impacto financeiro seria mínimo na concessão do mencionado percentual (10%). Ao final, o Des. Presidente do TJ/SE optou pela proposta da AOJESE.

Fonte: AOJESE

O enfraquecimento da Magistratura prejudica os servidores

Há vários sindicatos e associações de servidores do Judiciário contribuindo e até lançando pesados ataques contra a magistratura nacional. Não devemos compactuar com eventuais falcatruas dos membros do Judiciário. Mas lançar ataques e trabalhar contra os magistrados, tentando enfraquecê-los é o mesmo que trabalhar contra os próprios servidores. 

Os maiores salários pagos aos servidores atualmente é no Senado Federal, Câmara dos Deputados, além de Tribunais de Contas e Receita Federal do Brasil. Alguém pode dizer porque? Logicamente é porque os parlamentares tem poder grande político (aprovam leis de interesse do executivo) e os Tribunais de Contas e Receita Federal são fortes porque cuidam de fiscalização e cobrança de receitas.

Os Presidentes da Câmara e do Senado tem um imenso poder político, isso é incontestável. Com tudo isso o executivo não ousa intervir na remuneração que o Poder Legislativo decide aprovar para seus servidores.

Atualmente o Poder Judiciário está sofrendo um pesado ataque que vem de todos os lados: da imprensa, da OAB, de membros da própria magistratura e dos servidores do Judiciário.

Um Poder Judiciário fraco significa interferência dos outros poderes em assuntos internos deste Poder, com salários baixos para servidores e descumprimentos de decisões judiciais.
Sindicatos e associações devem lutar pelo fortalecimento do Poder Judiciário.

Delegado condenado por roubo e tentativa de sequestro continua com aposentadoria bloqueada

Está mantida a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que confirmou a suspensão dos proventos de aposentadoria por invalidez e o bloqueio de valores creditados na conta de um delegado federal do Rio de Janeiro, condenado a 17 anos por roubo e tentativa de sequestro. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, indeferiu petição apresentada pela defesa, considerando não competir à Corte o processamento e julgamento do caso.

Segundo denúncia do Ministério Público, o delegado e outras duas pessoas, com bonés e uniformes identificados como da Polícia Federal, abordaram um empresário em uma avenida da Barra da Tijuca, fingindo que efetuavam uma prisão, mas com o intuito verdadeiro de sequestrá-lo. Acabaram roubando o carro e R$ 30 mil da vítima.

Em primeira instância, o juiz determinou a pena de 17 anos e seis meses de reclusão. Como o delegado não foi localizado após a sentença, o juiz decidiu também suspender os proventos de sua aposentadoria e bloquear os valores que viessem a ser creditados em sua conta no Banco do Brasil. A defesa apelou da condenação, mas o TRF2 manteve a sentença, apenas diminuindo em quatro meses o tempo de reclusão. A parte da sentença que tratava do bloqueio dos proventos também foi mantida.

Em mandado de segurança impetrado no STJ, com pedido de liminar, o advogado disse ter sido contratado pela família do policial aposentado. Segundo ele, a decisão que suspendeu os proventos e determinou o bloqueio é completamente ilegal, ofendendo o direito líquido e certo do impetrante aos valores de sua aposentadoria.

“A família nunca teve qualquer outra fonte de renda e hoje sobrevive de trabalhos informais, encontrando-se à beira da miséria”, acentuou o advogado. Alegou que o Ministério Público não pediu o bloqueio e que o juiz não poderia, portanto, ter determinado a medida. Diante disso, a defesa requereu a concessão da segurança para suspender o bloqueio judicial.

O pedido, porém, foi negado. O ministro Ari Pargendler indeferiu a petição por considerar que o STJ não é competente para examinar o caso, segundo a súmula 41, que estabelece: “O STJ não tem competência para processar e julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos respectivos órgãos.”

Coordenadoria de Editoria e Imprensa
 
FONTE: www.stj.jus.br
 
 

18/01/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta

Presidência do CNJ
Ao menos sete dos 15 integrantes do Conselho Nacional de Justiça defendem mudanças de regras que, na prática, retiram poder da presidência do órgão, hoje ocupada por Cezar Peluso, também presidente do Supremo Tribunal Federal. A maioria dos conselheiros, 10 dos 15, afirmou ainda que vai defender as alterações para tornar o CNJ mais democrático e transparente. É necessário pelo menos o apoio de oito conselheiros para as alterações nas normas. Eles pretendem tratar, na primeira sessão do ano, no próximo dia 26, de dois textos discutidos nos bastidores. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Contrato suspenso
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, suspendeu contrato de R$ 1,488 milhão firmado no final de 2011 pelo Conselho Nacional de Justiça. Trata-se do terceiro contrato assinado pelo CNJ no apagar das luzes de 2011 alvo de polêmicas. As suspeitas de irregularidades provocaram um motim no conselho contra o secretário-geral da Presidência, Fernando Florido Marcondes, responsável pelas licitações e homem de confiança do presidente do CNJ, Cezar Peluso. Conselheiros pedirão, na próxima semana, explicações sobre os contratos. Se considerem as respostas insatisfatórias, alguns deles admitem pedir formalmente a destituição do secretário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Assassinato da deputada
O ex-deputado Talvane Albuquerque negou nesta terça-feira (18/1) em depoimento ao tribunal do júri a acusação de mandar matar a deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), em dezembro de 1998, para ficar com o seu mandato na Câmara dos Deputados. Talvane e outros quatro réus estão sendo julgados pelo crime desde segunda-feira (16/1) em Maceió. Na chacina, morreram também o marido de Ceci e outro dois parentes. Em seu depoimento, que até o início da noite de ontem não havia terminado, Talvane disse que foi atraído pelo pistoleiro Maurício Guedes para uma conversa, que foi gravada e depois usada para incriminá-lo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Contra lei
O jornal Folha de S.Paulo conta que a Wikipedia, enciclopédia colaborativa na internet, anunciou que sua versão em inglês ficará fora do ar por 24 horas, a partir desta quarta-feira (18/1), em protesto contra a Sopa (sigla em inglês para "lei contra a pirataria on-line"), em debate no Congresso dos EUA. Segundo o fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, a legislação em discussão "coloca em risco a liberdade de expressão nos EUA e fora deles e abre um precedente assustador de censura à internet".

Doações irregulares
O jornal Valor Econômico informa que uma troca de e-mails entre diretores do PanAmericano dá indícios de que o banco pode ter feito doações irregulares para a campanha eleitoral do PSDB em Alagoas em 2010. Os e-mails foram encontrados pela Polícia Federal nos arquivos apreendidos na sede da instituição, que pertencia ao empresário e apresentador Silvio Santos e foi vendida ao BTG Pactual após a descoberta de um rombo de R$ 4,3 bilhões no patrimônio do banco. Neles, diretores do PanAmericano avaliam uma suposta proposta feita pelo governo de Alagoas para negociar uma dívida do Estado com o banco em troca de uma "taxa de intermediação" de 25% sobre o valor devido - retorno que poderia ser pago por meio de doação para a campanha do partido.

Salários Extras
A Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni) divulgou nota pública cobrando esclarecimentos do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, e de outras autoridades sobre o recebimento de remuneração em decorrência de participação em conselhos de empresas públicas, de sociedades de economia mista e de companhias privadas. De acordo com reportagem do Correio Braziliense, ministros e secretários de Estado estão engordando os salários com extras em conselhos de empresas em que a União tem algum tipo de participação direta ou indireta. A AGU informou que não dará declarações sobre o assunto.


COLUNA

Descumprimento judicial
O editorial do jornal O Estado de S. Paulo conta que o descumprimento das decisões judiciais por parte de movimento sociais, especialmente nas ações de reintegração de posse, tornou-se rotina nos anos eleitorais. Os invasores de propriedades privadas se recusam a sair pacificamente da área. "Em vez disso, buscam o confronto com a polícia, para que possam ganhar espaço na mídia e apresentar-se como vítima da 'opressão das elites' e da violência dos governos locais. Desta vez, o palco escolhido é uma gleba situada em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, e invadida em 2004.
Revista Consultor Jurídico, 18 de janeiro de 2012

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