sexta-feira, 6 de julho de 2012

CNJ: Publicadas novas regras do Judiciário para divulgar remuneração na internet

A Resolução 151 do Conselho Nacional de Justiça, que determina a divulgação nominal da remuneração recebida por servidores e magistrados de todo o Judiciário na internet, foi publicada nesta sexta-feira (6/7) no Diário de Justiça. As novas regras valem para todos os tribunais brasileiros, com exceção do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverão publicar, além da remuneração base, as vantagens, subsídios, indenizações e diárias recebidas no mês. O objetivo é garantir o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011).

O documento altera o texto da Resolução 102 do Conselho, que desde 2009 regulamenta a publicação das informações relativas à estrutura remuneratória do Judiciário nos portais da transparência das Cortes. Com a mudança, os tribunais terão que identificar na planilha dos dados sobre remunerações o nome e a unidade na qual o servidor ou magistrado efetivamente presta seus serviços. O antigo texto excluía a necessidade de identificação nominal dos beneficiários. As alterações foram aprovadas na sessão plenária do CNJ realizada esta semana.

Os valores referentes a indenizações (auxílios alimentação, pré-escolar, saúde, moradia, natalidade, entre outros), vantagens pessoais (adicional por tempo de serviço, quintos, décimos, etc) e diárias recebidas no mês também terão que ser divulgados, conforme estabelece a resolução. O mesmo vale para subsídios pagos a titulo de função de confiança ou cargo em comissão ocupado pelo servidor, além das chamadas vantagens eventuais, que incluem, por exemplo, indenização de férias, serviços extraordinários, pagamentos retroativos, entre outros. Ao final da tabela, é preciso indicar ainda os descontos realizados em folha, como o referente a imposto de renda e previdência pública, assim como o rendimento líquido da pessoa no mês.

Os tribunais têm até o dia 20 para se adequar às novas regras, já que é esse o prazo estabelecido pela Resolução 102 (artigo 4º) para que as informações referentes ao mês anterior sejam atualizadas no portal. As mudanças no texto foram propostas pelo grupo de trabalho criado pelo presidente do CNJ, ministro Ayres Britto, para regulamentar a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011). “Somente com a divulgação do nome e do subsídio será possível que a sociedade exerça efetivo controle social,” afirmou o presidente da Comissão, conselheiro Wellington Saraiva, após a aprovação das propostas pelo Plenário do Conselho.


Fonte: Agência CNJ de Notícias

Investigar é vocação do Ministério Público


Procurador-geral de Justiça de SP defendeu, no Supremo, o poder de promotores e procuradores de Justiça

“A tendência mundial é a de que o Ministério Público possa investigar, de forma responsável e independente”, assevera o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, em memorial que entregou aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Em 12 páginas, Elias Rosa defende o poder de promotores e procuradores.

“Não há como deixar de reconhecer que a investigação é atividade que se integra perfeitamente à vocação institucional do Ministério Público”, argumenta. “Quando o MP investiga não está usurpando função da polícia judiciária. Está a realizar atividade voltada à formação de sua opinião, já que lhe compete a propositura da ação penal pública.”

Segundo Elias Rosa, “ao colher elementos com o objetivo de complementar seu convencimento, pretende o Ministério Público, de forma prudente, melhor esclarecer os fatos sob apuração, a fim de que, de forma serena e segura, deduza em juízo sua pretensão penal acusatória”.

“O Ministério Público age com independência, porquanto não está condicionado hierarquicamente ao Poder Executivo, como estão as polícias”, assinala. “Trata-se de atuação regrada, em observância às disposições administrativas internas e, mais recentemente, à Resolução 13/2006 do Conselho Nacional do Ministério Público. Na ausência de tais poderes investigatórios, o MP ficaria à mercê da polícia, estabelecendo-se relação de dependência com o Executivo, que não encontra amparo na Constituição.”

Já os delegados da Polícia Federal não admitem papel de investigador do MP. “A Constituição não conferiu ao MP poder investigatório”, diz o delegado Bruno Titz de Rezende, diretor jurídico do Sindicato dos Delegados da PF em São Paulo. “Aquele que investiga deve ser imparcial. O MP é parte no processo, não tem como ser imparcial.”

Para Titz, “investigações sem nenhum regramento são afrontas às garantias individuais dos cidadãos brasileiros”. Ele é taxativo. “Antes de conceder a outra instituição poderes de investigação, precisamos corrigir e dar meios para que a Polícia consiga executar seu trabalho da forma mais adequada e eficiente.”

Titz prega que os delegados devem ter garantias de inamovibilidade e vitaliciedade. “Na colheita de provas, o delegado atua com o juiz e o membro do Ministério Público. Mas apenas o delegado não tem tais prerrogativas. Estas garantias impedem qualquer interferência indevida na atuação do delegado.”

Ele argumenta que “a aferição de garantias ao delegado será um grande passo em direção à modernização da segurança pública, sem prejuízo ao controle externo exercido pelo MP e pelo Judiciário”.

Autor(es): FAUSTO MACEDO

O Estado de S. Paulo – 28/06/2012

Retirado do site: www.diariodeumjuiz.com.br

06/07/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira

A partir de agora, homens que adotarem crianças sozinhos terão direito a 120 dias de licença e também de salário, da mesma forma que as mulheres. O projeto foi aprovado nesta quarta (4/7) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposta tem caráter terminativo, mas ainda passará por outra votação na mesma comissão antes de seguir para a Câmara dos Deputados, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Lei de transparência
A Advocacia Geral da União entrou com recurso contra a liminar da Justiça Federal, que suspendeu a divulgação do salário dos servidores públicos pela internet. O recurso foi apresentado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A AGU usa como um dos argumentos o fato de que já há precedente do Supremo Tribunal Federal, a Suspensão de Segurança 3.902, no sentido de que prevalece o princípio da publicidade administrativa quando se envolve informações relativas a agentes públicos. As informações estão nos jornais DCI e Folha de S.Paulo.

Rendimentos no TJ-DF
Cumprindo a Lei de Acesso à Informação, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal divulgou sua tabela de remuneração mensal, mas sem citar nomes. No mês de maio, a lista revela 76 pagamentos com valores acima de R$ 100 mil. Os campeões são dois desembargadores, que receberam R$ 230 mil e R$ 220 mil respectivamente, detalha o jornal O Globo. A lista inclui cerca de 50 analistas e técnicos judiciários que embolsaram entre R$ 105 mil a R$ 182 mil no mês. No total, o tribunal gastou R$ 105,4 milhões com a folha do mês. Só com vantagens eventuais que turbinaram a renda, foram R$ 30,2 milhões.

Propaganda liberada
A partir desta sexta-feira (6/7), será permitida a propaganda de candidatos que pretendem disputar as eleições municipais de 2012, lembra o jornal Folha de S.Paulo. Os candidatos a prefeito, vice e vereador poderão se apresentar aos eleitores por meio de cartazes, faixas e auto-falantes. A campanha em rádio e TV, porém, só será liberada a partir do dia 21 de agosto. A propaganda na internet pode ser feita em sites dos partidos, blogs, redes sociais e até por envio de mensagens eletrônicas.

Prisão de defensores
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu em flagrante, na noite desta terça (3/7), dois advogados que acompanhavam o traficante Diogo de Souza Feitoza, o DG, de 29 anos, resgatado por 15 bandidos fortemente armados de dentro da 25ª DP (Engenho Novo), na zona norte da cidade. Apontado como o segundo homem na hierarquia do tráfico de drogas nas favelas do Mandela e de Manguinhos, Diogo havia sido preso três horas antes por policiais militares, diz o jornal O Estado de S. Paulo.

Preço de transferência
Segundo o jornal Valor Econômico, a Comissão Mista do Congresso Nacional aprovou outras alterações polêmicas na parte do texto da Medida Provisória 563 que estabelece as regras do preço de transferência. Entre elas, o cálculo dos juros para empréstimos firmados com empresas vinculadas no exterior. A mudança foi proposta por meio de emenda do senador Francisco Dornelles (PP-RJ).

Competência sobre honorários
De acordo com o jornal DCI, o Conselho Nacional de Justiça decidiu não interferir em decisões de dois magistrados que reduziram, por iniciativa própria, honorários advocatícios pactuados entre clientes e advogados em processos julgados por eles. O Conselho entendeu que as decisões são atos jurisdicionais e que não devem ser objeto de revisão pelo órgão, por fugirem de sua competência.
Revista Consultor Jurídico, 6 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

FUTEBOL: Herói da conquista, Emerson é procurado por oficial de Justiça

 
Sheik, que viajou para o Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira, não estava em casa para receber a intimição

Um dia após marcar os dois gols da vitória sobre o Boca Juniors, na grande decisão da Taça Libertadores da América, e se transformar no grande herói da histórica conquista do Corinthians, Emerson recebeu uma má notícia. O jogador foi procurado no início da tarde desta quinta-feira em sua casa pelo oficial de Justiça Francisco do Amaral Defino, que portava uma intimação do Fórum de Barueri (SP).

Como Emerson não estava em casa no momento, o oficial não pôde entregar a intimação. Alegando segredo de Justiça, Defino não revelou mais detalhes sobre qual processo seria tal documento.

Sheik chegou em casa por volta das 18h, duas horas depois da visita do oficial de Justiça. O jogador tinha ido ao Rio de Janeiro, para levar seus filhos, que moram com a ex-mulher. Emerson se disse surpreso.

- Eu não estava aqui, mas deve ser um problema novo, e como todos os outros, eles será resolvido  - disse.
Na sequência, Emerson comentou que, provavelmente, se trata de um processo que corre no Rio de Janeiro, movido por uma vizinha.

- Sei que tem uma vizinha me processando (no Rio), por causa de som alto e uma goteira. Mas é fácil me processar. Quem não quer processar o Sheik? - disse ele.

No ano passado, Sheik e o volante Diguinho, do Fluminense, foram acusados de agir de má-fé e denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por contrabando e lavagem de dinheiro na aquisição de um carro usado da marca BMW X-6, importado ilicitamente dos Estados Unidos .

Segundo a denúncia, Emerson teria emplacado o veículo em nome de terceiros para “ocultar a ilicitude da importação”. Além disso, ele e Diguinho devolveram o carro por duas vezes à Euro Imported Cars para afastar a propriedade de origem ilícita da importação feita pelo corintiano.

Fonte: Globo Esporte

PARANÁ: PF prende falso oficial de Justiça

Policiais federais de Cascavel cumpriram na manhã de ontem um mandado de busca e apreensão em Toledo. O objetivo da operação era recolher documentos que comprovassem a falsificação de decisões judiciais por particulares. Um homem foi detido e encaminhado para a delegacia da Policia Federal de Cascavel para prestar esclarecimentos.

De acordo com a polícia, de posse de documentação falsa, o estelionatário se apresentava como oficial de justiça e com mandados judiciais falsificados, fazia a “apreensão” de veículos de forma indevida. Além da pessoa, que não teve o nome divulgado, os agentes ainda apreenderam R$ 14,5 mil em espécie e documentos de vários veículos.

Fonte: O Paraná

CNJ anula concurso para oficial de Justiça do TJMG

NÍVEL SUPERIOR JÁ!

“Quem leva a justiça, não pode sofrer injustiça”.

Após liminar que suspendeu o concurso (veja aqui), juntamente com sua ratificação (veja aqui), o Conselho Nacional de Justiça decidiu hoje, dia 04/07/2012, por unanimidade, pela anulação do Edital 01/2012 do concurso público para o provimento do cargo de Oficial Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador, seguindo o voto do Conselheiro José Guilherme Vasi Werner.


Fonte: SINDOJUS/MG

RIO GRANDE DO SUL: Servidores do Judiciário fazem manifestação na Capital


Trabalhadores estaduais estão em estado de greve e federais paralisam por 48 horas

Em frente à sede do Tribunal de Justiça, na avenida Borges de Medeiros, em Porto Alegre, servidores do Judiciário estadual realizaram na manhã desta quarta-feira mobilização a favor das reivindicações da categoria. Com carro de som, faixas e utilizando nariz de palhaço, os servidores, em estado de greve, pediram aumento para recompensar as perdas salariais, que chegam a 46,03%. Enquanto isso, a proposta do TJ é de apenas 6,1%. A concentração reuniu centenas de trabalhadores, muitos vindos do Interior do Estado. Ao todo, a categoria é formada por 8,7 mil servidores na ativa e 3 mil aposentados.

Além disso, os trabalhadores ressaltam a posição do tribunal em não aprovar a jornada de trabalho de sete horas, plano de carreira e calendário de recuperação das perdas salariais. Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus/RS), Valter Assis Macedo, mais de 20 estados já adotaram o modelo de trabalho de 20 horas e ficou constatado que não há prejuízos financeiros à instituição. Além disso, ele lembrou que a proposta de plano de carreira apresentada pela administração do TJ não atende às reivindicações da categoria, que é de valorização dos profissionais. A expectativa é de que a direção do tribunal apresente nova proposta.

Os servidores questionam ainda o fato de que foram concedidos benefícios aos magistrados. Entre eles, estavam o auxílio moradia retroativo a 1994 para alguns integrantes; aumento no valor da substituição retroativo a 2009; e projetos que somam reajuste de 20% que estão em tramitação no Congresso Nacional. “Enquanto isso, a nossa categoria fica sem nada. É por isso que queremos que o governo negocie conosco também”, afirmou.

Outra manifestação foi promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do RS (Sintrajufe/RS), que deu início a uma greve de 48 horas nesta quarta-feira. A intenção é voltar as atenções para a Justiça Eleitoral, em função do final do prazo para o registro das candidaturas para as eleições municipais.

A categoria quer pressionar o governo federal a negociar reajuste salarial, que não ocorre desde 2006. O ato visa a garantir a aprovação do projeto, que está em análise na Câmara dos Deputados desde 2010, que equipara a remuneração dos servidores do Judiciário Federal da recebida por carreiras análogas.

Fonte: Correio do Povo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Falta de quórum na CFT aumenta necessidade da intensificação das mobilizações em todo o país


 
Em dia de greve do Judiciário Federal, em especial nos cartórios eleitorais, deputados não comparecem à sessão da CFT e não votam PCS. Categoria deve ampliar as mobilizações e fazer uma grande paralisação hoje e amanhã, na semana que termina o registro dos candidatos às eleições de outubro

BRASÍLIA – 04/07/12 – Por falta de quórum, a sessão da Comissão de Fianças e Tributação da Câmara desta quarta-feira [04] foi cancelada e, por isso, o PL 6613/09, que era o item 42 da pauta, novamente não foi votado. Por volta das 10h35, na presença de um grande número de servidores do Judiciário Federal, o presidente da CFT, deputado Antônio Andrade [PMDB-MG], anunciou que a sessão não iria ocorrer devido à ausência dos membros que, mais uma vez, atenderam à orientação do governo e não compareceram ao plenário 4 para não apreciar o projeto que revisa o Plano de Cargos e Salários da categoria.

Após anunciar o cancelamento da sessão, o parlamentar falou rapidamente com os servidores presentes e disse que tem feito todo o esforço possível para ajudar nas negociações entre os poderes, visando o fechamento de um acordo orçamentário. O deputado mineiro informou, ainda, que hoje logo cedo o ministro Ayres Britto, presidente do STF, o telefonou para falar de sua preocupação quanto à demora no fechamento de um acordo para votar o PCS. Segundo Andrade, na conversa, Britto teria dito que gostaria que as negociações já tivessem sido resolvidas para que o projeto fosse apreciado na sessão de hoje. “O ministro falou da sua preocupação quanto à falta de avanço nas negociações, mas afirmou que está empenhado e esperançoso no fechamento de um acordo que atenda a todos”, informou presidente da CFT, que também disse que ainda hoje terá uma reunião com lideranças partidárias para “discutir os rumos do projeto [PCS] na Comissão de Finanças”. A Comissão também deve se reunir com o relator do projeto da LDO, senador Antônio Carlos Valadares [PSB-SE], para pedir apoio às emendas da CFT que possibilitam a destinação de valores para a revisão do PCS.

Atuação na CMO
Para o deputado João Dado [PDT-SP], relator do PL 6613/09 na CFT, a categoria precisa centrar forças também na Comissão Mista de Orçamento, onde tramita o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias [LDO] de 2013. Segundo ele, é preciso pressionar os parlamentares a votar, em plenário, as emendas da CFT aprovadas na sessão da quarta-feira passada, que permitem, na Lei Orçamentária, a alteração de gastos com pessoal para todos os Poderes e o MPU, conforme está previsto na Constituição Federal.

O texto de uma das emendas, apresentada pelo deputado Aelton Freitas [PR-MG] e defendida pelo deputado João Dado, altera o artigo 70, que fixa na LDO limites por Poder para gastos com pessoal. “Art. 70. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o Ministério Público da União terão como base de projeção do limite para elaboração de suas propostas orçamentárias de 2013, relativo a pessoal e encargos sociais, a despesa com a folha de pagamento vigente em março de 2012, compatibilizada com as despesas apresentadas até esse mês e os eventuais acréscimos legais, inclusive o disposto nos arts. 75, 77 e 78, não podendo as propostas resultarem em montantes superiores às respectivas médias, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos exercícios de 2009 a 2011”, afirma.

Dado, na conversa com os servidores hoje na CFT, explicou que o senador Antônio Carlos Valadares não incluiu em seu relatório essas emendas da CFT. “Por isso, temos que ir à CMO pressionar para que o plenário da Comissão vote favorável a nossa emenda. Isso ainda é possível, mas é preciso muita pressão. Se isso acontecer, voltamos à CFT com outra realidade em relação ao PCS”, explicou João Dado.

Greve em todo o país
Nesta quarta-feira [04], em vários estados a categoria está com os trabalhos paralisados para pressionar em defesa da aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. Numa greve de 48 horas, que vai até amanhã [05], a categoria pretende mostrar às cúpulas do Judiciário Federal e do MPU, ao Palácio do Planalto e ao Legislativo que está disposta a intensificar as mobilizações caso não haja uma negociação efetiva para fechar um acordo orçamentário favorável à aprovação dos planos.

A data foi escolhida pela Federação e pelos sindicatos de base em função do período do registro dos candidatos que concorrerão às eleições municipais de outubro. O prazo, que teve início ainda em junho, se encerra nesta quinta-feira. A orientação da Fenajufe é que todos os ramos do Judiciário Federal parem esses dois dias, mas que as manifestações da greve sejam realizadas nos TREs e cartórios eleitorais, aproveitando a grande concentração de pessoas, autoridades políticas e veículos da grande imprensa, devido ao registro das candidaturas.

A Fenajufe reforça que, diante do resultado de hoje da CFT, em que mais uma vez a sessão não ocorreu devido à falta de quórum e, portanto o PCS não foi aprovado, a categoria precisa intensificar as mobilizações e garantir uma forte paralisação nesses dois dias, com o objetivo de pressionar os três poderes a negociar a aprovação do PCS. “Vamos concentrar todos os esforços possíveis nas atividades hoje e amanhã, focalizando nos órgãos da Justiça Eleitoral. A pressão tem que se dar agora, antes do fechamento do orçamento de 2013 e antes que os trabalhos no Legislativo fiquem comprometidos devido às eleições de outubro”, afirma Pedro Aparecido, coordenador geral da Fenajufe.

Cledo Vieira, também coordenador da Fenajufe, reforça a orientação para que todos os sindicatos e a categoria em todo o país atuem no sentido de garantir uma grande mobilização esta semana. “Já sabemos que somente a força da nossa luta será capaz de pressionar por um acordo favorável ao nosso reajuste. Então precisamos mostrar que estamos mobilizados em todo o país”, afirma.

Da Fenajufe – Leonor Costa

04/07/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta-feira

O Conselho Nacional de Justiça determinou que todos os salários de magistrados e servidores do Judiciário brasileiro devem ser divulgados na internet a partir do dia 20 desse mês, contam os jornais Folha de S.Paulo e O Globo. A decisão, unânime, vale para todos os órgãos da Justiça, exceto o Supremo Tribunal Federal, que já havia decidido no mesmo sentido em maio. A proposta veio de um grupo de trabalho criado pelo presidente do CNJ e do STF, ministro Ayres Britto, para regulamentar a Lei de Acesso à Informação.

Salários no Supremo
De acordo com os jornais Estado de Minas e O Estado de S. Paulo, o Supremo Tribunal Federal disponibilizou em sua página na internet os salários de servidores ativos e inativos do Tribunal. A divulgaçao atende às exigências da Lei de Acesso à Informação e complementa medida iniciada na última sexta-feira (29/6), quando a Corte publicou os salários de ministros e juízes convocados. É possível fazer consultas por mês, a partir de 2005 e checar os vencimentos dos 1,2 mil servidores ativos, 493 servidores inativos e pensionistas, 16 ministros inativos e 15 juízes convocados, além dos 11 ministros em exercício.

Pauta liberada
Os jornais Correio Braziliense e Folha de S.Paulo contam que o Conselho Nacional de Justiça tentou julgar todos os 145 processos pendentes para liberar sua pauta em agosto, quando começa o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal. A sessão deveria ser a última antes do recesso de julho, mas o CNJ confirmou que, se algum processo não fosse concluído, poderia haver nova sessão nesta quarta-feira (4/7) ou até na semana que vem. A corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, abriu procedimento para investigar fraudes em processos de adoção de brasileiros adultos por estrangeiros, com o objetivo de facilitar a imigração ilegal.

Carga rápida
Segundo o jornal Valor Econômico, o Conselho Nacional de Justiça começou a analisar um provimento da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo que cancelou norma que permitia a advogados e estagiários consultar e tirar cópias de qualquer processo, mesmo sem procuração das partes para atuar no caso. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista da conselheira Eliana Calmon, depois de serem proferidos três votos contra o provimento e dois a favor.

Família de Sartori
O jornal Folha de S.Paulo informa que a polícia prendeu um adulto e apreendeu dois adolescentes acusados de tentar roubar familiares do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador Ivan Sartori. Segundo a Polícia, os adolescentes, de 15 e de 16 anos, admitiram ter cometido o crime. O adulto preso, Vitor Hugo Viana, negou sua participação, disse apenas que, meses atrás, cedeu um revólver para um dos jovens do bando. Seis ladrões fizeram uma irmã, uma sobrinha e a filha caçula de Sartori reféns ao tentar roubar o carro em que elas estavam. Houve tiroteio com a escolta de Sartori e um dos bandidos acabou preso.

Greve em cartórios
Para pressionar o governo federal e os políticos, servidores da Justiça Eleitoral de 19 estados marcaram paralisações para esta quarta e quinta-feira (5/7), últimos dias do prazo de registro de candidaturas para as eleições deste ano. Sindicalistas prometem um apagão nos cartórios eleitorais de AL, AM, BA, DF, ES, GO, MA, MG, MT, PB, PE, PI, RJ, RN, RO, RS, SC, SP e TO, noticiam os jornais Diário de Pernambuco e Folha de S.Paulo. Segundo a Fenajufe, a federação nacional da classe, o alcance do movimento pode ser maior, pois há uma convocação para que os funcionários do Judiciário Federal de todos os estados participem da greve de 48 horas.
Revista Consultor Jurídico, 4 de julho de 2012

Judiciário publicará remuneração de magistrados e servidores na internet

 
Os tribunais do país terão que publicar em suas páginas informações sobre a remuneração de magistrados e servidores, indicando o nome, o cargo que ocupam e os valores recebidos no mês, nos moldes da tabela adotada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada na 150ª sessão plenária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada nesta terça-feira (3/7). Por unanimidade, os conselheiros decidiram alterar a tabela da Resolução 102 do CNJ que regulamenta a publicação das informações relativas à estrutura remuneratória do Judiciário e aos portais da transparência.

A iniciativa foi proposta pelo grupo de trabalho criado pelo presidente do CNJ, ministro Ayres Britto, para regulamentar a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011). Segundo o presidente do grupo, conselheiro Wellington Saraiva, os tribunais devem adotar a mesma tabela utilizada pelo Supremo na divulgação da remuneração dos ministros, incluindo o cargo ou função exercida pelo servidor ou magistrado e a unidade na qual está efetivamente lotado. A tabela inclui informações sobre abonos de permanência recebidos e outros componentes da remuneração, além de descontos realizados na folha de pagamento, como os referentes ao imposto de renda e à previdência.

“Somente com a divulgação do nome e do subsídio será possível que a sociedade exerça efetivo controle social," afirmou o conselheiro Wellington Saraiva. O novo modelo será adotado pelos tribunais já no próximo dia 20 de julho, quando as Cortes devem atualizar em seus respectivos Portais da Transparência os dados referentes à remuneração de servidores e magistrados, conforme estabelece o artigo 4º da Resolução 102 do CNJ.

O conselheiro destacou que a medida aprovada nesta terça-feira (3/7) ainda é uma solução provisória para garantir o cumprimento da Lei de Acesso à Informação no Judiciário, pois o grupo de trabalho instituído no CNJ continua trabalhando para regulamentar o tema de forma mais ampla.

Na última semana, o CNJ enviou ofício a todos os tribunais do país dando o prazo de 10 dias para que informem ao Conselho as providências que estão tomando para aplicar a nova lei. “O trabalho do grupo ainda não se esgotou, ao término desse prazo apresentaremos nova proposta para dar efetividade à legislação”, completou o conselheiro.

Agência CNJ de Notícias

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