sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PLP 122/2011 não concede aposentadoria especial aos oficiais de Justiça


Deputado João Campos (PSDB/GO) não inclui oficiais de Justiça e o projeto foi devolvido por tratar de matéria inconstitucional.

Diferentemente do que foi afirmado por algumas entidades de classe dos oficiais de Justiça, o Projeto de Lei Complementar n.º 122/2011, apresentado pelo Deputado Federal João Campos (PSDB/GO), não concede aposentadoria especial para os oficiais de Justiça. Basta ver o art. 2º do Projeto de Lei Complementar.

Na verdade João Campos incluiu em seu PLP apenas os guardas municipais, promotores de Justiça e magistrados, mas quando se referiu aos profissionais de segurança errou feio e diz que os profissionais de segurança estão referidos no art. 51, IV,  e art. 52, XIII da Constituição Federal.

Veja a que se refere referidos artigos:

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: ... 
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
...
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: ...
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

Despacho de 15/02/2012 determina a devolução do projeto de Lei Complementar n.º 122/2011 ao Deputado João Campos por versar sobre matéria evidentemente inconstitucional. 

Veja o DESPACHO: 
"Devolva-se a proposição, nos termos do art. 93, caput, da Constituição Federal c/c o art. 137, §1º, inciso II, alínea "b" do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Oficie-se e, após, publique-se."

Inteiro teor do Projeto de Lei Complementar nº 122/2011:

Dispõe sobre a aposentadoria dos membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, nos termos do artigo 40, § 4º, inciso II, da Constituição Federal, conforme redação da Emenda Constitucional, nº 47, de 05 de julho de 2005.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a aposentadoria dos membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, nos termos do artigo 40, § 4º, inciso II, da Constituição Federal, conforme redação da Emenda Constitucional, nº 47, de 05 de julho de 2005.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se atividade que exponha o servidor a risco:
I - a exercida em guarda municipal;
II – a exercida pelos profissionais de segurança dos órgãos referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; e
III - a exercida pelos Membros do Poder Judiciário e do Ministério Público.

Art. 3º. O servidor a que se refere o art. 2º fará jus à aposentadoria:
I – voluntariamente, ao completar 30 (trinta) anos de contribuição, com proventos integrais e paritários ao da remuneração ou subsídio do cargo em que se der a aposentadoria, desde que conte, pelo menos, 20 (vinte) anos de exercício de atividade de risco;

II – voluntariamente, ao completar 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, com proventos integrais e paritários ao da remuneração ou subsídio do cargo em que se der a aposentadoria, desde que conte, pelo menos, 20 anos (vinte) anos de exercício de atividade de risco, se mulher;

III – por invalidez permanente, com proventos integrais e paritários ao da remuneração ou subsídio do cargo em que se der a aposentadoria, se decorrente de acidente em serviço ou doença profissional, ou quando acometido de moléstia contagiosa ou incurável ou de outras especificadas em lei; ou acometido de moléstia contagiosa ou incurável ou de outras especificadas em lei; ou

IV – por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição em atividade de risco, tendo por base a última remuneração ou subsídio do cargo em que se der a aposentadoria, se decorrente de doenças não especificadas em lei ou em razão de acidente que não tenha relação com o serviço.

§1º Os proventos da aposentadoria de que trata esta Lei terão, na data de sua concessão, o valor da totalidade da última remuneração ou subsídio do cargo em que se der a aposentadoria.

§ 2º Os proventos da aposentadoria de que trata esta Lei serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração ou subsídio dos servidores em atividade.

§ 3º Serão estendidos aos aposentados quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, incluídos os casos de transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que se deu a aposentadoria.

§ 4º O valor mensal da pensão por morte corresponderá a cem por cento do valor da aposentadoria que o servidor recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado, em qualquer caso, o disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo.

§ 5º As pensões já concedidas na data da publicação desta Lei terão os cálculos revisados para serem adequadas aos termos deste artigo.

§ 6º Serão considerados tempo de efetivo serviço em atividade de risco, para os efeitos desta Lei, as férias, as ausências justificadas, as licenças e afastamentos remunerados, as licenças para exercício de mandato classista e eletivo e o tempo de atividade militar.

Art. 4º O disposto nesta Lei Complementar não implica afastamento do direito de o servidor se aposentar segundo as regras gerais.

Art. 5º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Polícia Civil identifica acusado de matar oficial de Justiça em Colatina/ES

Policiais civis do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Colatina identificaram o acusado de assassinar a facadas o oficial de Justiça Gelson Antônio Passos, 53 anos, na madrugada do dia 17 deste mês. O crime aconteceu no apartamento da vítima, no bairro Santa Terezinha, em Colatina. O suspeito Nelson Vieira Neto, 23 anos, se apresentou na Delegacia nesta quinta-feira (23).

Em depoimento, Nelson alegou que foi convidado por Gelson para beber no apartamento dele. O suspeito morava no mesmo prédio da vítima, no andar de baixo. No apartamento, Gelson insinuou que queria ter relações sexuais com o acusado, que não aceitou. 

Para forçá-lo, a vítima pegou uma faca e tentou agredi-lo. Os dois entraram em luta corporal e Nelson feriu a vítima no pescoço, levando-a a morte. Após o homicídio, o autor fugiu. A Polícia está ouvindo testemunhas e pedirá um mandado de prisão contra o acusado.

Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Colatina - (27) 3177 7122 -  3177 7120 – 3177 7121
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Polícia Civil
Natália Magalhães e Dalila Travaglia
(27) 9981-5203 – (27) 9862-4006 - (27)3137-9024
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23/02/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta

O Conselho Nacional de Justiça quer saber quais foram os índices de correção aplicados por Tribunais de Justiça estaduais e os períodos contemplados para calcular contracheques excepcionais concedidos a juízes e a desembargadores, informam os jornais Estado de Minas, O Globo e O Estado de S. Paulo. Se identificar pagamentos irregulares, o CNJ poderá propor sanção com base no estatuto do servidor público, que prevê desconto em folha daquela quantia indevidamente creditada na conta dos magistrados.

Crime sem solução
O mutirão nacional para retomar investigações de assassinatos ou tentativas de assassinatos que estavam abandonadas teve pouco efeito prático. Pouco mais de 3% dos casos foram remetidos para o Ministério Público para que uma denúncia formal fosse oferecida à Justiça, informa o jornal Folha de S.Paulo. O número de casos considerados concluídos chega a 20%, o que corresponde a 28 mil dos 143 mil inquéritos abertos antes de dezembro de 2007 e que estavam sem solução. A maioria, no entanto, só foi concluída porque os casos foram arquivados, sem qualquer solução.

Verbas atrasadas
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, em agosto do ano passado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu conceder auxílio-alimentação de R$ 630 mensais para seus 39 desembargadores e mais de 400 juízes. Mas uma nova resolução, publicada no Diário Oficial do Poder Judiciário de 25 de novembro de 2011, retroagiu o benefício a agosto de 2006 — 60 meses retroativos à data de regulamentação. Os atrasados somam mais de R$ 40 mil para cada magistrado e ainda devem ser corrigidos.

Programação global
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liminar que obriga o Google a excluir de suas buscas sites que retransmitem, sem autorização, a programação em tempo real da Globo. A liminar obtida pela Globo e pela Globosat foi assinada pela juíza Denise Cavalcante Fortes Martins, da 1ª Vara Civil de São Paulo, no dia 16. O Google disse que não havia sido notificado. O buscador afirmou ainda que "não comenta casos específicos".

Presos por sonegação
Uma decisão recente da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal permite que contribuintes sejam processados criminalmente e presos por sonegação antes mesmo do término da discussão administrativa da dívida fiscal. O julgamento chama a atenção de advogados, pois contraria um entendimento consolidado em 2009 pela própria Corte: o de que a ação penal por crimes tributários só pode ter início depois de concluído o processo administrativo, em que órgãos vinculados ao fisco se posicionam quanto à existência ou não do débito, lembra o jornal Valor Econômico.


Oportunidade no STJ
O Superior Tribunal de Justiça abriu inscrições para preencher 28 vagas para os níveis técnico e superior. Os interessados poderão se cadastrar até 16 de março. Os salários são de R$ 4 mil para técnico em telecomunicações e eletricidade (três vagas) e de R$ 6,6 mil para analistas nas especialidades de biblioteconomia, clínica médica, psiquiatria, psicologia e judiciária (25 oportunidades, no total). A carga é de 40 horas semanais. As informações estão no jornal Correio Braziliense.

Alto escalão
Os jornais Estado de MinasO Globo e Correio Braziliense contam que o alto comissariado da ONU para os direitos humanos tem uma lista confidencial de funcionários políticos e militares sírios de alto escalão envolvidos supostamente em "crimes contra a humanidade", segundo um informe de uma comissão de investigação internacional. A Comissão depositou diante do Alto Comissariado um envelope lacrado que contém o nome destas pessoas.

COLUNAS
Ajuda com precatórios
De acordo com o Blog do Fred, do jornal Folha de S.Paulo, representantes do Tribunal de Justiça de São Paulo e da Ordem dos Advogados do Brasil reúnem-se em Brasília com a ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça, para tratar da organização do setor de precatórios no TJ-SP. A iniciativa faz parte do programa de apoio à estruturação da área de precatórios instituído pela corregedoria em 2011, quando foram atendidos seis estados.
Revista Consultor Jurídico, 23 de fevereiro de 2012

Mãe recore a justiça para internar filho de 11 anos no interior de São Paulo

Garoto sofre de problemas psicológicos e estava agressivo

A dona de casa Eliana de Araújo, precisou entrar na Justiça para conseguir internar o filho de 11 anos no Hospital Psiquiátrico Allan Kardec em Franca, interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (22). O menino tem problemas psicológicos e na tarde de terça-feira (21) sofreu um surto. Ele tentou agredir a mãe e matou o gato da família.

O menor foi levado ao Pronto Socorro (PS) João Ribeiro Conrado – conhecido como Doutor Janjão – e, por estar agressivo, teve que ser amarrado até os tranquilizantes fazerem efeito. Como o PS não tem estrutura para cuidar de uma paciente na situação do garoto, os enfermeiros entraram em contato com O Hospital Psiquiátrico Allan Kardec pedindo uma vaga para a internação do garoto.

“Eles correram atrás do assistente social para conseguir a vaga aqui, mas não estava conseguindo, o menino cada vez piorando mais, agitado, nervoso”, relata a mãe do menino, Eliana de Araújo.

O hospital Allan Kardec tem 200 vagas para a internação psiquiátrica de adultos. A direção do hospital disse que não poderia receber o paciente, já que não tem uma ala especifica nem profissionais capacitados para atender menores.

Eliana acionou o conselho tutelar, que registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma determinação judicial para que o menor fosse internado. “A partir do momento que nós buscamos outras fontes, nós conseguimos através do próprio juiz do Fórum, um mandado, através do oficial de justiça, para que se cumprisse a internação da criança junto ao hospital Allan Kardec”, conta o conselheiro tutelar Ilton Sérgio Ferreira.

A determinação judicial obrigava a internação imediata do menino. Caso isso não acontecesse, o responsável pelo hospital poderia ser preso em fragrante. O presidente do Allan Kardec, Wanderley Cintra Ferreira, disse que, mesmo sem ter condições, teve que obedecer a ordem e que só neste ano já foram três casos de menores internados por decisão da Justiça.

“A determinação do juiz nós temos que acatar. Então nós estamos procurando atender da melhor maneira possível, mas nós estamos sentindo muito vulneráveis no momento. O Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que se misture adulto com criança”, afirmou Ferreira.

Fonte: http://www.correio24horas.com.br

PEC 270/2008 já está tramitando no Senado

Na presidência da sessão plenária, o senador Aloysio Nunes (PSDB/SP) anunciou, na última sexta-feira (17), que chegou da Câmara dos Deputados a proposta de emenda à Constituição (PEC 5/2012) que concede proventos integrais aos servidores públicos aposentados por invalidez permanente. Aprovado com o número 270/08 na Câmara, o texto segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde será discutido e votado, antes de seguir para dois turnos de discussão e votação em plenário.

Presidente da CCJ, o senador Eunício Oliveira (PMDB/CE) postou no Twitter que tem recebido manifestações sobre a emenda e que trabalhará por sua aprovação no Senado. A iniciativa alcança servidores que tenham ingressado no serviço público até 31 de dezembro de 2003, data da promulgação da Emenda Constitucional 41, que constitui a última reforma da Previdência. A proposta garante aos aposentados por invalidez permanente paridade de reajuste de vencimentos com quem está na ativa.

De autoria da deputada Andreia Zito (PSDB/RJ), a PEC foi aprovada na Câmara por 428 votos a 3, além de uma abstenção. De acordo com o texto, o servidor que entrou no serviço público até o final de 2003 e já se aposentou ou venha a se aposentar por invalidez permanente terá direito a proventos calculados com base na remuneração do cargo em que se der a aposentadoria, sem uso da média das maiores contribuições, como prevê a Lei 10.887/04, que disciplina o tema.

Essas aposentadorias também terão garantida a paridade de reajuste com os cargos da ativa, regra estendida às pensões derivadas desses proventos. A última reforma da Previdência instituiu a aposentadoria por invalidez permanente, mas com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. A exceção era apenas para a aposentadoria decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável listada em lei.

A PEC, que acrescenta o artigo 98 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, se promulgada, estipula um prazo de 180 dias para o Executivo revisar as aposentadorias e pensões concedidas a partir de 1º de janeiro de 2004. Os efeitos financeiros dessa revisão vão valer a partir da data de promulgação da futura emenda constitucional.

A principal mudança aprovada pela Câmara diz o seguinte:
"O servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até 31 de dezembro de 2003 e que tenha se aposentado ou venha a se aposentar por invalidez permanente, com fundamento no inciso I do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, tem direito a proventos de aposentadoria calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, não sendo aplicáveis as disposições constantes dos §§ 3º, 8º e 17 do art. 40 da Constituição Federal"

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Justiça determina fechamento de centro de reabilitação em Goiânia


oficial de Justiça fica sensibilizado e concede mais um dia de prazo para desocupação

Projeto desenvolvido no prédio público há 12 anos abriga 70 internos.


Um projeto social dedicado à reabilitação para dependentes químicos e moradores de rua em Goiânia, está ameaçado. Uma decisão da justiça, que acatou pedido do governo do estado, determinou a desocupação imediata do prédio que há 12 anos abriga a ONG Metamorfose.

O despejo deveria ter ocorrido nesta quarta-feira (22), mas a situação sensibilizou até o oficial de justiça que esteve no local. Segundo os ocupantes, ele deu mais um dia para a ONG deixar o local. Mas o prazo ainda não é suficiente.

Coordenadora do projeto, Sônia Maria Borges não sabe o que vai acontecer com os internos. No centro de reabilitação, atualmente 70 pessoas recebem moradia, comida, roupa e tratamento médico. A casa conta com o trabalho de voluntários e oferece apoio espiritual.

"Eu sei que lá é do estado e eu estou pedindo qualquer outro local que comporte essa situação. Eu preciso de ajuda", diz Sônia. O prédio público deve ir à leilão.

A secretária municipal de Assistência Social Célia Valadão diz que foi pega de surpresa e pede mais prazo para a desocupação. "Não tenho como apresentar uma solução de imediato e peço a compreensão e sensibilidade do governo estadual, dono do imóvel", diz Célia.
 
Fonte: G1 Goiás

Para polícia, confusão no Sambódromo de SP foi 'ação orquestrada'

A polícia diz acreditar que o tumulto que levou à interrupção da apuração das notas dos do Carnaval de São Paulo, na terça-feira (21), foi planejado. 

"Para mim, a ação foi orquestra porque no momento do tumulto vários dirigentes das escolas de samba forçavam o portão, quando Tiago entrou e pegou a notas da apuração", disse o delegado da Divisão de Portos e Aeroportos e Proteção ao Turista, Mauro Marcelo de Lima. 

Oito pessoas serão indiciadas sob suspeita de danos ao patrimônio público e supressão de documentos. Entre eles estão Tiago Ciro Tadeu Faria, 29, da Império de Casa Verde --que invadiu a área da apuração e rasgou as notas--, e Cauê Santos Ferreira, 20, da Gaviões da Fiel. Ambos presos ontem e encaminhados na manhã de hoje para o CDP-2 de Pinheiros. 

Ontem (21), o delegado Luís Fernando Saab disse que tanto Faria quanto Ferreira disseram em seus depoimentos que havia um acordo entre todas as escolas de samba para que o resultado fosse "melado" --nenhuma escola seria rebaixada. Segundo o delegado, como o acordo não foi anunciado durante a apuração, que caminhava para seu fim, os dois decidiram agir para interromper a apuração. 

Segundo o delegado Saab, ambos tem status de dirigentes de suas escolas, apesar de não serem dirigentes constituídos. Ontem, Faria estava na mesa dos diretores da Império de Casa Verde. 

Outras três pessoas haviam sido detidas por porte de drogas ontem, mas foram liberadas após assinar termos circunstanciados --uma espécie de boletim de ocorrência. 

Segundo a polícia, das oito pessoas que serão indiciadas, dois integrantes de escolas de samba já foram identificados e deverão ser convocados para prestar depoimento. 

Imagens do tumulto estão auxiliando na investigação da polícia e no trabalho de identificação dos outros quatro integrantes da confusão. 

Na noite da terça, o diretor de harmonia da Rosas de Ouro chegou a ser detido sob suspeita de furto de uma das taças das campeãs do Carnaval. Após esclarecimento, a polícia liberou o integrante e afirmou que se tratava de um mal-entendido da Liga. 

Fonte: Folha de S. Paulo

Inscrições para o concurso do STJ estão abertas

As inscrições para o concurso público do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estão abertas a partir desta quarta-feira, 22 de fevereiro. As vagas são de analista e técnico judiciário, além de formação de cadastro de reserva, com remuneração de R$ 4.052,96 a R$ 6.611,39. As inscrições ficarão abertas até 16 de março e as provas serão aplicadas na data provável de 6 de maio.

As provas irão selecionar candidatos de nível superior para os cargos de analista judiciário, área judiciária, com 16 vagas, sendo uma reservada para candidatos portadores de deficiência; e para analista judiciário, apoio especializado, com cinco vagas para a especialidade biblioteconomia, uma reservada para portadores de deficiência; três vagas para a especialidade medicina, com duas vagas para o ramo clínica médica e uma para o ramo psiquiatria; e uma vaga para a especialidade psicologia.

Para os candidatos de nível médio, existem três vagas para o cargo de técnico judiciário, especialidade telecomunicações e eletricidade.

A ficha de inscrição on line está disponível no site do Cespe/UnB, assim como o edital do concurso. A taxa de inscrição é de R$ 50,00 para técnico judiciário e R$ 80,00 para analista judiciário.

Fonte: STJ

22/02/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta

São 300 os magistrados, entre juízes e desembargadores, que receberam pagamentos antecipados do Tribunal de Justiça de São Paulo. Embora autorizados e realizados em desacordo com o pagamento feito a todos os demais credores da corte, esses desembolsos especiais são oficialmente classificados como legítimos. São créditos acumulados e devidos por férias e licença prêmio não cumpridas, conta o jornal Estado de Minas.

Limitação de despesas
A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que é abusiva cláusula de plano de saúde que limita despesa com internação hospitalar. Por unanimidade, em julgamento realizado na semana passada, os cinco ministros da turma entenderam que não pode haver limite monetário de cobertura para as despesas hospitalares, da mesma forma que não pode haver limite de tempo de internação. A informação está no Jornal do Brasil.

Determinações impossíveis
A ministra Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça, admitiu o processamento de reclamação proposta por uma revendedora de carros contra acórdão da 3ª Turma do Conselho Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Rio de Janeiro. Segundo a empresa, a decisão contraria a jurisprudência do STJ, pois manteve condenação cujas determinações são impossíveis de cumprir. A rescisão de contrato entre a cliente e a financeira dependia da vontade de terceiro. A notícia está no jornal DCI.

Ações afirmativas
A Suprema Corte dos EUA decidiu que vai avaliar o caso de uma americana que alega ter sido rejeitada pela Universidade do Texas por ser branca, informa o jornal Folha de S.Paulo. A medida retoma a polêmica das ações afirmativas e pode reverter uma decisão de 2003 da própria Suprema Corte, que permitiu que universidades

OPINIÃO
Data indefinida
Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo conta que “o que não se entende é a demora do Supremo Tribunal em marcar a data do acerto de contas dos mensaleiros com os delitos de que são acusados. Daqui a pouco, no dia 7 de junho próximo, a revelação do escândalo completará sete anos”.

COLUNAS
Disputa indigesta
”Um racha na sociedade do Bretagne, misto de padaria e bistrô no Leblon, parou na Justiça”, conta a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo. “O chef Olivier Cozan, um dos sócios, exige a retirada do nome Bretagne, dado por ele em homenagem à terra natal, na França, além da exclusão de suas receitas do menu. O desembargador Cláudio Mello Tavares deu liminar favorável a Cozan, sob pena de multa diária de R$ 30 mil.”
Revista Consultor Jurídico, 22 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Oficiais de Justiça do Distrito Federal pleiteam Auxílio Transporte de 2.338,00 reais

Cálculo atualizado

Oficiais de Justiça do Distrito Federal pleiteam, judicialmente, o reajuste da indenização de transporte. Com base em estudo técnico, demonstrando – objetivamente – que o valor da indenização de transporte deveria ser de, no mínimo, R$ 2.338,50, o escritório Cassel & Ruzzarin Advogados entrou com uma ação na Justiça Federal de Brasília em nome da categoria. O processo é pautado na média de quilômetros rodados por estes servidores na área de abrangência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), durante o cumprimento dos mandados. A ação menciona regras constitucionais, a natureza jurídica das parcelas indenizatórias e o enriquecimento indevido da União com a defasagem da indenização de transporte.
 
Conta alta

O reajuste cobrado – desde outubro de 2010 – é de R$ 2.338,50, mais valores retroativos, além do acréscimo periódico no valor da parcela para o futuro. Segundo o vice-presidente da Associação dos Oficiais de Justiça (Aojus) do DF, Luís Henrique, “desde 2005 não temos reajuste da indenização de transporte, mas os custos envolvidos no uso e manutenção do veículo próprio aumentaram consideravelmente, ou seja, estamos pagando para realizar as diligências”. O advogado Rudi Cassel, especialista em Direito do Servidor, esclareceu que “há diferença na ação da Aojus em relação a tentativas judiciais frustradas de outras categorias, porque há levantamento de órgão público que reconhece o valor mínimo para reembolso das despesas realizadas pelo oficial de justiça do TJDFT”
 
Fonte: http://policiamilitarpmdf.blogspot.com/

21/02/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta terça

A Advocacia-Geral da União se manifestou na semana passada de maneira favorável à retomada da investigação sobre movimentações financeiras suspeitas de magistrados e servidores do Judiciário. Segundo o jornal O Globo, o pedido foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, que deve analisar a proposta em breve.

Dinheiro de volta
A ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, divulgou nota afirmando que ressarcirá os custos de ocupação do apartamento da Câmara dos Deputados em que mora. Segundo a Folha de S.Paulo, ela renunciou ao cargo de deputada para assumir o TCU em outubro do ano passado. Ela foi notificada de que, se não saísse, pagaria multa de R$ 100 por dia.

Prisões cheias
O estado de São Paulo precisa construir, hoje, 93 presídios, cada um com 768 vagas, para acabar com o déficit carcerário. As informações foram coletadas pela Folha de S.Paulo nos censos mais recentes feitos nas 150 penitenciárias e nas 171 cadeias públicas e delegacias que ainda mantêm pessoas encarceradas no estado, o que mais sofre com a superpopulação carcerária.

Novo Carandiru
O pior presídio de São Paulo é o Centro de Detenção Provisória 4 (CDP 4), um dos quatro que formam o complexo prisional que funciona na margem do Rio Pinheiros – o Cadeião de Pinheiros. Segundo a Folha, o CDP tem 512 vagas, mas abriga 1.788 pessoas. Juntas, as quatro prisões têm 2.056 vagas, mas mantêm 5.836 detentos, o equivalente a 2,8 vezes sua capacidade.

TV da Gente
O Ministério Público do Ceará vai investigar a TV da Gente, criada pelo vereador paulistano Netinho de Paula (PCdoB). De acordo com a Folha de S.Paulo, a TV é suspeita de ter sido usada num esquema de desvio de recursos da Prefeitura de Pacajus (CE). A investigação foi revelada pela revista Veja.

Pagamentos irregulares
O Tribunal de Justiça de São Paulo pagou 300 juízes e desembargadores de forma antecipada. Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, embora em desacordo com as regras de pagamentos para os demais magistrados, os repasses são autorizados como “legítimos”. A quantia paga aos 300 juízes chega a R$ 100 mil.

Venda proibida
A companhia chinesa Shenzen Proview Technology, que diz ser a dona da marca iPad, ganhou uma decisão judicial para impedir que a Apple venda o produto na China. Segundo o Estado de S. Paulo, existem diversas ações da companhia chinesa contra a Apple pela marca iPad, e há pedidos em mais de 40 cidades para que o produto pare de ser vendido. Em nota, a fabricante americana disse que seu caso na China ainda não tem solução judicial.
 
Fonte: Conjur

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CRIAÇÃO DE NOVOS SINDICATOS: Em decisão, juiz critica modelo sindical brasileiro

“Qualquer medida inibidora da efetividade do princípio da liberdade sindical atenta contra uma determinada coletividade de trabalhadores, além de atingir também a organização mais geral da classe trabalhadora enquanto segmento identificado pela força de trabalho produtora das riquezas de uma nação.” Com essa afirmação, o juiz Grijalbo Fernandes Coutinho, da 19ª Vara do Trabalho do Distrito Federal, foi claro ao criticar a estrutura sindical brasileira, frustrando as intenções de um sindicato de centralizar a representação de diversas categorias de trabalhadores. Cabe recurso contra a sentença.

O pretexto era a criação do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Agrícolas, Agroindustriais e Agropecuárias de Lençóis Paulista (Sintiagro) e a impugnação de outras quatro entidades: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bauru e Região, Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transporte Rodoviários e Urbanos de Passageiros de Lençóis Paulista, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Bauru e Região e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp).

O Sintiagro conseguiu registro junto ao Ministério do Trabalho em 2003, mas o teve revogado em 2009, depois que as entidades interpuseram recurso administrativo. O Sintiagro foi à Justiça do Trabalho tentar anular a cassação de seu registro. Alegou que havia expirado o prazo legal de cinco anos para o pedido de impugnação do registro.

No entanto, segundo o juiz, ficou comprovado nos autos que o pedido foi feito ainda em 2003, logo depois da concessão do registro. A impugnação só veio seis anos depois por demora da União – ou seja, os sindicatos impetraram seus recursos administrativos dentro do prazo legal.

Isso, por si só, já teria frustrado as pretensões do Sintiagro, mas o juiz Grijalbo, ex-presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), analisou a questão mais profundamente. Na sentença, advertiu: “inicialmente, cabe assinalar ser possível haver liberdade sindical num sistema que ainda convive com unicidade compulsória, enquadramento e imposto”.

Para o juiz, o modelo atual, “herança varguista”, provoca “indesejáveis restrições ao exercício do direito de greve”. Ele defende a plena liberdade sindical e, para isso, que “é imprescindível eliminar a unicidade obrigatória definida pelo Estado e a contribuição compulsória, assim como a organização apenas por categoria profissional”.

Com esses argumentos, decidiu que um sindicato não pode centralizar a representação de todos os trabalhadores de toda uma região, se a legislação vigente estabelece que as entidades separam-se por categoria e por região, e não só por região. Portanto, o pedido do Sintiagro foi negado e o registro dos demais sindicatos, devolvido.

Clique aqui para ler a sentença.

Revista Consultor Jurídico, 20 de fevereiro de 2012

Limite da intervenção do Estado na vida privada

Lei da Palmada corre o risco de não ser aprovada no Congresso

O polêmico projeto de lei que proíbe os pais de castigarem fisicamente os filhos corre o risco de não ser aprovado pelo Congresso Nacional. Depois da anuência, em caráter terminativo, da comissão especial criada para analisá-lo, o projeto deveria ter sido encaminhado ao Senado, mas está parado na Mesa Diretora da Câmara. O texto aguarda a votação de seis recursos para que seja votado também no plenário da Casa.

Os deputados que apresentaram os recursos querem que a matéria seja discutida no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. Esses parlamentares esperam que a proposta seja rejeitada, quando a maioria dos deputados tiver acesso ao texto. Na comissão especial, apenas um grupo pequeno de parlamentares teve a oportunidade de apreciar e votar a proposta – que foi aprovada por unanimidade.

Para um dos deputados que apresentou recurso, Sandes Júnior (PP-GO), a matéria é complexa e merece ser debatida por mais tempo com um número maior de parlamentares. “Trata-se de matéria polêmica, objeto de acaloradas discussões na referida comissão especial, porém sem a necessária visibilidade e amadurecimento que a importância do assunto exige”, justificou no recurso.

Declaradamente contrário ao projeto, o deputado Augusto Coutinho (DEM-PE) também apresentou recurso para que o texto seja discutido no plenário da Câmara. Para ele, as relações familiares não podem ser ditadas pelo Estado. “É indubitável que devam existir mecanismos para proteger a criança e o adolescente da violência, seja essa doméstica ou não. Contudo, não pode ser concedida ao Estado a prerrogativa de ingerência desmedida nos lares brasileiros”, defendeu o deputado.

O projeto, de autoria do Poder Executivo, altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer que “a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto”. O texto determina ainda que é considerado castigo corporal qualquer forma de uso da força física para punir ou disciplinar causando dor ou lesão à criança.

A proposta, que ficou conhecida como Lei da Palmada, também estabelece que os pais que cometerem o delito deverão passar por acompanhamento psicológico ou psiquiátrico e receberem uma advertência. Eles, no entanto, não estão sujeitos à prisão, multa ou perda da guarda dos filhos. Os médicos, professores ou funcionários públicos que souberem de casos de agressões e não os denunciarem ficam sujeitos à multa que pode chegar a 20 salários mínimos.

Fonte: Jornal de Brasília

20/02/2012 - Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais desta segunda

CNJ
A Advogacia Geral da União quer tirar da gaveta a investigação sobre suspeitas de movimentação financeira atípica envolvendo magistrados e servidores do Judiciário. Na última sexta-feira (17/2), a AGU enviou ao STF pedido para revogação urgente da liminar proferida no fim de 2011 pelo ministro Ricardo Lewandowski que barrou a apuração da corregedoria do CNJ. O recurso foi encaminhado ao relator do caso, ministro Luiz Fux. Se ele não reconsiderar a decisão do colega, a AGU quer que o caso seja examinado pelo plenário da Corte. As informações são do jornal O Globo.

Amor dividido
Está em análise no plenário virtual do STF para possível julgamento, com status de repercussão geral, recurso extraordinário em que se discute se a concubina — companheira de longa data de homem casado — tem direito à divisão, com a viúva, da pensão por morte. O relator do recurso procedente do Espírito Santo é o ministro Luiz Fux, para quem o assunto merece uma decisão definitiva do plenário do STF, pois a matéria — objeto de sentenças e acórdãos conflitantes nas instâncias inferiores — só foi enfrentada no nível das turmas. As informações são do Jornal do Brasil.

Rescisão unilateral
A Justiça de Mato Grosso rejeitou pedido liminar da empresa Global Tech, que pretende dar validade ao contrato firmado com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa). A empresa contestou a decisão do secretário Eder Moraes de rescindir unilateralmente um contrato firmado sem licitação com a Global Tech para aquisição por R$ 14 milhões dos 10 sistemas instalados em veículos Land Rover, após órgãos de fiscalização apontarem ausência de recursos financeiros para a aquisição. As informações são do jornal A Gazeta de Cuiabá.

Escopo maior
O juiz federal Douglas Camarinha Gonzales recomenda a exclusão do artigo 1º do projeto que altera a Lei de Lavagem de Dinheiro. A nova redação prevê como lavagem todo ato que oculte proveito econômico decorrente de infração criminal. O juiz aponta que, mantendo-se o texto aprovado pela Câmara, "um investidor que recebe aluguel e não declara ao Fisco tais rendimentos, vindo a reaplicar esse dinheiro na construção comercial, formalmente pode ser acusado de lavagem". Camarinha é juiz da 6ª Vara Federal Criminal da Capital paulista, especializada em lavagem de capitais e crimes financeiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nem um tapinha
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o projeto da Lei da Palmada, em trâmite no Congresso Nacional, corre o risco de não ser aprovado. A publicação desta segunda-feira traz a opinião de deputados que não concordam com o texto que criminaliza qualquer forma de uso de uso da força física para punir ou disciplinar crianças. "É indubitável que devam existir mecanismos para proteger a criança e o adolescente da violência, seja essa doméstica ou não. Contudo, não pode ser concedida ao Estado a prerrogativa de ingerência desmedida nos lares brasileiros", defendeu o deputado Sandes Júnior (PP-GO).
Revista Consultor Jurídico, 20 de fevereiro de 2012

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Tribunal não é culpado se há poucas condenações

Possibilidade de reforma

Por Siro Darlan de Oliveira

Estranho muito que o CNJ esteja preocupado com o baixo número de condenações por improbidade administrativa no Tribunal do Rio de Janeiro. Toda decisão judicial é fundamentada e os interessados que se sentirem prejudicados podem recorrer até chegar aos Tribunais Superiores. Se não o fazem é porque demandam mal ou por uma causa injusta ou ilegal.

O foco deve ser porque o Ministério Público litiga tão mal a ponto de não obter maior número de condenações e não porque não as há. É de conhecimento público o uso indevido da máquina do Parquet para fins politiqueiros ou interesses pessoais. Essas causas, quando bem analisadas pelos magistrados sérios não podem ter outro resultado senão a sua improcedência por falta de provas.

Não são poucos os casos de Promotores que enveredam pelo campo político para prejudicar, ou agora com maior razão, com a aplicação da Lei da Ficha Suja, inviabilizar a campanha política de seus indesejáveis. Todos conhecem o caso do Procurador da Republica que usou a máquina para suas atividades político-partidárias até ser afastado.

Acredito muito na atuação pedagógica e saneadora do CNJ, mas equívocos como esses podem levar ao descrédito de sua atuação, uma vez que toda decisão judicial deve ser apreciada exclusivamente no campo de suas atribuições legais e o CNJ não tem competência constitucional para enveredar por esse campo.

Siro Darlan de Oliveira é desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Fonte: Consultor Jurídico

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