terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Executivo e Judiciário estudam medidas para melhorar gestão de cobrança da dívida ativa

Objetivo é gerar receitas adicionais para 2016, economizar recursos administrativos e simplificar pagamento para os devedores

Os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandovisk, discutiram nesta terça-feira (02/11) ações para otimizar a cobrança da dívida ativa nas esferas federal, estadual e municipal. O objetivo é economizar recursos administrativos e gerar receita adicionais que vão contribuir para melhorar a execução orçamentária no ano que vem.


Após reunião no STF, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, esclareceu que será formado um grupo de trabalho para identificar o potencial de arrecadação e criar uma proposta de execução fiscal das dívidas. “Essa iniciativa é uma contribuição entre os poderes Executivo e Judiciário para simplificar a vida das pessoas. Na prática é promover processos de mediação e conciliação, por meio, por exemplo, de mutirões nas esferas estaduais em que a pessoa pode ir ao local em determinada data e resolver ali mesmo os seus passivos tributários”, explicou Barbosa.

O ministro observou que a ideia é promover soluções tecnológicas e administrativas para melhorar as ferramentas de Internet de forma que o contribuinte possa saldar seus débitos. “Vamos verificar onde tem aditivas duplicadas entre os dois poderes que podem ser feitas apenas por um ou em conjunto e, com isso, trazer uma economia de recursos”.

Barbosa indicou também que o governo quer promover uma melhor eficiência no tratamento da dívida ativa, que envolve sistemas de base de dados e processos tanto no Executivo quanto no Judiciário. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, informou que o valor da dívida a tiva da União ultrapassa R$ 1 trilhão.

AGILIDADE

O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandovisk, reforçou que essa colaboração é no sentido de agilizar a execução fiscal compulsória que se faz por meio do Poder Judiciário para aqueles que devem ao Fisco federal, estadual e municipal. “São várias frentes que pretendemos atacar: desburocratizar a execução fiscal de um lado e de outro utilizarmos os mecanismos que agora estão desenvolvidos pela Nova Lei de Mediação e pelo Novo Código de Processo Civil, que é a conciliação e a mediação que pode ser utilizada também no que diz respeito aos devedores do Fisco”, disse o ministro após o encontro.

Lewandovisk pontuou que os processos de cobrança são lentos em função do grande número de processos que tramitam na justiça. “Para que todos tenham uma ideia, dos 100 milhões de processos que tramitam hoje na justiça, 30 milhões, ou seja, 30%, dizem respeito a execução fiscal. Portanto nós vamos desenvolver não só alterações legislativas, mas também mudanças administrativas para agilizar essa cobrança”, observou o presidente do STF.

Fonte: MPOG

5 comentários:

  1. Parece que ninguém percebe a diferença que o oficial de justiça pode fazer na cobrança da ativa. Também não aprovo a prática de muitos oficiais q dão falsas negativas em penhoras ou que não diligenciam suficientemente, mas correr risco sem suporte e ainda ter mais gastos com isso, circulando por regiões inóspitas sem receber nada a mais por isso, é complicado. Além do porte de armas, o oficial de justiça deveria receber uma porcentagem sobre as penhoras em que os bens fossem arrematados, algo tipo 5%, aprovado por lei. A sugestão deveria ser feita pelas associações de classe ao presidente do STF. Com certeza seria vantajoso para a cobrança da dívida ativa.

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    1. Perfeito, falta noção gerencial dos ADMINISTRADORES.

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  2. Essa eu pago pra ver !!

    Enquanto a arrogância e ganância por poder dos magistrados não acabar nada será resolvido; A solução é fácil, dotar os oficiais de justiça de ferramentas tecnológicas de acesso a meios eletronicos de penhora on-line, bancenjud, além de outras; infelizmente o nosso judiciário brasileiro é burro "ou se faz", pois não reconhece no OJ um aliado na resolução dos problemas, apenas nos vê como meros entregadores de intimações.

    Infelizmente, a sede pela concentração de poder fala mais alto do que o bem maior.

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