Nesta quarta-feira (12), os trabalhadores do Poder Judiciário de
Rondônia completaram trinta e um dias com as atividades paralisadas.
Neste período não receberam nenhuma proposta oficial sobre a pauta de
reivindicações que pede reajuste salarial de 10% e melhores condições de
trabalho. Somente o pedido de aumento do auxílio saúde de 100 para 250
reais foi atendido pela administração do TJRO. “E mesmo assim sofremos
para conseguir esse reajuste. O presidente Roosevelt Queiroz apelidou de
forma pejorativa a nossa gratificação de ‘auxílio gardenal’. Um
absurdo! Para completar a falta de compromisso e preocupação com os
trabalhadores, A Administração não apresentou proposta oficial por dizer
que não tem dinheiro para isso. Em contrapartida, aumentou os salários
dos magistrados com garantia de reajustes em 2014 e 2015, além de
oferecer gratificações de mais de 6 mil reais para policiais militares
que atuam no poder e conceder auxílios-alimentação e transporte para os
mesmos. Não somos contra, até porque sabemos que o TJRO tem dinheiro
para custear essas gratificações e a nossa reposição, mas é um absurdo e
uma falta de respeito para nós que estamos em greve”, disse o
presidente do Sinjur, Francisco Roque.
Tribunal de Justiça reajusta contratos com fornecedores
Quem observar no DJE 104, de 10/06/13 (segunda-feira), na página 118,
vai ver que vários contratos foram prorrogados e todos, sem exceção,
foram reajustados e com índices maiores do que o da inflação. E o menor
reajuste foi de 7,30%, tem contrato que foi reajustado em até 28,57%. A
alegação do TJRO vai ser: “esses reajustes são custeados pelo FUJU”.
Sabemos disso e sabemos também que há verbas para reposição salarial, o
que não há é política de valorização do trabalhador do Poder Judiciário.
Vejam como há dinheiro para reajuste contratual, mas não há para reposição salarial:
CONTRATADA: Emerson de Souza
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Locação de Imóvel n. 027/2011, pelo período de 24 meses, com reajuste de 7,30%;
CONTRATADA: C. R. Santana – ME.
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Prestação de Serviços n. 029/2009,
pelo período de 12 meses ou até a conclusão do processo licitatório,
com reajuste de 7,97%;
CONTRATADA: Softplan Planejamento e Sistemas Ltda.
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Prestação de Serviços n. 029/2010, pelo período de 12 meses, com reajuste de 7,97%;
CONTRATADA: P. L. Gabardo – ME.
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Prestação de Serviços n. 025/2009,
pelo período de 12 meses ou até a conclusão do processo licitatório,
com reajuste de 8,24%;
CONTRATADA: Gibbor Brasil Publicidade e Propaganda Ltda.
OBJETO: Reequilíbrio econômico financeiro de 28,57%.
É óbvio que se os contratos estiverem com valores de mercado, tem que
ser reajustados, tem que recompor as perdas inflacionárias. Tem que ser
assim também com o salário do trabalhador. É inadmissível que não seja
reposto o poder de compra, todos os itens da cesta básica sofreram
reajustes. É essa consciência que queremos dos atuais administradores do
TJRO. “Porque eles passarão, mas as realizações ou as não realizações
ficarão marcadas na lembrança dos trabalhadores e os trabalhadores são a
parte fraca dessa relação, e não podem ser penalizados. A reposição
salarial é justa, legal, é um direito garantido pela Constituição”,
afirmou o Presidente do SINJUR, Francisco Roque.
Reunião com Oficiais de Justiça e Escrivães Judiciais
Na tarde desta quarta-feira (12), às 14h30min, haverá uma reunião no
auditório da sede do SINJUR, em Porto Velho, com todos os Oficiais de
Justiça e Escrivães Judiciais da capital. O convite foi estendido a
todas as Comarcas do Estado. A reunião que foi agendada com o apoio da
Associação dos Oficiais de Justiça e Escrivães do Poder Judiciário –
ASSOFJER, tem como principal pauta a adesão maciça à greve dessas duas
categorias já a partir desta quarta-feira.