quinta-feira, 13 de junho de 2013

Greve TJRO: 31 dias sem proposta. Oficiais de Justiça e Escrivães devem aderir à greve

 
Nesta quarta-feira (12), os trabalhadores do Poder Judiciário de Rondônia completaram trinta e um dias com as atividades paralisadas. Neste período não receberam nenhuma proposta oficial sobre a pauta de reivindicações que pede reajuste salarial de 10% e melhores condições de trabalho. Somente o pedido de aumento do auxílio saúde de 100 para 250 reais foi atendido pela administração do TJRO. “E mesmo assim sofremos para conseguir esse reajuste. O presidente Roosevelt Queiroz apelidou de forma pejorativa a nossa gratificação de ‘auxílio gardenal’. Um absurdo! Para completar a falta de compromisso e preocupação com os trabalhadores, A Administração não apresentou proposta oficial por dizer que não tem dinheiro para isso. Em contrapartida, aumentou os salários dos magistrados com garantia de reajustes em 2014 e 2015, além de oferecer gratificações de mais de 6 mil reais para policiais militares que atuam no poder e conceder auxílios-alimentação e transporte para os mesmos. Não somos contra, até porque sabemos que o TJRO tem dinheiro para custear essas gratificações e a nossa reposição, mas é um absurdo e uma falta de respeito para nós que estamos em greve”, disse o presidente do Sinjur, Francisco Roque.

Tribunal de Justiça reajusta contratos com fornecedores

Quem observar no DJE 104, de 10/06/13 (segunda-feira), na página 118, vai ver que vários contratos foram prorrogados e todos, sem exceção, foram reajustados e com índices maiores do que o da inflação. E o menor reajuste foi de 7,30%, tem contrato que foi reajustado em até 28,57%. A alegação do TJRO vai ser: “esses reajustes são custeados pelo FUJU”. Sabemos disso e sabemos também que há verbas para reposição salarial, o que não há é política de valorização do trabalhador do Poder Judiciário.

Vejam como há dinheiro para reajuste contratual, mas não há para reposição salarial:

CONTRATADA: Emerson de Souza
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Locação de Imóvel n. 027/2011, pelo período de 24 meses, com reajuste de 7,30%;

CONTRATADA: C. R. Santana – ME.
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Prestação de Serviços n. 029/2009, pelo período de 12 meses ou até a conclusão do processo licitatório, com reajuste de 7,97%;

CONTRATADA: Softplan Planejamento e Sistemas Ltda.
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Prestação de Serviços n. 029/2010, pelo período de 12 meses, com reajuste de 7,97%;

CONTRATADA: P. L. Gabardo – ME.
OBJETO: Prorrogação do Contrato de Prestação de Serviços n. 025/2009, pelo período de 12 meses ou até a conclusão do processo licitatório, com reajuste de 8,24%;

CONTRATADA: Gibbor Brasil Publicidade e Propaganda Ltda.
OBJETO: Reequilíbrio econômico financeiro de 28,57%.

É óbvio que se os contratos estiverem com valores de mercado, tem que ser reajustados, tem que recompor as perdas inflacionárias. Tem que ser assim também com o salário do trabalhador. É inadmissível que não seja reposto o poder de compra, todos os itens da cesta básica sofreram reajustes. É essa consciência que queremos dos atuais administradores do TJRO. “Porque eles passarão, mas as realizações ou as não realizações ficarão marcadas na lembrança dos trabalhadores e os trabalhadores são a parte fraca dessa relação, e não podem ser penalizados. A reposição salarial é justa, legal, é um direito garantido pela Constituição”, afirmou o Presidente do SINJUR, Francisco Roque.

Reunião com Oficiais de Justiça e Escrivães Judiciais

Na tarde desta quarta-feira (12), às 14h30min, haverá uma reunião no auditório da sede do SINJUR, em Porto Velho, com todos os Oficiais de Justiça e Escrivães Judiciais da capital. O convite foi estendido a todas as Comarcas do Estado. A reunião que foi agendada com o apoio da Associação dos Oficiais de Justiça e Escrivães do Poder Judiciário – ASSOFJER, tem como principal pauta a adesão maciça à greve dessas duas categorias já a partir desta quarta-feira.

Fonte: SINJUR

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