quinta-feira, 30 de junho de 2022

Assassinato de oficial de Justiça no interior do Pará acende debate sobre insegurança da profissão


O assassinato do oficial de justiça Clayton Martins, ocorrido na manhã desta quarta-feira (29) no município de Novo Repartimento, no sudoeste do Pará, reacendeu o debate sobre as inseguranças que rondam estes profissionais que executam mandados judiciais em regiões com alto índice de criminalidade.

Lotado em Novo Repartimento, Clayton Nazare do Socorro Martins, de 46 anos, estava na garupa de uma moto quando foi atingido por vários tiros que causaram a sua morte. Testemunhas teriam relatado que o oficial reagiu ao assalto, praticado por dois homens que estacionaram a moto ao lado da sua, e o abordaram. O acompanhante de Clayton, que dirigia a moto, teria conseguido sair ileso.

Em nota, o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará lamentou o ocorrido e denunciou a falta de comprometimento do Poder Judiciário com a segurança destes profissionais. “Existem mandados judiciais cujo cumprimento da ordem pode superar os 600 km de distância da sede. Mesmo com essa distância, o Oficial de Justiça somente conta com a caneta e a sorte para cumprir todos os tipos de mandados, inclusive de prisão, busca e apreensão e medidas protetivas. Infelizmente o Poder Judiciário não reconhece o Oficial de Justiça como um agente que sofre exposição diariamente. Cumprir ordens judiciais gera conflitos a todo momento, estando o Oficial de Justiça suscetível à fúria da sociedade”, diz a nota.

O sindicato continua o comunicado cobrando medidas de segurança: “O Poder Judiciário, através do seu órgão administrativo, Conselho Nacional de Justiça, deve desenvolver políticas de segurança e aparelhamento dos Tribunais de todo país, inclusive com equipamentos de proteção individual e serviço de inteligência. A morte do oficial de justiça Clayton não pode ficar apenas na estatística, o Oficialato de todo o país tem que cobrar uma resposta dos órgãos competentes”, diz.

Com informações de G1 e Sindojus.

InfoJus Brasil: Extraído do Site Ponto de Pauta

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