Atualização: 06/05/2013 às 12:40
Cinco oficiais de Justiça, uma advogada e três empresários foram
presos, em Bauru, na manhã desta segunda-feira (6), durante operação
realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Militar (PM). A quadrilha é acusada de
cobrar propina para cumprimento de mandados de busca e apreensão de
veículos financiados e não pagos. Nove mandados de busca domiciliar e de
prisão foram cumpridos. A mesma operação também foi realizada em Jaú
(47 quilômetros de Bauru).
A Polícia Militar (PM) apoiou o (Gaeco) durante a ação, que começou por
volta das 5h, com 11 viaturas e 28 policiais. A ação visa investigar e
coibir possíveis desvios de corrupção.
Segundo o JCNet apurou, diversos notebooks e computadores com arquivos
pessoais dos investigados foram apreendidos, além de uma pistola 765.
Durante a investigação, que durou cerca de oito meses, foi apurado que
oficiais de Justiça, em conluio com terceiros, agiam no interesse de
empresas de cobrança, financeiras e escritórios de advocacia, em um
esquema de corrupção no interior do Fórum de Bauru, segundo o qual
recebia, de forma contínua, de R$ 300,00 a R$ 750,00 para cada veículo
localizado e apreendido de forma ágil.
Os valores eram recebidos em espécie e também por cheques. A operação,
batizada de “Injustiça”, levou à prisão de cinco oficiais de justiça,
uma advogada e três empresários. Eles serão investigados pela prática de
corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
Um dos funcionários é investigado acusado de manter ligação com
narcotraficantes de Bauru, bem como pela prática de compra de votos e
diversos outros crimes eleitorais cometidos à época das eleições
municipais de 2012.
O Poder Judiciário de Bauru determinou, além da prisão dos
funcionários, a suspensão do exercício do cargo de todos os agentes
públicos envolvidos. A ação teve apoio da Polícia Militar de Bauru e vem
ao encontro da missão institucional do Ministério Público de investigar
e combater atos de corrupção dentro do Poder Público.
A identidade dos nove presos não foi divulgada.
InfoJus BRASIL: com informações do JCNet
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