RIO - Na quarta-feira passada, após sete anos de espera, a assistente de saúde N., de 44 anos, jogou a toalha. Tomada pelo desânimo, ela foi à sede da Defensoria Pública, no Centro do Rio, para desistir oficialmente da ação de execução de alimentos movida contra o ex-marido. Saiu de lá disposta a esquecer todo o aborrecimento que a Justiça lhe causara, ao demorar tanto tempo para assegurar um direito que julgava líquido e certo.
No intenso entra e sai da Defensoria, outras mulheres pareciam irritadas. Servidores se esmeravam em explicações, mas a verdade é que a situação ali ficou crítica desde que o Tribunal de Justiça do Rio começou a reduzir o número de varas de família da capital. Desde 2008, cinco já foram extintas. Em novembro, mais uma fechará, obrigando as que sobraram a herdar os seus processos. O quadro é agravado pela negativa recorrente de oficiais de Justiça em intimar pessoas em áreas que consideram violentas.
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