quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vasco recebe oficial de Justiça e terá que prestar contas por venda de Dedé

Órgão do governo queria valor total da negociação. Diretor jurídico do Cruz-Maltino não crê em complicação para zagueiro exercer profissão

No fim da tarde desta quarta-feira, a diretoria do Vasco recebeu em São Januário um oficial de Justiça da Fazenda Nacional com o mandado de segurança que proíbe a transferência dos direitos federativos do zagueiro Dedé. No documento, o órgão governamental pede a penhora de 100% da negociação entre Cruzeiro e Vasco. O diretor jurídico cruz-maltino, Gustavo Pinheiro, reforçou ao oficial de Justiça que o clube já usou toda a verba da transação. Agora, o Vasco terá que apresentar à Fazenda os recibos e documentos que comprovem ter gasto tudo que recebeu pelo negócio.

Segundo o dirigente vascaíno, o fato não vai mudar o processo de renegociação de dívidas entre Fazenda e Vasco.

- Não ajuda nem atrapalha, só dá tranquilidade para o clube encontrar novas soluções para pagar as dívidas fiscais - afirmou Gustavo Pinheiro.

O clube deve mais de R$ 50 milhões, e a Fazenda quer o pagamento em 24 meses. Pinheiro também não acredita em problemas para o zagueiro conseguir na Justiça a liberação de seus direitos federativos, que continuam presos na Federação de Futebol do Estado do Rio por causa do mandado de segurança conseguido pela Fazenda.

- Não tínhamos como adivinhar que a Fazenda iria penhorar esses valores. Justamente uma das razões da venda do Dedé é essa questão: saldar as várias dívidas que temos. Agora, como não temos mais o dinheiro, vamos ter que prestar contas em juízo desses valores, mostrando que pagamos tudo aos funcionários, jogadores - explicou o diretor jurídico do Vasco.

Com a justificativa de que o processo entre clube e Fazenda está em "segredo de Justiça", Gustavo Pinheiro não adiantou a data em que as partes vão se encontrar em juízo para a prestação de contas. Tampouco revelou qual estratégia Vasco, Cruzeiro e Dedé vão utilizar para liberar o atleta para defender o clube mineiro.

- No meu entender, o que se pode penhorar é o crédito, não pode o direito do atleta de jogar ser obstruído. Há algumas possibilidades agora: um novo entendimento do juiz, uma petição nova do Vasco, do Cruzeiro ou do próprio Dedé. Mas não vejo como essa decisão ser mantida por muito tempo - diz Pinheiro.
 
Fonte: Globo.com

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