terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Federação dos Oficiais de Justiça


Por que criar a FENOJUS?

Somente na reunião realizada em Brasília, no início de novembro (leia mais informações a respeito), estiveram presentes representantes de vários sindicatos de oficiais de justiça do país, com a adesão de, pelo menos, 14 sindicatos. Outros sindicatos da categoria estão em fase de fundação. Os sindicalistas presentes chegaram ao consenso de que a FOJEBRA (Federação das Entidades Representativas dos Oficiais de Justiça Estaduais do Brasil), à qual o SINDOJUS/MG era filiado, mas se desfiliou no início deste ano na gestão da última diretoria, não oferece estrutura nem qualquer possibilidade de se legitimar como entidade nacional da categoria. Atualmente, tem como filiadas somente três associações (da Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul), e nenhum sindicato. Não possui sequer o registro sindical. Para terem uma representação forte, é preciso que os sindicatos de todo o Brasil se unam. Caso contrário, ficarão à mercê de um judiciário inteiramente omisso em relação aos oficiais de justiça.

Para os participantes da reunião em Brasília, se os sindicatos quiserem ter uma federação que os represente de fato, esta terá que ter, no mínimo, 05 sindicatos (não associações) registrados, para que se habilite a obter o seu registro e, assim, possa receber o percentual que lhe cabe na arrecadação da contribuição sindical. No momento, quem está recebendo as contribuições compulsórias e sindicais proporcionais é, absurdamente, a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), que nem sabe o que é oficial de justiça. Recebe independentemente dos oficiais de justiça estarem filiados ou não a alguma associação ou sindicato. E olha que, no Brasil, são mais de 30 mil oficiais de justiça.

A Fojebra tinha uma arrecadação anual de apenas R$ 12.000, mas esta deve ter caído bastante, depois que vários sindicatos, como o SINDOJUS/MG, e associações, se desfiliaram. Não dispõe de recursos nem para tirar xerox e distribuir para todos os estados e, muito menos, assessoria jurídica.

Se estivesse forte e tivesse legitimidade para representar os oficiais de justiça, no ano passado, em ano eleitoral, a categoria teria conseguido derrubar o veto presidencial ao curso superior e obtido inúmeras outras conquistas, que, muitas vezes, se alcança somente com muita pressão.  

Somente para se ter uma idéia da decadência a que chegou a FOJEBRA, seu site nunca está atualizado, pois não dispõe de funcionário para atualizá-lo, a não ser o próprio presidente. Até mesmo entidades desfiliadas continuam lá registradas como filiadas. Outro sinal dessa derrocada daquela entidade é continuar abrigando suas filiadas uma associação como a de São Paulo (Aojesp), que tem entre seus associados servidores de várias categorias e das dos três Poderes é presidida por uma pessoa que já ocupa o cargo há quase três décadas.

Na verdade, a FOJEBRA chegou a esse ponto porque houve um desvirtuamento de uma tendência natural de vir a ter como filiados somente sindicatos. Em uma assembleia geral realizada em Fortaleza, há cerca de dois anos, ficou decidido que todas as associações filiadas deveriam convocar assembléias para se transformar em sindicato. O objetivo era exatamente torná-la cada vez mais forte, pois passaria a receber também a contribuição sindical. Quando o SINDOJUS/MG recebeu sua primeira contribuição sindical, se a Federação já estivesse atuante, ela teria direito a receber, à época, em torno de R$ 40.000,00. Isto, somente por um sindicato. Imagine agora, como representante de quase vinte entidades sindicais.

Fonte: SINDOJUS/MG

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