Episódio é fruto de informação equivocada, irresponsável e tendenciosa do jornal Hoje em Dia
O jornal O Tempo publicou na tarde desta segunda-feira, 25, matéria (leia aqui)
informando que uma oficiala de justiça foi abordada por dois
assaltantes quando chegava em casa, no bairro Bonfim, em Belo Horizonte.
A dupla trancou em um quarto a mãe da oficiala, o pai, que tem
problemas de saúde, e uma enfermeira. Depois, fez uma “limpa” na casa,
roubando dois videogames, celulares, R$ 450 em dinheiro, documentos
pessoais e dois celulares, levando tudo isso no carro da oficiala,
juntamente com a vítima. Após denúncia de vizinhos, a Polícia seguiu os
bandidos e os prenderam, libertando a vítima. Felizmente, ninguém foi
ferido.
Ocorre que, ainda nesta tarde, um
repórter do jornal Aqui, também de Belo Horizonte, entrou em contato com
o SINDOJUS/MG indagando qual era o salário do oficial de justiça.
Segundo ele, na ocorrência policial da abordagem e seqüestro da oficiala
de justiça, consta que os bandidos relataram que escolheram a servidora
por terem tomado conhecimento de que os oficiais de justiça mineiros
têm salário de R$ 48 mil. Essa informação absurda, incorreta e
irresponsável, foi divulgada de forma tendenciosa pelo jornal Hoje em
Dia (leia aqui),
no início deste mês, diante da decisão dos oficiais de justiça e dos
servidores da 2ª Instância de deflagrarem a greve a partir do último dia
13.
Diante disso, o SINDOJUS/MG informa a
toda sociedade mineira que o salário inicial dos oficiais de justiça
avaliadores mineiros é de R$ 2.162,61. O máximo a que poderiam chegar
aqueles que ingressaram a partir de 2005, ao final da carreira, depois
de 30 anos de contribuição previdenciária e 60 anos de idade, seria R$
4.376,12. Poriam alcançar valor superior, mas de pouco mais de R$ 10
mil, somente oficiais mais antigos e lotados nas comarcas anteriormente
classificadas como de entrância final (umas oito) e especial (apenas
Belo Horizonte), nas quais para o ingresso no cargo era exigida formação
superior em Direito. Mesmo assim, somando-se vantagens como anuênio,
quinqüênio, trintenário e férias prêmio, que foram extintas com a
reforma administrativa aprovada em 2003, no primeiro ano do primeiro
mandato do ex-governador Aécio Neves.
E para esclarecer ainda mais qual
equivocada foi a informação do jornal Hoje em Dia, nem mesmo os
desembargadores, que ostentam os maiores vencimentos na tabela do TJMG,
atingiram R$ 48 mil em fevereiro, mês que foi tomado como referência
pela reportagem.
Fonte: SINDOJUS/MG
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