Líderes escapam de notificação
Radicalização do movimento faz Legislativo funcionar no Fórum Criminal até o fim da ocupação
Radicalização do movimento faz Legislativo funcionar no Fórum Criminal até o fim da ocupação
Os presidentes do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol),
Silveira Alves Moura, e da União Goiana dos Policiais Civis, Ademar Luiz
de Oliveira, driblaram por mais um dia o oficial de Justiça Victor
Gadelha. O servidor do Poder Judiciário foi à Assembleia Legislativa do
Estado de Goiás (Alego) pela quarta vez no fim da tarde de ontem e não
conseguiu notificar os dirigentes sindicais da ordem da Justiça de
reintegração de posse do plenário da casa.
Os presidentes das entidades que representam os policiais civis
estiveram reunidos pela manhã com o secretário de Segurança Pública
Joaquim Mesquita e com o diretor-geral da Polícia Civil João Carlos
Gorski. A reunião não apresentou nenhuma novidade, já que
o governo insistiu na proposta de pagamento dos 20% por produtividade e
em devolver à Polícia Civil os cargos do Instituto de Identificação.
Com isso, os policiais civis, que estão em assembleia permanente no
plenário da Alego decidiram por unanimidade permanecer no local.
Eles ocuparam o plenário da Assembleia
há cinco dias. Ontem cedo, ao ficar sabendo que a Justiça considerou a
greve ilegal e que houve o chamamento para que eles voltem a trabalhar
imediatamente, a categoria resolveu radicalizar e manter a ocupação.
Ontem à tarde os policiais participaram
de audiência pública em que foi discutida a greve da Polícia Civil e a
segurança pública, com a presença dos deputados estaduais Luiz César
Bueno e Mauro Rubem, ambos do PT.
Com a radicalização dos policiais civis
quanto à ocupação da Assembleia, o presidente da Casa, deputado Helder
Valin (PSDB), solicitou ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás (TJ-GO), desembargador Ney Teles de Paula a disponibilização do
auditório do TJ-GO para a realização dos trabalhos do Poder
Legislativo. O desembargador acatou o pedido e a partir de terça-feira, a
sede do Legislativo será no Poder Judiciário, mais especificamente no
Fórum Criminal, no Jardim Goiás.
O pedido foi feito, segundo Valin,
porque pelo menos 25 projetos importantes estão parados. “Não podemos
ficar sem previsão de volta aos trabalhos, portanto, a Assembleia volta
aos trabalhos na terça-feira”. Serão realizadas no Fórum Criminal do
Jardim Goiás sessões ordinárias, extraordinárias e das comissões.
Entre os projetos que necessitam entrar
na pauta de votação dos deputados estão o do orçamento do Estado para o
próximo ano e o da reforma administrativa, que vai promover um corte
nos gastos públicos da ordem de R$ 50 milhões. Valin
lamenta que os policiais civis tenham ocupado o plenário da casa ao
invés de buscar o apoio dos 41 deputados à causa deles. “Mesmo assim
estamos intermediando um acordo com o governo”.
Movimento - Veja informações sobre a greve da Polícia Civil
■ Policiais civis estão parados há 65 dias
■ 90% dos mais de 3 mil policiais civis aderiram ao movimento.
■ Os policiais reivindicam proporcionalidade em 60% dos salário dos delegados e o pagamento de 20% de bônus.
■ O governo acena apenas com o pagamento do bônus.
Fonte: Jornal "O Popular"
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: