terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

CRICIÚMA/SC: OJ cumpre mandado de despejo de colégio com mais de 2 mil alunos

Despejo repercute na imprensa de Santa Catarina.

Oficial de Justiça cumpre mandado de despejo no colégio Energia 


Os mais de 2 mil alunos que estudavam no colégio Energia terão um futuro incerto a partir da próxima segunda-feira, quando estava agendado o início das aulas na escola particular de Criciúma. No final da tarde desta terça-feira o oficial de Justiça Demóstenes Generoso de Souza cumpriu o mandado de despejo e arrombamento da estrutura expedido hoje em regime de plantão pelo juiz da 3ª Vara Civil, Júlio Cesar Bernardes. O prédio da AFAP Ltda. era alugado pela franquia Energia desde 2005 e o último pagamento aconteceu em 2008, alcançando a dívida de R$ 3,8 milhões.

As advogadas da empresa credora chegaram à frente da instituição às 17h30min com o oficial de justiça. No momento foi possível observar os funcionários deixando o prédio, inclusive pela porta dos fundos. Às 19h15min foi arrombada a porta e iniciada a desocupação do prédio. “O juiz nos autorizou retirar todos os móveis das salas e levar para o ginásio. Os bens não ficarão retidos, vamos disponibilizar aos proprietários. Se for preciso, vamos passar a madrugada no prédio”, informou a advogada Grasielle de Bem. Segundo ela, o Energia já sabia que deveria esvaziar o local há um ano, e a empresa tomou o cuidado de ligar para os colégios Marista, Michel, São Bento, Unesc e Esucri para saber se existiam vagas para este ano letivo. “Muito embora fosse nosso direito, tínhamos a preocupação de saber se haveria vagas para estes alunos”, revelou.

Em 2010 foi expedida a primeira ordem de despejo. Conforme Grasiela, em outubro de 2011 o juiz fez a execução provisória para a liberação do prédio de forma voluntária, caso não acontecesse no dia 4 de fevereiro de 2012, o despejo seria forçado. “O contrato tem um fiador, que é uma pessoa física de Florianópolis. O que sabemos é que parte da dívida provavelmente não será paga”, lamentou. Ela afirma que existem algumas propostas para locação do prédio, mas até o momento não tem destino.

O oficial de Justiça informou que serão trocadas, ainda hoje, todas as fechaduras de acesso à escola e, caso apareça algum representante do Energia, receberá o mandado judicial. “Estávamos autorizados a utilizar força policial, mas não foi preciso”, alegou Souza.

O advogado da AFAP Ltda, Ivo Carminatti nos últimos dias trabalhou para reverter a decisão da 3ª Vara. “Eu tentei articular uma audiência na sexta-feira, porém não obtive sucesso. É uma pena, a intenção era evitar o dano social”, afirmou. Segundo o advogado, a defesa do processo desde 2008 foi feito por profissionais de Curitiba (PR).

Fonte: http://www.engeplus.com.br

Um comentário:

  1. Sem comentários... Uma vergonha administrativa... Modelo de como não se fazer gestão...

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