Conforme informações do próprio site do
Conselho Nacional de Justiça, em sessão de ontem (terça-feira, 14) o
plenário do CNJ decidiu, por 12 votos a dois, aposentar compulsoriamente
o desembargador fluminense Roberto Wider que chegou a exercer o cargo
de corregedor geral de justiça do estado do Rio de Janeiro. A decisão do
CNJ é terminativa, mas pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal
(STF).
Conforme histórico levantado pelo CNJ, em
16 de novembro de 2009, o corregedor nacional de Justiça, ministro
Gilson Dipp, apresentou na sessão daquele Conselho o resultado da
inspeção no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e concluiu haver
indícios de possíveis irregularidades em atos praticados por Wider em
relação a cartórios extrajudiciais. O plenário votou pela abertura do
processo disciplinar e pelo afastamento do desembargador de suas funções
para apurar o caso.
Roberto Wider foi acusado de favorecer
Eduardo Raschkovsky, de quem é amigo, em decisões judiciais e
administrativas. Uma delas foi a nomeação, sem concurso, para cartórios
do Rio de Janeiro e de São Gonçalo, de dois advogados que trabalhavam no
escritório de Raschkovsky.
O PAD foi relatado pelo conselheiro Tourinho Neto, que votou contra a
aposentadoria compulsória, mas a maioria dos conselheiros acatou o
parecer favorável à punição da corregedora nacional de Justiça, ministra
Eliana Calmon. Além do relator, o conselheiro Silvio Rocha se
manifestou contrário a aposentadoria compulsória. Já o conselheiro Vasi
Werner se declarou impedido de votar por pertencer ao quadro de
magistrados do TJRJ.
Fonte: SINDOJUS - MG
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